Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

sexta-feira, 6 de maio de 2011

HÁ VIDA FORA DA ORTODOXIA: REGULAÇÃO ESTATAL CONTEM PREÇOS SEM ELEVAR JUROS


 
A Petrobrás vai triplicar a participação no mercado brasileiro de etanol, atualmente na faixa de 5%. Meta é introduzir um regulador estatal no setor e evitar oscilações de preços e de oferta, habituais nos períodos de entressafra. Mediação estatal ajudará ainda a ordenar contratos e evitar o pêndulo que desloca produção das usinas para o refino de açúcar, sempre que a exportação dessa commoditie se torna vantajosa, em detrimento do abastecimento doméstico de etanol. A solução para o mercado de etanol reduzirá a contaminação inflacionária decorrente da especulação com açúcar nas bolsas de Chicago e Nova Iorque. Efeito semelhante foi obtido pela Argentina, para todos os produtos agrícola exportáveis, ao estabelecer um imposto que anula o ganho de sobrepreço propiciado pela especulação externa, evitando-se o nivelamento no mercado nacional. Esta semana, a Cepal  elogiou o modelo argentino apontando-o como uma opção às pressões inflacionárias originárias da especulação com alimentos. A vantagem evidente é que, agindo sobre as causas do problema, o país não precisa girar a manivela dos juros para destruir a demanda doméstica e, assim, conter a inflação.
(Carta Maior; Sábado, 07/05/ 2011)

O terrorismo econômico na mídia não se sustenta – 2



Um mês atrás publiquei um post sob este mesmo título, mostrando que o alarde que o jornal O Globo fazia em torno do número de falências de empresas não passava do mais descarado terrorismo econômico.
Hoje, a nota publicada pelo Jornal da Tarde, sem destaque, mostra que era isso mesmo:
“O número de falências decretadas de micro e pequenas empresas nestes quatro primeiros meses do ano é o menor desde 2005, quando foi editada a nova Lei de Falências. No período, o total de firmas falidas passou de 979 a 193, aponta indicador produzido pela Serasa Experian, empresa de informações de crédito.
De janeiro a abril de 2011, apenas 48 empresas por mês foram à falência no País. O motivo, explica o assessor econômico da Serasa Carlos Henrique de Almeida, é o bom momento da economia.”
A imprensa brasileira tornou-se uma máquina de propaganda e de desinformação, é muito triste dizer. Claro que há muitas e honrosíssimas exceções a esta regras, e não tenho dificuldade nenhuma em registrar aqui que não confundo jornalistas com linha editorial dos jornais.
A grande verdade sobre o papel dos jornais foi publicada muito discretamente por eles. Foi a afirmação da presidente da Associação dos Jornais de que, já que a oposição era fraca e desarticulada, era o papel da mídia ser a oposição.
Informar, assim, certamente não é.

Ah, se a elite ouvisse o povo… Bem, às vezes ouve. E ainda pagando…



Poucas coisas são tão terríveis no Brasil quanto o desprezo histórico que a elite econômica brasileira tem pelo seu povo. Duvido que os empresários japoneses falem mal de seu povo, ou que os magnatas dos EUA tenham uma postura de desprezo pelos cidadãos norteamericanos. Bem, aqui, nem é preciso falar, não é? É “povinho”, quando não acompanhado daquele adjetivo que Fernando Henrique usou para falar dos aposentados…
Por isso, é muito interessante ler a bela reportagem de Vanessa Adachi, no Valor Econômico de hoje, descrevendo a palestra de Lula para empresários, num evento promovido pelo Bank of América em São Paulo. Como o acesso é só para assinantes, reproduzo alguns trechos:
“Eu nunca votei no Lula e nunca votarei. Mas vim por causa dele.” Essa era a afirmação mais repetida na noite de quarta-feira em dezenas de rodinhas formadas por empresários, banqueiros, executivos e advogados que lotaram o amplo salão da Casa Fasano, templo de festejos luxuosos da elite paulistana.
Pouco mais de 450 pessoas se espalharam pelo espaço de pé direito altíssimo e paredes de intrigante transparência, que deixam ver os aviões que cruzam o céu. O Bank of America Merrill Lynch, um dos maiores bancos dos Estados Unidos, era o anfitrião da noite e comemorava a autorização do Banco Central do Brasil para que a instituição passe a operar como banco múltiplo, ampliando sua atuação no país.
Alexandre Bettamio, presidente do BofA no Brasil, provavelmente também não votou em Lula em 2002 ou 2006. Mas elegeu o ex-presidente para ancorar o mais importante evento já realizado pela instituição no país apostando que seria um grande chamariz. A escolha foi certeira.
Lula tem cobrado cachê de “palestrante global”. No caso, o valor não confirmado pelos assessores do presidente ou pelo banco, de quase R$ 200 mil, incluía discurso de 45 minutos seguido de mais meia hora de “social” pelo salão. O contrato foi cumprido à risca e, talvez sensível à praxe do setor financeiro, o ex-presidente concedeu um bônus aos banqueiros e falou por 1 hora e dois minutos. Parte da plateia nunca havia tido a oportunidade de estar tête-à- tête com o ex-presidente. Outros queriam vê-lo falar de novo e esperavam “se divertir” com o discurso bem humorado. Pouco depois das 20 horas o salão já estava cheio e, por volta das 21h30, quando Lula começou a falar, o público se aglomerou ao seu redor, abrindo um clarão ao fundo. Aguentaram firme, em pé, por mais de uma hora. (…)
Lula fez uma palestra sob medida para o público presente. Temas como a explosão do crédito consignado e o desenvolvimento do mercado de capitais foram cuidadosamente escolhidos para rechear a fala. Munido de um discurso oficial de cinco páginas, Lula fez a alegria dos presentes ao abusar de seus famosos improvisos. “He speaks very well”, dizia um executivo brasileiro a outro, estrangeiro, no meio do salão.
Arrancou gargalhadas sinceras e mesmo aplausos, em diversos momentos, ao debochar do que seria o estereótipo da forma de pensar da elite brasileira. “Tem gente que fala: esse Lula colocou os pobres no lugar que só nós viajávamos”, afirmou, por exemplo, ao referir-se ao fato de “os pobres” estarem viajando de avião. Mais tarde, disse que muita gente começa a falar inglês antes mesmo de sair do aeroporto, só para mostrar que sabe.
Apelou para a emoção e deixou a plateia silenciosa ao falar do Programa Luz para Todos e descrever que “quando chega a luz elétrica na casa de uma pessoa é como se você, num passe de mágica, pegasse uma pessoa do século 18 e trouxesse para o século 21. É como se fosse a máquina do tempo.”
Lula queria provar, caso alguém ali ainda tivesse dúvida, que a política de seu governo fez bem ao empresariado. Já perto das 22h30 e do fim de sua palestra, quando a audiência se mostrava um pouco cansada com a longa fala do ex-presidente, ele arrematou: “Eu sei que tem gente que tem preconceito contra mim. Mas eu desafiaria qualquer um de vocês: eu duvido que algum empresário já ganhou mais dinheiro nesse país do que no meu mandato. Duvido que os bancos já tiveram mais lucro nesse país do que no meu mandato.”(…)
“Ele é muito bom”, “ele é muito inteligente”, “agora dá para entender [a sua popularidade]“, saíram falando aqueles que nunca votariam nele.
Das poucas pessoas dentro da Casa Fasano que haviam votado em Lula, duas copeiras não escondiam a excitação com a presença de seu ex-presidente. Difícil foi encarar a frustração de não poder vê-lo: muito profissionais, não abandonaram o posto e ficaram confinadas no banheiro feminino durante quase toda a noite, prestando assistência às convidadas.
Pois é. As copeiras (brasileiras) “muito profissionais, não abandonaram o posto”Quando os nossos figurões aprenderem que elas também podem dar um pulo no salão, realizarem seu desejo – nem que seja o de ver Lula de perto, apenas – e entenderem que aquele que admiram e pagam caro para ouvir pôde chegar ali e fazer o que fez com o voto delas, não com o deles.

EUA: FALENCIA EM CONTAGEM REGRESSIVA…UU$69BI…US$68BI…US$67BI…


http://www.veropalacios.cl/g_economia/images/Economia_Crisis%20USA.jpg

Dívida pública dos EUA quase ultrapassa limite de US$ 14 trilhões
O valor da dívida pública dos Estados Unidos está quase acima dos 14,3 trilhões estipulados pelo governo Obama e deve colocar a maior economia do mundo à beira da falência
A recuperação econômica dos Estados Unidos está longe de acontecer com o fato de que a dívida pública do País está em seu limite de 14,3 trilhões de dólares estipulado para este ano.
Para contornar a situação, os Estados Unidos vai aplicar medidas extraordinárias para fazer com que o governo federal consiga mais empréstimos sem afetar o limite de endividamento.
As medidas serão tomadas pelo secretário do Tesouro norte-americano, Timothy Geithner. O limite permitido pelo governo, 14,3 trilhões de dólares, já está causando receio nos investidores, pois demonstra que o governo não terá condições de cobrir as dívidas futuras.
Para Geithner, “como parece que o Congresso não vai agir até o dia 16 de maio, será necessário que o Tesouro comece a adotar medidas extraordinárias nesta semana” (EFE, 3/5/2011).
No último levantamento feito pelo Tesouro, na última quinta-feira, a dívida federal dos Estados Unidos já estava em 14,231 trilhões de dólares.
Evitando o inevitável
Uma das medidas a serem adotadas é a emissão de bônus da dívida pública para segurar o aumento do valor da dívida. O governo pretende retardar até o dia dois de agosto que a dívida ultrapasse o teto de 14,3 trilhões de dólares.
O Tesouro conta com este atraso em alcançar o limite da dívida para que o Congresso norte-americano chegue a uma decisão de ampliar este limite até o início do próximo semestre.
O limite imposto para a dívida pública serve para evitar gastos excessivos que leve o país a um endividamento ainda maior, mas esta medida não está surtindo muito efeito, pois o Departamento do Tesouro já anunciou que a dívida pública deve ser maior que o previsto para este ano.
A dívida pública neste valor interfere diretamente no orçamento do governo Obama para 2011, pois vai resultar na diminuição dos gastos públicos em áreas sociais.
A tendência que já se anunciava desde o ano passado é que a economia norte-americana tenha que seguir a política adotada na maioria dos países europeus endividados, os planos de austeridade.
O governo norte-americano já fez alguns cortes no orçamento para tentar diminuir a dívida cancelando verbas públicas para dezenas de programas sociais. Até o momento estas medidas não foram suficientes.
O aumento da dívida pública norte-americana, seguida das já bilionárias dívidas dos países europeus e Japão, vai resultar em uma falência generalizada destas economias seguida de um forte ascenso das massas trabalhadoras.

Aécio, Aécio, Do 'Pó' Viestes, ao 'Pó' Voltarás


Bloco Minas Sem Censura denuncia à Justiça o caso da rádio Arco-Iris

Procuradoria Geral de Justiça recebe denúncia sobre improbidade administrativa
do Bloco Minas Sem Censura

Em encontro oficial com o procurador-geral de Justiça do Estado de Minas Gerais, Alceu José Torres Marques, nessa quinta-feira, 5, os líderes do bloco “Minas sem Censura”, deputado Rogério Correia (PT), e da Minoria, deputado Antônio Júlio (PMDB), acompanhados dos deputados Sávio Sousa Cruz (PMDB) e Paulo Lamac (PT), formalizaram denúncia de improbidade administrativa à Procuradoria Geral de Justiça de MG, referente ao caso da Rádio Arco-Iris (Jovem Pan em Minas Gerais), pertencente à família da presidente do SERVAS, senhora Andreia Neves e seu irmão, senador Aécio Neves (PSDB).
Na oportunidade, os deputados expuseram todo o escândalo envolvendo a rádio Arco Iris, que se iniciou após divulgado pela imprensa que a Land Rouver dirigida pelo senador Aécio Neves, ao ser parada em blitz da Lei Seca no Rio de Janeiro, não pertencia ao tucano, e sim à rádio. Mesmo com a carteira vencida e se negando a fazer o teste do bafômetro, o senador e seu veículo foram liberados.
Ao apurar a estranha situação, o bloco “Minas sem Censura” e a própria imprensa descobriam que a rádio pertencia a Aécio, à sua irmã Andreia Neves e à mãe Inês. Outros seis veículos de luxo também foram declarados em nome da empresa de comunicação da família Neves.
Considerados estranhos os fatos, o bloco de oposição continuou a investigar a rádio Arco-Iris e descobriu, como já noticiado, que a empresa da família Neves recebeu somente em 2010 cerca de R$ 210 mil de publicidade dos cofres públicos mineiros, o que fundamenta improbidade administrativa. O bloco quer informações também sobre o valor total de publicidade com a Arco-Iris durante todo o período do governo Aécio/Anastasia (2003/2011) e nas outras duas empresas de comunicação em nome da presidente do SERVAS: a rádio São João Del Rei S/A e Editora Gazeta de São João Del Rei Ltda.
Fundamentos
A lei de improbidade administrativa (Lei 8.429) define quais são os atos de improbidade administrativa, dividindo-se em três tipos: os que importam em enriquecimento ilícito, os que causam prejuízo ao erário e os que, embora não necessariamente causem enriquecimento ilícito nem causem prejuízo ao erário, atentem contra os princípios da administração pública. Os últimos, são aqueles que violam os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições.
No caso concreto da rádio Arco-Íris, empresa de propriedade da família Neves há pelo menos 15 anos, constata-se, e o próprio governo admite, que houveram repasses financeiros do Estado àquela empresa, seja através de empresas estatais, seja através da administração direta estadual, a título de pagamento por publicidade.
É de conhecimento público e geral, que a Sra. Andreia Neves da Cunha exerceu, durante todo o mandato de seu irmão, Aécio Neves, a função de Coordenadora do Núcleo Gestor de Comunicação Social, responsável pela elaboração da política de comunicação não só da subsecretaria de Comunicação Social bem como de todas as demais secretarias, autarquias, empresas públicas e fundações estaduais.
O pagamento de publicidade à empresa de propriedade da família Neves, com o inegável conhecimento de sua administradora, Sra. Andrea Neves, põe dos dois lados da relação comercial a mesma pessoa : quem determina o quanto, quando e como vai ser pago é a mesma pessoa que presta o serviço e que recebe o pagamento. Tal relação não seria promíscua e improba caso se tratasse de uma relação comercial entre particulares. Mas trata-se de recursos públicos pagos a uma empresa particular de propriedade do gestor daqueles recursos.
Quanto ao Senador Aécio Neves, responsável maior pela gestão dos recursos do Estado de Minas Gerais nos últimos oito anos e recém integrado como sócio da empresa em questão, outra não pode ser a conclusão de que também houve a prática de atos de improbidade administrativa. Além de autorizar o pagamento a empresa de propriedade de sua família, o que atenta contra o princípio da moralidade pública, utiliza-se dos bens adquiridos por esta empresa, conforme confessa a própria assessoria do ex-governador, ao admitir que o Sr. Aécio Neves há muito faz uso dos veículos de propriedade da rádio para seus deslocamentos no estado do Rio de Janeiro.
O Bloco “Minas sem Censura” requereu instauração de processo administrativo, averiguação dos fatos apontados e a propositura de uma Ação Cível Pública, responsabilizando os representados.
Autarquias e fundações
Outra representação do bloco “Minas sem Censura” ao procurador, requer apuração sobre a situação dos indicados pelo Governo de Minas para direção de autarquias e fundações públicas do Estado. Para serem nomeados, os indicados precisam ser sabatinados e terem seus nomes aprovados em plenário na ALMG. No mês de janeiro, foram publicados no Diário Oficial, atos de “designação” dos indicados. Eles já estão no exercício pleno de seus cargos sem serem aprovados pelo Poder Legislativo, como prever a Constituição Estadual.
O procurador-geral Alceu José Torres Marques determinou a apuração dos fatos apresentados nas representações, prometendo respostas aos questionamentos do Bloco.
Leia aqui a entrevista com o Bloco Minas Sem Censura: Jatinho de Aécio não viaja em céu de brigadeiro.

via Vi O Mundo!

Os navios da Vale e o fim da história

Mauro Santayana
A Vale recebeu este mês o VALE BRASIL, primeiro de sete super-navios encomendados ao estaleiro Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering Co, da Coréia do Sul. Com 362 metros de comprimento e 65 metros de largura, a embarcação tem capacidade para 400 mil toneladas e é o maior do mundo em sua categoria. Dinheiro que poderia ficar aqui se a Vale tivesse decidido – a exemplo da Petrobras - construir grandes navios no Brasil, contribuindo decisivamente para a recuperação da indústria naval e a geração de empregos em solo brasileiro.

Pode-se alegar que as siderúrgicas da Coréia do Sul – e por extensão, seus estaleiros - são clientes da Vale na compra de minério de ferro. Mas com certeza não foi mandando construir seus navios no Brasil que os sul-coreanos se transformaram em um dos países mais industrializados do mundo ao longo dos últimos 25 anos. Os Tigres Asiáticos, começando pelo Japão, ainda no final do Século XIX, e assim como está acontecendo com a China hoje, só cresceram por causa da decisão política de estabelecer uma indissolúvel e permanente aliança estratégica entre governo e iniciativa privada de capital nacional, para a competente substituição de importações e a conquista de mercados externos, agregando continuamente valor aos seus produtos e exportações. Lá fora, essa é a regra. Aqui, quando o governo tenta fazer a mesma coisa, todo mundo cai de pau no “perigo de reestatização” e no “nacionalismo anacrônico”, como se algum grande país do mundo – como o próprio Japão, os Estados Unidos, a Alemanha, a China – tivesse chegado a algum lugar sem zelar por seus interesses e sem uma postura nacionalista clara por parte da sua população.

Só pode ser ingênuo – ou canalha - quem anuncia que o nacionalismo acabou em um mundo em que os países mais fortes se impõem aos mais fracos pela força das armas. Ou em que, como acontece na Europa, o nacionalismo é tão exacerbado que já se transformou em racismo – pergunte-se aos brasileiros que são rotineiramente revistados, humilhados e enviados de volta ao Brasil dos aeroportos espanhóis, por exemplo, – ou, ainda, no qual, como está acontecendo agora nos Estados Unidos, milhões de pessoas saem para as ruas carregando bandeiras e gritando USA ! USA ! USA ! para comemorar, como se fosse carnaval, a morte de um único homem. O nacionalismo não morreu, como não morreu a História. Ao contrário do que escreveu Francis Fukuyama depois da queda da União Soviética, essa velha senhora está vivíssima - e de vez em quando explode violentamente, como uma bofetada, na cara de quem defende a “pax americana”, a “governança global” e o fim das fronteiras - como aconteceu naquele fatídico 11 de setembro, quando o primeiro avião carregado de passageiros atingiu a Torre Sul do World Trade Center.

american way of life



A RESTAURAÇÃO ORTODOXA


Clique aqui para ver o especial A hora da Comissão da Verdade
 
Passado o pânico do colapso mundial gerado pelas finanças desreguladas, os mercados voltam a dar as cartas ocupando o vazio político propiciado pelo canhamento estratégico da esquerda diante da desordem rentista. A palavra de ordem é arrochar os gastos do Estado  para digerir a reciclagem dos débitos privados em endividamento público, modelo que consagrou a convalescência da crise sem atacar as suas causas. O resultado é a emergencia de uma nova safra de Estados zumbi, tangidos pelo FMI e indiferentes ao protesto de quem vai pagar a conta em última instância: milhões de desempregados. Fatos: enquanto Hillary Cliton tem frêmitos diante da cabeça de Bin Laden, desemprego nos EUA atinge 14 milhões de pessoas, segundo Paul Krugman, e vai a 9% fa força de trabalho; b) Portugal cortará investimentos em saúde e educação; estatais serão privatizadas, salários e aposentadorias serão congelados: taxa de desemprego deve atingir 13% em 2013; c)Espanha: desemprego bate recorde e atinge 21,3%, o maior entre os países industrializados; governo se antecipa às exigências dos mercados , corta gastos e investimentos; em algumas regiões, caso da Andaluzia, taxa de desemprego passa de 29%; d) Grécia: arrocho imposto pelos mercados piora a situação das contas públicas; déficit fiscal salta para 10,5% do PIB (meta era 8%)  com a queda de receitas gerada pela recessão, o desemprego e corte de investimentos públicos; d) Irlanda, um caso terminal, debate-se na mesma endogamia viciosa de arrocho fiscal/recessão para debelar um déficit impossível: 32% do PIB em 2010.
(Carta Maior; 5º feira, 05/05/ 2011)

O governador Richa consegue: Justiça mantém censura a blogueiro


Beto Richa, um derrotado herói da liberdade de expressão
Extraído do blog do Altamiro Borges:

Justiça mantém censura a blogueiro do PR


O juiz Austregésilo Trevisan, da 17ª Vara Cível de Curitiba, a pedido do governador Beto Richa (PSDB), decidiu manter ontem (4) a censura ao jornalista Esmael Morais, proprietário do “Blog do Esmael” (http://esmaelmorais.com.br).


Fora do ar há 28 dias, o “Blog do Esmael” é uma das principais páginas no Paraná especializada em política e cidadania. Esmael Morais informa que seus advogados vão recorrer ao Tribunal de Justiça nas próximas horas.


O blogueiro é alvo de uma ação por danos morais em virtude de postagens que fez denunciando o uso de caixa 2 pelo tucano nas eleições de 2008, quando foi reeleito prefeito de Curitiba. Richa alega ter sofrido “abalo emocional” com as críticas recebidas pelo site.


Além de destacar o caixa 2 tucano, o blog vinha criticando o nepotismo no governo do estado e o aluguel de helicópteros, sem licitação, no valor de R$ 2 milhões pelo período de três meses.


“É um absurdo que minha página pessoal esteja censurada. É caso único no país, um atentado à liberdade de expressão em pleno Estado de Direito Democrático”.


O blogueiro censurado nega que tenha ofendido pessoalmente o governador Beto Richa. “Eu nunca me interessei por questões pessoais de ninguém. O meu blog sempre discutiu e vai continuar discutindo política, políticas públicas e cidadania”, afirma.


Morais garante que está sendo vítima de uma implacável perseguição política promovida pelo governador paranaense. “O que eu publiquei os demais órgãos de imprensa também publicaram fartamente”, ressalta.


Por solicitação de Richa, o “Blog do Esmael” já foi retirado do ar quatro vezes pela Justiça. “Atrás da máscara de bom moço, está um governador rancoroso e autoritário que não suporta o exercício do contraditório”, critica.


Nas eleições de 2010, Beto Richa censurou pesquisas de opinião realizadas por institutos nacionais como Datafolha, Vox Populi e Ibope. Também investiu contra reportagens em revistas, jornais e portais de notícias.