Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 2 de maio de 2014

CUT suspeita de armação contra petistas em ato do 1º de maio


O 1º de maio de 2014 teve um episódio inédito nas mega comemorações do Dia do Trabalhador que as centrais sindicais promovem anualmente em São Paulo. Neste ano, políticos petistas foram vaiados em ato da Central Única dos Trabalhadores, que apoia o governo Dilma e tem ligações históricas com o PT.
No fim da tarde da última quinta-feira, a militância tucana na internet comemorava matéria do site do jornal O Globo, espécie de bíblia da direita brasileira que faz oposição cerrada ao governo federal e ao PT. A razão: o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi vaiado por um grupo incrustado em meio aos trabalhadores.
Confira, abaixo, a matéria de O Globo
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O GLOBO
País
Prefeito Fernando Haddad foi embora sem discursar
Ex-ministro da Saúde e pré-candidato ao governo paulista, Alexandre Padilha fez apenas saudação
Lino Rodrigues (Email · Facebook · Twitter)
Publicado: 1/05/14 – 18h48
Atualizado: 1/05/14 – 19h41
SÃO PAULO – Políticos petistas como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), o pré-candidato ao governo do estado Alexandre Padilha (PT) e o ministro Ricardo Berzoini foram impedidos de fazer os discursos programados para a festa do 1º de Maio, liderada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores (CTB) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), na tarde desta quinta-feira, no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo. O público vaiou e atirou papéis, latas e garrafas em direção ao palco todas as vezes que os nomes de políticos foram anunciados.
Pela programação do evento em comemoração pelo Dia do Trabalho, os discursos políticos deveriam durar uma hora, mas acabaram abreviados em poucos minutos. O primeiro a subir no palanque seria Haddad. Mas tão logo seu nome foi anunciado pelo apresentador do evento, o público, estimado em 3 mil pessoas segundo a Polícia Militar (80 mil pessoas de acordo com a organização), começou a vaiar e a arremessar objetos. Indignado, o prefeito foi embora sem sequer falar com a imprensa.
O apresentador tentou acalmar o público exaltado durante vários momentos, pedindo calma várias vezes, e chegou a dizer que “o ato político era importante”. O ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, também foi recebido com vaias e impedido de discursar.
No momento de anunciar Alexandre Padilha, o locutor não o apresentou como pré-candidato, apenas como ex-ministro. Padilha, ao pegar o microfone, logo lançou uma pergunta: – Quem é contra o racismo?. As pessoas ergueram os braços e Padilha aproveitou o momento e resumiu seu discurso à saudação única “bom dia, boa tarde e boa noite”. E logo deixou o palco e foi embora.
O senador petista Eduardo Suplicy também só agradeceu o público e a festa seguiu com os shows programados.
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A matéria de O Globo forçou a mão. Outro jornal inimigo do PT, o Estadão, relatou que só Haddad foi vaiado e sem estar no palco. Abaixo, a matéria do jornal paulista.
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O ESTADO DE SÃO PAULO
CARLA ARAÚJO – Agência Estado
01 de maio de 2014 | 18h 37
O prefeito Fernando Haddad foi alvo de vaias por boa parte da plateia do evento promovido pela CUT por conta do Dia do trabalho, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo.
Ao ter seu nome anunciado, e mesmo sem estar presente no momento, o público vaiou fortemente Haddad. A presença do prefeito era aguardada, constava em sua agenda oficial, porém, ele não compareceu ao palco. O Broadcast apurou, entretanto, que Haddad estava no local, mas preferiu não subir.
Além das vaias, assim que se iniciou o ato político, algumas pessoas levantaram faixas de protesto cobrando Haddad. “Prefeito Fernando Hadad: atenda a nossas reivindicações!”
Petistas
Apesar da ausência de Haddad, o ex-ministro da saúde e provável candidato ao governo de São Paulo Alexandra Padilha esteve no evento e praticamente encerrou o ato político, ao lado do senador Eduardo Suplicy.
Por conta da impaciência do público, que claramente queria continuar assistindo aos shows musicais, os políticos decidiram falar pouco. Em sua breve saudação, Padilha desejou “bom dia, boa tarde e boa noite” e questionou a plateia “quem era contra o racismo: levanta a mão”.
O ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, também esteve no palco representando a presidente Dilma Rousseff. Ao ser anunciado, Berzoini, no entanto, fez apenas uma rápida saudação e preferiu não discursar.
O ministro do Trabalho, Manoel dias, também fez apenas uma rápida saudação gritando “viva o trabalhador”.
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Como se vê, O Globo forçou a mão. Estendeu vaias a Haddad a todos os outros petistas. Contudo, segundo relatos de liderança da CUT presente ao ato as vaias de fato aconteceram, mas, à diferença do que relatam os jornais, não partiram “do público”, mas de um grupo infiltrado em meio à manifestação e que não tinha relação com o movimento sindical.
Atos públicos como os de 1º de maio são perfeitos para esse tipo de ação. Como a rua é pública, qualquer um que esteja passando pode participar. Assim, seria fácil, por exemplo, a Força Sindical infiltrar pessoas no ato da CUT – Força e CUT travam batalhas políticas todo 1º de maio em São Paulo, disputando quem reúne o maior público.
Mas o mais interessante é que a CUT já suspeitava de que aconteceria o que aconteceu. O Blog recebeu email de membro da CUT no fim da tarde do dia 30 alertando para o que poderia acontecer. 24 horas antes do ato da central sindical, Paulo Salvador, diretor da Rede Brasil Atual, enviou e-mail a blogueiros que o leitor pode conferir abaixo.
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“(…) Até o final da tarde desta quarta-feira, um batalhão de repórteres havia se credenciado para cobrir o ato da CUT, CTB E CSB no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo. A Globo credenciou 49 pessoas. Todos os veículos estão lá: CQC, Pânico, TV Fama etc.
Opa, a Globo credenciou meia centena de profissionais quando não há nenhum interesse em cobrir qualquer coisa desse grupo de centrais?! Há algo fora do comum nisso aí.
É uma mídia que não vai cobrir a democratização das comunicações, o eixo do ato, também não vai falar das reivindicações do movimento sindical. Estará interessada em produzir cenas para as eleições ou criminalizar ainda mais a cobertura política.
Antevejo que o cenário será o pior possível (…)” 
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Dito e feito. A previsão de Salvador se confirmou. Mas, por via das dúvidas, antes de publicar este post o Blog procurou o diretor da RBA para saber se o alerta que enviou a blogueiros partiu de uma intuição sua ou se a própria CUT compartilhava tais suspeitas de sabotagem de seu ato público.
Segundo Salvador, a direção da CUT já previa o que acabou ocorrendo. Segundo esse interlocutor, ele foi alertado pela própria secretária de Comunicação da CUT-SP, Adriana Magalhães. Mas a entidade sabia que não haveria como impedir a infiltração.
Por sorte, a grande maioria do público presente ao ato – que não participou das vaias a Haddad – aceitou democraticamente a sabotagem dos infiltrados, evitando um confronto que poderia ter desfecho trágico devido à grande quantidade de pessoas presentes.
A maior suspeita sobre a autoria dessa infiltração recai sobre Paulo Pereira da Silva, o “Paulinho da Força”, quem, segundo matéria da Folha de São Paulo publicada nesta sexta-feira (2), estava alcoolizado quando, aos berros, sugeriu que a presidente Dilma Rousseff fosse encarcerada no presídio da Papuda.
Abaixo, a matéria da coluna Painel, da Folha de São Paulo de 2 de maio de 2014
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2 de maio de 2014
Painel
Vera Magalhães
PINGA NI MIM
Paulinho da Força comprou três garrafas de tequila “Revolución” para a festa da central e, às 11 horas, já circulava com um copo à mão. Disse que era para “calibrar o discurso”. Acabou dizendo que Dilma deveria estar na Papuda. A fala preocupou advogados da central.
CONTRA-ATAQUE
Auxiliares de Dilma ficaram indignados: “Isso é linguajar de quem está muito doido, fora do juízo. Esse deputado deve ter enchido a cara antes do ato”, diz o ministro Paulo Bernardo (Comunicações)

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Como se vê, a campanha eleitoral que o Brasil viverá nos próximos meses tem tudo para repetir ou até superar a de 2010. Armações, farsas, calúnias e até crimes eleitorais ou mesmo comuns serão usados fartamente pela oposição.
Aécio Neves, sobretudo, é tão conhecido por suas baixarias quanto José Serra. Mineiros costumam dizer que Aécio é muito pior do que Serra. Capaz de muito mais golpes baixos.
O PT e a própria candidata do partido à reeleição precisam ter em mente que com punhos de renda será difícil enfrentar essa máquina de calúnias, difamações e golpes eleitorais de última hora. Sem o apoio da mídia não seria nada, mas com Globo, Folha, Veja e Estadão apoiando as armações tucanas elas ganham força. Inclusive sindical.

A miragem mexicana

 

Na última década, o modelo mexicano de abertura liberal, integração com os EUA, e livre comércio teve um desempenho extraordinariamente pior do que o do Brasil.

Poucas pessoas inteligentes – fora da Inglaterra - ainda prestam atenção nas notícias da monarquia inglesa e da sua família real, em pleno século XXI. Mas o mesmo não se pode dizer da City, centro financeiro de Londres, e dos seus dois principais órgãos de  imprensa e divulgação – o Financial Times, e o The Economist – que  seguem tendo importância decisiva na formação das opiniões e dos consensos ideológicos dentro das elites liberais e conservadoras do mundo. 
 
A escolha dos seus temas e o uso de sua linguagem nunca é casual. Como no caso recente do seu entusiasmo pelo México e seu modelo de desenvolvimento liberal e seu ataque cada vez mais estridente, ao “intervencionismo” da economia brasileira. Uma tomada de posição compreensível do ponto de vista ideológico, mas que não vem sendo confirmado pelos fatos.

Em 1994, o México assinou o Tratado de Livre Comercio da América do Norte/ NAFTA, junto com os EUA e  Canadá, e nos últimos 20 anos tem sido absolutamente fiel ao livre-cambismo, incluindo sua adesão a Aliança do Pacífico, e à inciativa norte-americana do TPP. Por outro lado, nesse mesmo período, o México praticou uma política macroeconômica e financeira rigorosamente ortodoxa - em particular na última década - mantendo inflação baixa, cambio flexível,  taxas de juros moderadas e amplo acesso ao crédito. 
 
Mesmo assim, depois de duas décadas, o balanço dessa experiência ultraliberal deixa muito a desejar [1]. Como era de se prever o comercio exterior do país cresceu significativamente no período e passou – em termos absolutos - de U$ 60 bilhões em 1994, para U$ 400 bi em 2013. Mas nesse mesmo período, a economia mexicana teve um  crescimento médio anual pífio, de 2,6%, sendo o crescimento per capita, de apenas 1,2%. O emprego industrial cresceu de forma setorial e vegetativa, e mesmo nas “maquiladoras”, foi de apenas 20%, algo em torno de 700 mil novos postos de trabalho. A participação dos salários na renda permaneceu em trono de 29% da renda nacional, e a pobreza absoluta da população mexicana aumentou significativamente.
 
Por fim, ao contrário do que havia sido previsto, a economia mexicana não se integrou nas “cadeias globais de produção”, a produtividade média da economia praticamente só cresceu de forma segmentada e vegetativa, e o “investimento direto estrangeiro” (o principal “premio” anunciado em troca da abertura da economia) não teve nenhuma alteração significativa.

Esse balanço fica ainda mais decepcionante quando se compara o desempenho do “modelo mexicano”, com o “modelo intervencionista” da economia brasileira, no período entre 2003 e 2012. Segundo  dados publicados pelo Banco Mundial [2], e pelos Ministérios do Trabalho dos dois países, os números e as diferenças são realmente chocantes. Nesse período, a crescimento médio anual do PIB brasileiro, foi de 4,21%, o do México de 2,92%. O crescimento total a economia brasileira foi de 42,17%, o do México, de 29,29 %. As exportações brasileiras cresceram, a uma taxa anual de 6,59%, as do México, a uma taxa de 5,35%. O crescimento total das exportações brasileiras foi de 65.95%, o do México, foi de 53,35%. As importações brasileiras cresceram a uma taxa média anual de 17,33%, e as do México, a uma taxa de 6,75%. O crescimento total das importações no Brasil foi de 173,32%, e no México de apenas 67,54%.
 
Por outro lado, a renda per capita brasileira cresceu a uma taxa anual de 2,84%, e a do México, 1,42%; o crescimento total da renda no Brasil foi de 28,4%, e no México foi de 14,26%; e  a participação dos salários na renda chegou a 45 % , no Brasil, e no México, a 29%. Nesse mesmo período, o Brasil criou 16 milhões de novos empregos formais, e o México 3.500 milhões; e a pobreza absoluta foi reduzida a 15,9%, no Brasil,  e aumentou para 51,3%, no México.
 
Por fim, (pasme-se), entre 2002 e 2012, o “investimento direto estrangeiro” no Brasil,  cresceu de U$ 16.590 milhões, para U$ 76.110 milhões de dólares, e no México,  caiu de U$ 23. 932 milhões, em 2002, para U$ 15.4553 milhões, em 2012 ! Só para encerrar a comparação, em 2103 a economia brasileira cresceu 2,3%, em  ( uma das maiores taxas entre as grandes economias do mundo) enquanto  a economia mexicana cresceu 1,1%.

Foreign direct investment, net inflows (BoP, current US$)

Fonte: International Monetary Fund, Balance of Payments database, supplemented by data from the United Nations Conference on Trade and Development and official national sources.Catalog Sources World Development Indicators. Disponível em: http://data.worldbank.org/indicator/BX.KLT.DINV.CD.WD/countries/BR-MX?display=graph em 27/04/2014
    
Isto posto, o elogio do México deve ser considerado um caso de má fé,  fundamentalismo ideológico, ou estratégia internacional ? As três coisas ao mesmo tempo. Mas o que importa é o que dizem os números, e a conclusão é uma só: na última década, o “modelo mexicano” de abertura liberal, integração com os EUA, e livre comércio teve um desempenho extraordinariamente pior do que o “modelo intervencionista”, “heterodoxo” e “fechado”(apud FT e TE) da economia brasileira, junto com seu projeto de integração do Mercosul.
 
Notas
[1] Vide  artigo  do ex-ministro de Relações Exteriores do México,  Jorge Castañeda: “NAFTA´s  mixed  record”,  publicado no numero da Revista Foreign Affairs,. de janeiro/fevereiro de 2014.

[2] www.data.worldbank.org

Cuidado com as pesquisas do Sensus O Sensus é do Aécio ! O Cerra voltou !



Não bastasse o duopólio Golpista do Globope e do Datafalha, essa eleição de 2014 será mais suja que a de 2002.

Em 2002, depois de abater em pleno voo a candidatura de Roseana Sarney – com a ajuda do Ministério Público do Avelar, da Polícia Federal do Itagiba, da Globo da revista Época, e do Presidente de então, Fernando Henrique Cardoso (leia “em tempo”) – o Padim Pade Cerra abateu a candidatura de Ciro Gomes com um Globope fajuto.

Fez circular uma pseudo pesquisa do Globope para mostrar que tinha ultrapassado Ciro.

Mentira.

A pesquisa era fajuta, segundo o próprio dono do Globope, o notável analista político Augusto Montenegro.

Uma vez, o Brizola disse a seu candidato a vice, Fernando Lyra, que era impossível ganhar uma eleição no Brasil, com a sociedade Globo-Globope.

Agora se fala de uma próxima pesquisa do Instituto Sensus que mostrará a vertiginosa ascensão do Aécio e a queda fulgurante da Dilma.

Só tem um problema: o Sensus trabalha para o Aécio.

“Já o Sensus, que está neste ano na campanha de Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República …”, diz Eduardo Belo, no caderno de fim de semana do Valor, o PiG (*) cheiroso, na reportagem “A era da incerteza”.

Portanto, a inclinação partidária, eleitoral do Sensus é ainda mais clara, direta, que o Globope e o Datafalha, sub-produtos de duas instituições que militam no Golpe contra governos trabalhistas – qualquer um, de Vargas a Jango, Brizola, Lula e Dilma.

E, como diz o Marcos Coimbra, da Vox Populi, só um país infra-democratico como o Brasil se deixa enganar por institutos de pesquisa de opinião.

Note bem , amigo navegante, uma palavrinha sobre esses últimos “levantamentos” de opinião pública que o PiG identifica como  a “queda inexorável da Dilma”.

Os Datafalhas e inúmeros Globopes mostram a mesma coisa.

Margem de erro pra lá, margem de erro pra cá – porque “margem de erro” no Brasil tem a flexibilidade de busto de assistente de palco:  aumenta e diminui a cada sessão de silicone – constata-se o seguinte.

Dilma caiu um ponto.

So que o PiG faz uma conta de somar: ela perdeu “X”no Globope + “Y” no Datafalha; mais “Z” no InSensus = – 75.

Dilma tem menos 75 !

É a aritmética do Golpe !

Em tempo: a participação do Governo Fernando Henrique no desmanche da candidatura Roseana, em 2002, está fartamente documentada no livro de Saulo Ramos, “Código da Vida”, Planeta, São Paulo, 2007, pág 415 e seguintes. Cerra e o Príncipe da Privataria jamais o interpelaram judicialmente.

Ao contrário: numa manhã de sábado, no Shopping Iguatemi, Saulo contou ao ansioso blogueiro que tinha até recebido carinhoso telefonema do Cerra pelo último aniversário…

O Ciro conhece profundamente a alma dos tucanos de São Paulo …

Em tempo2: o Presidente Sarney disse a uma colonista (**)  Ilustre da Folha (***) que Fernando Henrique recebeu no Palácio do Alvorada um fax do agente da PF na hora em que “estourou” o escritório do marido de Roseana. Dizia apenas a frase “missão cumprida”. Ela talvez não se lembre disso, mas o Sarney, o Cerra e o FH se lembram… E o ansioso blogueiro, também.

Hoje, a Ilustre se dedica a botar lenha na fogueira do “volta Lula”.

Uma questão de hábito …


Clique aqui para ler “Mino: Genoino preso e Dantas solto !​”


Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Padilha enfrenta Globo – e a PF do zé ! A PF do zé é o “esquema militar” do Jango !



O Globo Overseas, um dos principais beneficiários dos sistemáticos vazamentos da PF do da Justiça, publica nesta sexta-feira uma foto do Padilha como testemunha da assinatura do acordo do Laboratório Labogen, do doleiro dos tucanos, o Youssef, com o Laboratório Farmacêutico da Marinha.

Padilha era Ministro da Saúde.

Clique aqui para ler ” Padilha vai processar a PF ?”

O que faltou a PF vazar ao Globo ?

Que aquela foi uma solenidade PUBLICA  com 250 empresários de cem laboratórios para assinar compromisso INICIAL de fornecimento de remédio a laboratórios PÚBLICOS.

Cumpridas TODAS as etapas de avaliação do “compromisso”, o Labogen foi REJEITADO, não vendeu uma aspirina à Marinha e não recebeu UM TOSTÃO.

O Ministério da Saúde não comprou nada !

Não adiantava a Labogen “comprar” o Padilha.

Porque o Padilha não comprava, não era Ministro da Marinha e a decisão – contra a Labogen dos tucanos – saiu quando ele já não era Ministro da Saúde.

Por esse tipo de compromisso, o Ministério da Saúde participa de um processo interministerial de avaliação, que, se bem sucedido, resulta em que o laboratório privado fornecerá a um laboratório publico.

O Padilha explicou isso aos obedientes entrevistadores do Roda Morta.

Mas, se depender da PF do zé, terá de responder a mesma coisa TODO DIA !

O laboratório público, no caso, o da Marinha não recebeu, repita-se,  um Melhoral da Labogen – Melhoral, nem nada !

Um dos critérios dessa avaliação é o preço.

O laboratório público sempre compra pelo preço que o SUS paga.

Muitos laboratórios estrangeiros faziam dumping ao participar da licitação e o critério do “preço SUS” resulta que, ao fim do processo, o laboratório publico venha a pagar menos do que tinha sido previsto no “compromisso”.

Um dos itens mais importantes da balança comercial do Ministério da Saúde do Brasil é exatamente esse, da “química fina”.

E o critério de sucessivas avaliações do Ministro da Saúde e dos laboratórios públicos tem, também, o objetivo de fortalecer essa balança comercial.

Mas, isso tudo é rigorosamente secundário.

O que está em jogo é o trabalho na Policia Federal do zé de pretender destruir a candidatura do Padilha.

O resto é o luar de Paquetá.

É um processo diário de corrosão de imagem.

No caso, hoje, a tentativa de esvaziar o Comício do Anhembi com o Lula, a Dilma – e o Padilha !

O zé Cardozo, provavelmente, não ousará pisar lá !

Até quando o zé terá o direito de omitir-se na questão dos vazamentos da PF ?

O que diz o DG Daiello ?

A PF é Republicana ou Tucana ?

Há alguma dúvida ?

O ansioso blogueiro tem as suas.

Porque a PF é especialista em trabalhar para tucanos no Ministério da Saúde.

Quem não se lembra do delegado Bruno, aquele que vazou as fotos do dinheiro dos “aloprados” ?

Como se sabe, a cessão das fotos do delegado da PF ao PiG (*) foi exatamente uma operação para abafar a denuncia de que o Ministério da Saúde do Padim Pade Cerra e seu sucessor comprava ambulâncias super-faturadas.

A aliança da PF com o PiG – a Globo do “i” (**) à frente – levou a eleição de 2006 ao segundo turno.

Clique aqui para ler “o primeiro Golpe já houve, falta o segundo”.

Foi quando o jn ignorou o desastre da Gol para mostrar as notas do delegado federal Bruno – onde está ele ?

A história agora se repete.

Ministério da Saúde, PiG, Polícia Federal.

Fura-bolos, cata-piolho, pai de todos.

O pai de todos é o “i”…

E a PF do zé é o “esquema militar” do Jango.

Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.

Visita de deputados a Dirceu desmoralizou Legislativo, Judiciário e imprensa



Matéria da Folha de São Paulo sobre a comitiva de deputados federais que foi investigar as condições de encarceramento de José Dirceu no presídio da Papuda, em Brasília, publicada na terça-feira passada no UOL e no dia seguinte no jornal impresso, produziu um factoide asqueroso que tenta enganar a sociedade enquanto infringe descaradamente a lei.

Comecemos pela lei. O inciso VIII do artigo 41 da lei 7.210/84, que regula a Execução Penal no país, é claro quanto à exploração da imagem de pessoas mantidas em regime de privação de liberdade: é garantido aos presos “proteção contra qualquer forma de sensacionalismo”.

Ora, o que foi a matéria da Folha sobre as condições de encarceramento de José Dirceu se não uma clara violação da lei 7.210/84, que proíbe que sejam feitas e divulgadas imagens de presos no ambiente de confinamento? A lei impediu a Folha de usar imagens feitas por um membro da comitiva de deputados que visitou o ex-ministro em sua cela?

Se a Folha deu uma banana para a lei e publicou vídeo gravado ilegalmente por algum membro da comitiva que adentrou o presídio, parte dessa comitiva esbofeteou o país com relatos sobre regalias de Dirceu que foram contestados não por partidários do ex-ministro, mas por deputados de oposição ao PT que também participaram da visita.

Quatro membros daquela comitiva se destacaram pelas declarações sobre o que viram na Papuda: a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA), a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) e o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ).

Detalhe: os quatro deputados são de partidos de oposição ao governo Dilma e ao PT. Contudo, diferenciaram-se entre si por demonstrarem ou não espírito público e entendimento do que é fazer oposição.

A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) disse que Dirceu recebe tratamento diferenciado por sua cela ser “mais ampla e iluminada”, por ter televisão e micro-ondas, utensílios que afirmou que outros presos não têm e que, depois se soube, é mentira, pois vários presos com “bom comportamento” têm esses e outros utensílios. Inclusive, Dirceu tem uma pequena tevê antiga e há presos com tevês de plasma.

Já o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) relatou à imprensa, em tom de denúncia, que Dirceu assistia ao jogo entre Bayern de Munique e Real Madrid no momento em que os deputados chegaram à sua cela…
As declarações desses deputados ganharam as manchetes principais dos jornais do dia seguinte à visita (quarta-feira). Contudo, havia as declarações de Erundina e Wyllys, que foram solenemente ignoradas pelos repórteres que esperavam a comitiva parlamentar na saída da Papuda.

Jean Wyllys deu a seguinte declaração: “A gente veio verificar se havia regalias. Pela nossa visita, que a gente fez às celas, e pelas conversas que nós tivemos com os agentes penitenciários, os gestores e o diretor do complexo, a gente viu que não há regalias. Não há privilégio [a Dirceu]”.
Luiza Erundina declarou que viu “Uma cela modesta, uma cela malconservada, cheia de infiltrações, gotejando água no corredor, na porta da cela”. E que o tratamento que dão a Dirceu na Papuda lhe tira “Aquilo que é dado a outros presos”.

Entre dois pares de declarações tão contraditórias, adivinhe, leitor, que versão ganhou as manchetes… A dos que enxergaram “regalias”, claro. A manchete da Folha reproduziu a declaração de Mara Gabrilli, mas depois se soube que ela não entrou na cela de Dirceu por ser cadeirante e sua cadeira-de-rodas não passar pela porta.

Sobre a deputada tucana de São Paulo, aliás, vale uma informação pessoal deste que escreve. Essa deputada vem se elegendo há anos usando sua condição de deficiente física. Seu mandato atua junto a famílias de deficientes, as quais ela transformou em massa de manobra.

Há alguns anos, Gabrilli era vereadora na capital paulista. A esposa deste blogueiro vinha tentando conseguir vaga em uma instituição municipal para nossa filha, portadora de paralisia cerebral. Como não havia vaga na instituição, sugeriram a ela que procurasse a vereadora tucana.

Gabrilli impôs uma condição à minha esposa, para ajudá-la: teria que se unir ao “movimento” que essa parlamentar coordenava. Consultado pela esposa, recomendei que não se aproximasse desse tipo de gente. O desespero de mãe, porém, vendo a saúde de nossa filha Victoria se deteriorar, falou mais alto.
A mãe de minha filha doente se animou com a promessa, que quase foi cumprida. Gabrilli chegou a comunicar a ela que conseguira a vaga para a menina. Marcou dia e hora para Cristina ir buscar uma “carta” da parlamentar para a instituição.

Quando minha esposa foi procurar a assessora de Gabrilli para ir retirar a tal “carta” ouviu que a vaga “não tinha dado certo”, mas que a vereadora ficara sabendo que este blogueiro era o pai da criança e que, por eu ser “ligado ao PT”, seria “fácil” para mim conseguir vaga para minha filha em alguma instituição federal.
O resultado é que minha esposa passou meses protestando contra a minha atividade de blogueiro, que estaria prejudicando nossa filha. Mas, ao fim, consegui convencê-la de que não era eu que estava errado por exercer minha liberdade de expressão, mas a parlamentar que usara sua posição para perseguir inimigos políticos.

Não espanta, pois, que Gabrilli tenha dito o que disse após a visita à Papuda. Esse tipo de conduta é a cara dela.

Seja como for, o fato é que quem tenta se posicionar sobre esse caso fica num dilema. Em quem acreditar? Claro que o cidadão que tem posições políticas definidas acreditará no que quer, mas quem procura somente a verdade fica desalentado ao ver a contradição entre quatro parlamentares que viram a mesma coisa, mas relatam fatos tão diferentes.

Esse mesmo cidadão fica sabendo que é proibido captar imagens de presidiários para exploração jornalística, vê que um dos membros da comitiva de deputados infringiu a lei ao gravar tais imagens, vê que a Folha divulgou o que é proibido e conclui que o jornal e os deputados estão se lixando para a lei.
Por fim, já percebendo que este país não passa de uma republiqueta bananeira em que leis valem tanto quanto a seriedade de parlamentares e da imprensa, o cidadão vê o Judiciário não tomar providências contra um episódio que desmoralizou ainda mais instituições cuja imagem nunca foi das melhores. O Brasil poderia ter passado sem essa pantomima.