Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

terça-feira, 17 de julho de 2012

Nem o New York Times leva o Kamel a sério

Larry Rohter, que quase o Lula mandou embora, deixa transparecer que nem ele leva o Ali Kamel a sério.


Herbert Matthews foi o correspondente do New York Times que cobriu a Revolução Cubana com incontida simpatia pelos rebeldes.

Pagou cara por isso e se tornou símbolo do “jornalismo engajado”, incompatível com os cânones da Old Lady, o New York Times.

Larry Rohter é o Herbert Matthews de sinal trocado.

Ao longo de 14 anos no Brasil, inclusive como correspondente do New York Times, não passou de uma extensão do PiG (*).

Só que num tempo muito diferente do de Matthews e quando o Brasil já era outro.

Rohter era um PiG (*) sem munição e nenhuma repercussão aqui.

Ninguém mais se importava com o “deu no New York Times” do Henfil e do Jorge Benjor.

Virou galhofa.

Rohter acaba de escrever um livro de título ambíguo: “Brasil em Alta – história de um país em transformação”, pela Geração Editorial.

É um cozidão de ideias do PiG (*).

Basta ler os “agradecimentos” para se ter uma ideia da “alta” a que se refere.

O Brasil só melhorou porque tem muita sorte e muitos recursos naturais.

Porque, de resto, só os tucanos prestam.

De sua parte, o livro só presta para dar uma ideia do “interesse nacional americano” em relação Brasil.

Os americanos não querem que o Brasil tenha submarino nuclear.

Não querem que o Brasil lance foguete.

Não precisa lançar satélites.

Não querem que o Brasil domine o ciclo completo do combustível nuclear.

E deve mostrar aos americanos tudo o que fez para dominá-lo.

“Os militares brasileiros são uma força em busca de uma missão – qualquer missão, para justificar sua existência”, diz a certa altura o Matthews de sinal trocado.

Os americanos não querem o Mercosul.

E acham que a Venezuela não é amiga do Brasil.

“… o Brasil, com frequência, tenta ser amigo de todos e … também com frequência suas crenças mais fundas, sejam elas quais forem, não são claramente definidas, articuladas ou defendidas.”

Na América Latina, o que se diz – segundo ele – é que o “Brasil é um gigante econômico e um anão diplomático”.

Nada que o PiG e seus colonistas não digam todo dia.

Daria um bom editorial do Estadão.

Mas, Larry Rohter – que quase o Lula mandou embora, porque disse que ele governava bêbado – deixa transparecer que nem ele leva o Ali Kamel a sério.

Apesar de achar o Brasil um lixo – e, portanto, um país racista – Rohter se refere ao Ratzinger da Globo, o mais poderoso de todos os diretores de jornalismo da Globo (ansioso blogueiro sabe disso, porque trabalhou com todos os antecessores), como autor de um … digamos … um disparate.

Senão, vejamos








Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

O SENHOR DO ROUBOANEL



A trajetória libertadora de Dom Tomás



CPI: Gontijo assa a batata do Cerra

“Olha a CPMI chegando ao Serra”, disse o amigo navegante Chagas.

O amigo navegante Chagas enviou o segunte comentário:

Chagas

Opa! A ligação 19 cita o Gontijo esposo da socialite que fez aquela famosa doação de R$ 8,25 milhões para o PSDB nacional nas eleições de 2010… olha a CPMI chegando ao Serra!
Vale a pena ver de novo:
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2012/01/fabulosa-doacao-pessoal-de-r-825.html


Veja o que diz a ligação # 19 do post “Extra – 73 ligações de e com Policarpo”:



E aqui, veja a íntegra do que disse o Amigos do Presidente Lula:
A fabulosa doação PESSOAL de R$ 8,25 milhões da socialite para o PSDB! Mensalão do DEM na parada.
 

Ana Maria Baeta Valadares Gontijo doou R$ 8 milhões e 250 mil para a campanha tucana de 2010, como PESSOA FÍSICA.

O valor é comparável a doações de grandes bancos e grandes empreiteiras.

É o recorde entre as pessoas físicas.

A lei diz que as pessoas físicas podem doar no máximo 10% de seu rendimento bruto no ano anterior. Significa que ela precisa ter ganho perto de R$ 7 milhões por mês de salário ou renda em 2009 (pelo menos R$ 82,5 milhões de renda anual).

Se o Brasil é capitalista, o dinheiro é dela e a lei permite, ninguém teria nada a ver com isso, ok?

Não teria, se seu marido José Celso Valadares Gontijo não tivesse sido gravado por Durval Barbosa entregando pacotes de dinheiro, no mensalão do DEM (Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal).


Ana Maria Baeta Valadares Gontijo e José Celso Valadares Gontijo, nos salões da alta sociedade brasiliense.
O relatório da CPI sobre o mensalão do DEM, feita na Câmara Legislativa do Distrito Federal, dedica um tópico inteiro ao marido da milionária doadora de campanha tucana.

A íntegra deste tópico pode ser lida aqui (arquivo em PDF, 4 páginas).

Chama atenção a parte deste relatório que trata de uma de suas empresas, de telemarketing:



Relações perigosas

Meses antes do mensalão do DEM vir a público, a NaMariaNews já mostrava o fato da empresa citada ter conquistado um contrato  milionário com a Prefeitura de São Paulo, em abril de 2006 (no apagar das luzes da gestão tucana de José Serra antes de passar a faixa ao vice Gilberto Kassab). Em abril de 2009, a CALL TECNOLOGIA conquistou outro contrato, desta vez com o governo estadual de São Paulo, mas o governador era o mesmo José Serra, que era prefeito em 2006, e o mesmo que foi candidato a presidente em 2010 pelo partido que recebeu os R$ 8,25 milhões da mulher do dono da CALL.

Não é preciso fazer ilações para o leitor perceber o mau cheiro que exala desse sistema de financiamento privado de campanha, e porque seus defensores são a mesma turma da privataria tucana: José Serra, FHC, Aécio Neves, Álvaro Dias, José Roberto Arruda, etc.


Aos poucos – até a eleição de outubro – o Cerra vai entender que, com a invenção de um negócio chamado internet, fica difícil ser inimputável.

Paulo Henrique Amorim

Globo é o túmulo do jornalismo, mas Collor é uma lição de vida

Há pouco que falar sobre a extensa matéria do Fantástico que promoveu um massacre de injúrias e difamações contra o ex-presidente Fernando Collor de Mello no último domingo. Aliás, além de xingar e difamar, a Globo pode ter dado curso a calúnias.
Mas esse não é o aspecto mais importante daquele quadro em um programa que vai ao ar no horário mais nobre da televisão brasileira. O mais importante é o que havia de jornalismo e o que houve de pura vingança e de uma intimidação que não se resume a Collor.
O que foi, diabos, que a Globo trouxe de novo? Jornalismo é notícia, ao menos no formato imposto àquela matéria. Que notícia a Globo deu? Que Collor é macumbeiro? Isso o falecido irmão dele disse há mais ou menos 20 anos e foi objeto de especulações por muito tempo.
A maioria das pessoas não sabe o que ocorreu naqueles anos 1990 porque ainda há mais jovens do que de maduros no Brasil. E o que ocorreu àquela época, hoje perdeu todo o sentido.
Collor foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal e foi absolvido. Se por inépcia da acusação, da promotoria, como foi dito, não importa. Se fosse condenado, a condenação seria usada sem dó nem piedade; é justo que a absolvição tenha o mesmo peso que a condenação.
Um parênteses: pelo que a Globo fez com Collor, pode-se prever o que fará se os acusados principais no inquérito do mensalão (leia-se José Dirceu em primeiro lugar) forem absolvidos…
Então, a reportagem do Fantástico sobre Collor não serviu para nada. Requentou um caso que já se perdeu nos desvãos da história. E o mais interessante é que quem requentou esse escândalo é a mesma mídia que diz que a Privataria Tucana ocorreu já faz “muito tempo”.
Ah, mas Rosane Collor confirmou alguns cafés da manhã entre Collor e PC Farias antes de eclodir o escândalo. E daí? PC foi caixa da campanha de Collor à Presidência. Não tem relevância alguma essa informação. Jamais terá conseqüência.
Não havia razão para a Globo trazer esse assunto à tona depois de tanto tempo. Collor fazia macumba, é? Quanta socialite ou dona-de-casa ou pai de família ou estudante ou empresário não faz seus “trabalhos”?
Em minha opinião, aliás, a Globo deu um tiro no pé, porque “trabalhos” com “animais mortos” estão por toda parte, neste país, e ninguém fica chamando de “magia negra”.
Ridículo, estapafúrdio, arcaico, fundamentalista… É criminalização religiosa, aliás. Daqui a pouco o PIG vai pregar a formação de uma força policial para prender qualquer Pai de Santo que matar uma galinha e colocar numa cesta com velas, fitas etc. numa encruzilhada.
Aliás, a criminalização da elite a certos cultos religiosos mal identificados com a cultura afro remonta aos primórdios da colonização brasileira. Mas o mais gozado é que nessa própria elite há muita gente fazendo seus “trabalhinhos”.
Alguma novidade, até aqui? Não é o que se diz à larga na Blogosfera e nas redes sociais, que a Globo e seus congêneres são o túmulo do jornalismo? Além de usar uma concessão pública para suas vendetas pessoais, a emissora da família Marinho ainda a usou para intimidação criminosa de membros da CPI do Cachoeira que pensem em incomodar a Veja e a própria Globo.
Resta saber qual será o prejuízo de Collor. Particularmente, penso que seu eleitorado não esteve e nem estará nem aí para o ataque que a Globo lhe fez.
Os setores que se impressionaram com as caras e bocas de “espanto” da entrevistadora Renata Ceribelli diante das “revelações” da esposa ressentida e gananciosa de Collor, que deixou ver que fez tudo aquilo porque a amiga ganha 40 mil reais de pensão do ex-marido e ela ganha “só” 18 mil reais, já não gostavam dele antes.
Grave, porém, é o uso de concessão pública para um ataquezinho político rasteiro, maledicente, burro e preconceituoso.Em qualquer país civilizado e desenvolvido, os irmãos Marinho sofreriam um questionamento pelos órgãos de controle da mídia que funciona sob concessão do Estado.
Contudo, estamos no Brasil e deve ficar tudo por isso mesmo.
Agora, convenhamos: que lição de vida representa o que a Globo fez com Collor, hein. Ele recebeu de volta exatamente aquilo que fez com Lula em 1989 – levou sua ex-namorada Miriam Cordeiro para injuriá-lo e difamá-lo na TV.
A ironia do destino é sempre surpreendente. A vida supera a arte. É ampla a quantidade de chavões que cabe usar. Nem se tivessem escrito um romance em que, mais de vinte anos depois, o feitiço se viraria contra o feiticeiro, a cena teria sido tão irônica.
Essas pessoas que aplicam esse tipo de golpe baixo nos desafetos, com ataques pessoais de natureza miseramente maledicente e geralmente sob armações, deveriam refletir muito…
Dado o que há de surpreendente em Collor ter sido vítima da mesma baixeza que praticou, seria demais cogitar que aqueles que, na Globo, engendraram essa vingançazinha tola, baixa, mesquinha e burra poderão, um dia, ser vitimados por gente igual a si?

GRAÇA FOSTER: "XÔ,CHUPIM, NO MEU NINHO, NÃO"


O vazio de lideranças na coalizão demotucana  obedece a causas diversas sendo de conhecimento público que alguns de seus centuriões ardorosos foram destroçados nas urnas, enquanto outros, andam às voltas com as leis. O tucano Arthur Virgílio, ex-líder do PSDB no Senado, enquadra-se no primeiro caso;o savonarola da direita linha dura, o demo Demóstenes Torres, sugestivamente outro  ex-líder no Senado (recém-cassado), exemplifica o destino do segundo grupo. O dispositivo midiático conservador exaspera-se. À falta de ventríloquos busca-se cooptar expoentes do outro lado, na tentativa de injetar algum gás à oposição . Indispor a Presidenta Dilma Rousseff com Lula foi a primeira evidencia de uma ingenuidade desesperada. O esférico fracasso antecipou a luta jornalística pela sucessão em 2014: durante semanas, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o seu partido, o PS, foram apresentados como rivais de Dilma e do PT. Tiro no pé: Campos desautorizou especulações e afirmou altivo: sei qual é o meu lado, apoio a reeleição da Presidenta. A mais recente ofensiva consistiu em usar a nova presidente da Petrobras, Graça Foster, como aguilhão para atacar Lula, a regulação do pré-sal e tudo o que ela enseja como estratégia soberana de desenvolvimento. Na 6ª feira, o ovo do chupim  plantado em ninho alheio gorou também. Com a palavra, Graça Foster: "Antes  de ser nomeada participei por quatro anos e meio da diretoria liderada por Gabrielli (Sergio Gabrielli, presidente da estatal no governo Lula). Sou parte responsável por tudo (...) o que saiu de bom é óbvio que a gente gosta de lembrar; mas tudo o que não está bom é de total responsabilidade minha também;somos amigos e do mesmo partido. Sou filiada ao PT com o maior orgulho. Se você abrir a minha carteira, está lá: a carteirinha do PT"