Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Tempo e Temer elegerão Lula ou quem ele indicar

brasil crise capa
O salário dos “memeiros” é “Fixo e secreto”, afirma Kim Kataguiri, um dos coordenadores do MBL, segundo reportagem da Folha de São Paulo sobre a estratégia do “movimento” para manter acesa a chama da burrice em um setor bem específico da sociedade.
Rafael Rizzo, 25, e Arthur França, 24, os “memeiros” recém-contratados pelo “movimento” dizem trabalhar cerca de 12 horas diárias. Os dois também administram as redes do MBL como um todo.
O dinheiro que abunda para esses picaretas do MBL financiou o lado mais cruel do golpe: o de fazer pessoas que seriam afetadas pela ruptura institucional e o consequente fim da visão social do Estado brasileiro após a ascensão do PMDB e do PSDB ao poder.
Incontáveis milhões de dólares foram gastos para derrubar Dilma Rousseff e o PT. Empresas, partidos políticos e ricaços do Brasil e do exterior investiram e continuam investindo fortunas para sustentar o governo oriundo do golpe e manter acesa uma chama que, apesar de tantos recursos, já começa a ficar bruxuleante…
Um vídeo divulgado no ano passado já deixava muito claros os interesses por trás desses “movimentos espontâneos” que mobilizaram multidões ao custo de milhões e milhões de dólares. Foi produzido pela “The Real News”, agência independente de jornalistas investigativos. Vamos assistir.
Esse investimento que está sendo feito pelo MBL em redes sociais, segundo o relato da Folha, já prevê as dificuldades que os mercadores de estupidez vão ter daqui até o ano que vem para manter acesa essa chama da burrice que permitiu a derrubada de um governo cuja obra social todos conhecem e que foi trocado por um governo que, a cada dia, edifica mais o empobrecimento da sociedade brasileira.
Não importa quanto a mídia tente vender “melhora” da economia. Não há melhora alguma.
O desemprego parou de cair porque o nível de emprego já está no fundo do poço. Os pouquíssimos empregos criados são muito piores. Pagam salários que chegam a 1/3 do que eram antes do golpe, sem contar que a inflação corroeu os valores, fazendo o que é 1/3 virar, quem sabe, 1/10.
A economia não irá reagir por falta de confiança dos investidores. Ninguém sabe o que acontecerá no ano que vem. Só um louco colocaria dinheiro no Brasil neste momento.
O ataque aos programas sociais irá retirar uma rede de proteção que vinha atenuando os efeitos da crise. A sociedade, desprotegida, verá surgirem hordas de miseráveis desesperados, o que inclui àqueles que optarão por “soluções” desesperadas, entre as quais o crime.
Pobreza, desigualdade, violência, criminalidade…
Foi tudo muito rápido. O Brasil mergulhou no inferno de repente. Não houve tempo para as pessoas esquecerem que até há pouco o Brasil era um país promissor, em que a economia crescia, a pobreza despencava, a desigualdade melhorava a olhos vistos.
O Brasil era o país para o qual os que emigraram para o exterior retornavam. Durante mais de uma década a vida melhorou tanto por aqui que, pela primeira vez na história, a renda se desconcentrou como jamais ocorrerá. Os governos do PT viram acontecer a primeira verdadeira queda na desigualdade em mais de um século de vida republicana.
Ainda há muita gente reticente contra Lula, o PT e a esquerda. O dinheiro grosso que alimenta as fábricas de burrice dos MBLs da vida vai continuar jorrando, mas, em algum momento, esses setores imbecilizados da sociedade vão ter que começar a pensar na realidade de suas vidas.
Grande parte dos inocentes (burros) úteis dos quais esses movimentos fascistas se valem será dramaticamente afetada pela crise. Não haverá dinheiro suficiente para enganar tanta gente.
Os financiadores desse festim diabólico que sustenta mistificadores como os do MBL atingiriam melhor seus objetivos se jogassem essas fortunas de um avião sobre o país. Contratar memeiros não vai impedir que as pessoas sintam os efeitos da piora da condição de vida que Temer e o PSDB vão impor aos brasileiros.
Ou alguém acha que as pessoas vão comer memes ou pagar contas com eles?
A liderança de Lula está crescendo porque, a cada dia, mais e mais pessoas percebem quanto a vida era melhor quando o PT estava no poder. É por isso que esbirros da ditadura temerária como Sergio Moro perdem popularidade na mesma medida que Lula ganha.
O mais incrível é que, enquanto golpistas e seus apoiadores fazem pouco das possibilidades de Lula voltar a governar o Brasil afirmando que o povo o rejeita, torcem para que a Justiça o inabilite a tempo para NÃO concorrer como candidato.
O efeito que teria diante do mundo o Brasil impedir o principal candidato a presidente de concorrer não será pequeno. E vai dificultar ainda mais a saída da crise.
No limite, se a direita vencesse em 2018 e continuasse aplicando o programa econômico em curso, o país mergulharia Juem uma convulsão social generalizada. Sem partidos, mas com gente desesperada promovendo saques e mergulhando no mundo do crime.
O aumento previsível da esperança em Lula lhe permitirá apontar em quem um país desesperado deverá votar. O povo revoltado com o impedimento a votar em quem aposta para tirar o país do buraco ouvirá contrito a indicação do ex-presidente, caso a Justiça teime em dar um golpe eleitoral no ano que vem.
Não acredita? Tudo bem. Mas não esqueça de que leu aqui essa análise.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Na terra de Lula, até os postes querem votar nele

Lula pernambuco capa
Na semana que finda estive em Recife em visita a filha que foi residir lá em 2014 com sua família por questões profissionais do marido. Em solo pernambucano, descobri um nível de apoio a Lula que explica a viagem do ex-presidente à região.
Contatos políticos que fiz durante a estadia em Recife confirmam a única pesquisa confiável sobre o apoio a Lula em Pernambuco.
Reportagem publicada no UOL em abril deste ano relata pesquisa na qual as intenções de voto do ex-presidente naquele Estado alcançam incríveis 65%, o que explica visita que ele está fazendo à região.
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Lula terá direito a um terceiro mandato no que depender dos pernambucanos. De acordo o Instituto de Pesquisa Uninassau, ele tem 65% das intenções de voto no Estado. Jair Bolsonaro (PSC) e Marina Silva (Rede) aparecem com 6% e Geraldo Alckmin (PSDB), Aécio Neves (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) têm 1%.
O levantamento foi feito nos dias 23 e 24 de março, com 2.014 entrevistas em todo o Estado. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,2%.
Se for à Pernambuco, sobretudo ao Recife, você vai sentir essa realidade. Nos contatos que fiz por lá, pude obter análises apuradas não apenas sobre a aprovação a Lula em Pernambuco, mas em todo o Nordeste. A onda Lula engolfou a região.
Na última quarta-feira, 23 de agosto, palestrei na Universidade Católica de Pernambuco a convite da instituição. O contato com professores da Unicap me permitiu entender a razão pela qual Lula deve ter um apoio massacrante no Nordeste na eleição do ano que vem.
O Nordeste experimentou o maior crescimento da história durante os oito anos do governo Lula. Pernambuco, em especial, cresceu mais do que qualquer Estado na região ou no país. O povo nordestino sabe por que quer Lula na Presidência de novo.
A odiadores profissionais de Lula que visitarem a capital pernambucana, recomenda-se que permaneçam em Boa Viagem e redondezas. E, assim mesmo, não será uma boa ideia verter antipetismo e antilulismo por lá.
*
Enfim, convido você a assistir, no vídeo abaixo, trecho da palestra que proferi na quarta-feira (23) na Universidade Católica de Pernambuco.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Eletrobrás: 61% dos brasileiros são contra privatizações

privataria capa
Apesar de o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso participar ativamente da política brasileira emitindo opinião sobre quase tudo, desde que deixou a Presidência da República ele nunca mais foi incluído em uma pesquisa de intenção de voto para o cargo que ocupou entre 1995 e 2002.
Não, não se trata de discriminação por parte da mídia. Muito pelo contrário…
FHC foi recentemente lembrado pelos meios de comunicação até para se tornar presidente de novo via eleição indireta, caso Michel Temer perdesse o cargo por conta das provas de corrupção que surgiram contra si. Mas o tucano jamais foi incluído em pesquisa de intenção de voto simplesmente porque a opinião dos brasileiros sobre ele seria desmoralizante.
De todos os problemas de governança que tornaram o ex-presidente tão impopular, o processo que ficou conhecido como “privataria tucana” ocupa destaque. Entre 1995 e 2002, FHC vendeu as ditas “joias da coroa” do patrimônio público brasileiro por preço considerado vil por grande parte dos analistas, mas não é por isso que o povo reprovou as privatizações.
Agora, Michel Temer dá asas à sua ilegitimidade e anuncia que pretende empreender um “mega processo de privatizações”, a começar pela Eletrobrás em um processo que, por certo, chegará à Petrobrás.
Antes de demonstrar que Temer, mais uma vez, age á revelia da vontade dos brasileiros, vale abordar, primeiro, uma pesquisa Ibope levada a cabo em 2007. Em seguida, outros dados bem mais recentes serão acrescentados
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À época, a maioria do eleitorado brasileiro (62%) apareceu em pesquisa como sendo contra a privatização de serviços públicos feita por quaisquer governos, segundo apuração feita pelo jornal O Estado de São Paulo em parceria com o instituto Ipsos.
Apenas 25% dos brasileiros aprovava as privatizações. A percepção era a de que as privatizações pioraram os serviços prestados à população nos setores de telefonia, estradas, energia elétrica e água e esgoto.
Detalhe: as mais altas taxas de rejeição (73%) estavam no segmento de nível superior e nas classes A e B. Mas nem sempre foi assim.
Em dezembro de 1994, uma pesquisa Ibope sobre privatização de bancos estaduais mostrou que 57% eram a favor de privatizá-los total ou parcialmente e só 31% eram contrários. Em fins de março de 1995, outra pesquisa Ibope atestou que 43% dos brasileiros eram a favor das privatizações e 34% eram contrários.
Os mais criticados, segundo a pesquisa, eram os serviços prestados pelas concessionárias de energia elétrica (pioraram para 55% e melhoraram para 31%) e água e esgoto (54% e 29%, respectivamente) e as de telefonia (51% e 37%) e de estradas (47% e 36%).
Dali em diante, conforme as privatizações foram acontecendo, isso mudou muito. Em 2007, uma robusta maioria já achava que a qualidade dos serviços prestados por empresas privatizadas tinham piorado.
Aí os picaretas que apoiam Temer e o roubo de patrimônio público vão dizer que de 2007 muita coisa mudou, o Brasil deixou de ser “petralha” etc., etc. Mas não procede. Pesquisa recente revela que o percentual dos que reprovam privatizações permanece inalterado.
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A maioria dos brasileiros continua contra a privatização de empresas estatais. A constatação é de uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, feita com exclusividade para o site O Financista.
A pesquisa ouviu 2.020 pessoas maiores de 16 anos em 158 cidades de 24 Estados, mais o Distrito Federal em julho do ano passado. Do total, 60,6% dos entrevistados declararam-se contra privatizar as estatais; 33,5% são favoráveis; e outros 5,9% não souberam ou não opinaram.
A questão apresentada aos participantes foi: “Com o objetivo de melhorar a situação econômica do Brasil, o governo Michel Temer planeja vender, ou seja, privatizar algumas empresas e ativos estatais. O Sr(a) é a favor ou contra essa medida?”
A enquete também avaliou a posição dos entrevistados em relação à venda das principais estatais federais. Apesar de todo o desgaste na imagem da Petrobras, epicentro da Operação Lava Jato, os brasileiros apoiam sua permanência nas mãos do governo: 63,3% são contra sua privatização; 31,1%, a favor; e 5,6% não souberam ou não opinaram.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos também enfrentaria resistências, caso o governo a transferisse para o controle privado: 62,4% são contra sua venda; 32,3%, a favor; e 5,3% não souberam ou não opinaram.
A privatização dos bancos públicos é a que desperta maior rejeição. Quando indagados sobre uma eventual privatização do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica, 67,5% dos participantes declararam-se contrários; outros 26,8% são a favor; e 5,7% não souberam ou não opinaram.
Assim mesmo, a privataria 2.0 deve ser levada a cabo. Mesmo contra a vontade do povo. E não só pelo PMDB de Michel Temer; o PSDB, mais uma vez, está na contramão da vontade popular e certamente estará apoiando outra grande queima de patrimônio público.
Eis que surge a pergunta: por que políticos, que vivem da opinião do eleitorado sobre si, afrontam com tanta desenvoltura àqueles que podem aposentá-los?
Não é difícil entender por que. Certamente Temer, seu partido e os aliados tucanos esperam lucrar de outra forma que não através do voto popular. O que $erá que o$ privateiro$ irão ganhar de$ta vez? Deve $er um prêmio muito bom para fazê-lo$ mandar o eleitorado pa$tar, não é mesmo?