Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 1 de março de 2016

Suprema ironia: um vazamento furou o zóio da “Vaza Jato”

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vazamento
Andei comentando com amigos que a ironia é a prima porra-louca da verdade. Nesse aspecto, a debochada produziu uma obra prima. A Operação Lava Jato ficou conhecida como Operação Vaza Jato, por razões óbvias. E, nesta semana, foi um vazamento que melou seus planos.
Para quem só começou a se interessar por política nas últimas horas ou ficou incomunicável em uma ilha deserta desde a semana passada, lembro que, na última sexta-feira, esta página divulgou informações sobre decisão muito esquisita do juiz Sergio Moro, que segue escondida.
Trata-se, aqui, da decisão 5005896-77.2016.404.7000, emitida pelo magistrado no dia 23 de fevereiro de 2016.
A decisão em tela quebra os sigilos bancário e fiscal do ex-presidente Lula e de mais de 40 outras pessoas, incluindo sua esposa, seus filhos, seus amigos e correligionários mais próximos, sem falar em várias empresas ligadas à família e/ou a esses amigos.
Apesar de essa medida judicial ter sido emitida no dia 23, este blog só divulgou a informação no dia 26, porque, antes, submeteu ao Instituto Lula a gravação feita pela fonte da denúncia, que leu a este blogueiro, por Whats App, a decisão de Moro, ou seja, os nomes das empresas e das pessoas que tiveram sigilos quebrados.
O Instituto consultou o blogueiro sobre a possibilidade de um prazo para avaliar e comentar a informação antes de ser divulgada, o que este que escreveu julgou justo, já que a informação atingia diretamente o ex-presidente da República, sua família, seus amigos e até seus parceiros em negócios.
Eu teria feito o mesmo se a denúncia envolvesse quebra de sigilos de um tucano, seus famíliares etc.
Aliás, esperar a resposta do Instituto também era necessário porque só o ex-presidente e seu staff poderiam dizer se os nomes das empresas que figuravam na denúncia eram reais.
Não demorou, pois, mais do que 24 horas para outras pessoas do Instituto me procurarem atestando que tudo que figurava na lista revelava que, de fato, a quebra de sigilo aconteceu, até porque duas pessoas que ali figuram foram procuradas por QUATRO agentes do Ministério Público, que foram interrogar (sem mandado) caseiro de sítio em Atibaia atribuído a Lula.
Nesse afã, interrogaram também o irmão do caseiro, que nada tem que ver com o peixe.
Lula e seu Staff só ficaram sabendo do interrogatório graças à denúncia do Blog. Ao verem os nomes do caseiro Elcio e de seu irmão Edvaldo, foram falar com eles e descobriram que haviam sido interrogados ilegalmente.
Aliás, vale ressaltar que as ilegalidades da Vaza Jato não terminam por aí.
Por exemplo: por que a decisão de quebra de sigilos não foi comunicada ao público em geral e àqueles que tiveram os sigilos quebrados, mas foram informadas pelas autoridades a alguns determinados veículos da dita “grande imprensa” de São Paulo e do Rio?
Aliás de novo, por que a decisão foi tomada no dia 23 e informada no mesmo dia a esses órgãos de imprensa e nada aconteceu até agora?
Só podemos deduzir que a quebra de sigilos foi tomada como medida adicional a alguma outra que deveria ter sido tomada no primeiro ou no segundo dia desta semana, conforme a denúncia que o Blog recebeu.
A medida adicional seria operação da PF de busca e apreensão no Instituto Lula, nas residências do ex-presidente e de seus familiares, amigos, empresas de todos esses etc. Contudo, operação de busca e apreensão só funciona se for feita de surpresa, do contrário o alvo da operação tem tempo de se livrar de tudo que possa servir aos investigadores.
Se a Operação Vaza Jato fosse séria, portanto, não teria “vazado” as quebras de sigilo para a “imprensa simpatizante” do eixo São Paulo-Rio. Ao fazê-lo, o vazamento se espraiou para onde os vazadores não queriam que se espraiasse.
Eis, portanto, a obra insuperável da prima porra-louca da Verdade. É uma ironia quase mística a Operação Vaza Jato ter tido seus planos de busca e apreensão melados pelos próprios vazamentos que promoveu. Quem vaza será vazado. Essa é a moral da história