Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Por que o Ibope desanimou os colunistas tucanos




Em tese, a última pesquisa Ibope sobre intenções de voto para presidente da República deveria ter sido daquelas contra as quais ninguém chia, pois manteve os principais candidatos a presidente praticamente onde estavam no mês passado – os que “subiram” (Aécio Neves e Eduardo Campos), foi dentro da margem de erro.
Ainda assim, tanto no pré-Ibope quanto no pós o que se viu foram manifestações explícitas ou implícitas de desalento por parte de alguns dos principais colunistas aliados do PSDB na grande imprensa, aqueles que só sabem criticar o PT e que, à diferença do que acontece em relação a este, não se indignam com escândalos como aécioportos e cartéis.
Tomemos como exemplo o colunista e blogueiro da Globo Ricardo Noblat e a colunista da Folha de São Paulo Eliane Cantanhêde. De quinta para sexta-feira, parece que lhes caiu a ficha de que se Dilma tem problemas maiores com intenções de voto neste ano do que tinha em 2010, com a oposição ocorre pior: Aécio e Eduardo é que precisam deslanchar – já que Dilma está bem à frente deles –, mas não deslancham.
Antes de prosseguir, confira abaixo, respectivamente, o texto de Cantanhêde e, em seguida, o de Noblat.
FOLHA DE SÃO PAULO
7 de agosto de 2014

BLOG DO NOBLAT

8 de agosto de 2014
Deste jeito, Dilma poderá ganhar no 1º turno
A um ano da eleição presidencial de 2002, em conversa com um grupo de empresários paulistas, José Dirceu, coordenador da quarta campanha consecutiva de Lula a presidente da República, comentou:
- A eleição está liquidada. Lula ganhará – só não sabemos ainda se no primeiro ou segundo turno. Começamos a discussão interna sobre com quem governaremos.
O comentário de Dirceu foi mais ou menos repetido na semana passada por um estrelado membro da campanha de Dilma Rousseff à reeleição. Faltou apenas dizer que a candidata já se preocupa com quem governará.
Faz sentido?
Faz, sim. A não ser que ocorra um poderoso imprevisto. Do tipo: a filha de Dilma guarda a chave do aeroporto de Porto Alegre.
O caso do aeroporto mineiro de Cláudio, construído em terras da família de Aécio Neves, atrapalhou o desempenho do candidato do PSDB a presidente durante o mês de julho. Até hoje ele ainda se explica por que como governador de Minas Gerais gastou R$ 13 milhões para asfaltar a pista do aeroporto.
Descobriu-se que ele investiu dinheiro público em outro aeroporto – o de Montezuma, a pequena distância de uma fazenda sua.
Eduardo Campos, candidato do PSB à vaga de Dilma, atravessou julho desnorteado a prometer o que poderá ou não fazer caso se eleja. Enfrenta o dilema hamletiano de ser ou de não ser uma pálida sombra do que foi Marina Silva na eleição de 2010.
Dilma chegou ao início de agosto próxima do confortável teto de 45% das intenções de voto. Voltou à situação de quem poderá liquidar a eleição no primeiro turno. Ou de passar para o segundo precisando de poucos votos a mais para se reeleger.
Agosto marca o início do período de 45 dias de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Devido ao grande número de partidos que a apoiam, Dilma contará com mais do dobro do tempo de propaganda de Aécio e com o mais do triplo do tempo de propaganda de Eduardo. É uma vantagem e tanto.
A eleição presidencial deste ano é candidata à passar à História como aquela onde faltou uma oposição capaz de corresponder ao majoritário desejo de mudança dos brasileiros.
Se não tem tu, vai tu mesmo, Dilma!
A despeito de todas as consultorias e instituições financeiras que afiançam que Aécio vencerá, a despeito da tão propalada “rejeição” de Dilma – de um nível com o qual ela VENCEU a eleição de 2010 e que gira em torno de 35% –, o desânimo campeia nas hostes tucanas e “socialistas”.
Eis, então, que os adeptos do autoengano argumentarão que os números do Ibope mostram Aécio e Eduardo subindo, ainda que dentro da margem de erro, e Dilma “estagnada”. Mas os oposicionistas estão subindo quando e como? Estão subindo dentro da margem de erro (2 pontos percentuais) e no primeiro turno.
Novamente, os antipetistas dirão que Aécio e Eduardo cresceram no segundo turno e acima da margem de erro (Aécio e Eduardo cresceram três pontos) e Dilma, nessa incerta segunda etapa da eleição, cresceu dentro da margem de erro (1 ponto).
Sim, é verdade. A pesquisa, tal qual foi apresentada, ainda que dentro da margem de erro favorece mais a oposição.
Abaixo, os gráficos apresentados pelo Jornal Nacional na última quinta-feira (7/8).

Os colunistas tucanos já explicaram que Dilma está chegando ao horário eleitoral – quando terá o dobro do tempo de Aécio e o triplo do de Eduardo – com larga vantagem, mas não explicaram que eles e o próprio PSDB esperavam que ao menos um dos oposicionistas chegasse a essa fase tecnicamente empatado com Dilma.
Mas o que mais esses colunistas – e vários outros que estão desanimados – não disseram sobre a pesquisa Ibope em termos de seu poder depressor de tucanos? Nem Cantanhêde, nem Noblat e nem qualquer outro tucano do partido tucano ou da imprensa tucana dirão, mas eles estão desanimados por estarem comparando essa pesquisa com a do Datafolha do mês passado.
O Datafolha de julho apresentou números parecidos com o do Ibope recém-divulgado, certo? Sim, certo, mas só no primeiro turno. Veja, abaixo, matéria da Folha de São Paulo de 17 de julho último.

Como se vê, o Datafolha deu uma de black bloc e jogou uma bomba na praça: Dilma e Aécio estariam tecnicamente empatados em um eventual segundo turno. A bomba foi tão poderosa que o próprio governo federal acabou se fazendo ouvir sobre seu inconformismo com aquela projeção de segundo turno.
No dia 18 de julho, este Blog ouviu fontes do governo para publicar o post Governo Dilma duvida do Datafolha, principalmente sobre 2º turno. Naquele momento, o governo afirmava que pesquisas que o Vox Populi faz para o PT mostravam números bem melhores para Dilma tanto no primeiro como no segundo turnos. Porém, no segundo turno a diferença era gritante.
Daquela pesquisa Datafolha em diante, as outras não mostraram números parecidos no segundo turno. Inclusive a que o Ibope acaba de divulgar.
O que se extrai de tudo isso é que:
A) o Datafolha, assim como em 2010, tentou forçar a barra com uma profecia pretensamente autorrealizável sobre o 2º turno – do tipo que se realiza simplesmente por ter sido feita –, mas os números do Ibope mostram que a estratégia fracassou, já que Dilma aparece com seis pontos à frente de Aécio;
B) O tempo para uma reação oposicionista se esvai e nada muda, o que é muito ruim para a oposição porque em 2010, a esta altura, os dois principais candidatos de oposição (José Serra e Marina Silva), somados, tinham 39% e, hoje, têm 32%, enquanto que Dilma está exatamente onde estava há quatro anos.
Simples assim.

Analista do Santander plagiou outra instituição

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Demitida por texto polêmico que relacionou ameaça à economia com a reeleição de Dilma Rousseff, executiva Sinara Polycarpo copiou na integra trechos de avaliação produzida por economista do banco Fator; caso levou presidente mundial do Santander, Emilio Botín, a pedir desculpas ao governo brasileiro, e resultou na demissão de ao menos quatro pessoas

247 – O polêmico informe enviado em nome do Santander a clientes de alta renda contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff usou frases inteiras do relatório do banco Fator, que já circulava no mercado há mais de um mês.

De um texto curto de seis frases, cinco foram copiadas parcialmente ou na íntegra, pela executiva Sinara Polycarpo, do Santander, do relatório do banco Fator, assinado pelo estrategista Paulo Gala, também professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

"A quebra de confiança e o pessimismo crescente em relação ao Brasil em derrubar ainda mais a popularidade da presidente, que vem caindo nas últimas pesquisas", dizia o texto do Santander... Se a presidente se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir ".
Já o documento do Fator destacava: "A quebra de confiança e pessimismo crescente em relação ao Brasil pode derrubar ainda mais a popularidade da presidente nas pesquisas... Se Dilma se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas um cenário de reversão pode surgir".

Dilma classificou a atitude do Santander de "lamentável" e "inadmissível". O caso levou o presidente mundial da instituição, Emilio Botín, a pedir desculpas públicas ao governo brasileiro. Ao menos quatro pessoas foram demitidas.

WSJ ( Wall Street Journal ) reconhece a força do pré-sal do Brasil


Isso é a Bovespa: Petrobrás bate recorde produção em julho, mas as ações da estatal caem nesta 5ª feira porque Dilma bate os gêmeos ideológicos no 1º turno, 38% x 32%, diz o Ibope

Dilma no encontro com as centrais sindicais: 'Eu estou do lado do trabalhador: não quero ser reeleita pra arrochar salário, desempregar e tirar direitos trabalhistas


Piada: Aécio critica desindustrialização no mesmo dia em que seus assessores econômicos defendem câmbio livre que incentiva a importação e mata a indústria


Aprovação à Presidenta, segundo o Ibope, salta de 44% para 47%: jornais classificam isso de estabilidade

Inflação despenca e Banco Central revoga a palavra resistente associada à alta dos preços: discurso conservador da estagflação esfarela

Fonte: Site Carta Maior.


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“Quando a Petrobras revelou a maior reserva de petróleo da sua história, em 2007, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva brincou que a descoberta havia provado que Deus é brasileiro. Novos dados de produção estão levando muitos na indústria a compartilhar esse otimismo”, diz reportagem do americano Wall Street Journal; extração de 520 mil barris, um recorde histórico para a estatal, e reconhecimento internacional derrubam teses derrotistas de colunistas como Carlos Alberto Sardenberg e Reinaldo Azevedo 


247 – Em reportagem nesta sexta-feira, o Wall Street Journal furou previsões incrédulas da mídia brasileira reconhecendo a força do pré-sal no Brasil.
“Quando a Petrobras revelou a maior descoberta de reservas de petróleo da sua história, em 2007, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva brincou que a descoberta havia provado que Deus é brasileiro. Novos dados de produção estão levando muitos na indústria a compartilhar esse otimismo”, diz o texto.
 
Em maio, a extração de 25 poços da província do pré-sal resultou em 520 mil barris, um recorde histórico para a estatal. O governo estuda até ceder mais áreas para a produção da Petrobras, seguindo modelo adotado para a produção de quatro áreas da Bacia de Santos - Búzios, Florim, Nordeste de Tupi e Entorno de Iara.

“É um crescimento rápido para a Petrobras em uma das regiões petrolíferas mais desafiadoras do mundo. Os depósitos se encontram a cerca de 320 quilômetros longe da costa sudeste do Brasil, enterrados no solo oceânico sob uma grossa camada de sal, o que dá nome aos campos”, afirma a publicação.

Texto diz ainda que, com o pré-sal, o Brasil pretende ser um dos cinco principais produtores de petróleo do mundo até 2020, quando a produção deve chegar a quatro milhões de barris por dia.
 
Recentemente, a presidente Dilma Rousseff comemorou a marca ao lado da presidente da estatal, Graça Foster, lembrando que a exploração do pré-sal foi desacreditada por muitos comentaristas.

“A solidez, os avanços e as conquistas de uma empresa do porte e da importância estratégica da Petrobras só podem ser compreendidas numa cadeia ininterrupta de sucessos. Não vai ser um ou outro fato isolado que irão mudar essa história”, disse Dilma.
 
Em 2008, o colunista Carlos Alberto Sardemberg chegou a publicar que «o petróleo do pré-sal só existia na campanha do governo”. “Acreditar que o óleo esta na mão é como acreditar que o Brasil é auto-suficiente em petróleo”, escreveu.

Um ano depois, o jornalista neocon Reinaldo Azevedo comemorava: “E saiu só um tiquinho de petróleo do pré-sal no bloco Tupi”.