Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 12 de setembro de 2017

Abaixo a censura fascista à exposição de arte LGBT



escrotinhos mbl capa
Quem decidiu se interessar pelo estudo da ascensão do fascismo na Alemanha dos anos 1920/1930, não perdeu tempo. O Brasil está percorrendo caminhos cada vez mais parecidos.
A diferença é que o Brasil contemporâneo não tem um só Hitler – são muitos os líderes fascistas atuando hoje no país e sem responder a um comando central.
Outra grande diferença do processo de ascensão do fascismo em nosso país para processo análogo ocorrido na primeira metade do século passado na Alemanha é a influência religiosa.
O fascismo é moralista no que diz respeito aos costumes, mas o moralismo fascista tupiniquim ecoa o fanatismo religioso que hipnotizou o Brasil.
Nos últimos dias, dois episódios surgem para simbolizar esse processo de “emburrecimento” que se abateu sobre o país.
Um deles é o cancelamento prematuro de exposição promovida pelo banco Santander.
A exposição “Queermuseu – cartografias da diferença na arte da brasileira” reuniu obras de 85 artistas, incluindo os mundialmente conhecidos Alfredo Volpi e Cândido Portinari, no museu de Porto Alegre. A curadoria foi de Gaudêncio Fidelis, que foi curador da Bienal do Mercosul de 2015.
A exposição tinha como mote a diversidade e as questões LGBT, aos moldes de exposições estrangeiras como a Queer British Art, em Londres, na Inglaterra, e a Hide/Seek: Difference and Desire in American Portraiture, em Washington, nos Estados Unidos.
Mas, no Brasil, esse tema da diversidade é ridiculamente atacado por grupos religiosos fanáticos e aproveitadores de extrema direita que endossam as loucuras dessa gente para agradá-la e usá-la como massa de manobra política.
Esses grupos adquiriram grande poder de pressão. Nesse caso, por exemplo, fizeram a exposição ser cancelada pelo Santander Cultural após críticas de movimentos religiosos e do Movimento Brasil Livre (MBL).
“Há pouco tinha crianças olhando essa ‘arte’ escarnecendo a Cristo”, disse o blogueiro Felipe Diehl, durante o vídeo em que ele circula pela exposição e critica as obras acompanhado de outro blogueiro, Rafinha BK, do MBL de Porto Alegre. “Olha o Satanás no meio”, diz Rafinha sobre outra obra. No vídeo, os blogueiros censuram as imagens com um “borrão”.
exposição cristo
Há uma reação em curso, foi convocado um ato em Porto Alegre em repúdio a essa ofensiva literalmente nazista contra a liberdade de expressão – na verdade, o que aconteceu foi ilegal e cabe uma ação judicial contra os indivíduos que promoveram esse enorme prejuízo à sociedade, com perda de um espaço que oferecia livremente exibição de obras de artistas mundialmente renomados.
O ato ocorrerá nesta terça-feira 12 de setembro em Porto Alegre, na rua sete de setembro, no centro histórico, às 15:30 hs.
Mas essa é apenas uma das faces obscurantistas do momento que o país atravessa. Há movimentos defendendo que os pais passem a educar os filhos em casa para que não corram risco de ser “doutrinados por comunistas”.
Tudo isso começou com a tal história sobre “Escola Sem partido” e já está começando a enlouquecer até famílias de classe média e média baixa que não têm condições de educar filhos em casa, mas começam a querer tirá-los das escolas públicas por conta dessa história maluca de que haveria uma “doutrinação comunista” nas escolas brasileiras, tanto nas públicas quanto nas privadas…
Essas pessoas acham que TODAS as escolas brasileiras estão formando pequenos guerrilheiros comunistas. E isso não é brincadeira. Basta ver o que dizem nas redes sociais.
Os grupos fascistas, como é comum nas sociedades que se tornam alvos deles, já começam a impor sua vontade no grito.
O caso da exposição do Santander, que se curvou a esse movimento ridículo e obscurantista, exemplifica como uma sociedade se entrega como prisioneira do fascismo. E, como todos sabemos, é fácil de entrar nessa masmorra ideológica, mas sair é que são elas.
O processo em curso no Brasil precisa ser detido pelas pessoas mentalmente sadias e democráticas. A esquerda precisa se unir, parar de brigar entre si e combater a ameaça fascista que líderes como Jair Bolsonaro e João Doria representam.
Movimentos sociais, sindicatos, a própria intelectualidade brasileira está ameaçada por gente tosca, iletrada, profundamente ignorante e aparentemente violenta que decidiu impor sua vontade à sociedade através da intimidação e da agressão moral nas ruas.
Esse ato em Porto Alegre contra o cancelamento de uma exposição que trazia trabalhos de nomes renomados das artes plásticas, mundialmente reconhecidos, precisa ser apoiado e se transformar em um ato de resistência a essa barbaridade.
Ou o Brasil se mexe ou os discípulos de Hitler e Mussolini vão produzir no por aqui o que seus inspiradores produziram na Europa na primeira metade do século passado. Se você se omitir, depois não reclame.
No vídeo abaixo, a reportagem completa sobre esses casos escabrosos.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Santander NÃO DEMITIU executiva que autorizou ataque a Dilma



No dia 7 de agosto, reportagem do jornal Folha de São Paulo divulgou que o banco Santander teria demitido quatro funcionários envolvidos na inclusão de um ataque político à presidente Dilma Rousseff nos extratos de conta corrente que a instituição envia pelo correio aos seus clientes “VIPs”, de alta renda.
Abaixo, a matéria e, em seguida, reprodução da nota enviada aos clientes endinheirados do banco.


No mesmo dia em que a Folha anunciou as demissões, este Blog divulgou que a funcionária mais graduada entre os quatro funcionários supostamente demitidos fazia apologia da candidatura de Aécio Neves em seu perfil no Facebook.
Como revela a matéria da Folha, a funcionária mais graduada é Sinara Polycarpo Figueiredo, superintendente de investimentos da área “Select”, voltada para clientes com renda acima de 10 mil reais por mês.
Ao fim do post do dia 7, este Blog comentou que haveria indícios de que a demissão da tal “superintendente” teria sido forjada pelo Santander. Abaixo, o trecho da matéria.
“(…) Sinara, nem de longe demonstra estar contrariada com a demissão. Muito pelo contrário, parece muito segura. Inclusive, afirma que irá viajar “até o dia 25”. Pelas fotos em seu perfil no Facebook, parece gostar da Europa (…)”
Ao longo dos últimos dias, o Blog investigou os indícios de que as demissões anunciadas pelo Santander teriam sido simuladas. A desconfiança era a de que a mensagem política aos clientes endinheirados não fora produto de um desatino de alguns poucos funcionários.
A investigação empreendida pelo Blog chegou ao fim na última sexta-feira após uma informação surpreendente: ao menos Sinara, a funcionária mais graduada que teria sido demitida, continua trabalhando no Santander. Ao menos oficialmente.
O que há de surpreendente nessa informação não é a confirmação da suspeita do Blog, mas o fato de que qualquer funcionário do Santander pode confirmar o que está sendo dito aqui, pois a tela do sistema do banco que dá acesso ao catálogo de endereços de e-mail dos funcionários mostra que Sinara ainda trabalha lá.
Veja, abaixo, as impressões das telas do sistema do Santander que confirmam que Sinara Polycarpo Figueiredo ainda é funcionária do banco, pois, segundo as fontes do Blog naquela instituição, quando um funcionário é demitido, em poucas horas seu nome e demais dados são apagados do cadastro de funcionários, que pode ser consultado por qualquer um que lá trabalhe.

Outra tela do cadastro de funcionários do Santander, aliás, mostra endereço de email de Sinara que sugere que ela pode simplesmente ter sido “remanejada”, ou seja, transferida para outra área, pois o endereço de e-mail que ali figura é sinara.polycarpo@servexternos.gruposantander.com (note bem, leitor: serviços externos).

Outra tela do sistema do Santander mostra que a empresa do grupo em que Sinara trabalha é o mesmo Santander.

Por fim, a prova final de que não é verdade que o Santander demitiu ao menos uma das funcionárias que afirma ter demitido por ter feito um ataque político dissimulado em informe a clientes de uma instituição que funciona sob concessão pública, o que sugere que pode ter sido cometido, aí, um crime eleitoral que, em tese, colocaria em xeque a concessão do Banco
A tela que o leitor verá abaixo é do cadastro de funcionários. Foi impressa na última sexta-feira (15/8) e mostra que Sinara figura no sistema do Santander como funcionária “ativa”

As perguntas que surgem, são as seguintes:
1 – Por que o Santander anunciou demissões que o caso de Sinara insinua que não ocorreram?
2 – Se o Santander anunciou demissões que não fez, isso não sugere que o ataque a Dilma Rousseff nos extratos do banco foram decididos por ele?
3 – Teria havido algum tipo de “recompensa” aos funcionários para coonestarem a farsa de seu empregador?
Com a palavra, a Justiça Eleitoral.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Analista do Santander plagiou outra instituição

:

Demitida por texto polêmico que relacionou ameaça à economia com a reeleição de Dilma Rousseff, executiva Sinara Polycarpo copiou na integra trechos de avaliação produzida por economista do banco Fator; caso levou presidente mundial do Santander, Emilio Botín, a pedir desculpas ao governo brasileiro, e resultou na demissão de ao menos quatro pessoas

247 – O polêmico informe enviado em nome do Santander a clientes de alta renda contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff usou frases inteiras do relatório do banco Fator, que já circulava no mercado há mais de um mês.

De um texto curto de seis frases, cinco foram copiadas parcialmente ou na íntegra, pela executiva Sinara Polycarpo, do Santander, do relatório do banco Fator, assinado pelo estrategista Paulo Gala, também professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

"A quebra de confiança e o pessimismo crescente em relação ao Brasil em derrubar ainda mais a popularidade da presidente, que vem caindo nas últimas pesquisas", dizia o texto do Santander... Se a presidente se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir ".
Já o documento do Fator destacava: "A quebra de confiança e pessimismo crescente em relação ao Brasil pode derrubar ainda mais a popularidade da presidente nas pesquisas... Se Dilma se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas um cenário de reversão pode surgir".

Dilma classificou a atitude do Santander de "lamentável" e "inadmissível". O caso levou o presidente mundial da instituição, Emilio Botín, a pedir desculpas públicas ao governo brasileiro. Ao menos quatro pessoas foram demitidas.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Demitida pelo Santander pedia votos para Aécio

:
Executiva Sinara Polycarpo compartilhou reportagem da Folha de S. Paulo no Facebook que afirmava que a presidente Dilma seria "leniente com a inflação"; junto ao link, postou um comentário: "Aécio para presidente"; banco Santander demitiu ao todo quatro pessoas após divulgação de informe a clientes que associava Dilma ao cenário de instabilidade econômica no País; por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania

Por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania

Segundo o jornal Folha de São Paulo, o banco Santander demitiu quatro pessoas por terem participado de um conluio que resultou em propaganda política enviada ilegalmente pela instituição aos seus correntistas "seletos", ou seja, pessoas cuja renda ultrapassa 10 mil reais por mês.

Na matéria "Santander demitiu quatro por informe que irritou petistas", o jornal chama de "informe" texto que figurou em extratos de conta-corrente que o banco enviou pelo correio aos seus correntistas mais abastados, e qualifica como "agressiva" a reação do PT pelo que o partido considera crime eleitoral.

A matéria ainda "acusa" o PT de ter "pressionado" o banco para que demitisse os envolvidos no envio do texto acima. Todavia, o vice-presidente de Comunicação do Santander, Marcos Madureira, nega: "Não recebemos, e nem aceitaríamos, qualquer tipo de pressão externa para adotar as medidas que tomamos".

Vale comentar que a Folha não explica que tipo de benefício o governo Dilma auferiu com a demissão dos funcionários responsáveis pela propaganda política ilegal. Na verdade, quem se beneficia pelas demissões é o banco, pois podem ajudá-lo a evitar problemas com a Justiça Eleitoral, já que é ilegal fazer propaganda política por esse meio.

A propaganda política ilegal foi redigida pela agora ex-superintendente de investimentos do Santander Sinara Polycarpo. Além dela, três outras pessoas que poderiam ter impedido que cometesse o crime eleitoral por terem posições hierárquicas superiores também foram demitidas por não terem agido como deveriam.

Mas o mais interessante é que, ao visitar o perfil de Sinara no Facebook, descobre-se que, muito provavelmente, ela transformou suas idiossincrasias político-eleitorais em "analise" para os clientes de seu empregador.

O perfil da ex-superintendente de investimentos naquela rede social é "fechado", ou seja, só os seus "amigos" virtuais podem ler o que ela escreve, mas, por alguma falha do Facebook, é possível acessar suas mensagens antigas.

Em 7 de abril do ano passado, por exemplo, Sinara compartilhou no Facebook reportagem da mesma Folha de São Paulo que afirmava que a presidente Dilma seria "leniente com a inflação". Nesse
compartilhamento, a ex-funcionária do Santander pôs um comentário: "Aécio para presidente".


À época, a candidatura Aécio Neves não passava de especulação, mas Sinara já integrava o contingente de simpatizantes do PSDB que advogavam por sua candidatura. Como se sabe, sua preferência foi vencedora.

Parece bem provável que Sinara tenha feito muitas outras apologias ao ex-governador de Minas, o que sendo feito em seu perfil em uma rede social é absolutamente legítimo. Contudo, vender suas preferências políticas como "análise" aos clientes de seu empregador, não é.

Em entrevista que concedeu à revista Exame, a autodeclarada eleitora de Aécio diz que sua trajetória profissional é "impecável e bem-sucedida" e que "jamais poderia estar associada a qualquer polêmica". E decretou que "o assunto já se esgotou".

Assim como o blogueiro do UOL especula que o vice-presidente de Comunicação do Santander mentiu ao dizer que o governo não pressionou o banco a demitir os funcionários responsáveis pelo crime eleitoral em questão, este blogueiro especula que Sinara pode ter feito um acordo com seu ex-empregador.

Talvez o banco lhe tenha conseguido outra posição em alguma empresa amiga ou coligada, talvez lhe tenha oferecido uma bela compensação monetária.

Sinara, nem de longe demonstra estar contrariada com a demissão. Muito pelo contrário, parece muito segura. Inclusive, afirma que irá viajar "até o dia 25". Pelas fotos em seu perfil no Facebook, parece gostar da Europa.

Ao contrário do que o Santander alega, portanto, pode-se dar uma de Josias de Souza ou Ali Kamel e fazer um "teste de hipóteses": será que o banco não compactou com a propaganda eleitoral nos extratos de seus clientes e encenou uma farsa com essas demissões?

Aliás, quando é que a Justiça Eleitoral vai se pronunciar sobre esse episódio?

quinta-feira, 31 de julho de 2014

No Brasil da direita, a culpa é da vítima

caos
Aécio Neves diz que o Aeroporto de Cláudio só é usado por ele porque a ANAC não o homologou, mesmo que isso tenha ocorrido por falta de documentos e porque a pista fica sob o controle de sua família.
Reinaldo Azevedo escreve que o racionamento de água em São Paulo vai  ocorrer por causa de Alexandre Padilha e do Ministério Público Federal, embora quem o diga necessário sejam os especialistas da Unicamp.
O Santander lucra aqui R$ 1,2 bilhão (líquidos, já sem os impostos que quase não pagam) em seis meses, quase 30% do que ganha em todo o mundo, mas se acha no direito de dizer que o Brasil vai de mal a pior.
Só de abril a junho, o Santander no Brasil teve lucro líquido de R$ 527,5 milhões no segundo trimestre, alta de 5,35% em relação ao mesmo período do ano passado.
A coisa anda “tão ruim” para os bancos que o Bradesco divulgou hoje um lucro líquido  de R$ 3,8 bilhões no 2° trimestre, quase 30% maior que o do ano passado. E sem emprestar mais, o que deveria ser a origem dos lucros de um banco.
A Argentina vinha pagando religiosamente sua dívida, mas um juiz de bairro decide que os que especularam com seus títulos, os fundos abutres, devem ter prioridade para receber o fruto de sua esperteza. E, em lugar de uma indignação contra isso, dizem que Cristina Kirchner “dá o calote” nos credores.
As empresas se queixam da demanda fraca mas contabilizam lucros recordes “vendendo menos”.
Estão todos “indignados”, os pobres coitados.
E nada disso é polemizado, porque são verdades absolutas, imperiais.
Reproduzo aí em cima um trecho da homepage do Valor Econômico.
Nunca se viu um caos econômico tão lucrativo assim.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Aécio: “vão demitir muito no Santander”. Senador, eles já fizeram isso e não foi pela Dilma

Pelo 2º trimestre consecutivo Brasil lidera a lista mundial da consultoria Grant Thornton sobre intenções de investimento: 52% das empresas sediadas no país pretendem comprar mais máquinas agora, contra 46% no 1º trimestre; a média mundial foi, respectivamente, de 35% e 37% nos dois períodos

Dilma sobre a captura da democracia pelo terrorismo financeiro: 'É inadmissível'

Aécio defende o Santander contra o Brasil: tucano diz que todos os economistas de banco e do mercado financeiro pensam e agem como o analista do banco espanhol



Dilma sobre os bombardeios de Israel: 'É um massacre'

Israel mata mais 110 e deixa palestinos na escuridão ao explodir a única central hidrelétrica de Gaza

Chile e Peru acompanham o Brasil e retiram os embaixadores em Israel

Cúpula do Mercosul pede cessar fogo imediato em Gaza

satader


O Senador Aécio Neves, com sua incrível incapacidade de ir além do furor udenista, vai aos jornais dizer que “vão ter que demitir muita gente” no Santander por conta da  especulação  descarada no mercado financeiro com as dança das pesquisas eleitorais.
 
Senador, não se preocupe, não vai ter um demitido por isso, porque é o que a cúpula do banco pensa. No máximo, vão achar um para segurar o rojão e ajustam ele em outra instituição amiga. E olhe lá se sequer isso vão fazer.

Porque as desculpas do Santander são mero jogo de cena.

Mas numa coisa o senhor tem razão.

Muita gente é demitida no Santander.

Logo que o Banespa foi comprado por ele, foram milhares.

Todo ano tem uma leva, Aécio. Foram milhares, milhares de trabalhadores que não eram “analistas” regiamente pagos.
Ganhavam uma miséria.

Na véspera do Natal de 2012, quando o banco espanhol demitiu sem justa causa 1.153 funcionários. Não consta que tenha sido por defenderem Lula ou Dilma.

É porque eram descartáveis.

A coisa foi tão feia, seu Aécio, que os bancários ganharam na justiça o direito de chamar o Santander de Satãder.

O relator do processo movido pelo banco contra a Confederação dos Bancários , desembargador Ronei Danielli, achou até que a revolta se justificava “”a partir de um estudo criterioso das manifestações dos entes sindicais (fls. 26-53), é possível aferir que se destinam a protestar contra as demissões em massa promovidas pelo banco em dezembro de 2012, além das condições de trabalho proporcionadas pela empresa”.

- O emprego da imagem do demônio, utilizando a expressão “Satãnder” (fls. 26-27), em alusão ao nome da empresa, não se mostra capaz, ao que tudo indica, de danificar gravemente a imagem da instituição bancária multinacional (…)

A sentença está aqui.

O Santander mundial tem 25% dos seus lucros aqui e só 8% na Espanha.
Parte da história das ligações do banco com a ditadura franquista e com a seita Opus Dei está no video abaixo, em reportagem da Record, provocada por uma reportagem da insuspeitíssima Veja.

Lá na Espanha, o Santander tem saudades do Francisco Franco.

Aqui, do Fernando Henrique.

Está difícil para Aécio dar uma bola dentro.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Krugman e o caso Santander: empresas têm os mesmos direitos das pessoas?

santandecio

O caso da carta do Santander aos seus clientes “top do top” prevendo o fim do mundo se Dilma subisse nas pesquisas provocou muitas discussões, inclusive entre amigos jornalistas.

Parecia que estava em jogo, ali, a “liberdade de expressão” e isso é uma distorção mental que é própria do conservadorismo, que vê o mundo formado essencialmente por empresas e subsidiariamente por pessoas.

Consequentemente, o Estado é o realizador, antes de tudo, dos desejos e aspirações das empresas e, sobrando tempo, das pessoas, que devem ter saúde para ir trabalhar para empresas, transporte para ir ao trabalho e educação para serem bons empregados. Tarefas, aliás, que competem ao Estado.

É claro que as empresas têm o direito de fazerem suas análises e, no caso de um empresa financeira, transmitirem suas análises aos clientes.

Mas não podem, como instituições, distribuir análises de simples especulação com pesquisas, um comportamento que se aproxima do criminoso, ao ponto de incomodar até mesmo o diretor do Datafolha, que insinua o fato de estarem sendo produzidos levantamentos com o único objetivo de abocanhar ganhos com este “sobe e desce”.

O episódio, em si, tem pouca importância.

Vale mais por revelar o quanto o jornalismo – e, admitamos, o pensamento coletivo das elites – está contaminado por uma distorção “empresarialista” da vida social.

As empresas são importantes, essenciais à economia, dignas de respeito, de crédito, de apoio da coletividade, pelos benefícios produtivos que trazem à coletividade.

Mas não são pessoas que podem, na sua vida particular, achar e pensar o que quiserem.

Porque a “elevação” das empresas a pessoas nos leva a uma distorção imensa, porque são elas que detêm o poder econômico e, ao agirem como pessoas – vejam o que acontece nas, infelizmente, doações eleitorais  de empresas a candidatos – interferir na formação da vontade coletiva de modo extremamente desigual e, portanto, extremamente antidemocrático.

Isso não é uma observação que faço por partidarismo ideológico.

Quem duvidar, leia o que escreveu o americano Paul Krugman, Nobel de Economia, em seu último artigo.
“Em decisões recentes, a maioria conservadora na Suprema Corte dos Estados Unidos deixou clara sua posição de que empresas são pessoas, e que desfrutam de todos os direitos de que uma pessoa desfruta.
Elas têm direito à liberdade de expressão, o que significa que podem gastar montanhas de dinheiro para distorcer o processo político em seu benefício. Têm direito a crenças religiosas, o que inclui aquelas que podem significar uma negação de benefícios a seus funcionários.

O que virá a seguir, o direito a portar armas?”

O Santander, ao que se viu, já reivindica o direito de voto.

domingo, 27 de julho de 2014

Quantos votos têm os banqueiros?

Santander, antes de ser banco, é um município espanhol da província de Cantábria. A cidade tem 35 km² e população de 181 mil habitantes (números de 2007). Seu filho mais eminente é Emilio Botín, banqueiro, presidente mundial do Grupo Santander, um dos maiores grupos financeiros do mundo. A fortuna do magnata chega a 1 bilhão de euros.
Botín, que apoia Aécio Neves, não chega a ser tão rico quanto a família mais rica do Brasil, que, segundo a revista Forbes, é a família Marinho, dona da Globo – juntos, Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho têm uma fortuna de 28,9 bilhões de dólares. Mas o dono do banco Santander certamente é muito rico e não faz parte do seu grupo social, caro leitor.
O mesmo Botín, porém, é tão rico quanto a família Setubal, dona do Banco Itaú, 12ª colocada no ranking da Forbes. A família banqueira apoia Marina Silva e, por extensão, Eduardo Campos. Bilionários, os Setubal têm uma fortuna estimada em 3,3 bilhões de euros.
Essas famílias bilionárias não estão sozinhas em suas preferências políticas oposicionistas. O mercado financeiro, os mega empresários estrangeiros e nacionais e potências como os Estados Unidos querem Dilma Rousseff fora.
Se faltava alguma oficialização do oposicionismo do capital nacional e estrangeiro, ela se deu através de manchete de capa da Folha de São Paulo deste sábado (26). Segundo o jornal, as “consultorias” de economia – ou seja, os gurus de banqueiros e grandes grupos econômicos em geral – apostam na eleição de Aécio Neves.
Na última sexta-feira, explodiu como uma bomba a notícia de que o banco Santander estava enviando aos seus clientes “premium” – detentores de gordas contas bancárias – uma mensagem no estrato mensal praticamente pregando voto na oposição a Dilma, dizendo que a economia irá piorar caso ela seja reeleita.
O efeito desse apoio desmesurado a Aécio Neves ou, na falta dele, a Eduardo Campos – quem, recentemente, declarou não ter “preconceito” contra o capital e as privatizações –, é uma incógnita. Conforme vem sendo lembrado reiteradamente, a ojeriza dos muito ricos ao PT é histórica.
Uma longa fila de “colunistas” vem lembrando de episódios como o do ex-presidente da Fiesp, Mario Amato, quem, em 1989, previu que, se Lula vencesse a eleição presidencial daquele ano contra Fernando Collor de Mello, “800 mil empresários deixariam o Brasil”. Ou o episódio da eleição de 2002, quando o mercado chegou a criar o “lulômetro”, um indicador que mensurava o mau-humor do capital contra a possibilidade de Lula derrotar José Serra – conforme Lula se firmava como o potencial presidente eleito, o dólar subia e a bolsa caía.
Em 2002, a campanha de Lula pareceu acreditar na influência política do capital e divulgou uma “carta aos brasileiros”, na qual garantia aos banqueiros e mega empresários que, se eleito, Lula não romperia contratos ou daria “calote” nas dívidas públicas interna e externa. Talvez por entender que foi a oposição do capital que derrotou Lula em 1989, quando Mario Amato previu uma diáspora empresarial, caso o petista fosse eleito.
Particularmente, nunca acreditei que, ao menos em 2002, a opinião política do mercado pudesse impedir a eleição de Lula. O Brasil estava farto do PSDB e, mais do que isso, farto de votar sempre no anti Lula e se dar mal.
Elegemos Collor e ele afundou o país em uma das piores recessões da história. Elegemos FHC duas vezes e seu mandato terminou com o país arrasado, desemprego nas alturas, dezenas de milhares de falências por ano…
O mercado financeiro e os mega empresários parecem sofrer de amnésia. Não lembram mais do quanto penaram durante os governos que ajudaram a eleger contra Lula…
Não se sabe se, hoje, a campanha de Dilma pensa como a de Lula em 2002 e acha que o capital pode derrotá-la. É possível que acredite nisso. Na última sexta-feira, o Blog recebeu e-mail da campanha de Dilma Rousseff informando que entrou com representação contra a coligação tucana e uma certa “consultoria” por estar por trás de uma farsa.
Segundo a campanha de Dilma reclama ao TSE, “A pretexto de oferecer análise do mercado de ações, a [consultoria] Empiricus tem veiculado, indevidamente, propagandas eleitorais pagas na internet, em site de pessoa jurídica, que tratam da eleição presidencial em curso, veiculando conteúdo negativo a Dilma e positivo a Aécio Neves”.
Nas últimas semanas, o Blog vem recebendo seguidas denúncias contra a tal consultoria “Empíricus”, que vem espalhando uma “análise” em que prevê que caso Dilma seja eleita será “O fim do Brasil”. O texto diz, a rigor, o mesmo que o Santander, ainda que pintando o quadro “tétrico” com “cores mais fortes”, por assim dizer.
Durante o desastre econômico em que o PSDB jogou o país durante os anos 1990, o mesmo Mario Amato que previra o êxodo empresarial caso Lula fosse eleito em 1989, arrependeu-se. Chegou a manifestar à Folha de São Paulo seu arrependimento: “Fui maldoso e não fui leal com o Lula”, disse. Agora, porém, os neo Mario Amatos cometem a mesma injustiça.
O lucro de banqueiros e empresários durante os anos Lula e Dilma foi alguma coisa de quase sobrenatural. Algumas dessas empresas multiplicaram seu lucro por dez, por vinte, por trinta. E, ainda assim, querem de volta o grupo político que os afundou na última década do século XX.
Enfim, vá entender esses bilionários e multimilionários…
Seja como for, porém, o fato é que banqueiro, capitão da indústria, enfim, os muito ricos em geral não têm lá toda essa influência política. Os brasileiros votaram contra eles em 2002. Com todo o terrorismo que fizeram – que a “carta aos brasileiros” não impediu –, o povo lhes deu uma banana e elegeu Lula.
Apesar das pesquisas falsificadas – como ocorre a cada eleição desde 2006 –, as novas pesquisas já começam a mostrar que Dilma não está tão mal quanto dizem. Muito pelo contrário, pode vencer em primeiro turno. E, no segundo turno, apesar das versões dos Datafolhas da vida, ela ainda vence qualquer adversário.
Em termos de terrorismo econômico, a mídia e a oposição já fizeram tudo que podiam. Não dá para piorar a vida do povo. Não dá para gerar desemprego ou deprimir salários – hoje, respectivamente, várias vezes mais baixo e mais altos que quando o PSDB governava.
Quantos votos têm os banqueiros? Será que vale a pena a campanha de Dilma se esforçar muito para reconquistá-los? Particularmente, acho que a presidente e seu estafe devem se concentrar no povão, na parcela dos brasileiros que é capaz de mensurar quanto o Brasil melhorou desde 2003.
Os banqueiros são um caso perdido. Não são racionais. A mentalidade que leva o capital a fazer oposição aberta à reeleição de Dilma e a requerer um tucano no Poder é produto da mesma loucura que jogou o planeta na maior crise econômica da história.
Aliás, é bem provável que esse apoio desmesurado e desavergonhado do capital a Aécio Neves gere efeito oposto ao pretendido. E parte da mídia tucana, prevendo o fenômeno, já trata de avisar os banqueiros. Coluna de Fernando Rodrigues na Folha deste sábado mostra que já há preocupação em Aécio ficar carimbado como candidato dos banqueiros.
Não creia no manifesto bom-mocismo de Fernando Rodrigues. Ele sabe muito bem o risco que é Aécio ficar carimbado como candidato dos banqueiros. Na opinião deste Blog, muita gente que ficou sabendo da campanha eleitoral para o tucano nos estratos bancários do Santander já se pergunta se o interesse dos banqueiros na gestão da economia é igual ao seu.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Desde Amato, em 1989, elite demoniza nome à esquerda






Toma cá, dá lá: indenização de R$ 1 milhão paga por Aécio pelo aeroporto na fazenda do tio, Múcio Tolentino, é o dobro do que o parente deve à justiça, que cobra ressarcimento da pista original feita ali em 1983 pelo então governador Tancredo Neves
 
Fazenda do aeroporto de Aécio abrigava 80 trabalhadores em regime análogo à escravidão, resgatados por equipe do Ministério do Trabalho em 2009 (site Entrefatos)


Regime de trabalho análogo à escravidão predominava na destilaria de cachaça Alpha, pertencente à fazenda onde Aécio construiu um aeroporto familiar com dinheiro público (site Entrefatos)


O pigmeu moral: Israel já matou mais de 800 pessoas em Gaza; bombardeio atinge escola lotada de refugiados, mata 15 e fere 200

De 187 nações, apenas 18 subiram no IDH em 2013, o Brasil foi uma delas: ONU destaca o salto do país na inclusão dos 40% mais pobres, avanço das cotas no ensino, Bolsa Família, formalização do trabalho e políticas anticíclicas na crise mundial
 Política de valorização do salário mínimo eleva os pisos de todas as categorias: em 2013, o aumento médio dos salários foi de 1,25%, mas os pisos profissionais subiram 2,8% , em linha com os 2,6% do mínimo.

Fonte: site carta maior.



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Rejeitar um candidato de esquerda acima de todas as coisas é um dogma para a elite financeira e empresarial brasileira; em 1989, na primeira eleição direta após o regime militar, então presidente da Fiesp Mario Amato produziu a pérola de que se Lula fosse eleito, 800 mil empresários sairiam do País com destino a Miami; o que hoje é folclore, ali se levou a sério; mais tarde, em 2002, primeira vitória do petista teve campanha cercada por previsões catastrofistas jamais realizadas; pelo banco Goldman Sachs, economista Daniel Tenengauzer chegou a criar um 'lulômetro' para equiparar disparada do dólar ao crescimento do PT nas pesquisas; agora, banco Santander assusta clientes ricos sobre perdas com a reeleição de Dilma Rousseff; desculpas não escondem repetição do mantra de cada quatro anos: o fim do mundo vem aí

247 – O relatório destinado a clientes ricos, produzido pelos analistas do banco Santander, no qual projetam perdas financeiras diante de uma escalada da presidente Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais é típico. O pedido de desculpas feito logo a seguir à divulgação da peça não esconde o fato de que sempre, entra e sai eleição para presidente, tanto o mercado financeiro quanto os empresários de maior visibilidade procuram, acima de todas as coisas, temer, rejeitar e demonizar os candidatos de esquerda à Presidência da República.

Como quem tem chances reais de vencer, desde 1989, são os candidatos do PT – com Lula cinco vezes candidato, e Dilma Rousseff desenvolvendo agora sua segunda campanha -, o nome do partido e a própria legenda acabando sofrendo a pressão.

Hoje é folclore, virou piada, Mas quando o então presidente da poderosa Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Mario Amato, declarou que 800 mil empresários iriam embora do País se Lula vencesse as eleições de 1989, a frase foi levada muito a sério. Foi estampada na primeira página de jornais como a Folha e o Estado, repercutiu em programas de televisão e veio acompanhada de teses sobre a incapacidade de governança do PT e intenções de intervir em empresas e no mercado financeiro que, por fim, foram praticadas pelo vitorioso Fernando Collor.

A demonização a Lula, no entanto, prosseguiu em todas as campanhas nacionais disputadas pelo ex-presidente, inclusive as que ele ganhou. Em 2002, a missão de superar o tucano José Serra incluía, também, superar uma impressionante série de rumores, boatos e fofocas que apontavam para um estouro nas contas públicas no caso da vitória do ex-metalúrgico. Com a chancela do banco americano Goldman Sachs, o economista Daniel Tenengauzer ganhou seus quinze minutos de fama ao criar o que chamou de "lulômetro". Consistia em medir o nível da disparada da cotação do dólar sobre o real de acordo com o crescimento que Lula apresentava nas pesquisas. Assim, quanto mais o futuro presidente avançava, mas o "lulômetro" apurava que se chegava mais perto do fim do mundo cambial. O real seria pulverizado.

O que se viu, no entanto, desde o primeiro do mandato de Lula foi a normalização de todos os grandes indicadores da economia e, em seguida, o "espetáculo do crescimento" que deu ao presidente uma reeleição tranquila.

Agora, ao completar 12 anos sem representantes de seu campo político-ideológico no poder central, setores do sistema financeiro e da classe empresarial voltam a dar as mãos para rezar o mantra do medo da esquerda acima de todas as coisas.

Nesta sexta-feira 25, a divulgação do relatório do Santander a seus clientes de alta renda trouxe à luz do dia o que está correndo solto nos bastidores das mesas de investimentos e dos encontros entre grandes barões da indústria. Apesar de os três governos sucessivos dos presidente de esquerda terem preservado todos os princípios da economia de mercado, acrescentando o dado do aumento do mercado consumidor como um ponto que deveria ser atribuído a seu favor, seus representantes continua a ser atacados. Das mais diferentes maneiras. Desta vez, foi um relatório sem base técnica seguido de pedido de desculpas. Aguarda-se para ver o nível da próxima provocação.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

KRUPP: DUAS OU TRES LIÇÕES DE CAPITALISMO



Celso Furtado dizia que o carrasco das nações no mundo globalizado era a perda dos instrumentos endógenos de decisão.Sem eles tornar-se-ia virtualmente impossível subordinar os interesses do dinheiro aos da sociedade. O fiasco do projeto siderúrgico da Krupp (Tyssenkrupp) no Brasil é mais uma evidência da visão arguta de Furtado. A Companhia Siderúrgica do Atlântico custou US$ 15 bi; foi prevista para produzir cinco milhões de toneladas de placas  de aço por ano.Trombou com um excedente de 500 milhões toneladas no mundo, fruto da desordem neoliberal. A CSA nasceu como uma perfeita obra da globalização dos capitais. Nela, nações e povos figuram como mero substrato logístico ou entreposto de insumos baratos. Mas são coagidos a engolir o prejuízo integral quando ele ocorre. É esse o caso. A Krupp resolveu vender seu elefante branco a um grupo local e pressiona o BNDES a financiar o negócio da China. A pioneira da siderurgia alemã  não sobreviveria por dois séculos  se não  encarnasse a própria essência ágil e mutante do capitalismo. Escrúpulo  não é um ingrediente dessa receita. A contabilidade do grupo registra um momento de virtuosa produtividade na Segunda Guerra, com lucros  vitaminados pela extração da mais valia absoluta de dezenas de milhares de trabalhadores gratuitos. Escravos, cooptados para as  linhas de montagem  diretamente dos campos de concentração. (LEIA MAIS AQUI)


A DILMA VAI À TV COM A REDUÇÃO DE TARIFAS


Caiu a ficha da Dilma: o PiG foi para a “provocação” !

O Sr Botín foi à Dilma dizer que acredita piamente no Fantástico, na massa cheirosa e na Urubóloga

A Presidenta Dilma Rousseff entra em cadeia nacional de radio e tevê nesta quarta-feira, dia 23, para anunciar a redução média de 20% nas tarifas de energia elétrica para empresas e lares.

Parece que a ficha caiu.
O PiG (*) começou 2013 furioso.
A fúria Golpista atingiu a categoria de “provocação” política.
Primeiro, o anuncio do apagão, em que se notabilizaram a da “massa cheirosa” – que levou o Edu a desmoralizar a Folha (**) – e a Urubóloga, que tinha a fita métrica que media o esvaziamento dos reservatórios.
Uma desgraça.
A “massa cheirosa” e a Urubóloga são, como sempre, as Profetisas do Caos, desde o Caosaéreo.
Depois, em 2013, veio a “maquiagem” do superávit primário.
Era a desmoralização das contas públicas, que afugentaria os investidores internacionais.
( Hoje, o dono do Santander, o sr Botín, avisou à Presidenta Dilma que vai investir R$ 5 bilhões em infra-estrutura:http://blog.planalto.gov.br/presidente-do-banco-santander-afirma-que-destinara-r-5-bi-para-projetos-de-infraestrutura/. Um horror !)
O Fantástico deste passado domingo atribuiu a desgraça da seca à incompetência da Dilma, por causa dos atrasos na transposição do rio São Francisco.
A “reportagem” – os jornalistas são piores que os patrões, costuma dizer o Mino Carta – deixa entender que pretendia, na verdade, denunciar uma grande roubalheira, um fluvial desvio de grana.
Mas, não conseguiu provar.
Preferiu cometer o crime de pena mais leve: a Dilma é quem mata o gado sedento do Nordeste.
Agora, é o delírio da Folha (**): vai faltar luz elétrica nos estádios da Copa, SEGUNDO A ANEEL !!!
Segundo a Aneel !!!
Faltou combinar com a Aneel.
Mas, a Folha (**), amigo navegante, é capaz até de fabricar uma ficha falsa da Polícia de uma candidata a Presidenta da República – e nada acontece.
Agora, em 2013, porém, o tom mudou.
Mudou porque a Casa Grande não tem homens nem ideias para 2014.
A Casa Grande se sentiu fortalecida com o julgamento do mensalão (o do PT).
E, de certa, forma, o Supremo contribuiu para isso, de caso pensado – ou, na hora certa, segundo o Big Ben que o Presidente Ayres Britto levava no bolso do colete.
A Casa Grande conseguiu condenar o Dirceu sem provas para chegar ao Lula – clique aqui para ler “Gurgel vai assassinar o caráter do Lula ?” – e, portanto, à Dilma.
Antes de 2014.
Por isso, o PiG subiu o tom.
O PiG está se achando.
Mudou a natureza e a intensidade dos ataques.
Os capatazes do PiG (*) se tornaram mais fortes, mais protegidos (pelo Supremo) – e mais ensandecidos.
A resposta da Dilma pode não ser com a Ley de Medios.
Mas, tudo indica que a ficha caiu.
Que ela já percebeu que, solto, sem uma resposta política, o PiG (*) derruba ela.
Com a anuência constrangida do Supremo do Paraguai, digo, do Brasil.
A Presidenta, como se sabe, reage, com força, por impulso.
Um dia, ele estava no avião de Brasília para São Paulo, a caminho da festa dos “Melhores e Maiores”, daquela instituição que edita o detrito sólido de maré baixa.
Recebeu um telefonema de alguém da copa-e-cozinha da Abril.
Para avisar que a Veja ia publicar a reportagem que deu origem às “denúncias” do Grande Brasileiro Marcos Valério, o do valeriodantas, contra o Presidente Lula.
Dilma mandou o avião voltar.
E deu ordens ao Ministro Mantega que também ia ao convescote: vá, sente-se na mesa, e diga que vai embora em protesto contra a reportagem.
E foi o que aconteceu.
Ela demora.
Mas, reage a seu modo.
A ficha caiu.
Em tempo: o jornal nacional também anuncia que vai faltar luz elétrica no vestiário dos estádios da Copa e o Neymar vai vestir as chuteiras do Cássio.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.