Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Miro compara Lula a FHC. Que horror !

Em síntese, um rápido balanço confirma as palavras de Dilma. O tucano tentou reescrever a história com “ressentimento”.

FHC: A inveja é uma m…!



Por Altamiro Borges

O ex-presidente FHC já deve ter se arrependido do artigo que publicou nos jornais O Globo e Estadão no último domingo. Tanto é que ele sumiu do mapa. “A Folha não conseguiu falar com FHC”, lamenta hoje o jornal tucano. Na sua defesa, apenas o jagunço que preside o PSDB, o Sérgio Guerra, e alguns servos da mídia – como Ricardo Noblat, Merval Pereira e o pitbull da Veja. José Serra, que despenca nas pesquisas, já deve estar achando que o “amigo” FHC escreveu as suas bravatas apenas para prejudicá-lo na eleição.


A resposta mais contundente ao artigo partiu da presidenta Dilma Rousseff. Em nota oficial, ela defendeu a “herança bendita” de Lula e esculhambou FHC, acusando-o de reescrever a história com “ressentimento”. “Não recebi um país sob a intervenção do FMI ou sob a ameaça de apagão”, fustigou, lembrando a herança maldita de FHC. Ela enfatizou também que Lula “não caiu na tentação de uma mudança constitucional que o beneficiasse”, outra bordoada, relembrando a compra de votos para a reeleição do grão-tucano.

Dilma e o fim do “namorico”

A dura resposta de Dilma até surpreendeu. Afinal, ela vinha mantendo uma relação amigável com o pavão do PSDB. Chegou a convidá-lo para jantar no Palácio do Planalto e enviou uma carta bajuladora no seu aniversário de 80 anos, confundido civilidade com conciliação. Talvez ela tenha se iludido com FHC que, como diz Luis Nassif, nunca abandonou a sua “síndrome de escorpião”. Quem sabe agora a presidenta também desperte diante de outros escorpiões e rompa de vez o seu “namorico com a mídia” – como já ironizou Lula.

Mas a contundência de Dilma é plenamente justificável. O artigo de FHC é realmente um horror, carregado de inveja e ressentimento. Caso não respondesse à altura, ia parecer que a presidenta sucumbira à manobra rasteira da oposição demotucana e da sua mídia venal, que tentam cravar uma cunha entre Dilma e Lula para estimular a cizânia. “A presidenta Dilma Rousseff recebeu uma herança pesada de seu antecessor”, afirma FHC já na abertura do seu texto, apostando exatamente nesta divisão.

Um comparativo entre FHC e Lula

Quanto ao mérito do artigo, ele é patético. O tucano pinta um quadro mentiroso sobre o governo de Lula em várias áreas. Parece até que a atual presidenta herdou um país quebrado, rumo ao colapso. Egocêntrico e narcisista, FHC não se olha no espelho! Um rápido comparativo demonstra que seu reinado é que foi um desastre completo. O povo sabe disto. Tanto que ele saiu do Planalto com a popularidade no ralo e Lula transmitiu a faixa presidencial com aprovação de mais de 80%. Mesmo assim, vale relembrar alguns dados:

*****

Economia

Salário Mínimo – Passou de R$ 200,00, em 2002, para R$ 510,00, em 2010. Na comparação com o dólar, subiu de US$ 81 para US$ 288 no período. O poder de compra do mínimo subiu de 1,4 cestas básicas, em janeiro de 2003, para 2,4 cestas básicas em julho de 2010.

Emprego Formal – O governo Lula gerou 14,7 milhões de empregos (2003-2010), enquanto o reinado de FHC (1995-2002) criou apenas 5 milhões de empregos.

Taxa de desemprego – Em 2002, ela era 9,2%. Em setembro de 2010, baixou para 6,2%, a menor taxa desde o início da medição pelo IBGE.

Inflação – Baixou de 12,53% ao ano, em 2002, para 4,31% em 2009.

Exportações – Subiram de US$ 60,3 bilhões, em 2002, para US$ 152,9 bilhões em 2009.

Reservas internacionais – Passaram de US$ 38 bilhões em 2002 para US$ 275 bilhões em 2010.

Dívida com o FMI – FHC entregou ao governo com uma dívida acumulada de US$ 20,8 bilhões, em 2002. Lula quitou toda a dívida em 2005, e, hoje, é credor externo, tendo emprestado US$ 10 bilhões ao FMI em 2009.

Investimento Público – A taxa de investimento passou de 1,4% do PIB, em 2003, para 3,2% do PIB (abril de 2010).

Risco Brasil – Teve um pico de 1.439 pontos em 2002. No governo Lula, ela baixou para 206 pontos em setembro de 2010.

Desenvolvimento Social

Estrutura social – Em 2002, 44,7% da população tinha renda per capita mensal de até meio salário mínimo. Em 2009, o índice havia caído para 29,7%, o que significa que 27,9 milhões de pessoas superaram a pobreza entre 2003 e 2009.

Programas de transferência de renda – A soma de todos os programas de FHC totalizou R$ 2,3 bilhões, em 2002. Já o Bolsa Família, em 2010, destinou R$ 14,7 bilhões para as famílias mais carentes.

Saúde

Desnutrição infantil ­– Caiu de 12,5%, em 2003, para 4,8% em 2008.

Taxa de mortalidade infantil – Caiu de 24,3 mortes por mil nascidos vivos, em 2002, para 19,3 por mil em 2007.

Saúde da Família – Em 2002, 4.163 municípios eram atendidos por 16.734 equipes. Já em 2010, 5.275 municípios são atendidos por 31.500 equipes.

Agentes comunitários de saúde – Eram 175.463 agentes em 5.076 municípios em 2002. Hoje, são 243.022 agentes em 5.364 municípios.

SAMU 192 – Hoje, 1.437 municípios são atendidos pelo SAMU, que não existia antes do reinado de FHC. São 1.956 ambulâncias que percorrem o Brasil atendendo casos de urgência.

Assistência farmacêutica – Os recursos do Ministério da Saúde destinados à distribuição de medicamentos no SUS passaram de R$ 660 milhões, em 2002, para R$ 2,36 bilhões em 2010.

Educação

Analfabetismo – A taxa de analfabetismo no Brasil caiu de 11,9% da população, em 2002, para 9,6% em 2009.

Ensino Técnico – O número de escolas técnicas cresceu duas vezes e meia no governo Lula. No final de 2010, já existiam 214 novas escolas. FHC só construiu 11 escolas técnicas.

Prouni – Garantiu acesso à faculdade para 748,7 mil jovens de baixa renda. Com FHC, o programa não existia.

Universidades Federais – Lula criou 15 novas universidades e inaugurou 124 novos campi, a maioria pelo interior do país. FHC, o príncipe da Sorbonne, criou apenas uma universidade.

Matrículas no ensino superior – o número de matrículas no ensino superior cresceu 63% entre 2003 e 2009, passando de 3,94 milhões para 6,44 milhões.

Política urbana

Investimentos em habitação – Os recursos aplicados no setor foram R$ 7 bilhões em 2002. Em 2009, foram R$ 63,3 bilhões.

Minha Casa, Minha Vida – O governo Lula criou o Minha Casa, Minha Vida, com a meta de construção de um milhão de moradias. FHC nunca investiu em programas de habitação popular.

*****

No artigo, o rejeitado FHC também critica a “crise moral” herdada do governo Lula e, aproveitando a onda midiática, cita o badalado “mensalão”. Sobre corrupção, o ex-presidente não tem qualquer moral para dar lições. Para não cansar o leitor, sugiro a leitura do texto “Os crimes de FHC serão punidos”, que apresenta uma longa lista de escândalos do seu triste reinado. Em síntese, um rápido balanço confirma as palavras de Dilma. O tucano tentou reescrever a história com “ressentimento”. Ou como diz o ditado popular: a inveja é uma m…!

Por que você está muito mais pobre do que pensava estar


Cerca de 61% de todos os estadunidenses eram “classe média” em 1971, enquanto, hoje, o número caiu para 51%. A classe média está envolvida em uma guerra até a morte nos Estados Unidos com os agentes de Wall Street que pretendem privá-los do trabalho, tirar seus ativos, executar a hipoteca de suas casas, e deixá-los sem nenhum dinheiro para enfrentar a velhice. É apenas uma boa e velha luta de classes – e como Warren Buffett opinou – a classe dele está ganhando. O artigo é de Mike Whitney.

Você está muito mais pobre do que você pensava estar.

De acordo com um relatório da Sentier Research “a renda média anual real por domicílio caiu 4,8% desde que a ‘recuperação econômica’ começou em junho de 2009.”

Isso é pior do que o declínio de 2,6% que ocorreu durante a recessão em si (entre julho de 2007 e junho de 2009) Ao todo – do começo da crise em 2007 até hoje, a renda média domiciliar caiu impressionantes 7,2%. (“Mudanças na Renda Domicilar Durante a Recuperação Econômica: Junho de 2009 a Junho de 2012”, Sentier Research)

Como eu disse, você está muito mais pobre do que você pensava estar.
O relatório Sentier Research vem em sequência a um relatório similar do Federal Reserv (FED) que foi lançando em junho mostrando que as famílias de classe média viram um declínio de aproximadamente 40% em seu patrimônio líquido entre os anos de 2007 e 2010. O relatório de 80 páginas do Fed, Survey of Consumer Finances, aponta para a Grande Recessão como a causa presumível do declínio geral da riqueza, mas as políticas desequilibradas do Fed podem ser facilmente responsabilizadas. Baixas taxas de juros, frouxos padrões de empréstimos e fraudes geraram bolhas em ativos que destruíram duas décadas de ganhos econômicos dos trabalhadores nos EUA.

É uma coisa surpreendente, por que a confiança do consumidor está no seu mais baixo ponto desde novembro de 2011? Ou por que investidores não-profissionais ainda estão fugindo do mercado de ações em números recordes 4 anos após a falência do Lehman Brother? Ou por que os rendimentos dos títulos do Tesouro Americano de 10 anos ainda estão pairando abaixo dos 2%? Ou por que os depósitos bancários agora excedem muito os empréstimos?

Todos esses são sinais extremos para se pensar, por isso que os trabalhadores têm tido uma visão tão obscura sobre o futuro. Você sabia que (de acordo com o Pew Research Center) 61% de todos os estadunidenses eram “classe média” em 1971, enquanto, hoje, o número foi cortado para 51%? Isso explica porque 85% das pessoas entrevistadas dizem “que é mais difícil manter um padrão de classe média hoje do que comparado com 10 anos atrás.” A maioria das pessoas também admitiu que teve que reduzir seus gastos no ano passado.

O que todos esses relatórios indicam é que a classe média dos EUA está sendo esquartejada pelas políticas econômicas que servem para enriquecer poucos a custa de muitos.

É claro, o presidente do Fed Ben Bernanke vai “colocar as coisas no eixo” ao lançar outra rodada de afrouxamento quantitativo (“quantitative easing” – QE) que supostamente impulsionará o crescimento e diminuirá o desemprego. Infelizmente, QE não funciona desse modo. De fato, o Banco da Inglaterra acaba de lançar um relatório que prova que as compras de ativos do Banco Central desproporcionalmente beneficiam os ricos. Aqui está um trecho do artigo que foi publicado no Washington Post:

“Os 10% mais ricos dos domicílios na Grã-Bretanha viram o valor de seus ativos aumentar por até £322.000 [$510.000] como resultado de tentativas do Banco da Inglaterra de usar a criação de dinheiro eletrônico para tirar a economia de sua mais profunda crise pós-guerra. O Banco da Inglaterra calculou que o valor de ações e títutlos subiu 26% - ou £600 bilhões – como resultado da política, o equivalente a £10.000 para cada domicílio no Reino Unido. Acrescenta-se, entretanto, que 40% dos ganhos foram para os 5% mais ricos das famílias.”

Não é difícil ver por que isso acontece. Uma forma pela qual o programa de flexibilização quantitativa funciona, em teoria, é empurrar os preços dos ativos para apoiar a economia. E, de acordo com o Banco da Inglaterra, a família média britânica mantém apenas $2.370 em ativos financeiros. Então os benefícios diretos em grande parte são revertidos para as famílias mais ricas.

E nos Estados Unidos? Bem como na Grã-Bretanha, a distribuição de ativos financeiros também é fortemente enviesada. ... Assim, qualquer movimento do Fed para elevar os preços dos ativos tende a aumentar a desigualdade de riqueza no curto prazo.” (“Will the Fed’s efforts to boost the economy only benefit the wealthiest?”, Washington Post).

Então QE é apenas uma farsa para encher o bolso da classe de investidores. Imagine isso! Foram necessários 4 anos e um grupo de pesquisadores de gênios finaceiros BOE para descobrir isso.

E aqui está outra coisa sobre a qual vale a pena se debruçar; trabalhadores estão ficando totalmente prejudicados no negócio. Não apenas os poupadores e os aposentados de renda-fixa que sendo roubados dos ganhos insignificantes que teriam visto se as taxas estivessem em seu nível normal ao invés de zero, mas também a perspectiva de mais QE gera elevações futuras de petróleo, enquanto preços de alimentos com certeza subirão. Isto é da Bloomberg, em um artigo intitulado “Bernanke Boosts Oil Bulls to Highest Since May: Energy Markets”:

“Os fundos de hedge levantaram apostas otimistas sobre o petróleo, para uma alta de três meses, baseado em sinais de que o presidente do Federal Reserve, Ben S. Bernanke, tomará medidas para reforçar o crescimento econômico norte-americano e estimular a retomada de forças nas commodities.

Gestores de dinheiro aumentaram “long positions” líquidas, ou apostas na elevação de preços, em 18% nos sete dias encerrados em 21 de Agosto, de acordo com o relatório da Commodity Futures Trading Commission’s Commitments of Trades de 24 de Agosto. Eles estavam no nível mais alto desde a semana encerrada em 1º de Maio.” (Bloomberg)


Preços mais altos na bomba. Isso deve acelerar os gastos do consumidor, você não acha?

Ainda assim, Bernanke e seus colegas no Fed não vão ser desencorajados por algo tão insignificante como as agruras do povo trabalhador. Oh, não. Afinal, ele tem seus eleitores reais para considerar, os parasistas barões ladrões de Wall Street. Suas necessidades vêm primeiro e o que eles querem é outra rodada de “funny-money” e então encher a despensa no Hamptons com Beluga e espumante. É por isso que membros do Fed já começaram a cantar por “mais acomodação”. Aqui está o que o Presidente do Fed de Chicago Charles Evans disse na última semana da em seu boletim de tom sinistro, entitulado “Some Thoughts on Global Risks and Monetary Policy”:

“Encontrar uma forma de oferecer mais acomodação... é particularmente importante agora porque os atrasos na redução do desemprego são custosas. Uma extraordinarimente grande porcentagem dos desempregados ficaram sem trabalho por um bom período de tempo; suas habilidades podem se tornar menos fluentes e até mesmo entrar em deterioração, deixando trabalhadores afetados com cicatrizes permanentes em suas receitas da vida útil. E qualquer produtividade agregada resultante mais baixa também pesa sobre o produto potencial, salários e lucros para a economia como um todo. O dano intensifica enquanto o desemprego permanecer elevado. Falhar na ação agressiva agora pode baixar a capacidade da economia por muitos anos...

Dados os riscos que nós encaramos, eu acho que é vital que nós façamos esses movimentos hoje. Eu não acho que nós deveríamos estar em um mundo onde nós estamos esperando pra ver o que os próximos lançamentos de alguns dados tem a trazer. Nós passamos do limite para ação adicional, devemos tomar essa atitude agora.”


Que amargura! Será que alguém realmente acredita que o presidente do Fed dá a mínima atenção sobre reduzir desemprego? É uma piada.

E onde está a prova de que QE reduz desemprego, aumenta salários ou beneficia a economia como um todo? Em nenhum lugar. A ideia de “acomodação” é apenas outro jeito de encher seus amigos ricos de dinheiro.

Agora veja isto no Wall Street Journal:

“Durante a recessão, as pessoas que perderam empregos de longa data se esforçaram para encontrar novo emprego e geralmente sofreram cortes substanciais no salário quando encontravam um novo trabalho. Pouco parece ter mudade depois que a recessão terminou, mostra um novo relatório do Labor Department.

De 2009 a 2011, 6,1 milhões de trabalhadores perderam empregos que eles haviam mantido por pelo menos 3 anos. Pouco mais da metade – 56% - deles foram reempregados até janeiro, departamento descobriu em sua mais recente pesquisa sobre trabalhadores desempregados. Dois anos atrás, a pesquisa encontrou que 49% das pessoas que perderam seus empregos entre 2007 e 2009 foram reempregadas.

Pessoas com sorte suficiente para encontrar um novo emprego geralmente sofrem exagerados cortes salariais. Dos trabalhadores desempregados que perderam seus empregos, e salários, de tempo integral, de 2009 a 2011 e foram reempregados em Janeiro, apenas 46% estavam recebendo o mesmo ou mais do que eles ganhavam no emprego perdido. Um terço deles relatou que os rendimentos caíram 20% ou mais.” (“New Jobs Come With Lower Wages”, Wall Street Journal)

Assim, mesmo as pessoas “com sorte suficiente para encontrar um novo emprego” estão piores do que elas estavam antes. Ei, mas ao menos ela encontrou um emprego, certo? E as pessoas que não conseguiram nem encontrar um trabalho? O que acontecerá a eles?

Não se preocupe. Obama e seus companheiros cortadores-de-déficit no Congresso têm tudo planejado. Assim que a eleição acabar, o Presidente Socialista começará dispensando as pessoas dos benefícios para desemprego prolongado, tão rápido quanto é humanamente possível, deixando milhões de trabalhadores sem dinheiro suficiente para morar ou alimentar suas famílias. Aqui está como está tudo indo abaixo:

“Mais de 500 mil pessoas perderam benefícios para desemprego prolongado desde o início do ano, e mais 2 milhões estão agendadas para perder seus benefícios em 1º de janeiro de 2013.... Emergency Unemplyment Compensation (EUC), está programada para acabar completamente em 1º de Janeiro, encerrando pagamentos de desemprego para mais de 2 milhões de pessoas da noite para o dia.

Com o início do novo ano, não haverá nenhuma parte do país que ofereça mais de 26 semanas de benefícios de desemprego. Isso é muito menos do que a duração média do desemprego, que tem pairado em cerca de 40 semanas para mais de um ano.....

Apesar do impacto desastroso dos cortes, eles foram largamente ignorados tanto pela grande mídia quanto nas eleições norte-americanas. Além disso, a administração Obama já deixa saber que não buscará uma renovação de auxílio-desemprego estendido.” (“Extended jobless benefits end for 500,000 US workers”, World Socialist web Site)

Você pode ver quão bem isso segue a campanha anti-obesidade de Michelle? A administração planeja aumentar a “flexibilidade” dos trabalhadores, colocando milhões de desempregados em uma dieta radical.

E, não se engane, desemprego é apenas um de muito programas que Obama planeja eviscerar após a contagem de votos. Ele também esta indo para o zero – na Segurança Social, Medicare e Medicaid. Eles estão todos no bloco de corte, cada um deles. É disso que o chamado Fiscal Cliff se trata; é farsa em relações públicas para esconder o plano de Obama para desmantelar os programas vitais que fornecem remédios, abrigo e uma aposentadoria insuficiente para os doentes, os carentes e os idosos, você sabe, as pessoas às quais os Republicanos se referem como “bocas inúteis”.

Todos esses relatórios (Sentier, Pew, o Fed’s Survey of Consumer Finances) dão atenção ao mesmo ponto, que a classe média está envolvida em uma guerra até a morte com os vermes carregadores-de-saco (“carpetbagging”) que pretendem privá-los do trabalho, tirar seus ativos, executar a hipoteca de suas casas, e deixá-los sem nenhum dinheiro para enfrentar a velhice. É apenas uma boa e velha luta de classes – e como Warren Buffett opinou – a classe dele está ganhando.

(*) Mike Whitney é um analista político independente.

Tradução: Hector Luz

*DILMA ESFARELA FHC E O SEU PATÉTICO DISCERNIMENTO SOBRE O BRASIL



"Recebi do ex-presidente Lula uma herança bendita. Não recebi um país sob intervenção do FMI ou sob ameaça de apagão" (nota oficial da Presidência daRepública sobre críticas de HC a Lula** leia: http://blog.planalto.gov.br/  e o Blog do Emir)



ATÉ QUANDO O FUTURO PODE ESPERAR?
O artigo deste domingo de FHC no 'Estadão' é uma das excrescências  mórbidas de que falava o italiano comunista Antonio Gramsci.Morto em 1937,  ele ensinou: o que caracteriza uma crise é justamente o fato de que 'o  velho já morreu e o que é verdadeiramente novo não consegue nascer; nesse interregno, aparecem toda uma série de sintomas mórbidos". Que poderia haver de mais sintomaticamente mórbido nesse arrastado colapso neoliberal do que um ex-presidente tucano vir a público pontificar  lições de ética, finanças e desenvolvimento tendo como régua e compasso o governo e o  credo que o ralo da história digere há quatro anos?FHC, Serra e outros valem-se do limbo pegajoso dos dias que correm para insistir em políticas e agendas condenadas, mas ainda não substituídas no plano mundial --o que dificulta a sua ruptura definitiva também no Brasil. Debater com FHC a essa altura da crise traz a angústia das reiterações inúteis.'O velho já morreu'. E o novo? (LEIA MAIS AQUI)

A chance que FHC perdeu e Dilma aproveitou




É riquíssimo o episódio em que a presidente Dilma Rousseff responde a artigo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que atacou o ex-presidente Lula dizendo, de forma literalmente inacreditável, que ele teria deixado uma “herança pesada” para a sucessora.
A riqueza do episódio reside em que os dois lados, Dilma e FHC, podem extrair lições dele. Podem refletir sobre o poder das palavras e a oportunidade de usá-las, pois, como se sabe, palavras são como pasta de dente, que, uma vez fora do tubo, não pode ser colocada de volta.
O ex-presidente estava no melhor dos mundos. A popularíssima Dilma Rousseff lhe havia dado um presentão ao homenageá-lo reiteradas vezes desde que assumiu a Presidência da República. A boa relação com ela serviu, inclusive, para tirá-lo da linha de fogo.
Semanas após tomar posse como presidente, Dilma faz quase uma mesura ao antecessor do antecessor durante a festa comemorativa de 90 anos do jornal Folha de São Paulo. A imagem correu o país: a presidente, postada diante de FHC, de cabeça baixa e mão estendida.

O simbolismo daquele gesto residiu em tentativa de, na mesma tacada, firmar um tratado de paz com o político adversário e com o jornal que tanto o defende, propondo, assim, convivência civilizada com a oposição e a mídia.
Pouco tempo depois, Dilma convida FHC para almoço com o presidente Barack Obama durante visita deste ao Brasil, almoço que não contou com a presença de Lula e no qual seu antecessor e sua sucessora produziram imagens que chegaram a suscitar intrigas sobre poderem vir a entabular um romance (?!).
Decidida a evitar que seu governo fosse alvo do mesmo bombardeio oposicionista-midiático que fustigou seu padrinho político, Dilma reincidiu no tipo de agrado aos adversários que leva a mídia ao gozo: deitou elogios a FHC por ocasião de seu aniversário de 80 anos.
Os elogios de Dilma a FHC foram extremamente generosos e até, como se pode depreender de sua resposta ao recente artigo desairoso dele contra Lula, exagerados. Sua resposta destoante dos elogios foi como se ela cantasse para o tucano “Você pagou com traição a quem lhe deu a mão”.
FHC poderia ter ficado com o que tinha: palavras elogiosas de uma líder política – o que Dilma é, ao fim e ao cabo, apesar de, até aqui, ter se portado como “gerente” – cuja alta popularidade é reconhecida por todos. FHC podia ter mantido sua grande boca fechada.
Tudo de que o ex-presidente tucano não precisava, agora, era de que alguém com voz alta o suficiente para ter suas palavras transformadas em manchete de primeira página lembrasse à opinião pública que herança deixou quem qualificou de “pesada” a herança deixada pelo sucessor.

Apagão, FMI, compra de votos (subentendida) para aprovar a emenda da reeleição… Tudo isso foi jogado na cara (dura) de Fernando Henrique Cardoso em volume e evidência estrondosos.
Terá FHC achado que daria aquela declaração impunemente?
Mas Dilma também extraiu uma lição do episódio. Os elogios que fez ao adversário político estão sendo confrontados com as acusações que agora lhe faz – a mídia está opondo o que ela disse antes de FHC ao que diz agora.
A percepção deste blog é a de que a população entenderá que Dilma tentou ser gentil antes e agora, vendo que foi inútil, revidou – até porque, ela foi a segunda no comando do governo que FHC afirma que deixou “herança pesada”. Todavia, é arriscado dar declarações tão contraditórias entre si.
FHC por certo já considera que perdeu a chance de ficar calado; Dilma certamente já reflete sobre a inutilidade (que este blog apontou tantas vezes) de tentar manter relação de alto nível com uma oposição e uma mídia capazes de lhe publicar ficha policial falsa na primeira página.
Resta torcer para que a presidente entenda que o cargo que ocupa é eminentemente político e que sua postura (até aqui) de “gerente” só faz estimular abusos como o que aquele a quem ela deu a mão tentou praticar impunemente.