Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 13 de março de 2013

Crescem suspeitas sobre morte de Cháves; Venezuela abre inquérito


Nos dias que sucedem a morte de Hugo Chávez está sendo travada uma batalha retórica por todo o mundo em decorrência de declarações do governo venezuelano e de governos de países alinhados ao projeto “bolivariano” no sentido de que o ex-presidente pode ter sido alvo de “envenenamento” por parte de seus inimigos políticos ou, mais especificamente, dos Estados Unidos.
Do lado do governo da Venezuela e dos países aliados, a difusão da suspeita parece obedecer a um ritual bem calculado, como se existissem elementos mais do que simplesmente especulativos. Já pelo lado dos inimigos do governo Venezuelano, sobretudo por parte dos Estados Unidos, a estratégia tem sido a de tentar caracterizar como “loucura” dos adeptos do que chamam de “teoria conspiratória”.
Se for loucura, porém, está afetando gente que sabe muito bem o risco de se fazer uma acusação dessa monta sem maiores evidências. O presidente da Bolívia, Evo Morales, reiterou na última segunda-feira suas suspeitas em torno da morte de Chávez, que, segundo ele, teria sido assassinado por causa de sua oposição ao “império” e ao capitalismo.
Morales assegurou que Chávez ainda era muito jovem e, por isso, questionou: “Como pôde ter perdido tão rapidamente a vida? O império sabe como se infiltrar”, completou Morales, que lembrou que o próprio Fidel Castro já escapou de muitas tentativas de assassinato.
Apesar da tentativa do governo americano, de setores da mídia nacional e internacional e de militantes pró Estados Unidos em redes sociais da internet de ridicularizar a teoria e qualquer um que a leve a sério, os mais importantes meios de comunicação do Brasil e do mundo repercutiram, na última terça-feira, a abertura de inquérito na Venezuela para investigar a natureza do câncer que ceifou em um curto espaço de tempo a vida do líder venezuelano.
O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que Chávez “Tinha a intuição desde o princípio” de que o câncer lhe fora inoculado e lembrou que os EUA “Tinham laboratórios científicos ensaiando como provocar cânceres” na década de 1940 e que “Após 70 anos, quanto não deve ter avançado esse tipo de laboratórios da maldade e da morte?”.
A teoria de que Chávez foi “envenenado”, apesar de uma campanha de desmoralização que vem sofrendo e na qual se vê uso de frases pré-elaboradas,  nas ruas de Caracas, como no Paseo de Los Próceres, onde fica a Academia Militar, local onde o corpo está sendo velado, há cartazes com dizeres como “Quem matou meu comandante?” e “Justiça”.
A ativista política estadunidense-venezuelana Eva Golinger, que vive em Nova Iorque e tem um programa de televisão num canal para a comunidade russa nos EUA, uniu-se aos adeptos da “teoria da conspiração”. Abaixo, vídeo em que, em bom espanhol, ela explica que evidências existiriam.
Já o escritor e historiador americano Willian Blum, autor de obras como Killing Hope: U.S. Military and CIA Interventions Since World War II e deRogue State: A Guide to the World’s Only Superpower , dentre outros, deu a seguinte declaração: “Pessoalmente, acredito que Hugo Chávez foi assassinado pelos Estados Unidos”.
Por telefone, fonte do governo venezuelano que não quer se identificar afirma que já existiriam “evidencias” de “inconformidades” no padrão da moléstia que matou Chávez, inclusive com laudos médicos feitos não apenas por cubanos ou venezuelanos e que afirmariam que o tumor em questão seria de um tipo “nunca visto”, com um poder de alastramento e uma resistência a tratamentos maior do que tudo que se viu até hoje.
“Teoria conspiratória” ou não, ela está hoje nos principais jornais e agências de notícias do Brasil e do mundo e os governos de Cuba e Venezuela não deram sinal algum de arrefecimento em veiculá-la. Pelo contrário, a retórica desses governos vem aumentando e ganhando adeptos entre aliados, ao ponto de ter sido aberta uma investigação formal.
Enquanto isso, em vários grandes jornais do Brasil parece ter baixado certa cautela, o que se explica pelo empenho com que o governo venezuelano e aliados têm difundido a tese. Este Blog, desde a primeira hora, com base em contatos que vem fazendo sugere aos que se apressam em negar o que antes de ser descartado precisa ser investigado, que também se acautelem.

Petrobras esclarece:



Em relação à matéria intitulada “Graça Foster usa serviço de informações do PT na Câmara para rebater críticas do PSDB“, publicada pela Agência Estado (12/03), a Petrobras esclarece que:
1) A Companhia não “usou o serviço de informações do PT”. Atendendo a solicitação do site Informes, da Liderança do PT na Câmara, a Companhia enviou resposta da Presidente Maria das Graças Silva Foster para questionamento sobre a situação financeira da Petrobras e o desenvolvimento das atividades no pré-sal. A resposta, inclusive, continha informações já fartamente divulgadas pela Companhia e publicadas pelo jornal Correio Braziliense em entrevista da presidente no último domingo, 10/03/2013.
2) Não havia “olheiros” da Petrobras no seminário promovido pelo PSDB, e sim assessores da Companhia realizando legitimamente o seu trabalho.
Confira, abaixo, o esclarecimento da Petrobras encaminhado sob demanda à Folha de S. PauloGlobonewsReutersG1,Valor Econômico e O Globo, sobre as questões apontadas durante o seminário do PSDB sobre a Companhia:
1- “Mito da autossuficiência”
Esclarecimento: O Brasil atingiu a autossuficiência em petróleo em 2006: a produção de petróleo no País equiparou-se ao volume de derivados consumidos à época. Entre 2007 e 2012, no entanto, a demanda por derivados cresceu 4,9% no Brasil, contra um crescimento de 3,4% na produção de petróleo. A partir de 2014, a produção de petróleo no Brasil voltará a atingir a autossuficiência volumétrica, ou seja, volumes iguais de petróleo produzido e de derivados consumidos, contando a produção da Petrobras + Parceiros + Terceiros.
O Brasil, no entanto, nunca foi autossuficiente em derivados. O País sempre importou e continuará importando derivados até que entrem em operação as novas refinarias previstas no Plano de Negócios e Gestão 2012-16 da Petrobras. A curva de produção da Companhia apresentará um crescimento contínuo, até atingir 2,5 milhões de barris por dia em 2016 e 4,2 milhões de barris por dia em 2020. A produção de petróleo passará, então, a superar a produção de derivados, o que dará ao País, também, autossuficiência em derivados. Em 2020, planejamos ter 4,2 milhões de barris de petróleo por dia contra uma capacidade de refino de 3,6 milhões de barris por dia e um consumo de 3,4 milhões de barris por dia.
De fato os dispêndios com a importação de derivados de petróleo foi de US$ 7,2 bilhões acumulados ao longo do ano de 2012, mas houve também um ganho liquido de US$ 6,8 bilhões com as receita relativas à exportação de petróleo.
2- “Perda de 47,7% do seu valor de mercado”
Esclarecimento: Em 11/03/2011 o valor de mercado da Petrobras era de R$ 398 bi e hoje (11/03/2013) R$ 234 bi tendo uma perda de R$ 164 bi, perdendo 41,2% do seu valor de mercado.
3- “Perdas sucessivas no ranking mundial”
Esclarecimento: A Petrobras era a terceira maior empresa em valor de mercado atrás da Exxon Mobil e a PetroChina ao longo do primeiro semestre de 2010 (em 03 março de 2010 o valor de mercado da Petrobras US$ 184,4 bi) após o processo de capitalização, hoje (12/03/2013) estamos em 7º lugar em termos de valor de mercado (1º Exxon, 2º PetroChina, 3º Chevron, 4º Shell, 5º BP, 6º Total).
4- “Petrobras hoje: a imagem da desconfiança”
Esclarecimento: Não há desconfiança. A Petrobras tem grande facilidade de acesso ao mercado de dívida, a baixos custos, por meio de diversas fontes. Portanto, são justamente estes investimentos elevados que irão gerar retornos para nossos acionistas. A Petrobras é hoje reconhecida pelo mercado como a empresa que dispõe do melhor portfólio de ativos de petróleo e gás dentre todas as companhias de capital aberto no mundo. Portanto, altos níveis de investimento fazem todo sentido econômico, face às oportunidades que se apresentam para a Companhia. Somente no Brasil, a Petrobras dispõe hoje de 15,7 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) em reservas provadas. Ademais, com os volumes que potencialmente serão incorporados no pré-sal e o direito de produzir os barris da Cessão Onerosa podemos aumentar nossa base de volumes recuperáveis para um patamar de quase 30 bilhões de boe. Temos hoje, seguramente, a capacidade, a tecnologia, o conhecimento e os recursos necessários para transformar todo esse potencial em riquezas para nossos acionistas, que irão se materializar pelo crescimento de nossa produção, que irá mais do que dobrar em 2020. É importante não esquecer que os investimentos da indústria de petróleo e gás são de longa maturação, haja vista a complexidade das operações. Entretanto, não menos importante é destacar a celeridade com que fomos capazes de tornar o pré-sal uma realidade. O primeiro óleo do campo de Lula ocorreu em 2009, apenas três anos após sua descoberta, um resultado excepcional quando comparado à média da indústria mundial. Hoje, a Petrobras e seus parceiros já ultrapassaram o marco de 300 mil barris de petróleo por dia no pré-sal, um feito extremamente relevante.
5- “Ações da Petrobras em queda”
As nossas perspectivas são as mais positivas possíveis no longo prazo. Iremos mais do que dobrar a nossa produção de petróleo no Brasil em 2020, atingindo 4.200 mil barris por dia de petróleo (ante uma produção de 1.980 mil barris por dia em 2012) por meio de projetos de alta rentabilidade, que irão se traduzir em elevados retornos para os nossos acionistas. Estamos aumentando a eficiência operacional da Companhia e otimizando nossos custos operacionais para entregar ainda mais valor para os nossos acionistas. Temos hoje cerca de R$ 166 bilhões de ativos em construção em nosso balanço patrimonial, ou seja, R$ 166 bilhões de ativos que ainda não geram caixa para a Companhia. Na medida em que esses e os demais projetos de nosso Plano de Negócios e Gestão entrarem em operação, iremos aumentar ainda mais nossa geração de caixa e, por conseguinte, o valor gerado para nossos acionistas.
6- “Pré-sal: o bilhete premiado que o Brasil pode perder”
Esclarecimento: A Petrobras não vai comentar.
7- “Aumento do investimento no refino gera prejuízo”
Esclarecimento: Entre os anos de 2000 e 2012 o consumo de gasolina no país cresceu 68%, o de diesel 46% e o de querosene de aviação (QAV) 58%, reflexo evidente do crescimento da economia, da melhora das condições de emprego e renda da população e da ascensão das classes sociais. Diante de um mercado que cresce muito mais do que a média mundial, fica clara a necessidade de ampliação do parque de refino, retomando os investimentos em novas unidades, o que não era feito desde 1980, 33 anos atrás.
Apesar de operar com altíssima eficiência (96% da capacidade em 2012), a capacidade de refino disponível é de cerca de 2 milhões barris por dia para uma demanda de cerca de 2,2 milhões barris por dia. Por isso que a nova capacidade de refino é fundamental. Em 2020 a capacidade de refino será de 3,6 milhões de barris por dia e a demanda será de 3,4 milhões de barris por dia, sendo esta a principal fonte de receitas da Petrobras. O investimento da Petrobras na Área de Abastecimento foi de R$ 29 bilhões em 2012.
8- “Produção diminui e dívida cresce”
A produção de petróleo da Petrobras foi de 700 mil barris por dia em 1995 e chegou a 1,5 milhão de barris por dia em 2003. De 2003 a 2012, o patamar de produção de petróleo da Petrobras elevou-se de 1,5 milhão de barris por dia para 2,0 milhões de barris por dia, e chegará a 2,5 milhões de barris por dia em 2016 e 4,2 milhões de barris por dia em 2020.
Convém esclarecer que quanto mais alto o patamar de produção de uma companhia, maior é o desafio de manutenção e crescimento deste patamar, dado que a natureza dos reservatórios de petróleo é o declínio natural da produção, que varia de 10% a 14% ao ano em campos de águas profundas.
Assim, para a sustentação e crescimento da curva, faz-se necessário um alto índice de sucesso exploratório, que agregue reservas e descobertas para a produção futura. Para fins de comparação, o Índice de Sucesso exploratório da Petrobras foi de 64% em 2012 (82% no pré-sal), enquanto a média mundial está em 30%.
Além da necessidade de novas descobertas, a manutenção de patamares elevados de produção também depende da operação dos sistemas atuais com níveis adequados de eficiência operacional. Isso demanda, em alguns períodos, paradas programadas para manutenção com consequente queda da produção dessas unidades. Também ocorre, no caso das novas plataformas, um crescimento gradativo da produção (ramp-up). Esses são os fatores que explicam porque a produção da Petrobras não cresceu no ano de 2012 e no primeiro semestre de 2013, ano no qual 7 novas plataformas estão entrando em operação.
Quanto ao endividamento, as oportunidades de crescimento proporcionadas pelas novas descobertas anunciadas nesses últimos anos, em especial o pré-sal, colocaram a Petrobras em uma situação diferenciada em relação às outras empresas do setor, com um portfólio de projetos rentáveis a serem desenvolvidos que garantem o crescimento orgânico da Companhia. Para financiar esse crescimento, foi necessário aumentar seu nível de endividamento, na medida em que apenas a geração operacional de caixa da Companhia não era suficiente para o aproveitamento dessas oportunidades. A dívida líquida da Petrobras ficou em R$ 148 bilhões no final de 2012.
Porém, isso não é visto como negativo pelo mercado. Pelo contrário, ao longo dos últimos anos, o aumento do endividamento veio acompanhado da redução do custo de captação da Companhia e da melhora da avaliação de risco por parte das agências de rating. A Companhia aumentou o acesso a diversas fontes de financiamento com a redução do custo de captação em dólares para o prazo de dez anos de aproximadamente 9% a.a. em 2002 para aproximadamente 5% a.a. em 2012.
Em 2005, a Companhia recebeu a primeira avaliação de grau de investimento pela agência de classificação de risco Moody´s, tendo sido uma das primeiras empresas brasileiras a receber tal classificação. Desde então, vem recebendo melhoras adicionais nessa avaliação, sendo classificada igualmente pela Standard & Poor´s e Fitch.
9- “Petrobras na mira do Ministério Público”
Esclarecimento: A Companhia reafirma que a aquisição da Refinaria de Pasadena deve ser compreendida no contexto anterior à descoberta do Pré-Sal, estava alinhada ao Planejamento Estratégico da Petrobras à época, no que se referia ao incremento da capacidade de refino de petróleo no exterior, e visava contribuir para o aumento da comercialização de petróleo e derivados produzidos.
Todas as aquisições de refinarias no exterior cumpriam com o mesmo objetivo estratégico que determinava a expansão internacional da Petrobras, apoiada em alguns pilares, a saber: processamento de excedentes de petróleos pesados brasileiros; diversificação dos riscos empresariais e atuação comercial em novos mercados de modo integrado com suas atividades no Brasil e em outros mercados.
10- “Refinaria Abreu e Lima: custo da obra pulou de R$ 4,7 bilhões para R$ 41 bilhões”
Esclarecimento: As projeções iniciais de custos da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) referiam-se a um projeto em fase inicial de avaliação, cujo grau de definição permitia estimativas apenas preliminares em relação a custos de infraestrutura, demandas ambientais, integração entre unidades e extramuros.
O maior grau de definição e detalhamento, incorporado a fatores como otimização de escopo, ajustes cambiais e aquecimento de mercado, entre outros, fez com que o valor do investimento tivesse um incremento com a evolução do projeto.
Diversos fatores contribuíram para as variações de prazo, entre eles a necessidade de realização, em alguns casos, de novos processos licitatórios devido a preços excessivos. Outros fatores importantes foram greves, condições ambientais e construção de infraestrutura para acesso ao local da obra.
Hoje, a RNEST já alcançou 70% de execução física em suas obras e o início de operação ocorrerá em novembro de 2014, com investimento previsto de US$ 17 bilhões, prazo e custo estabelecidos no Plano de Negócios e Gestão 2012-2016. Ainda há pleitos em discussão com as empresas contratadas que somam US$ 3 bilhões.
11- “Gestão Gabrielli”
Esclarecimento: No período da administração do presidente José Sergio Gabrielli de Azevedo, entre 2005 e 2012, houve um aumento na Petrobras Controladora de 52% do efetivo próprio e de 130% de empregados de empresas prestadoras de serviços. incluindo aí todos os trabalhadores em obras, entre as quais duas grandes refinarias. Tais aumentos foram consonantes com o crescimento do investimento da Companhia, na ordem de 208%. No período anterior, de 1993 a 2001, não foram realizados concursos pela Petrobras.
- Conteúdo Local
A indústria nacional de bens e serviços tem respondido à altura das demandas da Petrobras, com Conteúdo Nacional que por vezes supera o índice de 85% que é o caso dos projetos do Refino. O aumento do Conteúdo Nacional é possível para bens e serviços que hoje são importados e que apresentam escala econômica para serem produzidos no Brasil. Considerando as vantagens para as empresas, os principais benefícios são a redução dos custos operacionais, a proximidade da base de fornecedores, o aumento da capacidade de inovação da cadeia e a assistência técnica local.
Ilustração: A Justiceira de Esquerda

13 tuítes polêmicos do pastor e deputado Marco Feliciano




Gabinete a serviço da imagem do pastor


http://f.i.uol.com.br/folha/poder/images/13064488.jpeg 
O deputado Marco Feliciano, o polêmico presidente da Comissão de Direitos Humanos, distribuiu cargos comissionados a seis pessoas que trabalham em seu programa de tevê. Parlamentares pretendem denunciá-lo ao Conselho de Ética
A lista de assessores parlamentares contratados no gabinete do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) que atuam nas ações religiosas do congressista é ainda maior que a revelada pelo Correio no último sábado. A produção do programa que o pastor apresenta aos domingos conta com pelo menos seis pessoas que recebem salário da Câmara. Nele, o deputado faz pregações e lobby para seus projetos. Na última edição, acusou os integrantes da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) contrários à sua escolha como presidente de tentarem esconder irregularidades que supostamente cometeram com recursos do colegiado. O grupo adversário se reúne hoje e deve formalizar uma representação contra Feliciano no Conselho de Ética da Casa.
O programa, veiculado pela TV CNT e que leva o nome do pastor, é gravado pela Wap TV, produtora de Wellington Josoé Faria de Oliveira, contratado pelo deputado como secretário parlamentar. Ele e outras cinco pessoas pagas pela verba de gabinete de Feliciano são listadas nos créditos finais da produção (veja quadro). Nela, o pastor faz entrevistas e orações e explica suas posições de repúdio a homossexuais, por exemplo. Em uma edição exibida em fevereiro, ele revelou os e-mails dos integrantes da CDHM, da qual ainda não fazia parte, e pediu que os fiéis os pressionassem a aprovar o projeto de sua autoria para haver um plebiscito sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
No último domingo, Marco Feliciano aproveitou o espaço na tevê para se defender das acusações de que é alvo — homofobia, racismo e estelionato, com direito a processo no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, há uma “perseguição” gratuita de quem participava do comando da comissão. “Deve haver alguma coisa errada que eles não querem que eu descubra lá. E eu vou descobrir. Será que é medo de que eu saiba como a verba da comissão foi usada?”, ironizou, sem citar o nome do ex-presidente da CDHM Domingos Dutra (PT-MA). O petista rebate o comentário do pastor: “Quanto mais ele abre a boca, mais se enrola. Diferentemente do que ele diz, muitas vezes tive que tirar dinheiro do próprio bolso para pagar gastos da comissão, que são todos ordenados pela própria Câmara. Se ele quiser, pode passar pente-fino e vassoura para checar”.
Faltas
Além das gravações, Feliciano mantém uma agenda cheia de compromissos religiosos e artísticos — é pastor, apresentador, empresário, músico e palestrante —, que não é compatível com suas atividades parlamentares. No ano passado, ele deixou de comparecer a 30 das 91 sessões deliberativas realizadas no plenário da Câmara. Ou seja: a cada três sessões, ele faltou uma. Até o fim de março, ele tem marcadas 15 apresentações em 11 cidades diferentes. Vai passar por estados como Minas Gerais, São Paulo, Sergipe, Bahia, Goiás e até Rondônia. As apresentações são à noite e em dias seguidos. Ao assumir a CDHM, portanto, deverá ter dificuldades para conciliar o deslocamento, os compromissos e a agenda da comissão.
Na edição de sábado, o Correio revelou também que Marco Feliciano usou seu mandato em benefício de suas empresas e das atividades da Assembleia de Deus Catedral do Avivamento, criada por ele. O pastor paga salário da Câmara a um funcionário fantasma, que na verdade trabalha em um escritório de advocacia que recebeu R$ 35 mil da cota parlamentar do deputado desde que ele tomou posse, emprega em seu gabinete e repassa verba funcional a advogados que o defendem em causas particulares e pessoas que fizeram doações em sua campanha eleitoral. Procurado desde a última sexta-feira, o pastor não respondeu aos questionamentos feitos por e-mail, a pedido dele. Ontem, a reportagem tentou novamente contato com o deputado e seu assessor, Wagner Guerra, mas nenhum dos dois retornou as ligações.
Na noite de ontem, o deputado reuniu fiéis e lideranças evangélicas em Ribeirão Preto (SP) para rebater as críticas de que é alvo. Na porta da igreja, grupos contrários à eleição do pastor para o comando da CDHM também realizaram protestos. O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) emitiu uma nota em que repudia a escolha de Feliciano para o cargo, “por suas declarações públicas, verbais e escritas de conteúdo discriminatório, de cunho racista e preconceituoso contra minorias”.
Pedido de anulação
Na última quinta-feira, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) abandonou a sessão em que Feliciano seria eleito porque manifestantes haviam sido proibidos de acompanhá-la. Ele e outros integrantes do colegiado vão se reunir hoje pela manhã para decidir se permanecem no grupo e como podem reverter o quadro. O deputado Jean Wyllis (PSol-RJ) adianta que elaborou um mandado de segurança a ser entregue hoje ao Supremo para que a reunião em que o pastor foi eleito seja anulada. “Se isso ocorrer, vamos ganhar tempo para que outro nome seja pensado”, destaca.
O argumento jurídico do mandado, orientado pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous, é o de que a sessão de quinta-feira só poderia ser a portas fechadas diante da deliberação do plenário da Câmara, o que não foi feito. “Todos os encontros de comissões são abertos e as exceções estão determinadas no regimento, nesse caso, houve vício de forma, foi uma sessão ilegal”, avalia o jurista.
Diante das revelações, o líder do PSol, Ivan Valente (SP), afirma que o partido estuda a possibilidade de pedir investigação contra Feliciano no Conselho de Ética ou na Corregedoria da Casa. “A cadeia de erros cometidos por ele e seu partido está crescendo como uma onda gigante e abre brechas para vermos se ele quebrou ou não o decoro parlamentar”, comenta.
Hoje à tarde, a bancada do PSC vai rediscutir a indicação do pastor para a Comissão de Direitos Humanos. “Existem repercussões pelo país que não devem ser desconsideradas pelo partido”, diz o líder da legenda, André Moura (SE), em nota divulgada pela assessoria. (AC)

Duplo expediente
Secretários parlamentares lotados no gabinete de
Marco Feliciano que trabalham no programa do pastor


Nome                                  Função no programa de tevê    Salário que recebe na Câmara

Wagner Guerra da Silva             assessoria direta e imagens    R$ 8.040
Talma de Oliveira Bauer             assessoria política                R$ 4.020
Roberto Figueira Marinho             produção musical                 R$ 3.540
Joelson Heber da Silva Tenório     assessoria religiosa              R$ 3.005
Roseli Alves Octávio                   intercessão                        R$ 3.540
Wellington Josoé                        direção de imagem,             R$ 1.502
Faria de Oliveira                         roteiro e edição
Ação contra críticas de Xuxa
O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) disse vai processar a apresentadora Xuxa Meneghel. Na última sexta-feira, Xuxa afirmou em uma rede social que o pastor era “um monstro” e “que não pode ter poder”. “Meu Deus, estava lendo agora sobre esse ‘pastor’…que Deus nos ajude”, comentou a apresentadora. Ontem, também em uma rede social, Feliciano anunciou que entrará com uma ação judicial contra a apresentadora. “E sobre o que disse Xuxa, minha assessoria jurídica prepara o processo. Durmam em paz”, postou o deputado.
No Clipping Planejamento

Marco Feliciano (PSC) volta atrás e diz que não processará Xuxa

PSDB VOLTA AO LOCAL DO CRIME: A PETROBRAX


Graça: a Petrobras não passa por qualquer dificuldade financeira. ossos investimentos em 2012 chegaram a 84 bilhões de reais, a maior realização na história da Petrobras.

Saiu na Folha (*):

AÉCIO FALA EM REVER MODELO PETISTA PARA PETRÓLEO DO PRÉ-SAL


Senador tucano diz que Petrobras não tem fôlego para realizar investimentos exigidos no regime de partilha. Fim da obrigatoriedade da participação da estatal abriria espaço para grupos privados e estrangeiros
.

(…)

Ele defendeu o fim da obrigatoriedade da participação da Petrobras nos futuros campos. “Descapitalizada, a Petrobras vai ter de buscar dinheiro no mercado com juros cada vez maiores”, afirmou. 


Segundo o Valor, o PiG (**) cheiroso, Aécio Never criticou também a exigência de conteúdo local para empresas que participem da exploração do pré-sal: “Não adianta demandar para uma indústria que não existe”.


Aécio segue o roteiro tucano à risca.
Seu mentor, o Farol de Alexandria, foi quem abriu o buraco no monopólio estatal da Petrobras, que o Nunca Dantes teve que fechar.
O Farol de Alexandria apelidou a Petrobras de Petrobrax, para acabar de vendê-la em Nova York.
Seu cordial e fraternal aliado, o Padim Pade Cerra, segundo o WikiLeaks, prometeu à Chevron destruir o “modelo petista” de exploração do pré-sal, para entregar à Chevron.
Um dos mais sólidos legados do Nunca Dantes foi assegurar o pré-sal à Petrobras, através do “regime de partilha”.
A Petrobras está no centro do sistema industrial brasileiro.
No centro da estratégia de um Brasil autônomo – do ponto de vista econômico e militar.
Não é à toa que o suposto candidato tucano tenha começado a campanha pela “destruição” da Petrobras.
É porque, além dos ricos, eles preferem os americanos.
E, desde Vargas, eles sempre voltam ao local do crime: vender a Petrobras.
O candidato do PSDB à presidência do Clube dos Amigos da Lagoa Rodrigo de Freitas diz que quer “reestatizar” a Petrobrás.
No dicionário tucano, isso signfica “entregar”.
Tomara que ele vá para a campanha presidencial com essa lorota.
Vai acabar como o Alckmin em 2006: com a camiseta do Banco do Brasil, da Petrobrás, da Caixa…, para não ser apedrejado na rua.
Ou como o Cerra, em 2010, que disse que a entreguista era a Dilma e o herdeiro do Lula era ele.
O amigo navegante compraria uma ação da Petrobras ou uma ação da candidatura do Aécio Never ?
Por falar nisso, amigo navegante, leia aqui o que disse a presidente da empresa:
“Não há crise na Petrobras!”, afirma Maria das Graças Foster, presidente da empresa em declaração exclusiva para o site da Liderança do PT na Câmara:
“Não há crise na Petrobras. Temos, como sempre tivemos, em 60 anos de história, grandes desafios a superar, que são também enormes oportunidades de crescimento para a Companhia.
No pré-sal, muito ao contrário do que se diz, as metas estão sendo cumpridas e os resultados são os melhores possíveis. No final de fevereiro, atingimos a marca de 300 mil barris de petróleo produzidos por dia no pré-sal. Isso, apenas sete anos depois da primeira descoberta de petróleo naquela camada, ocorrida em 2006. No Golfo do México, por exemplo, foram necessários 17 anos para se alcançar a produção de 300 mil barris de petróleo por dia. E conseguimos isso no pré-sal com apenas 17 poços produtores, o que mostra a elevada produtividade dos campos já descobertos no pré-sal.
Repito: a Petrobras não passa por qualquer dificuldade financeira. Nossos investimentos em 2012 chegaram a 84,1 bilhões de reais, a maior realização na história da Petrobras.”




Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.