Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Petrobras está destinada a dominar setor, afirma The Guardian

A Petrobras quer se tornar a maior produtora mundial de petróleo de capital aberto até 2015, segundo afirma o diretor financeiro da companhia em uma entrevista publicada pelo diário britânico The Guardian nesta terça-feira.
Segundo Almir Guilherme Barbassa, a companhia pretende mais do que dobrar sua produção na próxima década, para 5,4 milhões de barris de petróleo e gás por dia.
Na reportagem de página inteira, intitulada “Petroleiros do Brasil destinados a dominar”, o jornal observa que a série de descobertas de reservas de petróleo na camada pré-sal “transformaram a sorte da companhia e catapultaram o Brasil em um dos líderes em energia e um dos motores econômicos mundiais”.
Segundo afirma Barbassa ao jornal, a Petrobras será uma das maiores beneficiárias da legislação brasileira que dá à empresa uma parcela mínima de 30% sobre cada nova reserva descoberta, além do controle sobre os novos projetos.
O Guardian observa que isso significa que as grandes petroleiras privadas mundiais, como BP, Shell e ExxonMobil, “terão que ficar em segundo plano atrás da Petrobras pelo acesso às vastas reservas brasileiras”.
‘Ascensão meteórica’
A reportagem comenta que grandes descobertas de petróleo em águas profundas nos últimos anos estão por trás da “ascensão meteórica” da Petrobras, elevando as reservas comprovadas pela companhia de 11,5 bilhões de barris em 2006 para 30 bilhões de barris.
Com a continuidade da exploração da camada pré-sal, o jornal observa, essas reservas podem atingir entre 50 bilhões e 100 bilhões de barris, no mesmo nível que as reservas da Rússia e do Kuwait.
O jornal relata que, em setembro, a Petrobras levantou US$ 70 bilhões na maior oferta pública de ações do mundo, deixando o governo brasileiro com uma participação de 55% na companhia.
A reportagem observa que há obstáculos para que a empresa atinja seus objetivos, como as dificuldades técnicas para a exploração das reservas na camada pré-sal.
A empresa pretende investir US$ 224 bilhões nos próximos cinco anos para desenvolver as novas descobertas. O jornal relata que, segundo a Agência Internacional de Energia, somente neste ano os gastos da Petrobras devem ficar em US$ 44,8 bilhões, o maior valor entre todas as empresas de capital aberto do mundo.

ATENÇÃO/NÃO PERCA,HOJE ÀS 20:00H


http://2.bp.blogspot.com/_L-QxC3_HiO8/TCf3TVWzs7I/AAAAAAAABM8/l5ZzQsYdHH4/s1600/perseguidos+politicos.jpg
Data: 17 de novembro de 2010 – quarta-feira
Horário: 20h
Local: Campus Vergueiro – Rua Vergueiro 235/249
Evento: Debates Uninove
No dia 15 de março de 1985, com a posse de José Sarney, a ditadura militar chegou ao fim. Passados mais de 25 anos, muitos dos fatos ocorridos no período encontram-se desconhecidos do público, protegidos pelo sigilo e pela anistia ampla, geral e irrestrita. Para alguns, deve-se buscar conhecer a história completa da ditadura, inclusive em seus detalhes mais cruentos. Para outros, o esquecimento serve à pacificação que pavimentou o caminho para a democracia brasileira, e não valeria à pena mexer em antigas feridas já cicatrizadas.
O Debates Uninove discute qual a função da Comissão da Verdade, cujo projeto de lei está parado na Câmara dos Deputados. O evento trará representantes de posições diversas em relação ao órgão e será mediado pelo jornalista Paulo Markun.
Participarão do debate:
- Ivo Herzog – Presidente do Instituto Vladimir Herzog;
- José Gregori – Jurista e ex-ministro da Justiça do governo FHC;
- Martim Sampaio – Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB;
- Dr. Roberto Delmanto Jr.; Advogado criminalista;

Situação econômica da Irlanda, Grécia e Portugal preocupa europeus


European-Central-Bank

Sugestão: Gérsio Mutti

Tudo indica que Irlanda recorrerá a pacote de resgate da União Europeia. Gregos, por sua vez, cogitam prolongar a duração do pagamento de empréstimos junto à UE e ao FMI, enquanto Portugal recebe oferta de ajuda chinesa.

A situação econômica de Irlanda, Grécia, Portugal continua a ocupar espaço na mídia europeia. No caso da Irlanda, estão cada vez mais evidentes os sinais de que ela receberá ajuda europeia. Isso apesar de tanto Dublin quanto a União Europeia terem negado que estariam em negociações para um pacote de resgate financeiro devido à crise de endividamento irlandesa.
O jornal Die Welt anunciou neste domingo (14/11) que já nesta semana Bruxelas discutirá, concretamente, sobre a ajuda financeira ao endividado país da zona do euro. Segundo o diário alemão, a solicitação de um pacote de resgate para a Irlanda semelhante ao da Grécia parte principalmente de Portugal e da Espanha. Os governos dos dois países estariam temerosos de serem os próximos a caírem na linha de fogo, observou o periódico alemão.
Neste domingo, o presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, anunciou à margem da cúpula dos países da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), na cidade japonesa de Yokohama, que estaria certo de que a Irlanda conseguiria resolver seus problemas, mas “se os irlandeses algum dia precisarem do apoio do FMI, estamos naturalmente prontos para ajudar”.
Endividamento 100%
A Irlanda se encontra em uma situação econômica difícil. O Pacto de Estabilidade do Euro prevê um endividamento orçamentário máximo de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) para os países da zona do euro. Neste ano, este índice alcançou 32% na Irlanda. O país deve um total de 160 bilhões de euros, ou seja, 100% de seu PIB.
Segundo o direto do instituto de pesquisas econômicas de Hamburgo HWWI, Thomas Straubhaar, a Irlanda “não conseguirá sair do aperto por esforço própria”. Ainda segundo o Die Welt, diplomatas europeus esperam que a Irlanda recorra a até 70 bilhões de euros do fundo de resgate europeu.
Na última sexta-feira, o ministro irlandês das Finanças, Brian Lenihan, negou em entrevista à emissora de rádio RTE que seu país esteja inadimplente. Na noite deste sábado, no entanto, a emissora britânica BBC anunciou, sem citar fontes, que a endividada Irlanda já teria iniciado as negociações com diplomatas europeus.
Problemas gregos
Já na Grécia, o semanário Proto Thema relatou que o FMI e a UE terão provavelmente que esperar mais tempo para receber de volta o dinheiro que emprestaram a Atenas. “A questão está sobre a mesa”, declarou ao semanário o primeiro-ministro grego, George Papandreou.
Ele admitiu “a eventualidade” de um prolongamento de duração do pagamento do empréstimo de 110 bilhões à Grécia, acordado em maio com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional.
“Onde vemos que se podem encontrar soluções alternativas, mudaremos algumas condições do plano UE-FMI, optando por soluções mais justas”, disse o premiê helênico. Papandreou mencionou que o problema do orçamento grego “não se resolve de forma automática”.
George Papandreou disse ainda que “com ou sem o plano [UE-FMI], o déficit e os problemas são os nossos problemas e não de qualquer outro”. O chefe de governo sublinhou que seguirá com rigor o plano de saneamento financeiro traçado em maio pela UE e FMI.
Negócio da China
Portugal, por sua vez, recebeu oferta de ajuda econômica de um forte parceiro. Durante a 3ª conferência ministerial do Fórum de Macau para a Cooperação Econômica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, manifestou neste sábado a disponibilidade de seu país de ajudar Portugal a ultrapassar as suas atuais “dificuldades” econômicas.
“Portugal, neste momento, atravessa dificuldades causadas pela crise financeira internacional [...] Se Portugal tiver alguma necessidade, a China está disposta a prestar o apoio que estiver ao seu alcance”, disse Wen Jiabao no início de um encontro com o primeiro-ministro português, José Sócrates, após a abertura da conferência.
O primeiro-ministro chinês não se referiu à eventual compra de parte da dívida soberana portuguesa, mas reafirmou que a China “apoia o pacote de medidas de estabilização financeira” adotado pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional. Wen Jiabao evocou, ainda, a visita do presidente chinês, Hu Jintao, a Portugal na semana passada, considerando-a “um êxito”.
Durante o encontro em Macau, o primeiro-ministro chinês anunciou a criação de um fundo de 1 bilhão de dólares para desenvolver as relações entre a China e os países lusófonos. O fundo vai ser criado durante os próximos três anos por bancos de Macau e do interior da China, acrescentou o premiê.
CA/afp/dpa/dapd/rtr/lusa
Revisão: Augusto Valente

Endenda o que é a guerra cambial e como ela afeta o Brasil



TV Vermelho selecionou alguns vídeos para ajudar a explicar o que é a guerra cambial e como ela afeta o mundo e, consequentemente, o Brasil. Além disso, você vai saber mais sobre o encontro dos G20, que terminou dia 12 na Coréia do Sul, e que buscou medidas para evitar um impacto ainda mais desastroso na economia mundial após o início da guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos.
Via de regra a TV Globo insiste em esconder que os EUA são os verdadeiros culpados pela guerra cambial, colocando no alvo a gigante economia da China. Porém, a reportagem abaixo destoa um pouco desta linha editorial. De maneira muito didática e precisa explica como começou a guerra cambial e por que você deve se preocupar com ela:
Já a reportagem da TV Record esclarece quais foram os resultados do encontro das 20 maiores economias do mundo, o grupo dos G20, para tentar enfrentar a guerra cambial:
Celetista da RBS vivia elogiando a Irlanda, e agora?
Todas as agências de notícias estão dando, agora à tarde, como certo a ajuda dos países da zona do euro à Irlanda, para onde acorriam capitais de várias partes do mundo, anos atrás. A estimativa é de que o governo de Dublin precise de cerca de 70 bilhões de euros para fazer frente a sua grave crise fiscal e bancária.
Lembro que a primeira vez que ouvi a expressão - um tanto exagerada - de "tigre celta" foi de um certo comentarista-de-tudo do grupo RBS. O sujeito foi à Irlanda e mandava boletins prenhes de admiração e encantamento ao neoliberalismo de raiz dos neocons da terra de James Joyce. Os caras eram tão "bons" que acabaram levando o país ao abismo social e à ruína econômica, em menos de uma década. Receita para sair da crise, agora? O de sempre: socorro aos bancos (já na quase totalidade estatizados, nesta altura) e um choque fiscal de alta voltagem nos impostos, sem falar das restrições salariais, cortes previdenciários, arrocho no gasto público com repercussões nos orçamentos de educação, saúde, segurança, pesquisa científica, investimentos, etc.
Onde está o celetista da RBS, encantado-lajeado-estrela com a política do ex-tigre celta? Ah, sim, leio no editorial de Zero Hora, edição de hoje, que o comentarista-de-tudo foi promovido a pesquisador ad hoc da RBS para assuntos "carências dos gaúchos". La pucha!
O homem é citado em editorial! Quer dizer que a sua palavra é um editorial, do ponto de vista da empresa midiática.
Fazemos votos que ele não invente de criar uma antonomásia para o Rio Grande, chamando-o de tigre guasca. Se isso acontecer, preparemo-nos para o pior, ou simplesmente indaguemos como o rei da Espanha:
- Por que não te calas?
Recebo do leitor Eugenio Hansen essa contribuição generosa à heráldica familial do comentarista-de-tudo & pesquisador-ad hoc. Os motivos dos elementos brasonários são suficientemente conhecidos da galera guasca.
Para quem não vive no Rio Grande do Sul ou desconhece o episódio, assista ao vídeo abaixo porque 'vale a pena ver de novo'. Esse personagem é 'homólogo' ao Luiz Carlos Prates, de Santa Catarina, muito homenageado pela internet por estes dias.

Muito Estranho


Suécia ordena captura de fundador do Wikileaks por suposta violação


Uma promotora sueca emitiu nesta quinta-feira uma ordem de captura por estupro contra Julian Assange, fundador do site Wikileaks, que divulgou recentemente documentos confidenciais sobre a guerra no Iraque e no Afeganistão.
"Solicito à Corte Distrital de Estocolmo que prenda o senhor Assange (...), suspeito de estupro, assédio sexual e coerção ilegal", indicou Marianne Ny, diretora  da procuradoria, em um comunicado em inglês.
"O motivo de meu pedido é que precisamos interrogá-lo. Até agora, não conseguimos encontrá-lo para realizar os interrogatórios", explicou a magistrada.
Ny reabriu o processo de estupro contra Assange, de 39 anos, no dia 1º de setembro, mas a princípio não havia solicitado sua detenção.

JB Online

Enem: instrumento de subversão marxista

Filed under: Plano Condor-de-Saias — Hariovaldo @ 20:16 

 
Enem a pau!
O Enem cada dia mais se transforma num mecanismo de subversão social e doutrinação marxista para juventude
Não existe ofensa maior aos homens de bem do que tentar equivaler os seus filhos aos filhos da gentalha, subvertendo a ordem natural e divina que edificou os estamentos da República pelo nascituro, incentivando a usurpação pelas classes subalternas dos lugares pré-estabelecidos para os jovens mancebos de bem, através do famigerado Enem, um dos pilares da subversão comunista implantado pela ditadura lullodilmista no Brasil. Esse pseudo exame que a cada dia mais se imbui do conteúdo ideológico bolchevista, obrigando os alunos a estudarem os demoníacos textos de Carlos Marques para responderem às questões da prova, enquanto suas pobres cabecinhas vão sendo entorpecidas pelo mal, ficando a mercê de todo tipo de mentiras e enganações armadas pelos comunistas contra a salutar escala social, necessária ao pleno desenvolvimento da sociedade nacional.
Cada um deve ter o estudo adequado a sua classe social, por isso é um grande absurdo a ilusão que o sapo barbudo vendeu para a gentalha de que filho de pedreiro, de carpinteiro, de padeiro, pode ser doutor! É inaceitável dividirmos nossas universidades com este tipo de gente. Na onde já se viu uma empregada doméstica que trabalha na mansão de uma homem bom querer que sua filha estude medicina na mesma faculdade da filha do seu patrão? É um absurdo, um acinte horroroso contra todos nós. É preciso que esse povo desqualificado seja contido em seus devidos lugares para evitar o desmoronamento dos alicerces republicanos instituídos pelos nosso ancestrais.
A educação para as classes populares deve se ater às necessidades dos ofícios para qual estas classes se destinam, caso contrário em breve enfrentaremos grandes transtornos pela falta de serviçais qualificados, desde a industria até nossas humildes mansões. O ensino para esta gente deva ser técnico, visando a formação de bons mecânicos, motoristas, lavadeiras, cozinheiros, serventes, babás, jardineiros, garçons, etc, etc, e etc. Nada de vermos os filhos da pobreza tomando os lugares dos belos jovens de tez alva e olhos claros nas melhores universidades do país. Enem para estes moreninhos nem agora Enem nunca.
E tenho dito!

Lula cria mais empregos que FHC, Itamar, Collor e Sarney juntos


Há oito anos, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito para seu primeiro mandato, as pesquisas de opinião mostraram que o desemprego e a fome eram as maiores preocupações dos brasileiros. Chegando ao fim do governo mais popular da história recente, um novo levantamento, feito em setembro pelo instituto Datafolha, mostrou que os dois maiores tormentos agora são a saúde e a segurança.

Sinal dos tempos: a campanha presidencial de 2010 quase deixou o tema emprego passar em branco. Enquanto o Lula candidato prometia a geração de 10 milhões de vagas formais, a presidente eleita, Dilma Rousseff, fez questão de não fixar qualquer meta.

Segundo o ministro Carlos Lupi, do Trabalho, que participou do programa de governo de Dilma na área, a ausência foi proposital. “Ela não precisou e nem precisa prometer porque já está fazendo. O governo da Dilma é o da continuidade.” A expansão durante o governo Lula é incontestável, conforme aponta a Rais (Relação Anual de Informações Sociais) — que registra todas as contratações e demissões de empregados regidos pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), pelo regime estatutário, dos servidores públicos, além dos trabalhadores temporários e avulsos.

De 2003 até setembro de 2010 — ou seja, durante o governo Lula —, foram criados 14.725.039 empregos. Isso dá a Lula uma média de 1,8 milhão de postos de trabalho para cada ano de seu governo. É muito provável que, ao deixar o cargo, o presidente ostente a marca de 15 milhões de empregos geragos.

A comparação com os governos anteriores é quase injusta. Fernando Henrique Cardoso — que também governou por oito anos — criou 5.016.672 empregos. A média é de 627 mil por ano. Itamar Franco, presidente de 1992 a 1994, gerou 1.394.398 postos – média de 697 mil. Já José Sarney, em seus cinco anos como presidente, criou 3.994.437 empregos, marcando a segunda melhor média (998 mil) dos últimos 30 anos. Fernando Collor, por sua vez, deixou o governo com a extinção de mais de 2,2 milhões de postos de trabalho.

Os 14,7 milhões de empregos gerados nos oito anos do governo Lula até setembro deste ano, portanto, superam a soma dos empregos gerados nos governos FHC, Itamar, e Sarney — que juntos são 10,4 milhões em 15 anos. Isso sem contar com o fechamento de 2,2 milhões de vagas durante os três anos do governo Collor, o que daria um saldo de 8,2 milhões de empregos em 18 anos.

Propostas de Dilma 
Em seu programa de governo, Dilma Rousseff afirma que vai trabalhar a questão do emprego em três frentes. A primeira, calcada na continuidade da geração, vem do seu próprio perfil — de quem vê o Estado como grande indutor do crescimento econômico.

Para isso, como argumenta Lupi, vai investir ainda mais em obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do programa Minha Casa, Minha Vida, e, principalmente, em projetos da Petrobras estimados em R$ 250 bilhões até 2014 – outros R$ 462 bilhões estão previstos pós-2014.

“As ações estatais são a locomotiva do crescimento econômico e da geração de emprego. Há projetos gigantescos envolvendo o Comperj [Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro] que vão demandar investimentos em hotelaria, restaurantes e outros serviços. Isso tudo é emprego que não acaba mais”, afirma o ministro.

A segunda frente de Dilma é a ampliação de cursos técnicos para todos os municípios com mais de 50 mil habitantes. Nesse ponto, os números estão a seu favor. Desde 2003, foram abertas 214 novas escolas profissionalizantes, com a oferta de 500 mil matrículas. Ainda nessa frente, há o programa Próximo Passo, que pretende qualificar, entre os beneficiários do Bolsa Família, 145 mil trabalhadores na área da construção civil e 25 mil na área de turismo e hotelaria.

O terceiro nicho de geração de empregos talvez seja o mais importante. De acordo com projeção do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), os pequenos empresários serão responsáveis por quase 80% de todas as vagas criadas em 2010. Dilma afirma, em seu programa de governo, que fará políticas especiais tributárias, de crédito, qualificação profissional e suporte tecnológico para ampliar o setor.

Para o presidente do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Márcio Pochmann, tudo leva a crer que o caminho seja realmente esse. Apostar em milagres, como já foi comprovado pela história recente brasileira, não é saudável. “Muito já foi feito no sentido de criar falsos processos de geração sustentável de emprego”, afirma.

“Investir nas micro e pequenas empresas e, ao mesmo tempo, estimular o restante da economia por meio de ações estatais é uma saída viável. Mas não há melhor indicativo de sustentabilidade do que 28 milhões de brasileiros saindo da pobreza e tendo apoio do Estado para buscar um emprego digno”, conclui Pochmann.

Da Redação, com informações do R7

Amnésia neoliberal: como o Tigre Celta virou um Haiti financeiro

O país que virou suco

Nos anos 80 e 90, a palavra ‘Irlanda’ era pronunciada com a reverencia reservada aos quitutes finos nos banquetes neoliberais. O ‘ajuste irlandês’, iguaria produzida a partir de uma receita de cortes brutais nos gastos públicos, demissão em massa de funcionalismo e isenções maciças de impostos, era vendido nas praças de alimentação do mundo pobre como o cardápio da hora. A Irlanda era por assim dizer a garota do quarteirão do Consenso de Washington. Ombrear-se a ela era possível, mas exigiria uma aplicação de ferro, explicávamos os ventríloquos nativos que agora demonstram súbita amnésia em relação ao passado desta que é a bola da vez da derrocada européia. Recapitulemos então:

1. em meados dos anos 80, a Irlanda adotou um ‘padrão perene’ de ajuste fiscal, cercado de salvas & vivas da ortodoxia mundial;

2. um serviço à la carte foi providenciado na cozinha irlandesa para atender a freguesia do mercado: a anistia tributária veio junto com cortes de despesas e redução dos investimentos públicos em 1987;

3. 14 mil funcionários públicos foram demitidos ou aderiram a programas de demissão voluntária (isso numa população de 4 milhões de pessoas);

4.o ajuste iniciado em 87 veio para ficar. Até meados dos anos 2000, a Irlanda manteve-se fiel à santíssima trindade neoliberal: controle dos gastos públicos, teto no reajuste dos salários públicos [taxa máxima de 2,5% ao ano entre 1988 e 1990] e incentivos 'amigáveis' aos mercados [leia-se, desonerações e vale-tudo];

5.o arrocho fiscal produziu, naturalmente, uma redução substantiva da dívida interna derrubando a despesa com juros de modo a obter um permanente superávit nominal [outro mantra dos neoliberais];

6. a supremacia dos mercados desregulados cavava, porém, vertedouros subterrâneos que corroíam as bases econômicas do país. O foguetório de superfície permanecia: ‘o Tigre Celta’ crescia a taxas chinesas com macroeconomia de paraíso fiscal [nenhuma empresa pagava imposto acima de 12,5%) Quer coisa melhor que isso? Era o prato da hora. Resquícios dessa receita, agora indigesta, ainda frequentam a agenda do grupo pró-mercados que participa da equipe de transição da presidente-eleita Dilma Rousseff;

7. o desfecho irlandês recomendaria maior prudência na transposição de seus fundamentos aos ares tropicais. Os números indicam que o banquete redundou em um atordoante desarranjo gastrointestinal que transformou o ‘Tigre Celta’ numa espécie de Haiti financeiro. A saber:

a) a economia irlandesa degringola desde a explosão da bolha financeira em 2008: de lá para cá o país acumula uma queda de apreciáveis 11,6% do PIB, taxa que o coloca algumas cabeças à frente do que se poderia chamar de recessão. Depressão talvez seja um termo mais apropriado para a convalescença de sangue, suor e lágrimas que pode durar até 15 anos;

b) a Irlanda quebrou quando os fluxos de capitais deixaram de alimentar a ciranda doméstica ancorada em desonerações atraentes aos fundos especulativos, cuja maior obra foi a bolha a imobiliária, agora em estado terminal.

c) os preços dos imóveis já perderam 50% do valor; a inadimplência grassa junto com o desemprego, a fuga de capitais e o arrocho salarial. Há milhares de imóveis vazios e os bancos estão virtualmente falidos: para salvá-los, o país negocia um empréstimo de 100 bilhões de euros com o FMI, sujeito às condicionalidades conhecidas.

d) O que a frivolidade midiática esquece, porém, é que o ‘Tigre Celta’ quebrou, sobretudo, porque não dispunha mais de políticas públicas, de aparato público e, sobretudo, de ideologia do interesse público para contrastar a derrocada dos mercados especulativos com ações anticíclicas em defesa do emprego e da sociedade.

e) O ajuste irlandês’ cantado em prosa e verso pelos bardos da mídia nativa havia reduzido o país a uma extensão direta dos mercados. Não havia como reagir a seus próprios instintos suicidas. A crise fulminou a Irlanda porque o modelo neoliberal irlandês era a própria essência da crise. Que sirva de alerta aos discípulos da 'agenda das reformas' que participam ativamente da equipe de transição da presidente eleita Dilma Rousseff.

Postado por Saul Leblon às 06:29


Leia mais em: O Ескердопата 
Under Creative Commons License: Attribution

Sader: Folha (*) acredita em torturador


Tortura ? É com a Folha mesmo


Conversa Afiada republica texto de Emir Sader sobre a “vitória” da Folha (*), que abriu no STM o inquérito contra a Dilma, no regime militar.

Sader: Quanto vale a palavra de torturadores?


por Emir Sader, no seu blog em Carta Maior


O Superior Tribunal Militar abriu o processo da Presidenta eleita, Dilma Rousseff, que um órgão da imprensa – aquele cuja executiva disse que a mídia é o partido político da oposição – buscava afoitamente na reta final da campanha eleitoral.


O que teremos nesse processo? A versão que os torturadores davam das suas vítimas, dos torturados. Essa mesma imprensa que reclamava, com razão, da censura, vai agora acreditar no que os verdugos diziam do crime monstruoso da tortura, que praticavam? E do comportamento das vitimas indefesas desse crime hediondo?


É como se levassem a sério o que os censores devem ter escrito sobre as publicações que censuravam e os jornalistas. Nós nunca os tomaríamos a sério, utilizamos os documentos da censura para denunciar ainda mais o obscurantismo da ditadura.


O processo tem que ser mais um instrumento de denúncia da tortura – crime imprescritível – e não instrumento de manipulação política justo do jornal que emprestou carros para que a órgãos da ditadura, disfarçados de jornalistas, cometessem suas atrocidades. O mesmo órgão que considerou que não tivemos uma ditadura, mas uma “ditabranda”.


O processo é um testemunho dos agentes do terror, daqueles que assaltaram pela força o Estado, destruíram a democracia e se apropriaram dos bens públicos para transformá-los em instrumentos dos crimes hediondos que cometeram – em nome da “democracia”.


Nas mãos de democratas, se transformará em mais uma prova da brutalidade dos crimes cometidos pela ditadura militar contra seus opositores. Nas mãos dos que foram complacentes e se beneficiaram da ditadura, será instrumento político torpe. A mídia que acreditar no que diziam os torturadores, será conivente com eles, ao invés de denunciar os crimes que eles cometeram.


Para os que se sujaram com a ditadura é insuportável que houve gente que se comportou com heroismo e dignidade. Querem enlamear a todos, porque se houve tanta gente que resistiu à ditadura, mesmo em condições limites, havia alternativa que não a conciliação e a conivência com a ditadura.



Clique aqui para ler também “O que a Folha quer com o inquérito da Dilma ?”.


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.