Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

DNA Grobal A Carteirada


Acabo de sair da 9a. DP...

Uma jornalista do Jornal O Globo entrou em meu táxi e ficou enfurecida ao eu comentar que O Globo estava sendo tendencioso (exatamente esta palavra que utilizei) em relação ao Caso Joanna...

A moça ficou descontrolada...

Mandou eu parar o carro...

Ligou para a redação (falou com alguém chamado Paulo Roberto) dando minha placa e meu nome completo que ela retirou acintosamente do cartão que levo no parabrisa...

Retruquei que daria o troco a tornando famosona na Rede através do meu blog...

Ela disse que eu estava a ameaçando e me conduziria a 9a. DP...

O troço é tão surreal que fiquei com medo dela inventar algo por lá...

Quando entrei na 9a. DP ela desabou a chorar e disse que eu estava a ameaçando...

Ficou todo mundo me olhando achando que eu tinha espancado a mulher...

Eu olhei prá ela e pedi que ela falasse somente a verdade...

Daí ela não inventou mesmo (devo reconhecer que ela não mentiu completamente)...

A moça da recepção pediu seu nome e ela apontou prá mim alegando não falaria seu nome na minha frente para eu não reproduzí-la em meu blog...

A moça do balcão perguntou então como poderia abrir uma solicitação de alguém que não quer dar seu próprio nome...

Ela se identificou como jornalista do Jornal O Globo e que queria falar com o delegado titular...

Imagina, você?!

Alguém entra numa delegacia simplesmente porque alguém não concorda com linha editorial do Globo...

Como os créditos no meu celular estavam acabando fui até uma lotérica para recarregar e liguei para outros jornalistas porque fiquei com medo de ser plantada uma sacanagem já que ela comunicou a redação do Globo...

Ficou parecendo enredo do Scorcese...

Mas, o que mais deixou a senhora jornalista desestabilizada foi quando me alegou isenção completa dos profissionais do Globo que jamais aceitariam qualquer pressão e sugeri que ela na próxima reunião de pauta recomendasse uma matéria longa sobre a grande trajetória de Leonel de Moura Brizola...

Juro que foi somente isto que fez esta moça entrar na 9a. DP para se queixar...

Agora, esta senhora não é a senhorinha do cafezinho ou a moça da limpeza, ela é jornalista mesmo...

Descobri que era jornalista depois que ela desligou o celular onde recomendava retificação do texto sobre os dois irmãos que foram pegos roubando donativos já que ela acabara de se falar com o reitor da UERJ, que era o local que o motorista do caminhão trabalha...

Agora...

Como é que um jornalista intimida um taxista e leva o sujeito prá delegacia já que só de falar em polícia qualquer um treme sabendo que vem pepino por aí?

E se eu fosse um taxista desarticulado e sem noção dos meus direitos e deveres?

Já imaginaram esta moça na época da ditadura caso contrariada por alguém e com esta carteira bacana de quarto poder?

Já estou de saco cheio desta coisa de carteirada abrir portas e reverterem verdades absolutas...

Seria facílimo identificar esta moça e estampar o nome dela por aqui já que ela me colocou numa situação totalmente desnecessária somente para tentar me atemorizar...

Quando retornei da rua o delegado me recebeu no gabinete dele e foi hiper gentil pedindo que eu esquecesse o incidente já que moça estava arrependida depois da dimensão que a coisa tomou...

O delegado permitiu que eu reproduzisse seu nome e eu acabo de esquecer...

Acho que é Mário, mas o restante deu branco...

Até brinquei com o delegado:

- Me conta aqui baixinho o nome da dona prá publicar no meu blog, delegado, por favor...

Dr. Mário riu e disse que não sabia...

Comentei também que me recusei a receber o valor da corrida e joguei os R$ 20,00 de volta para cima do banco traseiro e quando sai do carro percebi que ela havia deixado no assoalho de trás...

Tentei deixar na delegacia as vinte merrecas, mas o pessoal se recusou a ficar com a grana...

Portanto, se a moça quiser o dinheiro de volta basta ligar que deixo na portaria da Irineu Marinho, 30...

Como vocês sabem que não minto nunca, esta é a história do que aconteceu...

Um ou outro detalhe passou batido, mas posso esclarecer se for o caso...

Eu poderia tranquilamente identificar esta senhora em meia hora, não vou fazê-lo...

Agora, é importante que todos saibam que a Internet deu uma dimensão a todos nós que iguala o poder de fogo tanto de quem é anônimo quanto de alguém que acredita que o fato de trabalhar num grande Jornal pode sair por aí levando quem quer que seja para se explicar na delegacia qualquer discussão banal...

Quando ao Caso Joanna, realmente tenho esta impressão que o Globo tem procurado incensar o André Marins e a Vanessa Maia Furtado...

Um episódio marcante do Caso Joanna foi quando o Mais Você da Ana Maria Braga deu ampla divulgação e a Ana Maria foi surpreendida com chamada de capa que dizia que Joanna Marcenal havia morrido simplesmente de meningite...

Aquilo foi uma rasteira que nem o Dr. Frank Perlini, diretor do IML, entendeu...

Apesar de todos indícios periciais apontarem que a causa da meningite foi maus tratos providenciados pelo casal Marins o Globo fala sempre em meningite e ponto...

Os Marins foram infinitamente mais cruéis que os Nardoni e não sofrem a mesma pressão midiática que levou os Nardoni a serem presos desde o primeiro instante...

Não sei, talvez este episódio desagradável nos legue a oportunidade de O Globo repensar e nos ajudar efetivamente a fazer Justiça por Joanna...

Quem sabe?

para conhecer, clique: Jorge Schweitzer
Via DoLaDoDeLá

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sader: Folha (*) acredita em torturador


Tortura ? É com a Folha mesmo


Conversa Afiada republica texto de Emir Sader sobre a “vitória” da Folha (*), que abriu no STM o inquérito contra a Dilma, no regime militar.

Sader: Quanto vale a palavra de torturadores?


por Emir Sader, no seu blog em Carta Maior


O Superior Tribunal Militar abriu o processo da Presidenta eleita, Dilma Rousseff, que um órgão da imprensa – aquele cuja executiva disse que a mídia é o partido político da oposição – buscava afoitamente na reta final da campanha eleitoral.


O que teremos nesse processo? A versão que os torturadores davam das suas vítimas, dos torturados. Essa mesma imprensa que reclamava, com razão, da censura, vai agora acreditar no que os verdugos diziam do crime monstruoso da tortura, que praticavam? E do comportamento das vitimas indefesas desse crime hediondo?


É como se levassem a sério o que os censores devem ter escrito sobre as publicações que censuravam e os jornalistas. Nós nunca os tomaríamos a sério, utilizamos os documentos da censura para denunciar ainda mais o obscurantismo da ditadura.


O processo tem que ser mais um instrumento de denúncia da tortura – crime imprescritível – e não instrumento de manipulação política justo do jornal que emprestou carros para que a órgãos da ditadura, disfarçados de jornalistas, cometessem suas atrocidades. O mesmo órgão que considerou que não tivemos uma ditadura, mas uma “ditabranda”.


O processo é um testemunho dos agentes do terror, daqueles que assaltaram pela força o Estado, destruíram a democracia e se apropriaram dos bens públicos para transformá-los em instrumentos dos crimes hediondos que cometeram – em nome da “democracia”.


Nas mãos de democratas, se transformará em mais uma prova da brutalidade dos crimes cometidos pela ditadura militar contra seus opositores. Nas mãos dos que foram complacentes e se beneficiaram da ditadura, será instrumento político torpe. A mídia que acreditar no que diziam os torturadores, será conivente com eles, ao invés de denunciar os crimes que eles cometeram.


Para os que se sujaram com a ditadura é insuportável que houve gente que se comportou com heroismo e dignidade. Querem enlamear a todos, porque se houve tanta gente que resistiu à ditadura, mesmo em condições limites, havia alternativa que não a conciliação e a conivência com a ditadura.



Clique aqui para ler também “O que a Folha quer com o inquérito da Dilma ?”.


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.