Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O PiG não dá trégua a Lula



O PiG não dá trégua a Lula, nem com ele fora do governo.

A Falha de S.Paulo passou toda a semana passada reproduzindo matéria sobre passaportes recebidos pelos filhos de Lula e sobre o descanso merecido de Lula num hotel do Exército brasileiro.

Curioso é que ninguém viu a Falha empenhada, lá pelos idos de 1996, em divulgar que FHC utilizou 2 mil homens do Exército para proteger sua fazenda, dizem as más linguas comprada com sobras de campanhas, lá pra bandas de Minas Gerais.FHC dizia, à época, ter medo do MST.

Mais:ninguém viu a Falha empenhada em reproduzir matéria, publicada na IstoÉ, que Paulo Henrique Cardoso, filho mais velho do boca de fole, usou o Palácio do Planalto para fazer lobby com grandes empresários do Brasil.A Falha também não se empenhou para publicar o prejuízo(mais de 5 milhões de dólares) que o mesmo Paulo Henrique deu ao Brasil com a preparação da Feira de Hannover.

Ainda:ninguém viu a Falha empenhada em descobrir que Luciana Cardoso, também filha de FHC, passou sete anos recebendo do Senado por ""serviços relevantes prestados no gabinete de Heráclito Fortes.A própria Luciana confessou que não saia de casa para realizar tais serviços relevantes.

Tem mais: ninguém viu a Falha empenhada em mostrar ao seu público que FHC teve um filho com a jornalista global Miriam Dutra.A Falha só veio a publicar uma notinha quando o filho adulterino de FHC completou 18 anos.

Mais um pouco:a Falha não se empenhou para informar aos seus leitores idiotizados que Serra, mesmo fora do governo de São Paulo, usa 40 PMs para protegê-lo.A Falha também não foi investigar se a assassina de criancinha, a sócia de Verônica Dantas também usam os serviços da PM.

Por fim, aviso aos demotucanos:não me venham com essa ladainha que o PT usa os erros dos outros partidos para justificar os seus.Não estou discutindo erros do PT ou do PSDB, estou mostrando o lado parcial do PiG.

Fascismo à brasileira

A guerra que não terminou
Por Maria Lucia Andrade Pinto

Tivemos uma campanha eleitoral nos moldes das campanhas estadunidenses. Acumularam-se os crimes contra a honra, o assédio moral e o bullying em relação à então candidata Dilma Rousseff. Mentiras e calúnias foram repetidas de muitas formas: emails apócrifos que invadiam as caixas de entrada, telemarketing, panfletos distribuídos nas ruas, nas portas das igrejas ou colocados nas caixas de cartas, matérias e reportagens mentirosas e tendenciosa na mídia.

Não me consta que se tenha ingressado com alguma ação em Juízo contra essa violenta campanha difamatória. Ou que algum órgão da Justiça Eleitoral tenha visto nesses fatos um gravíssimo crime eleitoral - já que por meio da propaganda, evidentemente financiada por grupos políticos, se alterava a percepção do eleitorado - e agido para coibir o crime.

Em todo o país foi sentida uma escalada de violência em decorrência desses fatos. No Ceará, houve o assassinato de um rapaz que fazia a campanha da Dilma. Houve o relato de uma criança agredida por coleguinhas numa escola particular em São Paulo. A partir daí, aos sussurros, ouvia-se falar em clima conflituado, especialmente entre crianças e jovens, em função do que ouviam em casa dos pais, contrários à eleição de Dilma.

É ilusão pensar que a campanha difamatória terminou. Prosseguem os emails apócrifos, as ações de grupos e instituições de direita e os ataques pela mídia. Os episódios estão se seguindo. Até o momento, não se sabe de qualquer processo ou decisão de órgãos do Judiciário a respeito. E está havendo uma forte pressão na mídia em geral e nos comentários em blogs para se considerar que punir crimes na web é atentar contra a liberdade de expressão. A Deusa Liberdade de Expressão está com mais IBOPE que o Estado de Direito. À essa Deusa tudo é permitido e tolerado. Até o dia em que o feitiço se vire contra o feiticeiro e contra todo o país.

Leia mais em: O Esquerdopata 
Under Creative Commons License: Attribution

NÓ CAMBIAL FMI QUER ‘REGRAS' PARA CONTROLE DE CAPITAIS



Superliquidez internacional gerada pelo socorro aos países ricos ameaça afogar economias emergentes em dois movimentos: a) pela apreciação cambial, que prejudica a indústria local via importações baratas; b) por movimentos abruptos massas de recursos muito superiores à capacidade de acumulação de reservas das economias nacionais. Exemplo: recibos de ações brasileiras no exterior (ADRs, American Depositary Receipts) movimentaram US$ 744 bilhões em 2010. O valor representa uma vez e meia o total das reservas cambiais do país, da ordem de US$ 288 bilhões. Contra esses fluxos o país pouco pode fazer e suas reservas seriam insuficientes para contrabalançar eventual fuga em massa de aplicadores. Tal limitação amplifica a importância do controle sobre o ingresso e a saída de capitais investidos no mercado local. O Brasil, porém, vai se opor a que o FMI estabeleça regras para adoção desses mecanismos e buscará preservar a soberania nacional no uso dessa salvaguarda. "Não apoiamos a formalização de princípios a serem seguidos em fiscalização bilateral", explicou o diretor executivo brasileiro e de mais oito países junto ao FMI, Paulo Nogueira Batista, em entrevista ao Valor desta 2º feira. O temor é de que a abordagem multilateral que está sendo proposta -e será discutido no G-20, em fevereiro--  possa redundar em restrições a ação dos países emergentes, minimizando, ao mesmo tempo, medidas contra a desregulação financeira nas economias ricas, que resultou na supremacia das finanças especulativas no plano mundial. (Leia mais ‘O nó cambial -antecedentes')
(Carta Maior; Terça-feira, 11/01/2011)

Eles não perdem por esperar

A imprensa do eixo São Paulo–Rio de Janeiro adotou um sistema muito particular para diferenciar os gastos pessoais e as regalias das famílias dos dois últimos ex-presidentes da República. O que era legítimo para um, vira escândalo para o outro.
Para Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e sua família, qualquer questionamento de seus gastos é tratado como “dossiê” e para Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), todos os gastos, mesmo sendo compatíveis com os de FHC, viram “escândalo”.
No início de 2008, por exemplo, apareceram nessa imprensa os gastos pessoais da família presidencial no âmbito do que jornais, revistas, tevês, rádios e portais de internet das famílias Marinho, Frias, Civita e Mesquita passaram a chamar de “cartão corporativo”.
Assim como estavam sendo divulgados os gastos de Lula e de sua família, petistas começaram a questionar os do antecessor do então presidente, que, além de gastos com lençóis de linho egípcio, por exemplo, mantinha, no Palácio da Alvorada, a chef de cuisine Roberta Sudbrack.
Logo, a imprensa discutia sobre gastos iguais tratando os de FHC como normais e os de Lula como escandalosos.
FHC pendurou os filhos em instituições privadas e públicas antes e depois de governar e o assunto jamais virou manchete de primeira página. A filha do tucano recebia salários do Senado sem aparecer para trabalhar e isso jamais teve destaque em jornal algum.
Será que o público desses meios de comunicação não notará essa forma tão distinta de tratar os dois ex-presidentes da República? Em minha opinião, notará. Mas não custa nada dar uma mãozinha para que isso aconteça.
Afinal, Globos, Folhas, Vejas e Estadões são subsidiados por muito dinheiro público e, assim, têm um papel social a cumprir, não podendo agir como extensões de partidos políticos. Não é como este blog, que não recebe dinheiro público – ou privado, diga-se.
Apesar disso, esses veículos agem como partido político. Por isso, foram apelidados de Partido da Imprensa Golpista (PIG), porque têm toda uma história de atuarem como partidos políticos e de sustentarem golpes de Estado.
Veículos como a Folha de São Paulo, por exemplo, tentam esconder o que não lhes interessa ver divulgado até que a porta esteja arrombada. Nesse momento, tratam de dar a própria versão sobre o fato escondendo a do outro lado, apesar de serem financiados por todos nós.
Recentemente, dois jornalistas que trabalharam no grupo Folha criaram uma paródia do principal jornal desse grupo e, para serem calados, foram processados por ele. O jornal escondeu o caso até onde pôde.
Só depois que o ativista Julian Assange, do site Wikileaks, o jornal inglês Financial Times e a ONG Repórteres sem fronteiras denunciaram o ato censor foi que a Folha tocou no assunto. Mesmo assim, através de sua “ombudsman”, que tratou de atacar os autores da paródia.
Leitores de blogs como este não agüentam mais essa indignidade, assim como o seu autor. Por conta disso, várias vezes foram junto com ele para diante desses órgãos de imprensa, a fim de protestar.
A dificuldade de se convocar atos públicos de protesto contra o uso de dinheiro público para financiar veículos de comunicação partidarizados, porém, impede que se faça mais do que espernear na internet. Ao menos com a freqüência necessária.
É por conta disso que surgiu uma idéia de fazer um “programa” mensal para ser exibido na internet. Esse programa seria diante da Folha de São Paulo e iria ao ar uma vez por mês. Através de um megafone, o apresentador gritaria o que o jornal faz de conta que não houve.
Não se pretende, por óbvio, que a cada edição do programa se consiga juntar as multidões. Na verdade, não importa se vem mais alguém. O que não vou é ficar aturando essa gente falar o que quer por mais quatro anos sem poder dizer o que penso.
A cada semana levarei denúncias contras as diabruras do jornal e direi exatamente aquilo que ele não quer que seja dito. Será sempre em um dia de semana no horário de maior movimento na Alameda Barão de Limeira, de forma que bastante gente possa testemunhar.
Aquela região do centro de São Paulo irá se acostumar com o contraditório. Em alguns meses, centenas de milhares de pessoas espalharão por aí o que ouvirem quando passarem pela frente de um dos quatro grandes tentáculos do Partido da Imprensa Golpista.
Quem acha que não farei, pode esperar. Não ficarei sendo esbofeteado, ao custo do meu próprio dinheiro, sem fazer nada. Já imaginaram poder dizer regularmente tudo o que se tem preso na garganta? Estranho é isso não ter sido feito antes.
Tenho uma viagem de trabalho a fazer ao exterior em fevereiro. Na volta, começarei a ir uma vez ao mês até a frente desse jornal dizer tudo o que ele esconde. E todos estão convidados para essa que será uma “festa” periódica da liberdade de expressão.
Que a mídia fale, mas não nos cale.