Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Aeroportos: PiG é contra. Será ?


Amiga navegante desatenta teve que ouvir o Merval Pereira na CBN, a rádio que troca a notícia.

É uma catilinária contra a Petrobrás e o PT, daquelas que o embaixador americano adora ouvir e depois é apanhado no WikiLeaks.

Nada de novo.

O Estado é incompetente e não tem dinheiro.

Tinha mesmo que vender a Vale a preço de banana.

A Petrobrás é um cabide de emprego do PT.

O sistema de exploração do pré-sal tinha que ser o da concessão do Governo Cerra/FHC.

Clique aqui para ler sobre concessão e partilha a propósito da privatização dos aeroportos.

(“Concessão” vem de “conceder”, não é isso, amigo navegante ?

Daquele jeito que o Cerra prometeu à Chevron, não é isso ? ).





Agora, porém, o Merval, a Urubóloga e todos os que militam na mesma Igreja do neolibelismo (*) estão numa sinuca de bico.
Ou bem gostam da privatização da Dilma ou não gostam.
Gostam, porque agora até o PT faz privatização.
É o que diz o grande estadista Álvaro Dias, da tribuna do Senado.
Um discurso paralisante, tal a qualidade da oratória e a profundidade do raciocínio.
(Dizem que o Aloysio 300 mil também falou na mesma tecla, mas não se percebeu, diante da magnitude da retórica do Dias.)
Acabou o Fla-Flu, proclamou a “musa” da Privataria Tucana.
Os Privatas do Caribe, diria o Amaury Ribeiro Junior, estão perdoados pela racionalidade da Dilma Rousseff.
(Sobre isso, convém ler o discurso de Humberto Costa no Senado, logo após o fulgurante pronunciamento de Dias.)
Mas, como a privatização da Dilma foi estatizante, porque tem o pé na porta e preserva o interesse nacional, aí, eles estão uma fera.
Não !
O modelo não é esse !
Tem que entragar tudo !
Tira esse pé da porta !
O ansioso blogueiro desconfia que o PiG (**), como previu a notável Judith Brito, presidente do Sindicato do PiG (**), é que é a verdadeira Oposição.
O Dias é a banda larga.
O conteúdo são o Merval, a Urubóloga e seus condiscípulos.
Eles pensam o que o Aloysio 300 e o Dias repetem no Senado.
Porque não tem o que pensar, eles mesmos.
E a Oposição verdadeira, o PiG (**), não gosta da privatização da Dilma.
Prefere a outra.
A da Privataria.




Paulo Henrique Amorim


(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

O “teste” de Aecinho é a ruína tucana

A política sempre teve um que de intriga e perversidade, mas os tucanos, reconheça-se, levam este desvio ao “estado da arte”.
Fernando Henrique, há tempos, aproveitando-se do “emparedamento” de José Serra, que vê se esfarelar sua base de apoio em São Paulo, está reconstruindo seu papel no partido e , sobretudo, lustrando seu ego ferido pelo tratamento de “lazarento” que teve nas últimas campanhas presidenciais.
Como um homem de sua genialidade, brilho e quase divindade pôde ter sido deixado quase escondido por suas criaturas? “Assim não pode, assim não dá”, para lembrar o bordão humorístico com que se o caricaturava.
Agora, ele abraça Aécio, proclamando-o favorito na disputa interna do parti.
Mas, ao mesmo tempo, puxa-lhe as orelhas, dizendo que “está em testes”. Como “teste” significa possibilidade de provação, caso não agrade, o ex-governador de Minas fica na posição de agradar FHC,
E tentou, ontem, partindo ao ataque com declarações de que Dilma teria “desperdiçado” o primeiro ano de governo, por não enviar ao Congresso as “reformas” que o PSDB quer, aquelas que retiram direitos dos trabalhadores.
Mas Aécio não tem o perfil de pit-bull que a tucanada deseja. Os seus heróis, agora, são figuras do tipo de Sérgio Guerra e Álvaro Dias, cujo ódio figadal aos governos Lula-Dilma dispensa palavras, está expresso nos seus rostos.
Aécio não é homem de rupturas, é de pontes em todas as direções, desde que ele seja o centro É só olhar sua história de alianças em Minas.
Vai esperar para ver o que acontece em São Paulo, por isso diz que a sua candidatura presidencial não está lançada. Um “racha” na direita paulistana, como se desenha, imobiliza a tucanagem de São Paulo na difícil missão de salvar seu ninho em 2014 e deixa Aécio de dono da bola emplumada.
Porque, como se sabe, 2014 será em Itaquera, não no Morumbi.

No Congresso, PT e PSDB enfrentam-se sobre leilão de aeroportos

Em entrevistas e discursos, tucanos tentam tirar proveito político do repasse, pelo governo Dilma, de três aeroportos federais ao controle de empresas. Para partido, PT 'se rendeu' e não pode mais 'demonizar' privatizações. Segundo petistas, concessão por tempo determinado não é privatização, patrimônio público foi preservado e não houve tentativa de reduzir papel do Estado.

Brasília – Um dia depois do leilão do governo que transferiu a empresas privadas o controle de três aeroportos, PT e PSDB, que dividem o comando do país há 17 anos e nesse período brigaram em eleições por causa de privatizações, enfrentaram-se no Congresso. Em entrevistas e discursos, os tucanos tentaram carimbar os rivais como incoerentes e privatistas. Ao reagir, os petistas buscaram mostrar que haveria diferença entre leilões dos anos 90 (nocivos) e o de agora (melhor).

Na Câmara, o PSDB convocou entrevista coletiva com o presidente e o líder do partido, deputados Sérgio Guerra (PE) e Bruno Araújo (CE), para, com ironia, parabenizar o adversário por ter, na opinião tucana, se rendido a uma evidência. O Estado brasileiro seria supostamente menos eficiente e não teria recursos para melhorar os aeroportos. “O PT, mais do que desculpas ao PSDB, deve desculpas ao país. Sempre pregou que era um mal e agora se rendeu”, disse Araújo.

No Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), um dos aliados mais próximos do ex-governador José Serra, subiu à tribuna para também ironizar. “Quero saudar esse reposicionamento do PT em relação às privatizações. Nós vamos ficar livres daquela cantilena demagógica que, a cada eleição, o PT reeditava, demonizando as chamadas privatizações”, afirmou.

Entre os senadores petistas, a resposta veio quase em seguida, por meio do ex-governador do Piauí Wellington Dias, com um discurso que ilustra o modo escolhido pelo PT para se defender. Apontar diferenças entre o que aconteceu na década de 90 com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o que acaba de fazer a gestão Dilma Rousseff.

“Não é privatização. Nós temos um patrimônio que continua com o povo brasileiro. Nós temos os setores estratégicos preservados para o Brasil. E tivemos uma parceria, na verdade, que nos permitiu as condições para o ingresso de um forte recurso e proteção aos consumidores”, afirmou.

Segundo o PT, FHC vendeu empresas estatais, como a Vale do Rio Doce e a Telebrás, que nunca mais voltarão ao controle público, só em caso de reestatização. No caso dos aeroportos de Cumbica, Viracopos e Brasília, estaria havendo só uma concessão por tempo determinado (20 anos, 30 anos e 25 anos, respectivamente) para o setor privado explorar.

O líder do governo na Câmara, o petista Cândido Vaccarezza (SP), também apontou o que seria uma diferença filosófica entre a concessão dos aeroportos agora e o que ele chamou de “privatizações desbragadas do tempo do neoliberalismo”. O objetivo de FHC seria enxugar o Estado. O de Dilma, viabilizar investimentos nos aeroportos. “Não podemos ser acusados de reduzir o papel do Estado.”

Os três consórcios de empresas terão de investir, durante todo o tempo de duração dos contratos, R$ 19 bilhões nos aeroportos que estarão sob responsabilidade deles a partir de maio. Todos poderão – e já admitiram fazê-lo – pegar dinheiro emprestado no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para liquidar os investimentos que estão obrigados a realizar.

Em entrevista coletiva depois do leilão, nesta segunda-feira (6), o ministro da Secretaria Aviação Civil, Wagner Bittencourt, justificara o apoio oficial. “O BNDES talvez seja a única fonte de investimento de longo prazo para a indústria, para a infra-estrutura."

Segundo o governo, outras diferenças em relação às privatizações tucanas seriam a margem de lucro embutida no contrato (6%), a obrigação de as empresas depositarem em um fundo aquilo parte do faturamento (o dinheiro será aplicado nos aeroportos que continuam federais) e a previsão de revisão do contrato, caso essa receita seja muito maior do que o imaginado.

Leia Mais:

Leilão de aeroportos termina com ágio de 348% e gestão estrangeira

Sindicalistas prevêem aumento de tarifas após leilão de aeroportos

PMs: Folha incita ao caos


A manchete de primeira página da Folha (*) é uma convocação ao caos e à desordem social:

“Governo teme (sic) que crise nas polícias chegue a seis estados”

“Serviço de inteligência federal (Abin ? – PHA) monitora movimentos de greve ‘explosivos’ que exigem aprovação de piso nacional para PMs”

Rio, Alagoas, Pará, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul são estados ‘explosivos’ e a Presidenta Dilma foi informada de que “o levante na Bahia é parte de uma articulação para que a Câmara aprove o piso nacional para o salário de bombeiros e PMs”.

O “mais crítico” é o Rio de Janeiro, sentencia a Folha (*).



Por que a matéria da Folha não é assinada ?
Não existem dois serviços de inteligência federal, que “abasteça o Planalto”, como diz a Folha.
Só há um: a ABIN.
A ABIN vazou informação para a Folha ?
Qual ?
Quem ?
A associação entre as greves e a PEC-300 do piso salarial é tão velha quanto a Guerra da Secessão de 1932, que a Folha venceu, como se sabe.
Surgiu com o levante dos bombeiros no Rio e, depois, com a crise da PM no Ceará.
O Governador Jacques Wagner fala dela desde que o movimento de inssurretos começou na Bahia.
Logo, só se a Presidenta fosse tão mal informada quanto a Folha não ligaria uma coisa a outra.
A “notícia” da Folha não tem fonte.
É uma dessas contribuições do PiG (**) brasileiro à Civilização Ocidental.
Dar notícias alarmistas sem a origem da informação.
Tem a consistência de uma bolha de sabão.
E a credibilidade da própria Folha (*), matéria que ali anda em falta, segundo a Bolsa de Valores.
Para que serve a notícia da Folha ?
Para incitar ao caos.
Desmoralizar os governnos estaduais.
E derrubar a Presidenta Dilma.
Não deixe de ler, também “Folha manipula o aborto, como o Cerra”.
Sobre o aborto e o tratamento abjeto que a Folha dispensou à Ministra Eleonora Menicucci, é interessante observar que, na pág. 2 de Opinião (opiniões em geral desprezíveis), um colonista (***) investigativo, ex-especialista em Ricardo Marin Preciado, repisa na tecla da preferência sexual da Ministra.
Como a bater com o pé no chão e dizer: é ditabranda mesmo, e daí ?




Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (**) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.