O jornal nacional , com “pico” de audiência na casa dos 20 (mais perto de 10 do que de 30), dedicou 97 minutos à Dra Ramona, a media cubana que quer ir para Miami, segundo o Tijolaço:
QUE COISA FEIA, DRA. RAMONA…DIZER QUE QUER ASILO NO BRASIL SÓ DEPOIS DE IR À EMBAIXADA DOS EUA?
Ainda não apareceu tudo, mais vai aparecer.
A médica cubana do Caiado mentiu ontem descaradamente aos brasileiros.
Não disse que tinha ido, assim que chegou a Brasília, pedir asilo nos Estados Unidos.
(Os Estados Unidos, ao contrário do Brasil, não pagam a Cuba por ter educado uma multidão de médicos de povão, o que falta na terra do Tio Sam. Eles estimulam a fuga de médicos cubanos, concedendo visto de imigração preferencial e usando uma organização chamada “Solidariedad sin fronteras, que paga uma bolsa de sete mil dólares para os que abandonarem o país e fizeram um cursinho para a revalidação do diploma. Mais barato que formar médico, não é?)
Mentiu também ao dizer que foi a Caiado porque estava sendo perseguida pela Polícia Federal brasileira. Estava – se é que estava – sendo procurada porque desaparecera.
Aliás, a história ainda está mal contada. Agora ela saiu cedo de Pacajá (7h) e foi a Marabá pegar um avião até Brasília.
Neste caso, só pode ter chegado a Brasília no final da tarde de um sábado e, a menos que já tivesse tudo combinado por alguém, não ia ter atendimento na missão diplomática, se é que teve.
A doutora não quer morar no Brasil, está na cara. Muito menos em Pacajá.
Ela quer ir para Miami.
Tem todo o direito de querer.
A dona Ramona pode querer ir morar em qualquer lugar do mundo, por nós, mas não venha de historinha mentirosa de que policiais brasileiros a estão perseguindo e nem de usar a instituições brasileiras como trampolins para os Estados Unidos, mentindo.
Ninguém a está perseguindo, e a sua situação não precisa de nada além de uma hipótese para ser entendida.
Se um brasileiro entrar na Imigração americana dizendo que assinou um contrato de trabalho que acha que paga pouco e por isso quer asilo nos EUA o que farão com ele? Convidam ele a sair ou o põe para fora direto, sem mais delongas?
Ainda vai aparecer mais coisa sobre as intenções da Dra. Ramona. Aguardem.
PS. Mais vergonhoso ainda foi o presidente do Conselho Federal de Medicina aplaudir essa manobra e dizer que ela deve mesmo se asilar em outro país. Então o problema não é sua qualidade médica, mas não fazer concorrência aos médicos brasileiros. Porque o salário de R$ 10 mil que brasileiros recebem no “Mais Médicos”, não é de fome, é?
O novo ministro da Saúde, Arthur Chioro, dá mais explicações sobre a Dra Ramona – não confundir com Yoani Sánchez, a amiga do Suplicy:
Sobre o impacto do Programa e os desligamentos
* O Programa Mais Médicos, em sete meses, chegou a marca de 6.658 médicos participantes. Os profissionais do Programa estão presentes em quase 40% dos municípios brasileiros. Eles atuam em 2.166 cidades, além de 28 Distritos Sanitários Indígenas.
* A atuação desses médicos, concentrados no Norte e Nordeste e nas regiões mais carentes e vulneráveis do país, impacta na assistência de 23 milhões de brasileiros. É o maior Programa de provimento de médicos já realizado no Brasil. Nesses sete meses, dentro do universo de mais de 6.600 participantes, foram 102 médicos desistentes, entre brasileiros e estrangeiros.
* Até o momento, todos os estrangeiros desligados do Mais Médicos retornaram ao seu país.
* Os motivos para o desligamento desses médicos são variados. Entre os mais comuns estão motivos pessoais e motivos de saúde.
* Dos médicos cubanos, que hoje somam 5.378 profissionais, 80,7% dos participantes do Programa, 22 foram desligados. A maior parte deles (17) por conta de problemas de saúde ou por problemas de saúde de seus familiares. Os outros cinco por motivos pessoais.
* Os desistentes representam 0,1% do total de médicos cubanos que vieram ao país. Os outros 99,9% estão em atividade, atendendo a população brasileira.
* A cooperação com a OPAS prevê a substituição dos médicos que, por qualquer motivo, tenham sido desligados do Programa, evitando que a população dos municípios atendidos fique desassistida.
Sobre o contrato com Cuba
* O contrato para atuação de médicos cubanos no Mais Médicos é realizado entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde, a Opas, braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) na América Latina.
* A Opas é uma instituição com mais de 110 anos de existência e reconhecimento mundial. O modelo de cooperação firmado por meio da OPAS é semelhante ao modelo aplicado em mais de 60 países que mantém convênio com Cuba. Entre eles, estão países como Portugal, Itália e França.
* Pelo acordo de cooperação, a OPAS é responsável pela interlocução com o governo cubano e este, responsável pelo repasse do valor aos profissionais.
* O Ministério da Saúde considerou as mesmas condições fixadas pelo edital do Mais Médicos – bolsa de formação e ajuda de custo, por exemplo – para definir o repasse a OPAS.
* Os médicos cubanos têm os mesmos benefícios que os demais médicos participantes, como 30 dias de recesso, moradia e alimentação, além de ajuda no deslocamento para unidades mais distantes.
Sobre o processo de suspensão de Ramona Matos Rodriguez
* A médica cubana Ramona Matos Rodriguez está inscrita no Programa Mais Médicos, como participante do segundo ciclo e alocada em Pacajá, município do Pará.
* O Ministério da Saúde recebeu hoje ofício da Prefeitura de Pacajá atestando, como o próprio documento afirma, “a ausência injustificada por mais de 48 horas” da médica Ramona Matos Rodriguez e pedindo imediata substituição para garantir a continuidade da atenção à saúde da população.
* O Ministério da Saúde está providenciando o desligamento da médica Ramona Matos Rodriguez como preveem as regras do programa. A médica será substituída por outro profissional evitando prejuízos à população de Pacajá.
Em tempo, aos amigos navegantes de São Paulo: Padilha vem aí, com jaleco branco ! – PHA
Em tempo2: Kamel, cadê o DARF, Kamel … – PHA