Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Banqueiro que atuou na privatização está no Swissleaks


Esse na verdade, é o Suiçalão tucano, terra dos homens bons da nação !- Opedeuta

: Dono do banco Máxima, Saul Sabbá está no banco de dados do site Off Shore Leaks, de responsabilidade do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ); "Ele é um daqueles empresários que engordaram na privataria tucana. Seu banco deu consultoria para FHC na privatização da Vale e da CSN", lembra Miguel do Rosário, do Cafezinho 

247 – O nome de um dos cerca de 50 brasileiros donos de contas secretas no HSBC vem se destacando na blogosfera. Trata-se do banqueiro Saul Sabbá, dono do banco Máxima, que assegurou uma boa fortuna no processo de privatização do governo FHC. Seu banco, como lembra o blogueiro Miguel do Rosário, do Cafezinho, deu consultoria para o ex-presidente tucano na privatização da Vale e da CSN. Leia abaixo post sobre o tema:

Suiçalão: aparecem os primeiros tucanos gordos!

Os internautas acharam um nome genial para popularizar o escândalo de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal de 8,6 mil contas associadas ao Brasil achadas no HSBC da Suíça. E que agora usarei genericamente para os escândalos de evasão fiscal vazados ou descobertos através do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).

Suiçalão!

Quem sabe se, com esse nome atraente ao público, o UOL não divulga os nomes que estão sendo mantidos em segredo, à diferença do que vem acontecendo no resto do mundo, onde as listas dos beneficiários estão vazando?

Os brasileiros tinham aproximadamente R$ 20 bilhões em contas no HSBC da Suíça. Enquanto a mídia não se interessa, a blogosfera está aprendendo a trilhar os caminhos apontados pelos bancos de dados do ICIJ.
Por exemplo, há um escândalo revelado pelo ICIJ, anterior ao vazamento do HSBC, que também passou batido por nossa mídia.

É o escândalo das contas off shore. Um vazamento revelou a existência de milhares de contas secretas em paraísos fiscais das Ilhas Virgens Britânicas, Cingapura e Ilhas Cook.
(Houve uma certa confusão entre os dois escândalos: um são as contas off shore, de 2013; outro é o HSBC, mais recente. Nesse post, a diferença vem explicada, mas eu chamo ambos de “suiçalão”, assim como nossa mídia passou a chamar, durante um tempo, tudo de “mensalão”).

Cerca de 50 nomes de brasileiros com contas em off shores apareceram, conforme se pode ver neste link.
Não se trata especificamente do caso HSBC, mas é sonegação do mesmo jeito. Na verdade, é um caso ainda pior.

Os documentos das contas secretas off shore são públicos desde 2013, mas a nossa mídia nunca se interessou em investigar o caso.

É parecido com o que faz hoje, em que parece mais preocupada em esconder do que em revelar a participação do Brasil num dos maiores escândalos de lavagem de dinheiro e sonegação do mundo.

A divulgação dos nomes de brasileiros envolvidos no Suiçalão ajudaria o Brasil a fazer uma campanha contra a sonegação, o maior problema nacional; bem maior, em escala, do que a corrupção.

Fernando Rodrigues, do UOL, disse que só iria divulgar os nomes do escândalo do HSBC, ou Suiçalão, que apresentassem “interesse público”.

Pois bem, o blog Megacidadania encontrou um nome que apresenta “interesse público”.
Saul Sabbá.

O dono do banco Máxima, Saul Sabbá está no banco de dados do site Off Shore Leaks, de responsabilidade do ICIJ. A sua conta secreta está ligada à offshore Maximizer International Bank S.A.

Máxima, Maximizer, sacou?

O banco de dados do Off Shore Leaks mostra o Maximizer, por sua vez, ligado a vários outros nomes.
Entre os nomes, surge o escritório Zalcberg Advogados Associados, cujo sócio Chaim Zalcberg, que também está no mapa do Offshore Leaks, já foi preso pela Polícia Federal, em 2012, na Operação Babilônia, suspeito de evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Zalcberg seria o cabeça da quadrilha, segundo a PF. Ele esteve envolvido também nas tretas do Banestado, um daqueles escândalos tucanos que nunca deram em nada, e que, coincidentemente foi julgado pelo mesmo Sergio Moro que hoje pontifica como ditador da República do Paraná.

Outra figura central no Banestado – um escândalo de corrupção que resultou em prejuízo de dezenas de bilhões para o erário – foi o doleiro Alberto Youssef, o atual heroi da Lava Jato e da mídia. Youssef foi preso, algum tempo depois, por sua participação nos crimes do caso Banestado, mas solto logo em seguida, quando aceitou fazer uma delação premiada onde entregou bagrinhos e livrou os peixões.

Pena que a mídia não dá ibope para esses casos, talvez porque ela mesmo seja uma grande sonegadora.
Voltemos a Saul Sabbá, o dono do banco Máxima.
Sabbá é um daqueles empresários que engordaram na privataria tucana. O seu banco deu consultoria para
FHC na privatização da Vale e da CSN.

Agora só falta sabermos quantos milhões de dólares exatamente Sabbá e seus colegas do Maximizer, todos
“brasileiros honestos”, guardavam em suas contas secretas em paraísos fiscais.

E, claro, falta sabermos a participação do Brasil no escândalo do Swiss Leaks, ou Suiçalão.

Segundo o ICIJ, o Brasil é o nono país com mais dinheiro no HSBC da Suíça e o quarto, em número de clientes.

Há uma conta associada ao Brasil com mais de US$ 302 milhões. Sabe-se, pelo próprio ICIJ, que Edmond Safra, do Banco Safra, e a família Steinbruch, donos da Vicunha e da CSN, são alguns dos nomes envolvidos no escândalo do HSBC.

O Banco Safra foi o banco usado pela Globo para comprar os dólares que enviaria às Ilhas Virgens Britânicas, quando se envolveu naquela “engenhosa operação” para adquirir os direitos de transmissão da Copa de 2002 sem pagar os devidos impostos.

Aliás, por falar em privataria, um internauta hoje nos brindou com uma deliciosa recordação: um artigo de Eliane Cantanhêde sobre a Petrobrás, de 1999.

Era o tempo em que os jornais falavam sobre a privatização das principais estatais com incrível naturalidade.
Cantanhede faz uma revelação bombástica no artigo: “Para ficar ainda mais claro: o que resta de equipe econômica está de olho gordo sobre a Petrobrás (“joia da coroa”), o Banco do Brasil e até a Caixa Econômica Federal.

Esses são os “brasileiros honestos” que pretendem privatizar a Petrobrás, para livrá-la do demônio petralha…

Golpes na Argentina, Venezuela e Brasil?

Tensão no euro: Grécia rechaça a renovação de resgate que vence dia 28 próximo; Alemanha quer impor condicionalidades de arrocho rechaçadas nas urnas de 25 de janeiro'

  
 Proposta da Grécia para acordo provisório com Eurogrupo rechaça cortes nas aposentadorias, novas privatizações, aumento de imposto sobre consumo, superávits fiscais leoninos e exige folga para acudir emergências sociais. Prazo para um acerto termina dia 28
 

Grécia tenta acordo ponte de seis meses com autoridades do euro; meta de Atenas é ganhar tempo para um renegociação mais dura que afaste país das condicionalidades que jogaram o desemprego para 25% e dívida pública de 109% para 120%


 Por que o ministro Joaquim Levy não divulga a lista dos brasileiros incluídos no esquema de sonegação bilionária do HSBC na Suíça?


 Largada: dia 24/02 , na sede da ABI, Associação Brasileira de Imprensa, no Rio, FUP e CUT deflagram campanha nacional em defesa da Petrobras. É a hora para a esquerda sacudir a letargia e se unir em uma comitiva que percorra o Brasil com Lula, Boulos, Jean Wyllys, Stédile, Luciana, Levante da Juventude, UNE etc

Carta Maior.
 
ALTAMIRO BORGES 
Diante desta onda reacionária, os governantes dos três países são chamados a enfrentar a “guerra da comunicação” e derrotar os aparatos de hegemonia da elite colonizada
Há algo muito estranho ocorrendo em três países decisivos na geopolítica da América Sul. A Venezuela, rica em petróleo, enfrenta uma onda permanente de desestabilização – com sabotagem no abastecimento de produtos básicos, choques violentos nas ruas e ameaças de golpes militares contra o presidente Nicolás Maduro. Na Argentina, segunda economia da região, está em curso um processo de judicialização da política que pode desembocar na cassação da presidenta Cristina Kirchner. Já no Brasil, a principal força no tabuleiro político do subcontinente, a direita mais suja do que pau de galinheiro se traveste de vestal da ética, bravateia a tese do impeachment e incentiva as marchas dos grupelhos fascistas. O que explica esta sinistra coincidência? Os EUA, que sempre trataram a região como o seu quintal, têm algo a ver com esta onda nitidamente golpista?

Os três países têm vários traços em comum. Em todos eles, a direita partidária sofreu duras derrotas eleitorais nos últimos anos. Forças contrárias ao neoliberalismo, com suas nuances e ritmos diferenciados, chegaram ao governo – e não ao poder. Fragilizada, a elite colonizada foi substituída no seu ódio ao campo popular pela mídia monopolista e manipuladora. Na Venezuela, Argentina e Brasil, os jornalões, as revistonas e as emissoras de rádio e tevê fazem oposição diariamente – jogam no pessimismo da sociedade, difundem a visão fascista da negação da política, tentam impor sua agenda neoliberal derrotada nas urnas e apostam na desestabilização dos governos progressistas. Nos três países, os barões da mídia hoje lideram as forças golpistas e estão cada dia mais agressivos. Nada mais contém a sua sanha conservadora e entreguista, pró-império.

Além da mídia monopolista, outros aparatos de disputa de hegemonia também servem aos interesses das oligarquias nativas e alienígenas. Na Argentina e no Brasil, boa parte do corrompido poder Judiciário está nas mãos das elites. O suspeito caso da morte do promotor Alberto Nisman, responsável pelo inquérito sobre o atentado terrorista a um centro judaico em Buenos Aires, tem servido para atiçar a campanha pela deposição da presidenta Cristina Kirchner. Já o escândalo da Petrobras, com vazamentos seletivos e técnicas de tortura do Ministério Público e da Polícia Federal – outros dois aparatos de hegemonia –, alimenta o sonho da oposição demotucana de sangrar e, se possível, de derrubar a presidenta Dilma Rousseff. Na Venezuela, focos golpistas voltaram a aparecer nas Forças Armadas e se unem aos empresários sabotadores da economia.

Diante desta onda reacionária, os governantes dos três países são chamados a enfrentar a “guerra da comunicação” e derrotar os aparatos de hegemonia da elite colonizada. Na semana passada, o chefe de gabinete da Casa Rosada, Jorge Capitanich, acusou explicitamente a mídia e a Justiça de tramarem um golpe. “É uma estratégia de golpismo judicial ativo. No mundo, a disputa é entre democracia e grupos obscuros vinculados a poderes econômicos”. Ele inclusive citou o Brasil, no qual “Dilma Rousseff sofre ataques com pedidos de julgamento político”. Já o secretário-geral da Presidência da República, Aníbal Fernández, falou em “manobra de desestabilização democrática” e conclamou os setores populares a irem às ruas para defender a continuidade do mandato de Cristina Kirchner.

Também na semana passada, o presidente Nicolás Maduro acusou novamente o governo dos EUA de orquestrar um golpe na Venezuela. Na última quinta-feira (12), ele anunciou a prisão de 14 civis e militares, entre eles de um general da reserva. Segundo as investigações, o grupo pretendia causar tumultos e mortes num ato agendado pela direita local. Em rede de televisão, o líder bolivariano afirmou que “os EUA pagaram [os sabotadores] em dólares e lhes deram vistos com data de 3 de fevereiro. A Embaixada dos EUA lhes disse que, em caso de fracasso, poderiam entrar no território americano”. A grave denúncia foi, como sempre, ridicularizada pela mídia venezuelana e mundial – a mesma que apoiou efusivamente o golpe fracassado de abril de 2002. Já a Casa Branca considerou as acusações “ridículas”. Afinal, o império nunca apoiou golpes e ditaduras!

Já no Brasil, a “guerra da comunicação” anunciada por Dilma Rousseff na primeira reunião ministerial, no início de janeiro, ainda não saiu do papel. Nenhum ministro teve a coragem de denunciar “a estratégia de golpismo judicial ativo” – que deverá ficar ainda mais agressiva no pós-Carnaval com a nova fase da midiática Operação Lava-Jato. A presidenta Dilma Rousseff também ainda não ocupou a rede nacional de rádio e televisão para criticar os setores que pretendem destruir a Petrobras e entregar o Pré-Sal - um antigo desejo dos EUA. Num contexto bastante explosivo na região, aonde as coincidências golpistas são estranhas e os interesses imperiais são violentos, é preciso reagir rapidamente! O fantasma do retrocesso assombra a América do Sul.



 

Dr. Moro, o senhor está dizendo que o STF pode ser corrompido?

 
O Conversa Afiada reproduz comentario do amigo navegante André Crasoves, a propósito de “Moro ter dito que o da Justiça coonestou a pressão política que sofreu de advogados de empreiteiras :



Reprovável, senhor magistrado, é atropelar a lei, renegando a Constituição, ao mesmo tempo em que usa das prerrogativas por ela asseguradas em favor do seu projeto de desmonte da Petrobras e da soberania do Brasil. Reprovável é atacar o Estado democrático de direito, reconquistado após anos de luta e das atrocidades cometidas pela ditadura contra aqueles que se insurgiram contra ela. Reprovável é conduzir sob vara cidadão que não fora intimado e, portanto, não se recusara a comparecer perante o Juízo; ainda mais reprovável é ordenar que, para tanto, se invadisse o domicílio desse cidadão, contra quem nada está provado. Reprovável é ser casado com assessora de membro do PSDB e, estranhamente, só haver acusação contra membro do PSDB já morto. Reprovável é manter em cárcere cidadãos, não importando sua classe social ou ocupação, sob condições desumanas e sofrendo humilhações e tortura física (sob a forma das condições do cárcere) e psicológica, mediante o terror infundido, envolvendo eventual prisão de familiares e a manutenção indeterminada de prisão francamente ilegal. Reprovável, senhor juiz, é atropelar os procedimentos legais e agir conforme seus delírios de grandeza e … Reprovável, senhor magistrado, é a omissão do STF e do CNJ, perante os atos reprováveis que você tem praticado, assim como os atos dos outros … a seu serviço. Espero, senhor magistrado, que a História e a Justiça, diferente do que tem sido, julgue seus atos e lhe dê o merecido lugar de traidor deste país e deste povo.
Leia também:

AMAURY QUER A LISTA DO HSBC




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Registrou-se alguma tentativa de interferência do Ministro da Justiça sobre o Sr. Dr. Juiz Sérgio Moro?
Acaso José Eduardo Cardozo telefonou-lhe pedindo para “aliviar” alguém?

Seu trabalho – que não é o de acusar, mas o de julgar – foi obstaculizado por alguma ação do Ministério da Justiça?

Não.

Então, Dr. Moro, o senhor está cometendo os maiores pecados que pode praticar um Juiz.

O de falar sobre o que está fora do processo judicial aos seus cuidados.

Referir-se aos advogados dos réus como “emissários dos presos” é fazer uma redução criminosa do papel da advocacia.

Pretender que eles não possam discutir o procedimento do juízo e, até, suas decisões – desde que as cumpram – é manifestar uma visão autoritária da Justiça, própria dos absolutistas, que consideram o exercente do poder algo próximo de Deus, sobre quem não se permite dúvida ou discordância.

Coisa de tiranos, não de homens da Justiça.

O senhor, por acaso, tem a seu lado o acocoramento do espírito da liberdade que, um dia, já ficou de pé neste país.

Dizer que é necessária a manutenção de uma prisão preventiva para  “preservar a integridade da Justiça contra a interferência do poder econômico” é o mesmo que dizer que as instâncias judiciais acima da sua – porque, certamente, só o que erode sua independência é  o arreganho autoritário que lhe acompanha o narcisismo – são corruptíveis.

No caso, o Supremo Tribunal Federal.

É a ele que o senhor acusa de estar sujeito à “interferência do poder econômico”.

Mais especificamente,  chama de corruptível ao Ministro Teori Zavaski, a quem cabe apreciar, em segunda instância, suas decisões?

Porque é essa a exegese de suas palavras desabridas.

O senhor acha que o Ministro da Justiça, que não tomou sequer a providência de mudar a equipe de delegados que se refestelaram no facebook em politicagem eleitoral, vai ser portador de pressões econômicas sobre os ministros do Supremo?

Porque é o Supremo, e  só ele, quem pode revogar suas decisões.

Se em relação a Cardozo é um delírio, em relação aos integrantes do STF é uma ofensa.

O senhor está fazendo, na prática, uma acusação à honra dos ministros do STF que, se tiverem brio, hão de lhe chamar às falas mediante simples representação.

Infelizmente, brio parece estar mais escasso no Brasil do que as chuvas.

Mas, apesar do avassalamento dos caráteres, haverá pessoas do povo, simples como eu, a perguntar-lhe:

afinal, Dr. Moro, a quem o senhor está chamando de corruptor e de corrupto, além dos réus a quem o senhor, generosamente  – depois de te-los chamado de “bandidos profissionais” já perdoou-

A quem o senhor diz que haveria a malsinada “interferência do poder financeiro”?