Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Os bons negócios do JP Morgan com Verônica Serra e com o homem da Citco, a empresa do Caribe


Vamos contar duas histórias, que estão à espera do nosso famoso “jornalismo investigativo”.
Apenas fatos e documentos, sem qualquer ilação.
História N°1:
No dia 1° de fevereiro deste ano, a edição digital do jornal Monitor Mercantil publicou:
A One Equity Partners (OEP), braço de investimentos do banco J.P.Morgan, acertou a aquisição de 50% do Portal de Documentos, empresa brasileira que fornece soluções de gestão integrada nos serviços de cobrança de crédito”“
Cinco dias antes, a Portal de Documentos, até então uma empresa limitada, com capital social de R$ 200 mil, transformara-se em Sociedade.
Naquele 1° de fevereiro, a Portal de Documentos realiza uma assembléia, mas não há transferência de cotas para a OEP ou para o JP Morgan. Há, porém a eleição de dois cidadãos americanos como conselheiros administrativos: Bradley J.Coppens e Christian (que está grafado como Christina na Junta Comercial) Patrick Raymond Ahrens, ambos diretores da empresa de investimentos ligada ao JP . Amos fornecem CPF errado e indicam como residência Strawinskylaan 1135, NL-1077, a sede do JP Morgan na Holanda, embora o banco possua uma aqui, e muitos negócios no Brasil, como a compra, em outubro de 2010, da Gávea Investimentos, de Armírio Fraga, ex-presidente do BC no Governo FHC.
Na mesma assembléia, Bradley e Arhens nomeiam sua procuradora com plenos poderes.
A Sra. Verônica Allende Serra.
História N°2:
Era uma vez três empresas modestas.
A Dernamo Participações Limitada, a mais rica de todas, com capital social de R$ 1.000,00 e duas outras, bem modestas, a Gurham Participações Ltda. e a Hemath Participações Ltda, cada das duas com R$ 100 (cem reais, não cem mil) de capital registrado.
Todas foram criadas por um escritório de despachantes, o Serpac – Serviços Paralegais e Contábeis – atualmente chamada TMF – que, criado em 2007 com capital de R$ 100 mil, pulou para mais de R$ 820 mil em em 2009.
Mas voltemos às três empresinhas.
Em junho de 2009, o J.P. Morgan Trustee and Depositary Company , de Londres, compra 99% da Dermano, por R$999. Em março de 2010, faz o mesmo com a Gurham e com a Hemath, pagando 99 reais por cada uma.
E aí, quem é nomeado administrador da empresa, que passa a chamar-se Select Brazil Investimentos Imobiliários?
Sim, ele, o multihomem, José Tavares de Lucena, que é o representante brasileiro da Citco do Caribe e gestor das empresas de Paulo Henrique Cardoso, o PHC: a Radio Holdings e a Rádio Itapema, a famosa Rádio Disney, em sociedade com a Walt Disney Corporation, sob o nome de ABC Venture Corp.
Com ele, o outro administrador da rádio PHC, Jobiniano Vitoriano Locateli.
E aí a empresa é capitalizada em mais de R$ 18,9 milhões!
A mesma coisa aconteceu com a Ghuram e a Hemat, mas em escala ainda maior. Dos R$ 100 de capital social que cada uma tinha, passou-se, de uma só tacada, para R$ 57.134.999,00 na Ghuram e para R$ 54.977.782,00 na Hemath.
Que destino será que tomaram estes mais de R$ 130 milhões vindos de fora,justo em 2010?
As três empresas são renomeadas, neste processo, como Select Brazil Investimentos Investimentos Imobiliários – I, II e III – e cada uma tem um real (isto mesmo, R$ 1) de participação da Select Brazil Nominee Limited, com sede em Londres, mais precisamente no escritório de advocacia Addleshaw Goddard & Co ., se estiver correto o endereço fornecido.
Dois contadores, diga-se, que vivem em casas modestas, considerando que o primeiro é administrador, diretor ou conselheiro de 66 empresas e o segundo de 204 empresas, a grande maioria com participação de capital estrangeiro.
PS:os documentos, que é só clicar e ampliar e  todas as informações societárias foram obtidas dos arquivos online da Junta Comercial de São Paulo. São públicos. Basta fazer o cadastro e pesquisar.  Ou isso será pedir muito ao “jornalismo investigativo”?

O ESCÂNDALO DENTRO DO ESCÂNDALO: O SILÊNCIO DA MÍDIA DIANTE DO WATERGATE DE SERRA.

* Bandeira palestina já tremula oficialmente em Paris, na sede da Unesco, primeira agencia da ONU a reconhecer oficialmente o Estado Palestino** indignados dos EUA desencadeiam ciclo de ocupações dos portos** o 'Ocupa Portos'  ( http://www.occupytheports.com/ ) levou milhares de manifestantes ontem aos terminais portuários de Seattle, Oregon e Califórnia, gerando interrupções nas operações locais** estratégia segue a teoria de que a luta social hoje deve interromper centros nevrálgicos do sistema, cujo coração não são mais as fábricas** LULA VEM AÍ: O Brasil continuará a falar pela voz de Lula** exames constatam sucesso no tratamento do tumor da laringe, que regrediu 75%**a partir de março, ex-presidente estará liberado para mergulhar de cabeça na campanha eleitoral de 2012 --o  que fará diferença, sobretudo em SP

 
"Tenho amigos do PSDB, que são amigos de José Serra. Devem estar decepcionados. Paciência. Quando foram revelados os crimes de Stalin, também houve muita decepção..." ( leia a entrevista com Luis Fernando Emediato, da Geração Editorial, que lançou o livro 'A Privataria Tucana', do jornalista Amaury Ribeiro Jr; obra vendeu 15 mil exemplares em 48 horas, mas é alvo de uma esférica blindagem de silêncio por parte do dispositivo midiático conservador --o que é tão ou mais escandaloso que os crimes revelados por Amaury Jr. Matérias de Gilberto Maringoni e Maria Inês Nassif, nesta pág; veja também a entrevista com o autor (http://www.youtube.com/watch?v=ufUjcYOY_iE&feature=player_embedded#!)

‘Privataria Tucana’ já pode ser considerado best-seller

A expressão best-seller, originária da língua inglesa, é usada para qualificar livros extremamente populares em termos de repercussão e que figurem nas listas dos mais vendidos. Os best-sellers integram o que se convencionou chamar de “literatura de massa”.
A expressão começou a ser usada para rotular as obras de literatura mais vendidas nos EUA, tendo passado a ser utilizada em todo o mercado editorial global para romances, suspenses e até livros técnicos, manuais etc.
Outras características dos best-sellers são suas adaptações e traduções para outros idiomas, o numero de edições e as revisões e exposição nos meios de comunicação de massa.
O livro que entra na categoria best-seller, por conta disso, acaba gerando aumento ainda maior de vendas independentemente da qualidade literária, técnica ou didática, pois o mercado consumidor acaba entendendo que o nível de vendas e de notoriedade da obra se deve à sua qualidade.
Não há um nível pré-determinado de vendas para um livro ser considerado Best-seller, até porque o mercado editorial do Brasil ou até o do país em que a expressão foi criada não conseguem contabilizar a quantidade de livros vendidos. A imprensa até tenta quantificar o nível de vendas, mas não consegue.
A lista dos livros mais vendidos publicada periodicamente pela revista Veja, por exemplo, considera os dados das maiores livrarias de 16 grandes cidades brasileiras e de sete sites. Embora seja uma amostragem considerável, ficam de fora vários pontos de venda menos expressivos.
No mercado literário americano, o maior do mundo, ocorre a mesma coisa. A lista mais conceituada dos livros mais vendidos é publicada pelo jornal The New York Times, que fornece dados muito mais abrangentes do que os da Veja, de 4 mil livrarias, mas tampouco é completa.
A Universidade americana de Stanford publicou estudo que diz que venda de 2.108 exemplares em uma semana já caracteriza um best-seller. O Brasil não dispõe de estimativa tão precisa, mas, segundo a Câmara Brasileira do Livro, títulos que vendem ao menos 15 mil exemplares em uma semana já entram nessa categoria.
A CBL informa que a tiragem média de livros brasileiros é de 2,5 mil cópias.
O livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro, foi  lançado com estrondo no último dia 9 de dezembro. Sua primeira edição foi de 15 mil exemplares. Na segunda-feira, dia 12, estava tudo vendido.
Uma segunda edição, desta vez com tiragem dobrada (30 mil exemplares), está sendo rodada. Metade dessa segunda edição já foi vendida, o que fez com que em três dias o livro atingisse o dobro da marca de vendas que a CBL considera necessária para caracterizar um best-seller.
Apesar de poucos grandes meios de comunicação terem repercutido a obra, seu potencial polêmico e a repercussão que gerou também autorizam a qualificá-la como best-seller. Os fóruns de discussões políticas na internet (blogs, sites, Twitter, Facebook etc.) viveram verdadeira catarse nos dias posteriores ao lançamento do livro.
Mesmo jornalistas dos veículos que estão se recusando a abordar A Privataria Tucana, como o blogueiro das Organizações Globo Ricardo Noblat, que edita uma das páginas pessoais mais lidas da internet, apesar de seus empregadores boicotarem o livro já reconheceu publicamente que o está lendo, assim como líderes da oposição como o senador tucano Alvaro Dias.
A Privataria Tucana tem repercussão de Best-seller e vendagem de Best-seller, o que, portanto, autoriza incluir o livro na categoria das obras literárias que entram para a história das nações e da literatura mundial.
*
Assista, abaixo, reportagem da TV Record sobre o livro A Privataria Tucana

“Privataria”. Quero a Ley de Medios do Serjão

O silêncio do PiG (*) diante da roubalheira da privatização do Governo Cerra/FHC consagra a “Lei Roberto Marinho” do Poder.

Contava-se na Globo que o Dr Roberto teria pronunciado a seguinte frase: o importante não é o que publico. Mas, o que eu NÃO publico.

(“Publico”, aí, vai de propósito.

Para o Dr Roberto, a televisão “publicava”, porque ele jamais se adaptou à tecnologia da televisão.

O mundo para ele era o impresso – no Globo.)

(Atribui-se ao Dr Roberto também a frase inesquecível: o Boni pensa que isso aqui é um circo. Isso aqui é uma fábrica de poder.)

O PiG (*) resolveu se calar sobre o “Privataria” para exercer o Poder.

Se não publica, não existe.

Ou, como dizia outro campeão da Democracia brasileira, o ACM: se não saiu no jornal nacional, não aconteceu.

Ou, como dizia o Caetano Veloso, antes de se encantar com a Globo: assisto ao jornal nacional para saber o que o jornal nacional quer que eu pense que aconteceu.)

Isso já era.

Não foi só o Caetano que mudou.

O livro do Amaury provocou, todas as proporções guardadas, uma Primavera Árabe.

É um fenômeno de vendas que o PiG (*) não impediu e ainda não encarou.

Agora, amigo navegante, imagine o que o PiG não mostrou, ao longo desses anos todos de sub-democracia brasileira.

O que o Dr Roberto “não publicou”.

Imagine o que se escondeu.

Não falo da distorção, da parcialidade, do moralismo hipócrita, que fica preocupado com o Lupi, com o Pimentel e deixa o clã Cerra roubar a privatização, a MAIOR roubalheira de todas as privatizações latino-americanas.

E leva ao púlpito, o Grão Mestre da Privatização, a Bomba Atômica, aquele que, segundo o Ciro Gomes, num momento de larga generosidade dizia: o FHC não rouba, mas deixa roubar.

Ou, como diz o genial Oráculo de Delfos.

O FHC tomando vinho no primeiro andar, e a turma dele roubando no térreo – e no segundo, terceiro e quarto andares, também.

A Ley de Medios não é necessária, apenas, por causa da  parcialidade.

Não só porque o PiG (*) seja a Oposição, como diz a notável Judite Brito, presidente da ANJ.

É o que o plagiador-mor, o Álvaro Dias faz todo dia: lê o PiG no Senado.

É o Catão diaraque.

A questão da Democracia é o que deve, precisa ser publicado.

O que é indispensável para que o cidadão da República se informe: sobre serviços públicos, sobre direitos, deveres.

O ansioso blogueiro foi mexer nos arquivos.

E achou o que se chamou de 5ª. versão do “projeto de lei de Comunicação Eletrônica de Massa”.

É a Ley de Medios do Serjão Motta, quando era ministro das Comunicações do Farol de Alexandria.

Serjão morreu, e o sucessor, o Mendonção, enfiou o projeto do Serjão na gaveta.

Dedicava-se aos consórcios “borocochô” do leilão da Telebrás, para poder fazer “do nosso jeito”.

Serjão caiu no escândalo do “se isso der m …”.

Para o lugar foi o Pimenta da Veiga, que, suspeita-se, submeteu  5ª. Versão à Globo e a 5ª, a 6ª, a 7ª … – e foi tudo para a gaveta.

Veio o Governo Lula e o projeto do Serjão lá adormeceu.

Faltavam 5 minutos para acabar o jogo, e o Lula encomendou um projeto ao Franklin Martins.

O Franklin fez um projeto muito bom.

Entregou ao Bernardo.

Bernardo disse uns impropérios ao Franklin e escondeu o projeto embaixo da ultima versão do Serjão.

Franklin sai agora pelo Brasil a dizer que a Ley de Medios começa e acaba com a Constituição vigente.

Não adianta.

O Bernardo não se comove.

Já prometeu três vezes – como Pedro – que ia mandar o ante-protejo da Ley de Medios ao Congresso.

E, nada.

Ele está muito preocupado com a eleição para prefeito em Maringá, Londrina, Apucarana …

O PT fez um Congresso para debater a Ley de Medios.

Foi um combate entre o ridículo e o patético.

O PT está há nove anos no poder e ainda tem que debater a Ley de Medios.

Quem está no poder há nove anos não tem mais o que debater.

Tem que exercer o Poder.

Fazer como o Dr Roberto.

O ansioso blogueiro foi à 5ª. versão do Serjão.

Diz assim nos “Princípios fundamentais”:

Artigo II:

I – promover a diversidade das fontes de informação;

II – promover a diversidade de propriedade das prestadoras e dos meios de transporte dos serviços;

III – promover o uso dos serviços de comunicação eletrônica de massa como instrumento auxiliar de implementação de políticas educacionais;



VI – garantir ao público o direito de escolha do que quer ver e ouvir;

VI – zelar pela liberdade de expressão e de imprensa no meio eletrônico;



XV – adotar medidas que promovam a competição intra e inter-serviços e a sua diversidade, incrementem a oferta e propiciem padrões de qualidade compatíveis com a necessidade dos usuários.

Pouco antes de morrer, Serjão mandou um bilhete ao Fernando Henrique sobre a proposta da Ley de Medios: não se apequene, sugeriu o Serjão.

Amigo navegante, por que o clã do Fernando Henrique e do Cerra pôde delinquir por tanto tempo, impunemente ?

Porque não há liberdade de expressão no Brasil.

Porque o Dr Roberto escolhe o que publicar.

Clique aqui para ler o que disse o ansioso blogueiro num seminário de juízes do Rio Grande do Sul: “Na Comunicação, o Brasil é a ditadura perfeita”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.