Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
Mostrando postagens com marcador engavetador geral. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador engavetador geral. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Dilma, FHC e a corrupção

 

Em se tratando de corrupção, os tucanos podem até ter deixado a casa uma bagunça nos anos 1990 mas, quando muito, ganharam apenas um cafuné.



Fabio de Sá e Silva (*)
 
Em evento destinado ao recebimento de credenciais de novos embaixadores, Dilma concedeu entrevista a repórteres, na qual tratou de vários temas.

Ao ser perguntada sobre a Operação Lava Jato e seus efeitos sobre a Petrobras, a Presidenta vocalizou o discurso com o qual intelectuais e sindicatos de trabalhadores têm conclamado a defesa da estatal: o de que quem se envolveu em corrupção deve ser punido, mas de que a empresa, por ser estratégica, deve ser preservada.

Para a Dilma de hoje, assim como a de meses atrás, a resposta para a corrupção verificada na Petrobras não passa por venda de patrimônio público, tampouco pela negativa geral de seus oponentes na política partidária. Passa, isso sim, pela punição dos corruptos e corruptores.

E exemplificou:

“Veja... Olhando o que vocês mesmos divulgam nos jornais. Se em 1996–1997 tivessem investigado e punido, não teríamos o caso desse funcionário que ficou quase vinte anos praticando atos de corrupção”.

A afirmação, como se sabe, foi baseada no que se tornou público da delação premiada de Pedro Barusco, ex-gerente da empresa. Barusco afirmou ter visto o pagamento de propinas em contratos se tornar sistemático já naquele período.

Apoiadores do governo rapidamente comemoraram o que entenderam ser uma ofensiva da Presidenta contra o cerco que setores da imprensa e a oposição pretendem lhe impor, com base na exploração política diária e obscura dos bastidores das investigações da Lava Jato.

A euforia, porém, teve de ser rapidamente contida.

Articulistas, políticos e internautas protestaram contra o que entenderam ser tentativa de Dilma de jogar no colo de FHC a responsabilidade por corrupção em operações da Petrobras.

Aécio, sempre o mais agressivo orador, disse que Dilma estava “zombando da inteligência dos brasileiros”.

O próprio FHC se dignou a responder. Como em diversas outras ocasiões, o ex-presidente insistiu em argumento de caráter formal.

“Como alguém sério pode responsabilizar meu governo pela conduta imprópria individual de um funcionário se nenhuma denúncia foi feita na época?,” perguntou FHC, em tom de quem pretende ter dado resposta definitiva.

Surgiram, então, os criativos memes, nos quais cães labradores destruindo a mobília da casa ou dinossauros mirando os asteroides cuja queda lhes custaria a extinção apareciam com expressão cômica, tendo ao fundo o texto:

“Foi o FHC”.

Instaurada a confusão, apoiadores do governo poderiam ter esclarecido que não foi isso o que Dilma quis dizer. O argumento era, simplesmente, o de que são dois períodos do país que instituíram padrões distintos no trato de corrupção envolvendo figuras proeminentes do mundo da política.

Períodos que se distinguem, por exemplo, pelo respeito à autonomia da PF e do MPF, pela criação da CGU e pelo patrocínio à lei de acesso à informação, a mesma que hoje permite a crítica a Cardozo por não ter disponibilizado imediatamente na agenda pública do Ministério da Justiça seu encontro com advogados da Odebrecht.

Este argumento que, aliás, não é novo, tem fácil comprovação empírica e forte enraizamento na consciência popular – apesar dos esforços para se transformar corrupção em algo “do PT”, interrompidos, apenas episodicamente, por denúncias que jogam luz sobre os pés de barros de figuras como Azeredo, Demóstenes e Agripino.

Que o digam os entrevistados do Datafolha no último dezembro, ou seja, depois de meses nos quais capas de revistas tentavam caracterizar o período atual como o mais corrupto da história.

Destes, 46% achavam que, desde a redemocratização brasileira, o governo Dilma foi aquele no qual a corrupção foi mais investigada, à frente de Lula (16%), Collor (11%) e só então FHC (4%).

Ou que o governo Dilma foi o período no qual os corruptos mais foram punidos (40%), à frente de Collor (12%), Lula (11%) e só então FHC (3%).

A história, neste aspecto, é tão caprichosa, que chegou a criar episódios parecidos com resultados muito diversos.

Como o de dois parlamentares que deram entrevistas à Folha de São Paulo denunciando ter havido compra de votos no Congresso – em um caso, para aprovar a emenda da reeleição de FHC, em outro, para compor a base aliada de Lula.

No caso referente ao governo Lula, estrelado por Roberto Jefferson, os resultados foram a CPI dos correios e a ação penal 470. No caso referente ao governo FHC, poderia dizer Dilma, “todos soltos”.

As denúncias, acompanhadas “não de indícios, mas de provas,” como disse anos depois o jornalista responsável pela matéria, ficariam represadas nas mãos de Geraldo Brindeiro, conduzido e reconduzido ao cargo de PGR ao longo de todo o governo FHC, mesmo quando ficava em 7o lugar nas eleições internas das entidades de classe do MPF.

Partindo deste e inúmeros outros casos – como SIVAM e Pasta Rosa –, apoiadores do governo poderiam ter criticado o próprio FHC, cuja tese de que seu governo não teve corrupção porque nunca teve condenados, ela sim, “zomba da inteligência dos brasileiros”.

Poderiam até ter feito um meme, destacando que, assim como cães labradores, tucanos podem até ter deixado a casa uma bagunça nos anos 1990 mas, quando muito, ganharam apenas um cafuné.

Mas corrupção é assunto sério demais para seguir sendo tratado de maneira assim tão simplista.

Dilma e o PT ganharão se souberem acrescentar um terceiro período à história, de cuja construção hoje fazem parte.

Um período no qual o combate à corrupção não terá se prestado a inviabilizar o desenvolvimento do país, mas no qual – se não por uma reforma política estrutural, por mudanças de práticas na organização partidária e na condução dos negócios públicos – o sistema político terá se tornado mais blindado à influência do dinheiro.

Já FHC poderia desistir de sua tese. Pois além de convencer a ninguém, ela não leva a lugar nenhum.

(*) Graduado (USP) e Mestre (UnB) em Direito; PhD em Direito, política e sociedade (Northeastern University, EUA).

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

FHC “combateu corrupção” tentando pôr “engavetador” no STF


Eduguim


Apontar ganhador no debate da Record entre Dilma e Aécio no último domingo depende da filiação ou da simpatia partidária de cada um. Claro que cada lado terá seus argumentos sobre o que disse seu candidato para que fosse vencedor, mas, para o eleitor indeciso – que é o alvo dos debates e das campanhas neste momento –, não deve ter havido vencedor.

Este Blog, porém, tem opinião sobre o que viu. E, de tudo que foi visto, recolheu ao menos uma informação eloquente para que o leitor enxergue melhor quem se opõe a Dilma.

A numeralha e os termos técnicos são absolutamente inacessíveis para a população em geral. Isso sem falar que Aécio usa mentiras. Por exemplo, ao dizer que todos os indicadores sociais do Brasil vêm caindo. É mentira, vêm subindo há mais de uma década. Mas o tucano não pretende falar a verdade; seu objetivo é dar ares de verdade às próprias mentiras.

Aécio afirmou que Dilma não tem responsabilidade por investigações de corrupção, de modo que as milhares de operações da PF nos governos dela e de Lula, por exemplo, não seriam mérito dos dois. Mentiu de novo.

Sim, o governo pode permitir ou bloquear investigações. Como Dilma lembra sempre, no governo FHC chegava-se a transferir delegados da PF que investigavam “mais do que deviam”. E, ao nomear o primo do vice-presidente Marco Maciel como Procurador Geral da República, o ex-presidente tucano agiu para impedir “problemas” com o único órgão que poderia investigá-lo.

Contudo, além de manter um único procurador-geral da República em seu governo de 8 anos, e ainda um PGR que era parente de seu vice, FHC ainda tentou resguardar-se contra problemas futuros com a lei, pois nem ele acreditava que Lula assumiria e colocaria uma pedra sobre o passado.

Poucos se lembram disso, mas FHC tentou colocar no Supremo Tribunal Federal o homem que, durante oito longos anos, tratou de impedir toda e qualquer investigação sobre o governo federal, à diferença do que fariam Lula e, depois, Dilma, os quais nomearam para a Procuradoria sempre o nome indicado pelo Ministério Público.

E, repito, foram 3 PGR’s em 8 anos de Lula e 2 em 4 anos de Dilma contra 1 durante os 8 anos de FHC. É assim, como Lula e Dilma, que se combate a corrupção; é assim, como FHC, que se impede investigações de corrupção.

O ex-procurador-geral da República de FHC, Geraldo Brindeiro, primo do então vice-presidente Marco Maciel, livrou a cara de FHC várias vezes. Uma delas foi no caso da compra de votos para a reeleição do tucano, que o jornalista da Folha de SP Fernando Rodrigues considerou que foi inquestionavelmente corrupção envolvendo o governo tucano.

Veja, abaixo, vídeo em que Rodrigues fala sobre o caso.




Alguém foi sequer processado? Houve investigação? Nenhuma. Sabe por que, leitor? Porque FHC impediu.
Ou melhor, o despachante que pôs na Procuradoria impediu.

O caso ao qual você viu o repórter da Folha se referir foi sumariamente engavetado por Geraldo Brindeiro. Se tivéssemos uma Procuradoria como as de Lula e Dilma, talvez o ex-presidente tucano estivesse saindo hoje da cadeia.

Devido a tão bons serviços prestados por Brindeiro, FHC tratou de tentar colocá-lo no STF, além de ter colocado Gilmar Mendes pouco antes para fazer o servicinho que vem fazendo para o PSDB ao longo dos anos. Porém, o tucano não conseguiu. Com a derrota de Serra para Lula, FHC tornou-se um “lame duck” e não teve força para dar sobrevida ao seu engavetador.

Abaixo, matéria do jornal O Estado de São Paulo de 2 de setembro de 2002 que mostra a manobra que FHC tentou para prolongar a vida útil do engavetador-geral da República, quem, ao lado de uma Polícia Federal manietada, impediu que qualquer das muitas falcatruas daquele governo fosse investigada.



clique aqui para ir à página original da matéria

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Armínio vai vender o Brasil ao JP Morgan Quem entende de “transparência” é o Engavetador Geral.


Deputada Luiza Erundina, do PSB, classifica de farsa o apoio do partido a Aécio e se retira em protesto da reunião da executiva que deliberou sobre o tema: Não vou subir no palanque de quem é contrário ao nosso projeto.

Nova política: a Rede de Marina está rachada e dificulta a baldeação da candidata que quer apoiar Aécio a qualquer custo; Marina já ameaça não acatar a orientação da maioria

Epitáfio: Às vezes o reacionário serve de avanço (Roberto Amaral, presidente do PSB, ao justificar a aliança do partido com o PSDB de Fernando Henrique, Serra e Aécio, para derrotar o PT de Lula e Dilma).

PSOL rechaça voto em Aécio e deixa o apoio a Dilma a critério de seus militantes.
 

Sugestão do amigo navegante Walber Leandro


Armínio nauFraga é o Ministro da Fazenda eleito no PiG.

O PiG cheiroso, o Valor, dessa quinta-feira (8/10) lhe concede uma página inteira de entrevista-púlpito.

Nada de novo: tripé com transparência.

“Tripé” a gente conhece: são os parvos do tripé, uma mercadoria que os colonizados pegam nas gôndolas dos super-mercados de Princeton e não percebem que a validade se expirou.

O que há de novo também não é novo.

É a política de “tirar os sapatos”.

Diz o Ministro-eleito:

- é preciso ir abrindo a economia aos poucos;

- atrelar o Brasil a acordos comerciais bi-laterais;

- e integrar o Brasil às “melhores cadeias produtivas do mundo”.

Tradução livre.

Abrir é abrir para os Estados Unidos.

Acordos bilaterais é como o do Chile-Pinochet com os EUA.

Ajoelhar-se nas melhores cadeias produtivas significa incinerar o Mercosul na Terra do Fogo e entrar de joelhos no “Pacto do Pacífico”, que reúne os EUA e todos os países asiáticos adversários da China.

Além operar moedas – arte que aprendeu com o patrão George Soros – e jogar golfe no Gávea Golfe, NauFraga era dono do banco Gávea.

Vendeu-o ao banco americano JP Morgan, e a sua “administradora de capitais”, a Highbridge.

É o que pretende fazer com o Brasil.

Em tempo: sobre a transparência: O NauFraga serve ao Governo do Engavetador Geral da República e ousa falar em “transparência”. Quá, quá, quá !


Paulo Henrique Amorim
 

 De novo, o México

O Brasil de hoje já tem problemas suficientes para serem discutidos no debate em curso, que nos separa da votação do segundo turno.

 
No último dia 25 de setembro, há apenas alguns dias, portanto, um grupo de alunos de uma escola rural de segundo grau do Estado de Guerrero, resolveu realizar um protesto contra as más condições de ensino.

Perseguidos, atacados e presos por policiais, e levados para um quartel, por ordem do Chefe de Polícia, Francisco Salgado Valladares, e do Prefeito, Jose Luis Abarca - que se encontra foragido - foram entregues a um grupo de narcotraficantes conhecido como “Guerreros Unidos”, comandado por um tal de “El Chucky”, e levados para local desconhecido.

Poucos dias depois, 28 corpos foram encontrados, queimados, em uma fossa coletiva na periferia de Ayala, e 43 estudantes - que estavam se formando como futuros professores para dar aulas na zona rural - continuam desaparecidos.

De que trata essa história? De um novo roteiro cinematógráfico, prestes a ser filmado por Hollywood ? De um “triller”, recentemente publicado nos EUA, que, no final, levará aos motivos do crime e à punição dos culpados?

Ou, simplesmente, de mais uma notícia, envolvendo uma nação cuja renda, segundo a OCDE, é de menos de sete dólares por dia; um país que tem o menor salário mínimo da América Latina, equivalente a 10.99 reais por jornada; no qual apenas 25% das pessoas tem acesso à internet; que acaba de cair seis posições no ranking de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial, ficando por trás do Brasil; e, segundo a OIT, 60% da força de trabalho está na informalidade; mais de 75% da população não tem cobertura previdenciária, e, segundo a CEPAL, 13% dos habitantes são indigentes e 40% da população está abaixo da linha de pobreza?

Quem responder que país é esse ganha um taco ou uma empanada no primeiro restaurante mexicano da esquina.

Esse é um país que quase nada fabrica, mas que monta muita coisa produzida por terceiros, a ponto de ter tido, devido à importação de peças e componentes, um déficit de 51 bilhões de dólares com a China no ano passado.

Um país que importa comida de nações como os EUA e o Brasil, porque não é autosuficiente sequer em alimentos, e que, embora tenha feito dezenas de tratados de livre comércio, dirige 90% de “suas” exportações para apenas dois lugares, o Canadá e os EUA, país a cujo ritmo de crescimento econômico está totalmente atrelado, e que é sede das maiores empresas instaladas em seu território e o principal, quase único, destino, das mercadorias “maquiadas” e dos lucros gerados, graças aos baixíssimos salários, por sua economia - um trabalhador da industria automobilistica mexicana recebe um terço do que ganha, em dólar, um brasileiro pelo mesmo trabalho.

Lembramos, de novo, esse país, porque ele continua a ser citado, agora por lideranças do Partido Socialista Brasileiro, como exemplo de país bem sucedido na América Latina.

O Brasil de hoje já tem problemas suficientes para serem discutidos no debate em curso, que nos separa da votação do segundo turno.

Citar o México nesse contexto, e ainda por cima como paradigma de desenvolvimento, só pode ser fruto de má fé ou desinformação. 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

PF ESTOURA CAIXA 2 DO DEM. GURGEL ENGAVETOU

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

ENGAVETADOR VOLTA AO TRENSALÃO. TUCANOS ALIVIADOS ! Durante três anos de Grandis se esqueceu de investigar os tucanos. Agora vai se lembrar …



Viva o MPF !
O novo Procurador Rodrigo Janot tinha chamado de Grandis às falas.
Pelo jeito, o pedido de Janot ficou perdido numa pasta errada.
O MPF tem um problemas com pastas.
O Procurador-Geral da Republica (e, depois, advogado de Daniel Dantas) Antonio Fernando de Souza denunciou Ali Babá (Lula) e os 40 ladrões, mas, procurou, procurou e, na pasta investigada, não achou o Daniel Dantas no Valeriodantas.
Seu sucessor, que o senador Collor, da tribuna do Senado, chamou muitas vezes de “prevaricador”, também não achou na pasta o Demóstenes, o Palocci, o Cachoeira, o Caneta, o Aécio nem o Daniel Dantas.
Os tucanos estão aliviados com o triunfal retorno do de Grandis.
Ufa !
O problema agora está nas mãos da Ministra Rosa Weber, que vai relatar no Supremo o trensalão tucano.
Se valer súmula vinculante do mensalão (o do PT), o Padim Pade Cerra e o Alckmin vão em cana.
Porque, no julgamento do mensalão (o do PT), a Ministra Weber considerou que deveria condenar o Dirceu exatamente por causa da dificuldade de provar que ele era o chefe da quadrilha.
Nesse caso, será mais fácil configurar a responsabilidade de Cerra e Alckmin.
A menos que a “peça acusatória” que vier do Ministério Público se perca numa tucana pasta.






Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

DILMA DEFENDE CARDOZO E APONTA "GAVETAS VAZIAS"

domingo, 2 de junho de 2013

DIAS: GURGEL MOSTRA A SUA FÉ Gurgel não se apega à lei, mas às convicções políticas.

Conversa Afiada reproduz a abertura da “Rosa dos Ventos”, imperdível seção da Carta Capital, sob a regência de Mauricio Dias:

GURGEL MOSTRA SUA FÉ

Roberto Gurgel, o mais controvertido dos procuradores na história da República, tomou e toma decisões que marcaram e marcarão de forma melancólica o desfecho do mandato dele na Procuradoria-Geral em agosto.

Uma dessas decisões, a mais recente, é o fato de Gurgel ter mandado para as profundezas do arquivamento a ação que envolve os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL) e João Capiberibe (PSB).  Ambos, em tese, da base governista. Na prática, não.

Gurgel, ao contrário de Geraldo Brindeiro, que engavetava tudo que o governo FHC queria engavetado, tem ido muito além do engavetar ou desengavetar. Ele deu clara noção de sua orientação política.

Há outras diferenças. Fiquemos, por enquanto, no fato de que o procurador-geral ora desengaveta, ora engaveta. Engavetou, por exemplo, o caso citado acima.

O episódio ocorreu em 1999, quando Randolfe era deputado estadual e Capiberibe, governador do estado. Nesse período, conforme denúncia feita por Fran Soares Junior (PP), Randolfe teria recebido dinheiro além do salário regulamentar para votar projetos de interesse do governador. Há conversas gravadas, periciadas, entre Capiberibe e o deputado João Brandão, com menção clara sobre isso.

Randolfe, a única flor do PSOL no Jardim do Senado, nega tudo. E justifica alguns recibos que assinou. Não justifica todos ou tudo. Há recibos, assinados por Randolfe, reconhecidos como legais por análise feita pelo perito Ricardo Molina. Há também gravações em áudio, periciadas, que reforçam a denúncia.

Se fosse possível admitir dúvidas em favor de Randolfe, seria impossível engolir o arrazoado de Gurgel que conduziu a representação para o arquivo sob a alegação de que os fatos narrados na representação “são inverídicos”.

Eis algumas razões em contrário:

– Não houve montagem dos áudios.

– O procurador-geral faz “exercício argumentativo” para deduzir que “a representação noticiou fatos inverídicos”.  Também faz descaso das provas apresentadas, indiferente ao fato de que só a perícia pode averiguar a veracidade da prova técnica.

– Gurgel foi além de sua competência. O Ministério Público analisa as questões de direito. As de fato competem exclusivamente a peritos.

– A acusação diz que não apresentou todos os recibos assinados por Randolfe, porque teriam sido recolhidos pela Polícia Federal. Gurgel poderia averiguar. Oficiaria à PF sobre os recibos e, se existissem, os submeteria a exame pericial.

Gurgel navega orientado por bússola política e com a frieza de um frade de pedra. É possível perceber a linha que norteia as decisões que toma. Não é uma linha reta. Bem avaliada, nota-se, porém, como é definida. Por isso é possível supor que, só aparentemente, a decisão beneficia Randolfe e Capiberibe. O arquivamento, falho e apressado, mantém sobre os dois um incômodo ponto de interrogação.

Gurgel não é profissional descuidado. Ele sempre sabe o que faz.

Em tempo: 
clique aqui para se espantar com outro capítulo melancólico desse fim de mandato daquele queCollor chama de “prevaricador”: o artigo de Leandro Fortes, também na Carta (e só na Carta !), sobre “a estranha mudança de parecer de Gurgel a favor do banqueiro Daniel Dantas “.

aqui para ler a assinatura de Randolphe é de Randolphe.

Não deixe de ler também o verbete “Daniel Dantas” na WicKepedia, de autoria de Aurélio Buarque de Espanha.

Em tempo2: esse Bessinha não é um gênio, amigo navegante ?

E Viva o Brasil !


Paulo Henrique Amorim

sexta-feira, 23 de março de 2012

POR QUE (BRINDEIRO) GURGEL, não investigou Demóstenes ?


Saiu no Globo outra estrepolia do Varão de Plutarco, Demóstenes Torres, na pág 9:

PF: Demóstenes pediu R$ 3 mil a Carlinhos Cachoeira para pagar um taxi aéreo.


(Por falar nisso, quem pagou os R$ 80 mil para o Cerra ir ao Acre ?)

Além desse favorzinho, o Senador Demóstenes, aquele do grampo sem áudio com Gilmar Dantas (*), passava informações confidenciais – do Executivo e Legislativo – ao contraventor.

Até aí, nada de novo.

O importante, na opinião deste ansioso blogueiro, é outra informação do Globo:

“Relatório com as gravações e outros indícios foi enviado à Procuradoria Geral da República, mas o chefe da instituição, (brindeiro – PHA) Roberto Gurgel, não tomou qualquer providência para esclarecer o caso”.

Que feio, hein, amigo navegante ?

E o brindeiro Gurgel, o que terá feito dos exemplares da Privataria Tucana que o Edu Guimarães mandou pra ele ?

Vai se coçar ?

O Procurador procura, amigo navegante ?

Em tempo: acompanhe no Blog do Protógenes quem já assinou a CPI do Cachoeira (eram necessariss 171 – êpa ! – assinaturas):




http://blogdoprotogenes.com.br/


Paulo Henrique Amorim
(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews  e da CBN se refere a Ele.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O ESCÂNDALO DENTRO DO ESCÂNDALO: O SILÊNCIO DA MÍDIA DIANTE DO WATERGATE DE SERRA.

* Bandeira palestina já tremula oficialmente em Paris, na sede da Unesco, primeira agencia da ONU a reconhecer oficialmente o Estado Palestino** indignados dos EUA desencadeiam ciclo de ocupações dos portos** o 'Ocupa Portos'  ( http://www.occupytheports.com/ ) levou milhares de manifestantes ontem aos terminais portuários de Seattle, Oregon e Califórnia, gerando interrupções nas operações locais** estratégia segue a teoria de que a luta social hoje deve interromper centros nevrálgicos do sistema, cujo coração não são mais as fábricas** LULA VEM AÍ: O Brasil continuará a falar pela voz de Lula** exames constatam sucesso no tratamento do tumor da laringe, que regrediu 75%**a partir de março, ex-presidente estará liberado para mergulhar de cabeça na campanha eleitoral de 2012 --o  que fará diferença, sobretudo em SP

 
"Tenho amigos do PSDB, que são amigos de José Serra. Devem estar decepcionados. Paciência. Quando foram revelados os crimes de Stalin, também houve muita decepção..." ( leia a entrevista com Luis Fernando Emediato, da Geração Editorial, que lançou o livro 'A Privataria Tucana', do jornalista Amaury Ribeiro Jr; obra vendeu 15 mil exemplares em 48 horas, mas é alvo de uma esférica blindagem de silêncio por parte do dispositivo midiático conservador --o que é tão ou mais escandaloso que os crimes revelados por Amaury Jr. Matérias de Gilberto Maringoni e Maria Inês Nassif, nesta pág; veja também a entrevista com o autor (http://www.youtube.com/watch?v=ufUjcYOY_iE&feature=player_embedded#!)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O PiG tem saudade do Geraldo Brindeiro, o engavetador-geral da República


Brindeiro é que trabalhava como o PiG gosta

O Presidente Lula decidiu que os ministros da Fazenda e da Justiça ofereçaam à opinião pública todas as informações sobre os dois escândalos que o Zé Baixaria e o PiG (*) elegeram para derrubar o Lula e a Dilma, num só Golpe.

Bons eram os tempos do Geraldo Brindeiro, o Engavetador Geral da Republica.

Uma das maiores obras de Brindeiro, no Governo FHC/Serra, foi engavetar a Pasta Rosa, onde se encontrava uma parte da República que, hoje, repousa no HDs, CDs e pendrives que o inclito delegado Protógenes Queiroz encontrou atrás da parede falsa do Daniel Dantas, o passador de bola apanhado no ato de passar bola.

Outra engavetação providencial foi livrar o ex-senador Arthur Virgilio Cardoso da cadeia.

Clique aqui para ler!

Quanto custou a reeleição ?

Com que argumento$ o Daniel Dantas tomou conta dos fundos de pensão para a privatizar os telefones ?

O que o Ricardo Sergio fazia na campanha do Serra e do FHC ?

Por que o André Lara Resende não processa o Nassif ?

Nassif disse – no livro “Cabeças de Planilha”- que o Real foi fixado num valor que beneficiou o André, um dos autores do Real.

Por que o Eduardo Jorge telefonava tanto para o Juiz Lalau ?

Com que dinheiro o FHC comprou uma fazenda em sociedade com o Serjão ?

O salário de Presidente cabe numa fazenda de gado, tão boa que, depois, o Jovelino Mineiro comprou ?

Tudo isso sem esquecer que a ministra Erenice Guerra foi quem tomou a iniciativa de recorrer ao Conselho de Ética para invetsigar seu caso.

(E, não, o Conselho de Ética quem tomou a iniciativa, como o jornal nacional deu a entender.)

Erenice abriu seu sigilo e o do filho.

E vai processar a Veja.

O PiG (*) tem saudade mesmo é do Brindeiro.

Com o Brindeiro não tinha dúvida: ia tudo para debaixo do tapete.

E o PiG ?

O PiG não dizia uma palavra.

No Estadão, uma obscura colonista (**) diz que esse Conselho de Ética não presta para nada.

Será que seu presidente, o Ministro Sepúlveda Pertence, é assim uma nulidade ?

Um pau mandado do Presidente Lula ?

Este ordinário blogueiro faz algumas restrições ao Ministro Pertence, inclusive ao fato de advogar depois que saiu do DTF e se tornar advogado de Gilmar Dantas (***) numa causa que moveu – e perdeu – contra mim.

Clique aqui para ir á aba “Nao me calarao”.

Mas, este ordinário blogueiro não considera que o Ministro Pertence mereca este tratamento desrespeitoso.

A fúria Golpista do PiG e seus colonistas poderia, ao menos, ter bons modos.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(***) Clique aqui para ver como um eminente colonista (**) do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista (**) da GloboNews e da CBN se refere a Ele.