Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O Globo recebeu 200 milhões de FHC para ir para Caxias, mas não contribui com vítimas das chuvas



"O Globo", impresso em Duque de Caxias, explora imagem solidária de Zeca Pagodinho para vender jornal, mas não ajuda o município onde instalou seu parque gráfico com nenhum centavo.

Zeca Pagodinho é um ilustre morador de Duque de Caxias (RJ) que ajuda no que pode seus vizinhos, vítimas das enchentes. Outro "ilustre" morador do município não tem a mesma solidariedade. Trata-se do jornalão "O Globo", que se finge de morto para não enfiar a mão no bolso e dar alguma contribuição em solidariedade às vítimas.

O suntuoso parque gráfico das organizações Globo é um gigantesco "dinossauro" com capacidade ociosa que funciona no município desde 1999, construído em grande parte com dinheiro público, seja na forma de empréstimos e contratos generosos no governo FHC, seja na forma incentivos e isenções fiscais.

Aliás "O Globo" não paga um centavo de ISS ao município, nem de ICMS ao Estado, porque na Constituinte de 1988, a turma dos demotucanos isentaram jornais de impostos, mesmo sendo empresas privadas com fins altamente lucrativos.

FHC injetou R$ 200 milhões do BNDES (em dinheiro de hoje)

O Globo tinha sua gráfica no centro do Rio, junto à redação, que dava conta do recado. Hoje, o jornalão sua a camisa para ter uma circulação em torno de 330 mil exemplares no domingo (em dias de semana o número cai para cerca de 250 mil), menos do que tinha em 1997.

O projeto megalômaníaco do novo parque gráfico, o maior da América Latina, era imprimir 2 milhões de jornais por dia no domingo. FHC gostou da ideia, afinal uma mão lavava a outra: o jornalão "formaria opinião a seu favor" para 2 milhões de domicílios e o BNDES entrava com o dinheiro público. Até a Petrobrás na época, através da Refinaria de Duque de Caxias, vizinha, foi convocada a fornecer gás combustível para suprir o jornalão com energia elétrica; com certeza em condições vantajosas para a família Marinho, dona do jornal.

Hoje vemos que o BNDES poderia ter aplicado muito melhor os R$ 200 milhões no município de Duque de Caxias, em outros empreendimentos que trouxessem impacto econômico mais positivo e receitas para a população (que hoje sofre com as chuvas), do que bancar a mera mudança da oficina gráfica da família Marinho.

Aliás, o jornalão só mudou a gráfica. A "casa grande" da redação continuou no Rio.

Primeiro Lula, depois Dilma


Palmério Doria, no Brasil 247


“A Constituição prevê, mas não garante”


Barão de Itararé
O grande banquete dos barões da mídia já está com a mesa posta. Se Dilma acha que a sanha dessa curriola se satisfaz com Lula está enganada. Primeiro eles têm que minar o galho para chegar à flor

Para alguns barões da mídia, o pau-de-arara que trouxe o pernambucano podia ter batido na Rio-Bahia. Para outros, ele devia ser pendurado no pau-de-arara na época de Vila Euclides. Como Lula escapou até do câncer, esses barões torcem por um raio que o parta.

Na verdade a midiazona está tomada pelo espírito de Thor, o Deus do Trovão. Produz uma tempestade  por dia.  Algumas em copo de Coca-Cola, dando ensejo a uma brincadeira que circula na internet: a imprensa brasileira é a única que tenta derrubar um ex-presidente da República.

No fim de 2012 a coisa chegou a tal ponto, que Lula anunciou: vai deixar a barba crescer não só para deixá-la de molho, mas para recompor  a popular imagem do sapo barbudo que pretende exibir nos palanques do país a partir de março deste ano. Em resumo:  vai sair pelo país, democratizando a mídia com as próprias mãos.

O tempo ruge, como dizia Mendonça Falcão, e está bem mudado. Hoje não é preciso chamar a frota americana para garantir o golpe. Basta um Supremo Made in Paraguai  e uma coorte daquilo  que eles chamam formadores de opinião batendo bumbo todo santo dia.

Para essa turma, o ideal é um líder popular incomunicável, sem direito a voz. Algo assim como Allende sozinho num palácio sob bombardeio com um microfone que lhe restou e um fuzil AK-47 na mão. Ou então um Getúlio acuado num palácio com uma carta na manga, que só seria conhecida depois dele morto. 

Ou alguém imagina que os Grandes Irmãos da mídia brasileira – Folha, Estado, Globo, Abril --  são essencialmente  diferentes dos donos do El Mercurio, Clarín, El Espectador e outros  do corpo de baile permanente  da SIP – Sociedade Interamericana de Imprensa?

De longa data os meios monopolistas de comunicação tentam barrar os avanços sociais, se possível dar marcha à ré na roda da história, como tentaram em 1954 e conseguiram em 1964.

Em 1954, diante das medidas nacionalistas e a favor dos desvalidos tomadas por Getúlio  --- Petrobrás e o monopólio estatal do petróleo, que irritaram as petroleiras do hemisfério norte; Volta Redonda, fundadora da nossa indústria de base; salário mínimo dobrado de uma penada; etc.

Então, as incipientes redes, como os Diários Associados de Assis Chateaubriand, e os principais jornais e rádios (a televisão engatinhava) bateram bumbo contra Getúlio. Criaram o mote demolidor: mar de lama, para induzir o povo de que Getúlio estava mergulhado na corrupção – ele que ao morrer deixou apenas a fazendola herdada dos pais e um apartamento modesto no Rio. Carlos Lacerda, “demolidor de presidentes” falava no rádio e na tevê, e escrevia em seu jornal, Tribuna  da Imprensa.

Em 1954, o chefe da guarda do Catete contribuiu indiretamente para a derrocada, ao ordenar a apaniguados seus que matassem o jornalista Lacerda.

O frustrado atentado da Rua Toneleros, do qual Lacerda saiu com um suposto ferimento no pé, levou à criação de um precursor dos Doi-Codis da ditadura militar instaurada dez anos depois: a República do Galeão. Os acusados e implicados, nas mãos de militares da Aeronáutica e dos policiais chefiados por Cecil Borer, foram torturados à vontade. Não houve brutalidade que esquecessem.

Havia uma ligação direta entre a República do Galeão e a imprensa, através principalmente do Diário Carioca. Tão íntima, que seu editor-chefe Pompeu de Souza ficou conhecido como “presidente da República do Galeão”.  A Tribuna da Imprensa já era íntima, pela ligação de Lacerda com militares golpistas.

O suicídio de Getúlio provocou comoção nacional. E, no Rio de Janeiro, imediata reação popular, com ataques a jornais antigetulistas, embaixada dos Estados Unidos, escritórios de empresas americanas. A oposição se desarvorou. Lacerda fugiu para Cuba – a Cuba do ditador sanguinário Fulgêncio Batista. E 1 milhão de pessoas acompanharam o cortejo até o aeroporto, de onde o corpo de Gegê rumaria para o enterro em São Borja, sua terra natal.

É claro que os barões ficaram furibundos com a eleição de JK e torciam contra o marechal Lott, que garantiu sua posse e pôs para correr os políticos udenistas. É claro que torceram pelos oficiais malucos da FAB que tentaram golpeá-lo, sequestrando aviões, primeiro a partir de Jacareacanga, no Pará, em fevereiro de 1956, depois de Aragarças, Goiás, em dezembro de 1959.

O líder da revolta de Jacareacanga, tenente-coronel Haroldo Veloso,  desta vez estava sob o comando de outro oficial  mais facinoroso ainda, o tenente-coronel João Paulo Moreira Burnier, aquele que na ditadura queria explodir o gasômetro no Rio e transformar o Brasil numa Indonésia atolada em sangue.

Dezenas de outros militares e civis estavam nessa nova aventura.  Eles pretendiam bombardear o Palácios Laranjeiras e do Catete,  com três aviões Douglas C-47 e um avião sequestrado da Panair.  A revolta ficou restrita a  Aragarças e  durou 40 horas. Seus líderes fugiram nos aviões para o Paraguai, Bolívia e Argentina, só voltando no governo  Jânio.  E tal como a estupidez, eles insistem sempre.

Os meios de comunicação monopolistas, a Igreja Católica, os militares da direita formados nas academias norte-americanas, as empresas transnacionais e o Departamento de Estado trataram de aprimorar a estratégia para, dez anos depois do suicídio de Getúlio, enfim barrar a revolução brasileira, com a reforma agrária, a reforma urbana, uma nova e menos rapinante Lei de Remessas de Lucro das empresas estrangeiras aqui instaladas – medidas com as quais acenava o presidente reformista João Goulart, afilhado político de Getúlio.

Na segunda década do século 21, há milhões de testemunhas do que foi 1964 vivas por aí. Os maiores de 60 anos se lembram bem.

Injeção de dólares no treinamento policial e militar; compra de intelectuais para redigir artigos e roteiros de filmetes, o patrocínio e financiamento de empresas de comunicação via Ibad, Instituto Brasileiro de Ação Democrática com dinheiro da Texaco, Shell, Esso, Standard Oil, Bayer, Schering, General Eletric, IBM, Coca-Cola, Souza Cruz, Belgo-Mineira, General Motors, a campanha de difamação do presidente João Goulart, o Jango, que incluía até a vida pessoal, com a sugestão de mulher adúltera, o fantasma do “comunismo”, as “marchas da família com Deus pela liberdade, de novo Lacerda no rádio e na televisão, e uma reta final com manchetes arrasadoras, como “Basta!”, “Fora!”, no Correio da Manhã.

Se alguém duvidasse que toda essa imensa curriola estava a soldo e a mando de Washington, a dúvida se dissiparia quando, pouco tempo depois, se soube da Operação Brother Sam, uma frota se deslocando do Caribe para nosso litoral com 100 toneladas de armas, petroleiros, porta-aviões com caças e helicópteros, seis destróieres, encouraçado, navio de transporte de tropas e 25 aviões de transporte de material bélico, para garantir o golpe em caso de reação.

Reação? Milhares de brasileiros de esquerda caíram presos entre a noite de 31 de março e do dia 1 de abril e não se soube de um só caso de quem tenha reagido.

Se Dilma acha que a sanha dessa curriola se satisfaz com Lula está enganada. Primeiro eles têm que minar o galho para chegar à flor.

O REPTO CONSERVADOR E A AGENDA PROGRESSISTA



"...No momento em quem o PT comemora dez anos no poder, o PSDB foi buscar na velha guarda de economistas ligados ao partido, a maioria deles de alguma forma ligados à criação do Plano Real, os nomes para renovar a agenda tucana e dar as bases do discurso econômico da candidatura do senador Aécio Neves (MG) .Há uma constante nos debates: para voltar a crescer de 5% a 6% ao ano, o país precisa, na concepção dos economistas, acadêmicos e na de Aécio, de um Estado menor e de mais parcerias com a iniciativa privada (...).Praticamente toda a equipe econômica do governo FHC (1995-2002) contribui para o projeto a ser usado na campanha de Aécio. (...) Armínio Fraga, Edmar Bacha e Pedro Malan se reuniram com ele ao menos quatro vezes no ano passado, a última durante o almoço no apartamento de Aécio no Rio, no dia 26 de dezembro(...). A alternativa em gestação passa por concessões e privatizações "( Valor,04-01; leia também aqui: 'O governo precisa dar à crise o seu nome'

10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil


Em primeiro de janeiro de 2013, se cumprem 10 anos desde a posse do governo Lula, que teve continuidade na sua reeleição em 2006 e na eleição da Dilma em 2010. Dessa maneira se completa uma década de governos que buscam superar os modelos centrados no mercado, no Estado mínimo nas relações externas prioritariamente voltadas para os Estados Unidos e os países do centro do sistema.

São governos que, para superar a pesada herança econômica, social e política recebida, priorizam, ao contrário, um modelo de desenvolvimento intrinsecamente articulado com políticas sociais redistributivas, colocando a ênfase nos direitos sociais e não nos mecanismos de mercado. Buscam o resgate do Estado como indutor do crescimento econômico e garantia dos direitos sociais de todos. Colocam em prática políticas externas que dirigem seu centro para os processos de integração regional e os intercâmbios Sul-Sul e não para Tratados de Livres Comércio com os EUA.

Os resultados são evidentes. O Brasil, marcado por ser o país mais desigual do continente mais desigual do mundo, vive, pela primeira vez com a intensidade e extensão atuais, profundos processos de combate à pobreza, à miséria e à desigualdade, que já lograram transformar de maneira significativa a estrutura social do país, promovendo formas maciças de ascensão econômica e social, com acesso a direitos fundamentais, de dezenas de milhões de brasileiros.

Dotando o Estado brasileiro de capacidade de ação, estamos podendo reagir aos efeitos recessivos da mais forte crise econômica internacional das ultimas oito décadas, mantendo – mesmo se diminuído – o crescimento da economia e estendendo, mesmo em situações econômicas adversas, as políticas sociais redistributivas.

Por outro lado, políticas externas soberanas projetaram o Brasil como uma das lideranças emergentes em um mundo em crise de hegemonia, com iniciativas coletivas e solidárias, com propostas que apontam para um mundo multipolar, centrado em resoluções políticas pacíficas dos focos de conflitos e em formas de cooperação solidária para o desenvolvimento das regiões mais atrasadas.

No entanto, esses governos recebem uma pesada herança de um passado recente de enormes retrocessos de todo tipo. O Brasil – assim como a América Latina – passou pela crise da dívida, que encerrou o mais longo ciclo de crescimento econômico da nossa história, iniciado nos anos 1930 com a reação à crise de 1929. Sofreu os efeitos da ditadura militar, de mais de duas décadas, que quebrou a capacidade de resistência do movimento popular, preparando as condições para o outro fenômeno regressivo. Os governos neoliberais, de mais de uma década – de Collor a FHC – completaram esse processo regressivo do ponto de vista econômico, social e ideológico.

Assim, Lula não retoma o processo de desenvolvimento econômico e social onde ele havia sido estancado, mas recebe uma herança que inclui não apenas uma profunda e prolongada recessão, mas um Estado desarticulado, uma economia penetrada pelo capital estrangeiro, um mercado interno escancarado para o mercado internacional, uma sociedade fragmentada, com a maior parte dos trabalhadores sem contrato de trabalho. 

O segredo do sucesso do governo Lula, seguido pelo de Dilma, está na ruptura em três aspectos essenciais do modelo neoliberal:

- a prioridade das políticas sociais e não do ajuste fiscal, mantido em funções dessas políticas

- a prioridade dos processos de integração regional e das alianças Sul-Sul e não de Tratado de Livre Comércio com os EUA

- a retomada do papel do Estado como indutor do crescimento econômico e garantia dos direitos sociais, deslocando a centralidade do mercado pregada e praticada pelo neoliberalismo.

Essas características constituem o eixo do modelo posneoliberal – comum a todos os governos progressistas latino-americanos -, que faz do continente um caso particular de única região do mundo que apresenta um conjunto de governos que pretendem superar o neoliberalismo e que desenvolvem projetos de integração regional autônomos em relação aos EUA.

Foi uma década essencial no Brasil, não apenas pelas transformações essenciais que o país sofreu, mas também porque ela reverteu tendências históricas, especialmente à desigualdade, que tinham feito do Brasil o país mais desigual do continente mais desigual do mundo.

A década merece uma reflexão profunda e sistemática, que parta da herança recebida, analise os avanços realizados e projete as perspectivas, os problemas e o futuro do Brasil nesta década. Um livro com textos de 21 dos melhores pensadores da esquerda, que está sendo organizado por mim, deve ser lançado num seminário geral por volta de abril e, a partir desse momento, fazer várias dezenas de lançamentos e debates por todo o ano. 

O projeto pretende promover discussões estratégicas sobre o Brasil, elevando a reflexão sobre os problemas que enfrentamos e projetando o futuro da construção de uma alternativa ao neoliberalismo.
Postado por Emir Sader 

Imprensa tucana inventa apagão para tentar sabotar a economia


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Apesar de ser revoltante a tentativa da Folha de São Paulo e do Estado de São Paulo de convencer o país de que existe a mais tênue possibilidade de ocorrer racionamento de energia como o que ocorreu entre meados de 2001 e começo de 2002, essa nova falsificação de tragédia terá o mesmo destino das outras junto a sociedade. Esta, porém, não é o objetivo.
Após o fracasso do “pibinho”, que não influiu em nada na popularidade e na confiança de que o governo federal e a sua titular desfrutam junto à sociedade, a nova aposta é ainda mais frágil, pois, aí, fundamenta-se, exclusivamente, em invenção, enquanto que o crescimento modesto do país em 2012, ainda que não tenha atingido o cidadão, ao menos existiu.
Esses jornais, de alguns dias para cá, saíram com uma história sem pé nem cabeça, sem qualquer base em nada, de que o governo Dilma pode decretar racionamento de energia elétrica no país igual ao que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso decretou entre o penúltimo e o último ano de seu governo de oito longos e torturantes anos.
Contudo, o que deveria ser dito pelo governo sobre isso, já foi dito. A presidente da República já disse, em alto e bom som, o que nem precisaria dizer: que é “ridículo”. Isso porque, durante o governo Lula, foi investido em geração de energia mais de um terço de tudo o que o país investiu em mais de um século.
A principal razão pela qual o Brasil teve um crescimento econômico durante o governo Lula que foi o dobro do que houve no período em que o país foi governado por FHC se deve justamente ao forte investimento no setor de geração de energia elétrica, com a intensa construção e modernização de hidrelétricas e ampliação de linhas de transmissão.
O Sistema Nacional de geração de energia hidrelétrica, pois, é interligado. Por conta disso, a redução dos níveis dos reservatórios de algumas regiões do país é compensada por níveis normais em outras regiões, de maneira que umas podem suprir a outras.
Inclusive, o país está entrando no período de chuvas, as quais deverão prover reservatórios de várias regiões, diminuindo ainda mais um risco de falta de capacidade de geração que, se já era diminuto, tornar-se-á desprezível.
A impossibilidade de ser necessário fazer racionamento é tamanha que o governo até vai reduzir o preço das contas de luz, o que por certo estimulará o consumo. Assim, só quem acredita que o Brasil é governado por uma psicopata pode acreditar que ela estimularia o consumo de energia elétrica sabendo que há risco de essa energia vir a faltar.
É óbvio que as imprensas partidarizadas de São Paulo e do Rio de Janeiro sabem que para um racionamento de energia elétrica produzir prejuízos políticos não basta dizer que tal racionamento ocorrerá. Com efeito, é preciso que ocorra.
Não é à toa que os brasileiros rejeitam com tanto ardor o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seu partido. Só quem viveu no Brasil entre 2001 e 2002 sabe como a sociedade sofreu com forte aumento nas contas de luz e com multas e até corte de energia de quem ultrapassava a cota do racionamento.
Foi difícil viver neste país durante o racionamento de energia tucano. As pessoas tinham que tomar menos banhos, lavar menos roupa e, no verão de 2001/2002, tinham que se eximir de usarem ar-condicionado e ventiladores, entre tudo de que tiveram que abrir mão por conta da incompetência do governo do PSDB. Isso sem falar na atividade econômica, que despencou.
Ora, mas se o mero alarmismo sobre racionamento não convencerá a sociedade de que o governo de Dilma e do PT é tão incompetente quanto o de FHC e do PSDB, por que a mídia tucana insiste nessa história de “apagão” e “racionamento”?
Explico: o que a Folha de São Paulo e o Estadão vêm fazendo nem é apenas politicagem, mas verdadeira tentativa de sabotar a economia, de afastar investimentos assustando investidores, que, como se sabe, não se pautam estritamente pelo bom senso, sendo dados a crer em fantasmas ao colocarem um centavo em qualquer coisa.
Você que não tem relações com grupos políticos, que trabalha para viver, que não é pago pelo PSDB ou por essa “imprensa” para fazer politicagem na internet, saiba que o objetivo dessa gente é fazer a economia do país ir mal para que os tucanos retomem o poder. Assim, você pode não gostar do PT, mas é capaz de sabotar a própria vida para ajudar o PSDB?