Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O REPTO CONSERVADOR E A AGENDA PROGRESSISTA



"...No momento em quem o PT comemora dez anos no poder, o PSDB foi buscar na velha guarda de economistas ligados ao partido, a maioria deles de alguma forma ligados à criação do Plano Real, os nomes para renovar a agenda tucana e dar as bases do discurso econômico da candidatura do senador Aécio Neves (MG) .Há uma constante nos debates: para voltar a crescer de 5% a 6% ao ano, o país precisa, na concepção dos economistas, acadêmicos e na de Aécio, de um Estado menor e de mais parcerias com a iniciativa privada (...).Praticamente toda a equipe econômica do governo FHC (1995-2002) contribui para o projeto a ser usado na campanha de Aécio. (...) Armínio Fraga, Edmar Bacha e Pedro Malan se reuniram com ele ao menos quatro vezes no ano passado, a última durante o almoço no apartamento de Aécio no Rio, no dia 26 de dezembro(...). A alternativa em gestação passa por concessões e privatizações "( Valor,04-01; leia também aqui: 'O governo precisa dar à crise o seu nome'

10 anos de governos pós-neoliberais no Brasil


Em primeiro de janeiro de 2013, se cumprem 10 anos desde a posse do governo Lula, que teve continuidade na sua reeleição em 2006 e na eleição da Dilma em 2010. Dessa maneira se completa uma década de governos que buscam superar os modelos centrados no mercado, no Estado mínimo nas relações externas prioritariamente voltadas para os Estados Unidos e os países do centro do sistema.

São governos que, para superar a pesada herança econômica, social e política recebida, priorizam, ao contrário, um modelo de desenvolvimento intrinsecamente articulado com políticas sociais redistributivas, colocando a ênfase nos direitos sociais e não nos mecanismos de mercado. Buscam o resgate do Estado como indutor do crescimento econômico e garantia dos direitos sociais de todos. Colocam em prática políticas externas que dirigem seu centro para os processos de integração regional e os intercâmbios Sul-Sul e não para Tratados de Livres Comércio com os EUA.

Os resultados são evidentes. O Brasil, marcado por ser o país mais desigual do continente mais desigual do mundo, vive, pela primeira vez com a intensidade e extensão atuais, profundos processos de combate à pobreza, à miséria e à desigualdade, que já lograram transformar de maneira significativa a estrutura social do país, promovendo formas maciças de ascensão econômica e social, com acesso a direitos fundamentais, de dezenas de milhões de brasileiros.

Dotando o Estado brasileiro de capacidade de ação, estamos podendo reagir aos efeitos recessivos da mais forte crise econômica internacional das ultimas oito décadas, mantendo – mesmo se diminuído – o crescimento da economia e estendendo, mesmo em situações econômicas adversas, as políticas sociais redistributivas.

Por outro lado, políticas externas soberanas projetaram o Brasil como uma das lideranças emergentes em um mundo em crise de hegemonia, com iniciativas coletivas e solidárias, com propostas que apontam para um mundo multipolar, centrado em resoluções políticas pacíficas dos focos de conflitos e em formas de cooperação solidária para o desenvolvimento das regiões mais atrasadas.

No entanto, esses governos recebem uma pesada herança de um passado recente de enormes retrocessos de todo tipo. O Brasil – assim como a América Latina – passou pela crise da dívida, que encerrou o mais longo ciclo de crescimento econômico da nossa história, iniciado nos anos 1930 com a reação à crise de 1929. Sofreu os efeitos da ditadura militar, de mais de duas décadas, que quebrou a capacidade de resistência do movimento popular, preparando as condições para o outro fenômeno regressivo. Os governos neoliberais, de mais de uma década – de Collor a FHC – completaram esse processo regressivo do ponto de vista econômico, social e ideológico.

Assim, Lula não retoma o processo de desenvolvimento econômico e social onde ele havia sido estancado, mas recebe uma herança que inclui não apenas uma profunda e prolongada recessão, mas um Estado desarticulado, uma economia penetrada pelo capital estrangeiro, um mercado interno escancarado para o mercado internacional, uma sociedade fragmentada, com a maior parte dos trabalhadores sem contrato de trabalho. 

O segredo do sucesso do governo Lula, seguido pelo de Dilma, está na ruptura em três aspectos essenciais do modelo neoliberal:

- a prioridade das políticas sociais e não do ajuste fiscal, mantido em funções dessas políticas

- a prioridade dos processos de integração regional e das alianças Sul-Sul e não de Tratado de Livre Comércio com os EUA

- a retomada do papel do Estado como indutor do crescimento econômico e garantia dos direitos sociais, deslocando a centralidade do mercado pregada e praticada pelo neoliberalismo.

Essas características constituem o eixo do modelo posneoliberal – comum a todos os governos progressistas latino-americanos -, que faz do continente um caso particular de única região do mundo que apresenta um conjunto de governos que pretendem superar o neoliberalismo e que desenvolvem projetos de integração regional autônomos em relação aos EUA.

Foi uma década essencial no Brasil, não apenas pelas transformações essenciais que o país sofreu, mas também porque ela reverteu tendências históricas, especialmente à desigualdade, que tinham feito do Brasil o país mais desigual do continente mais desigual do mundo.

A década merece uma reflexão profunda e sistemática, que parta da herança recebida, analise os avanços realizados e projete as perspectivas, os problemas e o futuro do Brasil nesta década. Um livro com textos de 21 dos melhores pensadores da esquerda, que está sendo organizado por mim, deve ser lançado num seminário geral por volta de abril e, a partir desse momento, fazer várias dezenas de lançamentos e debates por todo o ano. 

O projeto pretende promover discussões estratégicas sobre o Brasil, elevando a reflexão sobre os problemas que enfrentamos e projetando o futuro da construção de uma alternativa ao neoliberalismo.
Postado por Emir Sader 

domingo, 30 de dezembro de 2012

Jungmann de PE, Aleluia da Bahia, Zylbertajn (ex-genro de FHC) todos aparelhados na Light por Aécio







Aécio provoca Apagão na Light, aparelhando com políticos demotucanos do racionamento
http://www.light.com.br/web/institucional/empresa/conselho/teconselho.asp?mid=8687942772267230
Aécio arrumou uma boquinha na Light para políticos demotucanos que moram na Bahia e em Pernambuco, mesmo a empresa sendo no Rio. O ex-genro de FHC, David Zylbersztajn (PSDB-RJ), que está em todas, também está lá.

Aécio Neves (PSDB-MG), quando era governador, usou a CEMIG para comprar o controle da Light (distribuidora de eletricidade no Rio).
Aparelhou a empresa com políticos compadres do DEM, PSDB e PPS. Resultado: Privataria Tucana e APAGÃO!
Está explicado Aécio ser contra a CEMIG baixar a conta de luz.
Os demotucanos são uma mãe para banqueiros e investidores. Primeiro privatizaram a Light na bacia das almas, dizendo que a iniciativa privada iria investir na empresa. Depois do apagão do racionamento de 2001, depois de subir tarifas, depois que tiraram o lucro sem investir, Aécio Neves (PSDB-MG), quando era governador, comprou de volta o controle da empresa sucateada, ao preço que o Grupo Andrade Gutierrez quis vender.
Mas os problemas não acabaram. A empresa continua sucateada, a terceira pior entre 33 do Brasil no ranking da ANEEL. Bueiros explodiram nas ruas. Vive faltando luz em diversos bairros do Rio e, agora, até nos Aeroportos. É nisso que dá o choque de gestão demotucano.
No Amigos do Presidente Lula
Nota do ContextoLivre
O candidato derrotado Raul Jungmann, PPS do Recife é um gênio. Mesmo sem mandato o ex-parlamentar consegue receber jeton de pelo menos três estatais. Deve ser um 'técnico' muito polivalente para tratar de áreas tão díspares em função imprescindível:
  • Conselho de Administração da PRODAM, São Paulo;
  • Conselho de Administração da CET, São Paulo;
  • Conselho de Administração da Light, Rio de Janeiro.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O MUGIDO DA CLASSE MÉRDIA , OU, A BOÇALIDADE DA PSEUDO-ELITES.



ANCELMO: "SE ALGUÉM VOTAR NO LULA OU NA DILMA É FDP"


:
Colunista do Globo, Ancelmo Gois relata suposto protesto de eleitor no Rio de Janeiro, diante da situação dos aeroportos; eleitores de Lula ou Dilma seriam mentecaptos; é uma frase que reflete a opinião geral dos eleitores ou da família Marinho e, por extensão dos editores do Globo?
247 - O título da nota que abre a coluna de Ancelmo Gois, no Globo desta sexta-feira, é emblemático: "Desembarque". Depois do "tiro ao Lula", o esporte principal dos editores do jornal, a partir de agora, passará a ser o "tiro à Dilma". Mesmo que, para isso, seja o caso de ofender seus eleitores, que, eventualmente, podem ser também leitores do Globo. Ancelmo relata um suposto protesto feito por um passageiro ao embarcar no Galeão rumo a Nova York. "Se alguém aqui votar no Lula ou na Dilma é um filho da puta!". Segundo Ancelmo, teria sido aplaudido.
Como se sabe, os brasileiros nunca viajaram tanto para o exterior. Só neste ano, os gastos fora do País já somam mais de US$ 20 bilhões – o que reflete o aumento do poder de compra da população brasileira em relação ao resto do mundo. Segundo o último Datafolha, Dilma tem intenções de voto para 2014 que oscilam entre 53% e 57% – donde se conclui que a maioria da população brasileira é formada por … deixa pra lá.  
Abaixo, as notas de Ancelmo Gois, que talvez reflitam a posição da família Marinho e, por consequência, dos editores do Globo:
Desembarque
No governo, a batata da diretoria da incompetente Infraero está assando a temperaturas maiores que o calor qu tem feito no Santos Dumont com ar-condicionado quebrado.
Calma, gente...
Aliás, no apagão do Galeão-Tom Jobim, quarta, um passageiro do voo 974 (Rio-Nova York), da American Airlines, gritou enfurecido:
— Se alguém aqui votar no Lula ou na Dilma é um filho da puta! Foi aplaudido.


Miriam diz que Dilma foi abduzida da realidade


: Para a colunista do Globo, a presidente vive numa redoma e não enxerga os apagões constantes, os investimentos insuficientes e a carga tributária recorde; segundo ela, é hora de admitir a crise no setor elétrico
247 - A cada dia, reforça-se a artilharia contra a política econômica da presidente Dilma Rousseff. Se o mensalão ou as denúncias de corrupção não a atingem, resta tentar feri-la no campo econômico. E esta parece ser a estratégia de desgaste até 2014. Nesta sexta, quem publica mais um duro artigo é a jornalista Miriam Leitão, do Globo. Segundo ela, Dilma vive numa redoma e foi abduzida da realidade, sendo incapaz de enxergar diversos problemas, como a crise no setor energético. Leia abaixo:
Para a presidente Dilma, o governo está diminuindo a carga tributária, aumentando investimentos, melhorando a educação. Segundo ela, esses três pontos marcam seu governo. Acredita que não há crise de energia. O Planalto tem essa capacidade de abduzir o governante da realidade. Os apagões são constantes, os investimentos, insuficientes, a carga tributária é recorde.
"Ninguém faz infraestrutura em um ano. É uma simplificação que nós não podemos nos permitir. A infraestrutura é feita ao longo dos anos. Paramos 20 anos. Agora tem que virar uma obsessão do país investir em infraestrutura", disse a presidente, no café da manhã com os jornalistas. O PT governa o país há 10 anos. O primeiro Plano de Aceleração do Crescimento é de 2007. A bordo da marca de fantasia, ela fez sua imagem de gerente e chegou à Presidência. Em 2010, o segundo PAC foi anunciado em cima de um palanque. Só sob o seu comando são seis anos e até agora não há resultado. Nos últimos cinco trimestres o investimento do país caiu e quando saírem os dados do quarto trimestre devem também ficar negativos.
A presidente disse que quando os juros caem a carga tributária pode cair, e garante que é isso que está acontecendo. Ela tem razão no ponto: os juros caíram e os impostos poderiam ter caído porque a conta de juros fica menor. No entanto, a carga tributária subiu no primeiro ano do governo Dilma para 35,31% do PIB, segundo a Receita, e para 36% de acordo com Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Em 2012 deve ficar um pouco menor (35,77%, pelo IBPT), mesmo assim, será o segundo maior número da série histórica, perdendo apenas para 2011. O governo tem reduzido impostos setorialmente. A mudança animadora é a da cobrança da contribuição previdenciária patronal. O dado agregado, no entanto, mostra que, na média, nos dois anos do governo Dilma a carga tributária foi de 35,89%; no governo Lula foi 34,03%; no de FHC, 28,63%. Em todos esses governos houve aumento da carga tributária em relação ao período anterior. É uma tentação a que todos os governantes cedem.
A presidente deu um bom conselho aos jornalistas: "Quando falarem para vocês que caiu um raio, vocês gargalhem. Raio cai todo dia neste país, a toda hora. Raio não pode desligar um sistema. Se desligou, é falha humana. Não é sério dizer que a culpa é do raio. A nossa briga com o raio é para impedir que, quando ele caia, o sistema pare."
Isso permitirá aos meus colegas boas gargalhadas. O ministro Edson Lobão disse, em 2009, quando Dilma era chefe da Casa Civil, que um apagão que atingiu 18 estados havia sido causado por raios e invocou testemunhas: "O Operador Nacional do Sistema, Furnas, a Aneel e demais órgãos ligados ao Ministério das Minas e Energia, todos juntos, chegaram à conclusão de que o que aconteceu foi que descargas atmosféricas, ventos e chuvas na região de Itaberá causaram o apagão."
No último dia 17, o secretário de energia elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grudner, disse que raios na região de Itumbiara, na divisa entre Minas e Goiás, podem ter sido a causa de um apagão que atingiu 12 estados no dia 15. Mas avisou que isso ainda está em "análise". Ou seja, em breve se saberá se poderemos gargalhar ou não.
De Bauru, Itaberá a Itumbiara, qualquer que seja o governo, são sempre os raios os culpados. E como diz a presidente, o que se tem que fazer é evitar que um raio apague um sistema. Mas isso a presidente Dilma ainda não conseguiu, apesar de a área energética estar sob seu comando há 10 anos.
A presidente garante que o país não vive uma crise de energia. Tomara fosse verdade. O calor está insuportável, a demanda aumentou e o nível dos reservatórios caiu. E isso tem provocado seguidas e irritantes interrupções no fornecimento de energia. O país tem contradições, como parques eólicos enfeitando a paisagem sem estarem ligados ao sistema por não terem sido feitas as linhas de transmissão a tempo. Sim, há uma crise. Não é do tamanho da que houve no governo Fernando Henrique, mas em parte porque o sistema de prevenção com as caras e sujas termelétricas, criado naquele período, está sendo utilizado. É preferível admitir a crise e enfrentá-la.