Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Termina a greve de fome de Pedro Rios Leão

“Depois da manifestação de hoje, e no decorrer da tarde, eu fui perdendo definitivamente a voz, e quase desmaiei umas duas vezes. Fiz uma greve de fome de 11 dias. Talvez seja um protesto ridículo, mas foi o que eu soube fazer. Amanhã eu tenho um compromisso inadiável, no qual eu preciso falar, e para o qual eu tenho me mobilizado durante os últimos dias. Com isso a greve de fome perde o sentido. Com medo de perder esse momento, comi meu primeiro pedaço de melancia agora. 11 dias sem sentir gosto nenhum, 12 quilos a menos no meu corpo. Espero que sirva para alguma coisa. Não peço desculpas pelo transtorno. Isso foi só uma tentativa.” 

CONCESSÕES

ESTUDANTE ESPANCADO POR DEFENDER MORADOR DE RUA DEIXA HOSPITAL

A manipulação dos dados de crimes em Minas

Azenha, por favor não publique meu nome.  Sou Perito Criminal em Minas e a situação descrita pelo Hoje em Dia é a mais pura verdade. Envio o link para sua apreciação e divulgação no seu excelente sítio.
PMs acusam comando de manipular dados de crimes
Policiais redigem boletins como se ocorrências fossem menos agressivas para “melhorar” desempenho do Estado
Juliana Correa – Do Hoje em Dia – 6/02/2012 – 07:2
O combate à criminalidade em Minas tira o sono de policiais militares de todo o Estado. Profissionais garantem que, para cumprir a meta estipulada anualmente pela Secretaria de Defesa Social (Seds), são obrigados por superiores a manipular boletins de ocorrência (B.O.) para reduzir as estatísticas de crimes violentos. Os “bons” resultados apresentados à sociedade rendem uma recompensa financeira aos policiais militares, conhecida como Abono Produtividade, recebida de acordo com o desempenho a cada ano de serviço.
As denúncias alertam para um falso avanço no combate à violência no Estado. Para “melhorar” os indicadores, alguns PMs redigem as ocorrências como se os crimes fossem menos agressivos. A estratégia “transforma” homicídio em encontro de cadáver e tentativa de assassinato em lesão corporal. A lesão corporal é classificada como agressão, que, por sua vez, vira atrito verbal. Já o roubo é lavrado como um simples furto.
Em Contagem, por exemplo, os registros de encontro de cadáver passaram de 27, em 2010, para 42 em 2011, um aumento de 55%. A situação se repete em Santa Luzia, também na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde as ocorrências dobraram no mesmo intervalo, subindo de 12 para 24.
“A ordem dos comandantes é a de que os índices de criminalidade estejam dentro das expectativas do Governo”, diz um militar que trabalha em Belo Horizonte e pediu anonimato. “A verdade é que não temos como diminuir a violência com a realidade atual do Estado. A população aumentou e o efetivo policial continua o mesmo. Jamais conseguiremos bater as metas nessas condições”.
Um boletim de ocorrência redigido em dezembro de 2011 mostra a insatisfação de policiais que são obrigados a “burlar” o B.O.. No registro feito por militares do 34° Batalhão da PM, a vítima relata que estava na porta da casa de um amigo quando foi alvo de tiros efetuados por quatro homens em um veículo.
Por ordens de superiores, a ocorrência foi registrada como disparo de arma de fogo. Inconformado com a identificação do B.O., o policial responsável pelo boletim relatou que no local foram encontradas cápsulas de duas armas, contradizendo a versão de um simples tiro.
O histórico da ocorrência informa que o registro foi feito “seguindo orientações do senhor ten. cel. Fagundes, comandante do 34° Batalhão, segundo informações do ten. Rafael, comandante do patrulhamento no 34° Batalhão neste turno”. Para mostrar que a denominação não estava de acordo com as regras da corporação, o policial acrescentou: “Cumprindo determinação do CICOP (Centro Integrado de Comunicações Operacionais), fica relatado este B.O. com a natureza de homicídio tentado contra a vítima”.
O PM também fez constar no documento a determinação de superiores para que o episódio fosse anotado como um simples disparo de arma de fogo. Procurado pelo Hoje em Dia, o comandante do 34° Batalhão, tenente-coronel Idzel Fagundes, afirmou que só comentaria o fato após analisar o boletim.

Amélia Naomi: Prefeitura de São José dos Campos expulsa ex-moradores do Pinheirinho de abrigo

de Amélia Naomi, enviado por e-mail
A pressa da Prefeitura de São José dos Campos em esvaziar os abrigos, onde estão os ex-moradores do Pinheirinho, foi responsável por mais uma atitude desumana e injustificável.
Ontem, quarta-feira, dia 8, depois de passarem o dia inteiro envoltos em inúmeros boatos, de que havia liminar obrigando sua saída do abrigo no CAIC Dom Pedro II, de que a Tropa de Choque viria retirá-los a força.
As cerca de 150 pessoas foram surpreendidas pelas assistentes sociais e funcionários que afirmaram que deveriam sair à noite, pois a escola teria que ser esvaziada.
O terror teve início por volta das 21h e só terminou às 2h. Nesse período, os abrigados eram colocados em micro-ônibus e carros da Secretaria de Educação e levados para outros abrigos.
O primeiro micro-ônibus saiu às 21h42, com 15 pessoas e diversos sacos pretos doados pela prefeitura para que os mesmos colocassem os seus pertences. Até animais foram levados. O grupo foi levado para o abrigo do Ginásio Ubiratan Maciel, conhecido como “latão”.
RESISTÊNCIA
Indignados com a expulsão realizada ao calar da noite, sem visibilidade da imprensa e apoiadores, muitos moradores prometiam resistir até hoje de manhã. No entanto, a pressão de funcionários e assistentes sociais da prefeitura fez com que todos deixassem o local ainda de madrugada.
DESUMANIDADE
Mesmo fragilizados pela desocupação truculenta de suas casas no Pinheirinho. A falta de sensibilidade social mais uma vez foi latente. Sem lugar para todos os abrigados do CAIC, a Prefeitura, decidiu pela transferência deles para o abrigo do Vale do Sol, onde chegaram às 23h40, segundo relatou um dos abrigados, Sr. Osias, que foi levado com sua família chegaram ao Vale do Sol.
A operação se seguiu até às 1h de hoje, quando chegaram ao Vale do Sol, encontraram o local fechado e retornaram com as famílias inteiras com crianças para o CAIC. Segundo moradores, retornariam ao Vale do Sol às 6h.
Logo ao amanhecer, a operação de retirada das famílias do CAIC foi retomada e as famílias voltaram a ser retiradas e levadas para o Vale do Sol. Segundo informações, a retirada ainda continua nesta manhã.
Mais uma vez, São José dos Campos protagoniza  a violação da dignidade da Pessoa Humana.
Amélia Naomi é vereadora do PT, em São José dos Campos
Leia também:
PT diz que PSDB dificulta investigação do caso Pinheirinho
Movimento “Somos Todos Pinheirinho”
Suplicy: Ex-moradores do Pinheirinho denunciam violência sexual praticada por PMs
Defensoria Pública de São Paulo desmonta toda a história oficial sobre o Pinheirinho
23 ex-moradores do Pinheirinho farão exame de corpo de delito; há mais feridos
“Parecendo um porco para abater amanhã”


Privataria: Tijolaço desmonta FHC


Saiu no Tijolaço, do destemido Fernando Brito:

Não é ideologia. É visão de país e moralidade pública


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz hoje que privatização não é uma questão ideológica.


Questão ideológica é a propriedade dos meios de produção.  É a discussão, que não está posta neste Governo, entre socialismo e capitalismo.


Totalmente diferente é o patrimônio público e o controle dos serviços públicos essenciais.


Separemos as coisas.


Entregar patrimônio público para grupos privados em condições ruinosas não é ideologia, é dilapidação.


Se as condições não são ruinosas, a questão passa a ser outra, a da importância daquele patrimônio para aqueles em nome dos quais você o administra e se a sua função é pequena ou suprível de outras formas.


A Vale, por exemplo, foi privatizada em condições ruinosas e tinha uma importância estratégica para o país – pelo fato de deter as maiores jazidas de ferro do planeta – insubstituível.


Tivemos N+1 governos de direita e nenhum deles  tentou vender a Vale, exceto do de FHC.


Dizer, como fez FHC, que o que foi feito aos aeroportos ontem segue o mesmo modelo do que fez ele à Vale é uma mistificação absurda, que não se sustenta diante de um sopro.


É o mesmo que dizer que alugar um apartamento é o mesmo que vendê-lo.


Pior, porque no imóvel há um cofre contendo uma fortuna incalculável, que vai junto.


A Vale foi vendida, os aeroportos tiveram a administração concedida.


Na concessão, não há entrega de patrimônio, que retorna ao Estado, com todas as benfeitorias.


A questões, aí, são de outra ordem: se o serviço é essencial – e neste caso se permanece controlável pelo concedente -  se a concessão atende ao interesse da população, a quem são entregues,  e se é pago ao poder público por ela uma justa remuneração.


Nas concessões da telefonia, por exemplo, o princípio da essencialidade deveria fazer com que o Estado mantivesse o podere os instrumentos para controlá-la, e ele abriu mão disso. As concessionárias são donas do negócio, que virou uma caixa-preta  diante da qual a Anatel faz papel de pateta.


O Estado não tem capacidade sequer para fixar tarifas. Ou alguém é capaz de dizer quanto custa um minuto de ligação telefônica?


Que dirá a de dirigir os investimentos na direção do que seja necessário para a população, como estamos vendo no processo de universalização da banda larga, que se arrasta a passos de cágado manco.


O processo de concessão das teles não apenas foi “preparado” com um brutal aumento das tarifas telefônicas como a outorga foi financiada com dinheiro do próprio Estado – caso da Telemar, hoje Oi – e dada ao controle de  multinacionais.


Nem é preciso entrar nos meandros da corrupção e favorecimentos que aconteceram ali e que estão parcialmente descritos no A privataria tucana. de Amaury Ribeiro Júnior.


Pode-se ser favorável ou contrário à  uma gestão mista
– 51% privada e 49% da Infraero -  de três grandes aeroportos do País. Mas não se pode apelar.


A primeira apelação é dizer que fora prometido manter exclusivamente estatais os aeroportos, como já ficou claro que não, nas palavras da própria então candidata Dilma Rousseff.


A segunda é comparar, por mais que se possa criticar, esta concessão às privatizações da era FHC.


E a terceira, e mais grave, é apelar para isso com o fim de se defender das evidências de que houve, além do crime de lesa-pátria, favorecimentos e maracutaias naqueles processos.


O problema de Fernando Henrique Cardoso não é ter privatizado por ser de direita. É ter privatizado por ser um vendilhão da pátria.



Não deixe de ouvir a entrevista que o ansioso blogueiro deu à TVT.

A greve de fome que a TV não mostra

Por Ronald Sanson Stresser Junior, no Observatório da Imprensa:

Se o cineasta Pedro Rios Leão – hoje ativista –, em greve de fome de fronte à maior central de jornalismo da maior emissora de TV do Brasil, fosse cubano, chinês ou monge tibetano estaria na capa dos jornais de maior circulação do país. Quem sabe se não fosse um brasileiro, em greve de fome por injustiça social e violação de direitos humanos, ele seria chamado de mártir pela “grande mídia”. Seria matéria de destaque nos principais telejornais e provocaria lágrimas de solidariedade nos leitores de teleprompter. Talvez seu ato virasse até poesia na boca de apresentador de reality show e tema de documentários jornalísticos.



Mas não: em se tratando da transparência na mídia brasileira, é muito circo. Falam em futebol direto, no jornal local, depois no noticiário esportivo e ainda mais na edição nacional. Entre uma partida e outra é samba, carnaval, festa e denúncias vazias, para cativo ver. O cidadão incauto e que não busca informação por conta própria fica lá, cativo, no sofá, olhando sombras na parede e achando que aquilo é o mundo real.

Para contrabalançar a amostragem de polêmicas em outros países – eles adoram mostrar como a grama do vizinho é mais verde e ficar fuxicando sobre a vida dele – nos empurram notícias internacionais que pouco ou nada nos interessam. Por exemplo, você se interessa por Mitt Romney? Enquanto isso, o abuso de poder, de autoridade e a corrupção crescem a galope em nosso país, tanto dentro das esferas do poder público – formado por funcionários pagos com o dinheiro do povo – quanto nas grandes corporações – que dependem da economia popular para prosperar.

O ópio midiático

A inversão de valores está fora de controle. Ou nós, do povo, fazemos alguma coisa e nos fazemos ser ouvidos, ou não haverá um futuro para o futuro da raça humana. A gente pode até não viver mais que 80 anos, vai embora, morre, mas nossos filhos, netos, bisnetos vão precisar de um planeta habitável para viver.

Pedro Rios está em greve de fome por ficar indignado com o que foi feito em Pinheirinho que, realmente, para ele e muitos mais brasileiros e brasileiras indignados, foi a gota d’água. É como disse o próprio, a uma mulher que o inquiriu sobre o efeito que ele esperava, dizendo que o sacrifício que ele está fazendo é inócuo no macro-social: “Você sabe uma represa, uma barragem ou um dique? Começa a pingar uma gota, vira um fio d’água, aparecem as rachaduras e sem ninguém esperar se rompe e ninguém segura a inundação.”

O ativista escolheu este local para sua manifestação não declarando guerra a uma emissora específica, e sim, em nome da transparência em toda produção jornalística de todas elas. Pedro escolheu a central de jornalismo da maior emissora do país porque foi uma afiliada desta mesma emissora que deixou de mostrar fatos, através reportagens pífias, seja por interesse obscuro – como pensa Pedro – ou mesmo, quem sabe, por falta de interesse ou incompetência.

Pedro Rios escolheu fazer seu protesto, pacífico, de fronte à emissora que representa a mídia de massa brasileira. O que esta gigante faz geralmente cai na graça dos telespectadores e acaba sempre sendo imitado, copiado pelas outras. A audiência é mantida cativa porque acredita que aquelas sombras, projetadas na parede de sua caverna, é espelhamento do mundo real. Parte dos cativos chega ao ponto, absurdo, de confundir personagens de ficção com a realidade. Dopados pelo ópio midiático, perseguem personagens de novela nas ruas confundindo-os com os seres fictícios da teledramaturgia.

Confusão de interesses

Outro fator que faz notícias vindas do estrangeiro serem mais isentas, com matérias mais bem contextualizadas e esclarecedoras, creio ser o fato de que a equipe do jornalismo internacional, das principais emissoras de TV aberta do país, é muito superior à nacional. O problema começa nas regiões mais longínquas, nas cidades pequenas, nas afiliadas que retransmitem o sinal das grandes. Estas retransmissoras também são geradoras de conteúdo que, em sua quase totalidade, se trata de conteúdo jornalístico e já começam errando quando faturam bem e pagam péssimos salários aos seus profissionais. Ou você acha que um jornalista de São José dos Campos ganha o mesmo que um do Rio de Janeiro ou de São Paulo? Não bastasse a questão logística e de recursos humanos, as afiliadas das grandes produtoras de conteúdo e geradoras de sinal estão muitas vezes sob o comando de grupos com interesses políticos, quando não nas mãos dos próprios políticos.

Enquanto isso, os responsáveis pelo jornalismo internacional têm profissionais do mais alto gabarito, bem preparados e remunerados, sob um comando muito mais isento e autônomo, apresentando assim, ao grande público, um conteúdo jornalístico de qualidade infinitamente superior. Em termos comerciais, o jornalismo bem feito se vende por si só, não há a necessidade do constante e replicante apelo emocional que acaba infantilizando o telespectador em busca de maior produtividade e retorno financeiro. O jornalismo local parece subestimar o perfil do telespectador mais antenado, conectado.

Enquanto os telejornais locais competem entre si, o jornalismo internacional não encontra concorrência. Todas as emissoras mantém uma mesma linha de atuação no exterior, pois estando em solo estrangeiro encontram a competitividade de gigantes como CNN, BBC, AFP, Telesur, Al Jazira... Há um desequilíbrio. Percebe-se, sem muito esforço, que o telejornalismo nacional, produzido e divulgado em nosso país, ainda faz muita confusão de interesses. Mostra o que eles (editores) acham que é de interesse do público, pensando demasiadamente na parte comercial e de relações com o poder público, pecando e deixando em segundo plano o que é de interesse público.

Interesse do público e interesse público

O conteúdo produzido com base no que se pensa ser de interesse do público é aquele conteúdo empurrado aos telespectadores, usando como referência o que os editores acham que o público gostaria de ver, como, por exemplo, esportes violentos, crimes banais, sexo, crenças tolas e modismos. Este tipo de jornalismo, se é que se pode chamar isso de jornalismo, parece ter como escopo apenas audiência e lucro, naquela velha, perversa e insustentável crença de que existe acumulação eterna. Já o conteúdo produzido com foco no interesse público é aquele que mostra a verdade nua e crua, doa a quem doer. O conteúdo de interesse público, por vezes, pode até abranger fatos que – ao contrário do que ainda teimam em ensinar nos cursos superiores de comunicação, baseados em modelos de gestão ultrapassados – o público supostamente não teria interesse em saber e que poderiam prejudicar a veiculação comercial que faz a TV aberta ser um negócio rentável.

Não sou daqueles radicais que acha que por ser a TV aberta uma concessão pública, eles não têm direito a lucrar com o negócio. Sim, eles têm o direito de lucrar, mas para tudo há limite. Não vejo vantagem alguma em se deixar a audiência na obscuridade do ignorantismo. Parece-me crueldade a exploração comercial dos sentimentos do telespectador. Se venda é emoção e se usam a emoção para vender, isto deveria ser considerado crime de estelionato sentimental.

Vão dizer: “E o cara que está lá em greve de fome, não está apelando para os sentimentos da população?” Sim, realmente está, mas ele não está vendendo nada, não espera retorno financeiro com seu ato, e sim, espera que seja feita justiça. E se disserem: “Ah, mas o cara é louco de fazer isso!” Pode até ser, mas aí um louco está lá fazendo o que os que se dizem sãos não fazem, e por todos nós. Aí é minha vez de perguntar: por que uma pessoa que está em greve de fome há três dias, protestando e fazendo graves denúncias à violação de direitos humanos na desocupação de Pinheirinho, é solenemente ignorada pela “grande mídia”?

Será que o jornalismo brasileiro está virando uma boutique, será que morreu? Alguém viu ou ouviu falar? Cadê aquele jornalismo do tempo anterior à ditadura militar, cadê aquele jornalismo do tempo anterior à ditadura Vargas? Não seria hora de remodelar este jornalismo nascido na queda da Bastilha e adaptá-lo à Era da Informação e do Conhecimento? Jornalismo é notícia pura, é a vida em movimento, é tudo que faltou na cobertura de Pinheirinho e falta na cobertura da greve de fome de Pedro Rios Leão, mas não falta nas coberturas internacionais. Em minha ótica, não há jornalismo de verdade que sobreviva quando se perde a noção de equilíbrio, entre o que é interesse do público e o que é de interesse público.

Aeroportos: agora, embate Guido-FHC; 28% do juro cobririam leilão

VIOLÊNCIA: A BAHIA É AQUI

De certa forma, a palavra violência substitui hoje o espaço que um dia foi ocupado pela fome como a ligadura dos desafios condensados na grande questão política brasileira: a realização plena da cidadania na vida das grandes massas da população. Como a fome, a violência é uma palavra incômoda. Muitos prefeririam não anexá-la à agenda do país, menos ainda reconhecê-la como estuário das pendências e desafios dessa década. Policiais inaceitavelmente armados reivindicando direitos - justos, diga-se - são parte desse mosaico desordenado e urgente, que inclui a colheita macabra de mais de 100 cadáveres em cinco dias de recuo parcial do policiamento nas ruas de Salvador. (LEIA MAIS AQUI)

 

Novo round na briga entre PT e PSDB por causa de leilão de aeroportos. Ex-presidente Fernando Henrique divulga vídeo pró-privatização. Guido Mantega (Fazenda) reage: há 'diferença fundamental' com FHC, pois dinheiro vai para investimentos, não para dívida. Concessão mobiliza R$ 40 bi em 30 anos, 28% do que governo pagará de juro da dívida em 2012.

Brasília - Com o governo na defensiva depois do leilão de transferência de aeroportos a empresas, procedimento que levou aliados históricos do PT, como a CUT, a protestar e falar em volta à era tucana, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, saiu em defesa do que foi feito. Egresso do governo Lula e uma das autoridades mais antigas em Brasília, Mantega disse que há diferenças em relação ao que aconteceu com FHC, que divulgou vídeo na interrnet para defender “privatizações”.

Segundo Mantega, há uma distinção“fundamental”. Os R$ 24 bilhões arrecadados no repasse de 51% de três aeroportos ao setor privado não serão usados para pagar a trilionária da dívida pública. Vão viabilizar investimentos nos demais aeroportos que continuam estatais. Especialmente os menores, que não atrairiam interessados, caso fossem a leilão também.

“Isso faz com que a nossa concessão seja diferente da concessão do governo FHC, que tinha na lei de concessão e privatização a obrigação de utilizar o recurso para pagar dívida”, afirmou Mantega nesta quarta-feira (8).

Apesar de ter considerado o resultado do leilão “muito positivo” e uma demonstração de “que há grande interesse” das empresas de investir no Brasil e de “que há muita confiança” no futuro do país, o ministro disse que “o governo não está pensando em fazer, neste momento, novas concessões de aeroportos”.

A entrevista de Mantega respondeu a um vídeo que, mais cedo, havia sido divulgado pelo ex-presidente FHC em um portal dele na internet chamado Observatório Político. No vídeo, o tucano historiou o que entende terem sido as privatizações desde o fim da ditadura militar, além de particularmente defender-se e a seu governo.

Para o tucano, o leilão dos aeroportos “desmistificou” uma questão que, segundo ele, não deveria ser “ideológica”, mas motivada por cálculo e circunstância. “Você tem recurso ou não tem recurso [para investir em serviços públicos]? Quem tem? Então, vamos buscar”, disse.

A falta de dinheiro no orçamento e a necessidade de melhor os aeroportos de forma acelerada, por causa da Copa do Mundo de 2014, são os principais motivos para o governo ter decidido repassar ao setor privado 51% do que a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) detinha em Cumbica, Viracopos e Brasília.

Com o leilão da última segunda-feira (6), o governo vai movimentar R$ 40 bilhões sem ter de tirar dinheiro do orçamento. O valor é a soma do que arrecadou com o repasse (R$ 24 bilhões, R$ 19 bilhões acima do mínimo esperado) mais aquilo que as empresas terão obrigação de investir (R$ 16 bilhões) durante o tempo em que vão administrar os terminais (de 20 a 30 anos).

Espaço no orçamento

Mas será que não havia mesmo saída financeira, dentro do orçamento federal, para modernizar os aeroportos?

Os três grandes gastos fixados no orçamento 2012 são Previdência Social, pagamento de juros da dívida pública ao “mercado” e salário de funcionários. Com dinheiro arrecadado em tributos, o governo destinará R$ 330 bilhões ao INSS, R$ 190 bilhões aos servidores e R$ 140 bilhões, aos juros da dívida.

A Previdência terá a despesa elevada este ano sobrertudo por causa do aumento de 14% do salário mínimo, aposta do governo para a economia crescer mesmo com um cenário internacional sombrio. É um gasto que ajuda 29 milhões de brasileiros todos os meses com benefícios previdenciários.

A folha de pagamento de funcionários não apresenta muita margem de manobra, a menos que o governo decida economizar recursos demitindo e reduzindo o papel do Estado, política que não está nos planos da gestão Dilma, como disse o líder dela na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), ao comentar nesta terça-feira (7) o leilão dos aeroportos.

Mesmo assim, o governo até fez um esforço de economizar com servidores este ano, não prevendo reajuste de salarial para cerca de 2 milhões de funcionários, criando um clima desfavorável com a categoria.

No caso do pagamento de juros, há uma decisão política do governo Dilma (como foi com Lula e FHC) de aceitar esse tipo de gasto com o objetivo de conter a dívida pública. Em 2011, a dívida baixou mais uma vez como proporção das riquezas nacionais (PIB), ao contrário do que acontece em países ricos em dificuldades com o “mercado”, como se vê na Europa.

Mas, com a taxa de juros do Banco Central (BC) em queda, algo que fará a própria dívida cair, não seria possível liberar ao diminuir ao menos parte do chamado superávit primário para que sobrasse dinheiro que pudesse ser investido nos aeroportos?

O leilão de segunda-feira (6) vai movimentar R$ 40 bilhões, num período de até 30 anos. Só em 2012, o governo federal pagará R$ 140 bilhões em juros. Ou seja, o volume que será mobilizado em três décadas representa 28% do chamado superávit primário este ano.

Considerando o que pagou no leilão e o que terá de investir por 20 anos, o futuro gestor privado de Cumbica terá de gastar, em média, R$ 1 bilhão por ano. O de Viracopos, R$ 400 milhões anuais (por 30 anos). E o de Brasília, R$ 300 milhões anuais (por 25 anos).

Leia Mais:

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Aeroportos vão a leilão; sindicatos armam protesto e ações judiciais

Acabou a greve. Prisco preso. Viva o Carnaval !



A Folha aderiu ao Golpe (de novo) - (Foto: Raul Spinassé/Ag. A Tarde)

Saiu na Folha (*), que, esta manhã, tentou boicotar o Carnaval da Bahia (e, por tabela), o do Rio, com uma foto/manchete dos grevistas que diz: “Carnaval de Salvador – Cancelado !!!:

PMs grevistas deixam prédio da Assembleia Legislativa da Bahia


O primeiro grupo de grevistas sitiados na Assembleia Legislativa da Bahia começou a deixar o prédio por volta das 6h25 desta quinta-feira para se render, após nove dias de ocupação.


Os grevistas passam por uma triagem em um corredor formado por formado por policiais da Força Nacional de Segurança, Exército e Polícia Federal e são liberados, alguns deles carregando mochilas, colchonetes e roupas. Eles acenam negativamente com a cabeça sinalizando que não vão falar com a imprensa.


Os grevistas começaram a preparar sua rendição por volta das 5h desta quinta-feira. Um forte aparato de segurança foi montado em frente à assembleia com deslocamento de tropas, veículos militares e a colocação de grades de ferro para isolar os trechos onde os policiais deverão passar. Cerca de 1.500 homens do exército estão na assembleia.


Às 5h40, carros estacionados perto da entrada do prédio começaram a ser guinchados pelo exército para facilitar a operação.


Uma comissão –que inclui militares– seguiu às 5h50 em direção ao prédio para conversar com um grupo de grevistas na rampa da Assembleia.


Segundo o advogado, a decisão foi tomada porque os grevistas avaliaram que não teriam mais condições de manter a ocupação do prédio, que teve a luz e a água cortadas. Os militares também bloquearam o acesso de mantimentos no local.


Ainda segundo o advogado, a desocupação não significa necessariamente o fim da greve que deverá ser decidida pela própria categoria.


(…)


Dois dos líderes da greve com a prisão decretada já foram detidos.


O sargento Elias Alves, preso por policiais federais na tarde de terça-feira (6).



Marco Prisco, o líder do motim, foi preso nesta manhã de quinta feira, pela Polícia Federal, segundo o Bom (?) Dia Brasil.
Na quarta mesmo, já estava preso o cabo Daciolo em Bangu I.
Nas gravações, Daciolo tramava subverter a ordem fora da Bahia.
Daciolo foi quem articulou a greve dos bombeiros no Rio, ano passado.
Foi preso por crime de “incitamento”.
Não foi ainda dessa vez que o PiG (**) derrubou a Dilma.
Nem boicotou o Carnaval.
O governador petista Jacques Wagner desfez a trama golpista à base da negociação.
E com a cadeia para os amotinados.
Wagner não usou a tecnologia dos Massacres paulistas: como os do Carandiru, Cracolândia e Pinheirinho.
Não houve derramamento de sangue.
Ao contrário.
As águas vão rolar no Circuito Barra-Olinda, segundo a geógrafa Lúcia Hippolito.




Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Aeroportos: Dirceu quer a CPI da Privataria, já !

Este ansioso blogueiro, desde o primeiro momento, observou que a principal diferença entre a privatização dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Campinas, no Governo Dilma, e a Privataria no Governo do Privatizador-Mor, Cerra e seu presidente-mentor, o Farol de Alexandria, era exatamente essa: a Privataria Tucana.

Cabe observar, agora, que José Dirceu (o mensalão ainda está por provar-se diz o Mino Carta), ainda líder do PT, pela primeira vez põe a tropa na rua e pede a CPI da Privataria.

Por falar nisso, deputado Marco Maia, é bom ser deputado federal ?

E ser ex-deputado – será que dói ?

O Conversa Afiada foi ao Blog do José Dirceu e o transcreve: CPI da Privataria, já !

Gritaria contra as concessões tem duas boas razões


Os tucanos estão inquietos, desarvorados diante do sucesso do leilão dos aeroportos de Guarulhos, Brasília e Campinas, do qual participaram 11 consórcios e se chegou a um ágio médio de 348% acima do preço inicial.


Foi o suficiente para várias estrelas de plumagem colorida tucana saírem do ninho para criticar as concessões dos aeroportos. Fazem de tudo para passar à opinião pública a ideia de que elas são a retomada do processo de privatização que eles promoveram durante os oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso.


O agora – e de novo – presidenciável senador Aécio Neves (PSDB-MG), por exemplo, acusa o PT de copiar iniciativas econômicas da gestão tucana. “Há um software pirata em execução no Brasil. Porque o original é nosso”, afirmou. Outro senador tucano, Aloysio Nunes Ferreira Ferreira Filho (PSDB-SP) prefere a ironia: “Quero saudar esse reposicionamento do PT em relação às privatizações. Vamos ficar livres da cantilena do PT que a cada eleição as demoniza”.


E o mais destacado editorial do principal reforço tucano nessa linha, o Estadão de hoje, tem o título “A primeira privatização petista”.  Entre os tucanos, a mais entusiasmada com a estratégia de passar a opinião pública que o PT também privatiza, a economista Elena Landau, em entrevista à Folha de S.Paulo pontifica: “passei o bastão, a musa das privatizações agora é a presidenta”. E fulmina: as concessões agora igualam o PT ao PSDB.


Desatinos da gestão tucana


Luiz Carlos Mendonca de Barros – presidente do BNDES e ministro das Comunicações no governo FHC até faz reparos. O modelo das concessões dos aeroportos, confessa, “não é o meu modelo ideal”. Realmente, concordo, não é o mesmo modelo que deu de presente a Vale e retirou o Estado da telefonia desnacionalizando o setor.


Toda essa orquestração não passa de desespero do tucanato frente ao sucesso das concessões feitas pelos governos do PT. Aliás, há que se diferenciar concessão de privatização, como bem pontua, hoje, o nosso colaborador José Augusto Valente, em seu artigo “Governo faz gol de placa em licitação de aeroportos ”.


Com estas concessões de agora, apenas repete-se o bom desempenho dos governos dos presidentes Lula e Dilma Rousseff no setor de rodovias – concedidas mediante exigências completamente diferentes das estabelecidas nesta área pelo tucanato. E vêm aí as concessões dos portos e as revisões dos contratos das ferrovias, onde nunca o poder público investiu tanto.


É bom que se diga, ainda, que boa parte das ações do governo é feita para consertar desatinos da gestão tucana. É por isso que hoje assistimos a ampliação dos investimentos públicos na infraestrutura, em energia, petróleo e gás, que praticamente não existiram nos oito anos da era FHC.


Arrogância e desespero


Quando os tucanos apresentam as concessões como “privatizações” –  e eles sabem a diferença – e com apoio de parte da mídia, as consideram prova de que não temos “capacidade administrativa” e de investir, na verdade apenas externam seu nervosismo e arrogância.


Comparando-se os dois períodos (oito anos de tucanato e nove de petismo) os dados e números os desmentem tranquilamente. No caso dos aeroportos, indicam exatamente o contrário: foi o governo Lula quem mais investiu na área.

A percepção pode até ser outra – também, devidamente auxiliada pela mídia – mas porque vivemos um boom de crescimento do setor com o aumento do número de passageiros. O total de pessoas que viajam de avião mais do que dobrou na era Lula.


Passaram recibo


Na era tucana o cenário era outro. O país parou, não crescia, e quebrou duas vezes. O Brasil foi de pires na mão pedir dinheiro ao FMI. Não investia quase nada em infraestrutura, e nada em petróleo e gás. Em energia, nem vale a pena mencionar. O apagão de 2001 fala por si.


Tanto alarde feito pelo PSDB comprova apenas uma coisa: os tucanos passaram recibo, estão com ciúmes! Como vemos, o motivo para tanto nervoso é que… o Brasil está dando certo!


Mas há, ainda, uma outra razão oculta para os tucanos baterem tanto nos contratos de concessões. Eles estão de olho é no livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., publicado pela Geração Editorial. Toda essa gritaria é para esconder a privataria tucana denunciada no livro. Com documentos. Esta, sim, precisa ser investigada e sua história contada…

Ilha onde Napoleão ficou exilado quer ajuda do Brasil para ter banda larga

 
Ilha de Santa Helena. Foto: Jonathan Clingham/Divulgação
Ilha onde Napoleão ficou exilado espera tirar proveito da internet, gerando empregos
Habitantes da remota ilha de Santa Helena, no Oceano Atlântico, estão fazendo uma campanha para que o cabo submarino de fibra ótica que vai ligar a África ao Brasil, o South Atlantic Express, seja desviado e passe pelo local.
Para isso, o território ultramarino britânico onde Napoleão ficou exilado vai precisar de apoio financeiro e de uma parceria com uma empresa de telecomunicações brasileira ou sul-africana, que aceite atuar como "provedor de internet" para a ilha.
O projeto do South Atlantic Express, liderado pela empresa sul-africana eFive e pela GlobeNet, no Brasil, prevê a ligação entre Fortaleza, Luanda, em Angola, e Cidade do Cabo, na África do Sul, através de cabos de fibra ótica submarinos com cerca de 10 mil quilômetros de comprimento e capacidade de 12,8 Tbps.
As companhias dizem que a conexão submarina vai aumentar a conectividade entre América do Sul e África, e suprir parte do aumento na demanda de transmissão de informações criada pela Copa do Mundo, em 2014, e pela Olimpíada de 2016, no Brasil.
Von der Ropp afirma que, se o projeto for modificado para englobar também a ilha, Santa Helena se beneficiaria imensamente.
O ativista argumenta que o acesso a banda larga levaria mais recursos para a educação, ajudaria no diagnósticos e tratamento de doenças - já que o hospital mais próximo fica a 2 mil quilômetros de distância - e aumentaria a ligação cultural da ilha com a Grã-Bretanha, através do acesso à mídia.

Turismo e negócios

Segundo a campanha "Connect St. Helena", a principal vantagem da conexão à internet de alta velocidade seria econômica.
"Poderiam ser abertos negócios baseados na internet, centrais de telemarketing... Vários habitantes que migraram para a Grã-Bretanha e Estados Unidos dizem que voltariam à Ilha de Santa Helena e abririam uma empresa, se houvesse a conexão de banda larga. Além disso, haveria muitos benefícios para a indústria de turismo."
Hoje, um único satélite fornece toda a conexão de internet e telefonia internacional da ilha.
Ilha de Santa Helena. Nasa
Com 4,2 mil habitantes, Santa Helena tem pouco apelo comercial para empresas de comunicação
Segundo Von de Ropp, a velocidade máxima de 10 Mbps é reservada para apenas alguns poucos usuários, enquanto o restante da capacidade de transmissão é dividida por todos os outros usuários da ilha, resultando em uma conexão lenta, "comparável à velocidade dos modems analógicos do fim dos anos 90".
Além disso, os preços seriam muito altos.
"Em mercados ocidentais, a média de consumo de dados por assinante de banda larga ficaria entre 10 e 20 GB mensais. No entanto, consumir um volume de 10 GB em Santa Helena em um mês custaria 790 libras (R$ 2,1 mil)", diz o website da campanha.

Custo

A mudança no trajeto do cabo para incluir a Ilha de Santa Helena aumenta o comprimento do cabo em apenas 100 quilômetros, segundo os organizadores da campanha, mas envolve custos que chegam a casa dos milhões de dólares.
O presidente da empresa eFive, Lawrence Mulaudzi, disse à BBC Brasil que já aceitou alterar a rota dos cabos, apesar das dificuldades logísticas que isso adicionaria ao projeto.
Os organizadores da campanha tentam agora conseguir apoio financeiro do governo britânico e da União Europeia, além de patrocinadores privados, para cobrir os custos da mudança de trajeto.
O fato de Santa Helena ter apenas 4,2 mil habitantes faz com que o projeto não tenha apelo comercial para as empresas.
"Santa Helena poderia ter um papel pioneiro. Seria um evento sem precedentes a indústria de telecomunicações escolher ligar estes cabos a uma ilha tão remota e com uma comunidade tão pequena, puramente por razões sociais e de caridade", diz Von de Ropp.
"A ilha pode virar um exemplo de como o desenvolvimento social e econômico pode ser criado através da conexão com cabos submarinos, mesmo em regiões desconectadas, com comunidades carentes, que não oferecem perspectivas de grandes lucros."

Miriam Leitão pega na mentira: Infraero não pagará pela concessão.

Miriam Leitão tem o direito à opinião dela. Quer ser do contra? O problema é dela (e de quem a leva a sério).

O que não é aceitável é publicar informação mentirosa.

E na ânsia de atacar o governo Dilma, Leitão acabou publicando uma grande mentira sobre a concessão dos aeroportos, em sua coluna do jornal "O Globo", replicada em seu blog.

No leilão de concessão do Aeroporto de Guarulhos, o consórcio vencedor pagará R$ 16,2 bilhões pela concessão. A Infraero terá 49% da concessão sem pagar nada.

Mas veja só o que Miriam Leitão escreveu:
"... Além disso, a estatal que vendeu (sic) o ativo, a Infraero, permanece com 49% e, portanto, pagará metade da conta de R$ 16,2 bilhões. Fica na estranha situação de pagar por ter vendido (sic) ..."

Miriam não fez o dever de casa ou não entendeu direito e confundiu "Carolina de Sá Leitão com Caçarola de assar leitão".

 A Infraero não terá que pagar nada por esta concessão.

O que haverá nos próximos 20 a 30 anos é um número coincidentemente muito parecido (R$ 16,1 bilhões) em investimentos para ampliação dos aeroportos, porém este valor é o total dos investimentos de longo prazo nos três aeroportos concedidos. Ora, se haverá esses investimentos e a Infraero tivesse 100% da concessão teria que investir sozinha todo esse valor, se tem 49% terá que investir este percentual, assim como receberá também 49% dos lucros. Nada mais óbvio e normal em qualquer empreendimento.

Há outras mentiras no texto, como confundir conceder com privatizar e com vender, mas a mais feia é esta acima.