Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Quem precisa de vento é a Urubóloga

Por que as perguntas da Urubóloga valem mais do que as do repórter de Parintins, ministro Braga ?



O Brasil tem uma Belo Monte em energia eólica.

E outra Belo Monte em biomassa.


(Por isso não vai ter aquele apagão que a Urubóloga prometeu à Dilma, desde que era Ministra das Minas e Energia.

Está devendo …)

As afirmações acima foram feitas pelo novo Ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, numa daquelas inúteis entrevistas à Urubóloga na GloboNews.

Para espectador, é uma experiência tão gratificante quanto se submeter a uma ressonância magnética com contraste na veia !

Não tem talento, humor, brilho – ou novidades !

Foi o que aconteceu na entrevista que o Levy lhe deu.

Por exemplo, dessa entrevista do Braga, o PiG saiu a trombetear que a Graça não sai da Petrobras.

Como se fosse uma bomba !

Isso já se sabe, desde que o Ataulfo Merval (ver no ABC do C Af) e o Dr Janot disseram que ela teria que sair.

A Graça está mais firme que os dois nos cargos que provisoriamente ocupam.

(Embora ela mesma, Graça, se tenha submetido a uma cadeira do dragão diante de um repórter terciário da Globo, sobre as “denúncias” daquela – cadê ela ?  Levina, Vernina, Venilica ? – , testemunha-bomba da Gloria Maria !).

Nessas “entrevistas”, o importante é o que a Urubóloga esconde, ou tenta esconder.

Por exemplo: o Brasil tem energia eólica do tamanho de Belo Monte, ou seja, 11.233 MW, a terceira maior do mundo depois de Três Gargantas e Itaipu.

Como tem vento o Brasil !

O Brasil é o segundo maior – depois da Alemanha – produtor de energia eólica do mundo !

O Rio Grande do Norte, o Ceará e a Bahia são os campeões da energia eólica, que leva progresso e renda ao interior de estados (provisoriamente) pobres !

Quem precisa de energia, quer dizer, de vento é a Urubóloga.

Quem precisa de Energia são PiG e os interesses que seus colonistas (ver no ABC do C Af) defendem com ardor – mas sem brilho !


Recomenda-se ao Ministro Braga e a todos os outros que sigam o salutar caminho do Ministro Dias, do Trabalho.
Essa história de dar “exclusiva” à GloboNews é uma bajulação provinciana e discriminatória.
O distinto público – e cidadão, que contribui com impostos – tem o direito de que outras perguntas, outros temas sejam submetidos às autoridades.
Por que o Brasil tem que se sujeitar às perguntas e à pauta da Globo sobre Minas, Energia, Fazenda, “Ajuste”, “Superávit Primário”, “Base Monetária”… e o diabo a quatro ?
(Só falta o Berzoini repetir o Plim-Plim e dar uma entrevista “amarela” ao detrito sólido de maré baixa, para dizer que o projeto do Franklin é um tipo de detrito sólido.)
Por que as perguntas da Urubóloga – inclinadas, tortas, vesgas como o Cerveró – tem que prevalecer sobre as dos repórteres do “A Crítica”, de Humaitá, ou do “Repórter”, de Parintins, para ficar no glorioso Estado do Amazonas, que o ministro defende com tanto orgulho.
Em tempo: o Conversa Afiada não tem nenhuma pergunta exclusiva a fazer ao Ministro Braga. O ansioso blogueiro não está minimamente preocupado com o apagão da Urubóloga.




Paulo Henrique Amorim

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A vocação de mosca de O Globo

A vocação de mosca de O Globo

 Fernando Brito
O mundo vive a maior tensão econômica desde 2008, com a queda de braço entre os produtores de petróleo convencional e o “fracking” do xisto que ameaça romper o equilíbrio energético do planeta.
O que está acontecendo com esta indústria, que só não quebrou porque seus contratos de hedge aliviam sua situação por algum tempo, tem as proporções de hecatombe, não só na economia mas no meio ambiente, porque torna inviável financeiramente a produção de energia limpa, que é cara.

Em três meses, o preço mundial do petróleo caiu mais de 50%.

Ontem, queda de 6%. Hoje, mais queda, quase igual.

E o que faz O Globo?

Zumbe como uma mosca em volta da Petrobras.

“Barril do petróleo a US$ 50 traz dúvidas sobre viabilidade do pré-sal”.

Poderia ser traduzida como “Vendam, entreguem, façam algo para se livrar deste mico”, não é?
E se não é viável para a empresa que já detém quase toda a outorga para explorar as jazidas conhecidas (ou semiconhecidas) da área, também não seria para as outras petroleiras?

A leitura da matéria mostra que nenhum dos especialistas consultados acha que é inviável a exploração do pré-sal, obvio.

Porque não é.

E não é desastroso para a Petrobras, mais que para outras petroleiras, a queda no preço do petróleo, porque a curva de produção está apenas no início de elevação, com pico a daqui a mais de  cinco anos.

A queda do preço permite conjugar, sem traumas, a elevação do dólar com a não-elevação do preço ao consumidor, internamente, aliviando suas pressões de caixa.

E, muito ao contrário, leiloar áreas do pré-sal, agora, seria entregar a preço de banana o que, ninguém tem dúvidas, vai coltar aos altos patamares de preço que tinha antes.

É tudo o que o Globo quer.

O Globo é a mais perfeita tradução da raposa que não alcançou as uvas.

Estavam verdes, aquelas porcarias, não é?

sábado, 27 de setembro de 2014

NOBEL DÁ RAZÃO A DILMA CONTRA URUBÓLOGA

Stiglitz e Dilma: se os fatos não comprovam a teoria, eles mudam os fatos !


Sugestão do amigo navegante Piu-Piu


O amigo navegante talvez se lembre do Mau Dia Brasil em que os “entrevistadores” interromperam a Dilma a cada 16”.

(Conseguiram superar o frenesi do William Bonner, que tomou 40% do tempo da entrevista com seus editoriais em forma de perguntas – inúteis.)

No tal Mau Dia, a PhD pela Universidade Municipal de Caratinga (está no ABC) confundiu a época.

Ela pensa que a Alemanha da Merkel é a Alemanha do Adenauer, no retumbante sucesso do pós-Guerra com o dinheiro a jorrar do Plano Marshall americano.

Afinal, nem tudo se ensina na UM de Caratinga.

A PhD só faltou pular na presidencial jugular para demonstrar que a Alemanha, hoje, com o programa de asfixiante austeridade, cresce chinesamente !

Quando lhe concediam tempo para participar da entrevista, Dilma tentou ponderar que não era bem assim, que os fatos não mentem.

Nessa sexta-feira (26/09) , numa entrevista em Brasília, ela revelou a sua perplexidade com a tentativa de esconder os fatos: a Alemanha está numa draga monumental, segundo os fatos produzidos pela própria Alemanha !

Fatos são fatos, disse ela !

Pois é, quando os fatos atrapalham a teoria, mudam-se os fatos, diz o adágio que Joseph Stiglitz menciona em seu notável artigo “Os cadáveres da austeridade europeia”.

Stiglitz é Prêmio Nobel de Economia, o que não lhe dá, porém, credenciais para contestar a Urubóloga, o mais brilhante pensador neolibelês que o Brasil conseguiu produzir.

Mas, mesmo assim, vale a pena reter alguns pontos centrais  do que diz o insignificante Stiglitz…

- Angela Merkel da Alemanha e outros lideres europeus pró-austeridade – aqui chamados de “idiotas do tripé” – continuam a negar a realidade.

- A austeridade (ou seja, o tripé da Bláblá, do aeroporto do Titio e da PhD de Caratinga) – é um fracasso !

- (Os parvos do tripé)  dizem que, como a economia não está mais entrando em colapso, a austeridade deve estar funcionando.

- É o mesmo que dizer que se jogar de um despenhadeiro é a melhor forma de descer a montanha, porque, dessa forma, a queda deixa de acontecer.

- A recuperação eventualmente virá; o problema é saber quando.

- A austeridade é um desastre consumado. Cada vez fica mais claro que as economias da União Europeia estão estagnadas, se não for uma recessão, com desemprego alto e renda per capita inferior à de antes da crise de 2008.

- Mesmo nas melhores economias, como a da Alemanha, o crescimento desde 2008 tem sido tão lento, que, em qualquer outra circunstância (sem o apoio da Urubóloga – PHA) a Alemanha seria considerada um desastre também.

- Nos países mais atingidos, como a Espanha e a Grécia, a situação é de depressão econômica. Uma em cada quatro pessoas está desempregada. 50% dos jovens não conseguem emprego.

- Assim, defender a austeridade é como o barbeiro medieval para que o sangramento funciona porque o paciente não morreu – ainda.

- O produto europeu é mais de 15% abaixo do que seria sem a crise de 2008. É uma perda acumulada de US$ 6,5 trilhões (mais de duas vezes o GNP do Brasil ! – PHA).

- A Alemanha está obrigando os outros países a seguir políticas econômicas que enfraquecem suas economias.

- Três anos atrás, o eleitor da França votou para mudar de rumo. Mas, o assim chamado partido socialista francês (aqui também tem um partido socialista inscrito entre os parvos do tripé – PHA) está reduzindo os impostos das empresas e cortando gastos – receita garantida para enfraquecer a economia.

- A esperança é que cortar impostos de empresas estimule o investimento.

- Mas o que impede a Europa e os Estados Unidos de crescer é a falta de demanda (que aqui abunda, com licença da má palavra – PHA).

(Lembram quando o Dudu dizia que ia cortar o consumo ? Esses socialistas não podem ver um jatinho … PHA)

- A Itália está sendo encorajada a acelerar a privatização (que aqui resultou na Privataria - PHA). Mas, o primeiro-ministro Renzi teve o bom-senso de reconhecer que vender ativos nacionais a preço de banana (como o FHC fez com a Vale – PHA)  não faz nenhum sentido (o Cerra venderia o Coliseu à Disney – PHA).

- A privatização do sistema de previdência social, por exemplo, demonstrou ser muito caro. O sistema previdenciário mais privatizado do mundo, o americano, é o menos eficiente do mundo.

(O FHC incumbiu o André Haras Resende de preparar a privataria da Previdência, no modelo do Chile de Pinochet. A eleição de Lula em 2002 interrompeu a sangria … – PHA)

- Embora os fatos demonstrem que a austeridade no funciona, ela continua a se espalhar. A Alemanha e outros falcões dobraram a aposta, jogando o futuro da Europa numa teoria desmoralizada há muito tempo.

(Aqui, na Colônia, ainda a levam a sério – PHA).


Tradução livre de Paulo Henrique Amorim


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Bláblá mente sobre o BNDES E sobre Belo Monte e etc etc




Na entrevista no Mau Dia Brasil, quando foi gentilmente poupada do jatinho em que viajou dez vezes, Bláblárina mentiu sobre Belo Monte.

E sobre o BNDES, como se vê nesse irrespondível artigo de Fábio Kerche, originalmente publicado na Fel-lha (dicionarizada):


Marina e o BNDES

Fábio Kerche


O BNDES é um dos principais instrumentos que o governo brasileiro dispõe para implementar sua política econômica. É o governo em exercício que escolhe as áreas prioritárias e as linhas de atuação do banco, que as executa por meio de um rigor técnico garantido por seu capacitado corpo funcional.


Para ficarmos em apenas dois exemplos: no governo Fernando Henrique Cardoso, o BNDES teve um papel fundamental nas privatizações e no governo Lula, respondendo à forte crise iniciada em 2008, expandiu o crédito à indústria e à infraestrutura.


É, portanto, absolutamente legítimo que o papel do BNDES seja debatido na campanha eleitoral. O próximo presidente terá a responsabilidade de manter ou modificar as prioridades do banco nos próximos anos, decisão que poderá afetar todo o financiamento ao setor produtivo brasileiro.


Mas esse necessário debate eleitoral seria mais proveitoso para o país se fosse lastreado por um correto diagnóstico por parte dos candidatos. Como corrigir rumos se não conseguimos entender a atual direção? Esse parece ser o caso da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva. Senão, vejamos.


Nesta quinta-feira (25), em entrevista ao programa “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, a candidata disse que “o que enfraquece os bancos é pegar o dinheiro do BNDES e dar para meia dúzia de empresários falidos, uma parte deles, alguns deles que deram, enfim, um sumiço em bilhões de reais do nosso dinheiro”. O número de imprecisões só dessa frase é impressionante.


Em primeiro lugar, o BNDES não “dá” dinheiro a ninguém, ele empresta. Isso significa que o banco recebe de volta, corrigidos por juros, os seus financiamentos. Sua taxa de inadimplência é de 0,07% sobre o total da carteira de crédito, segundo o último balanço, sendo a mais baixa de todo o sistema bancário no Brasil, público e privado.


Isso nos leva a outra imprecisão da fala da candidata. A qual “sumiço” de recursos ela se refere se o BNDES recebe o dinheiro de volta e obtém lucros expressivos de suas operações? O lucro do primeiro semestre, de R$ 5,47 bilhões, foi o maior da história do banco.


Em relação aos empresários “falidos”, talvez a candidata, em um esforço de transformar em regra a exceção, esteja se referindo ao caso Eike Batista. Se isso for verdade, temos mais uma imprecisão: seja por causa de um eficiente sistema de garantias das operações, seja porque grupos sólidos assumiram algumas empresas, o BNDES não sofreu perdas frente aos problemas enfrentados pelo empresariado.


Por fim, nada mais falso do que dizer que o BNDES empresta para “meia dúzia”. No ano passado, o banco fez mais de 1 milhão de operações, sendo que 97% delas para micro, pequenas e médias empresas.


Embora o BNDES não tenha a capilaridade dos bancos de varejo, a instituição aumentou seus desembolsos para as pequenas empresas de cerca de 20% do total liberado na primeira década de 2000 para mais de 30% no ano passado. Se retirássemos as típicas áreas onde os pequenos não atuam (setor público, infraestrutura e comércio exterior), os financiamentos para os menores representariam 50% dos desembolsos do banco.


Das cem maiores empresas que atuam no Brasil, 93 mantém relação bancária com o BNDES. Entre as 500 maiores, 480 são seus clientes. Como sustentar que o BNDES escolhe “meia dúzia” se o banco apoia quase todas as empresas brasileiras dos mais variados setores de nossa economia?


A candidata Marina lembrou recentemente que uma mentira repetida diversas vezes não a transforma em verdade. Isso também vale para o papel que o BNDES vem desempenhando nos últimos anos.


FÁBIO KERCHE, 43, doutor em ciência política e pesquisador da Fundação Casa de Rui Barbosa, é assessor da Presidência do BNDES. Foi secretário-adjunto e secretário de Imprensa da Presidência da República (governo Lula)

terça-feira, 23 de setembro de 2014

CNT/MDA: ótima para Dilma, (não tão) boa para Aécio e péssima para Marina






Antes de comentar a pesquisa CNT/MDA recém-divulgada, confira, abaixo, matéria do jornal Valor Econômico on line. Em seguida, comento.



Como se vê, tudo caminha dentro do previsto. Agora, cada vez mais gente vai percebendo por que este Blog viu, lá na última pesquisa Ibope de terça-feira da semana passada, uma situação “ótima” para Dilma.
A pesquisa CNT/MDA é ótima, excelente, magnífica para Dilma por ela ter ampliado consideravelmente a vantagem sobre a principal adversária no primeiro turno – Marina despencou 6 pontos –, por tê-la ultrapassado numericamente no segundo turno e por a rejeição dos três principais candidatos ter chegado ao mesmo patamar da presidente (ao redor de 40%).
A situação de Aécio melhorou um pouco. Mas, até aqui, melhorou bem pouco. Ao menos na pesquisa CNT/MDA. E Marina ainda tem cerca de 10 pontos de vantagem. Diferença que, em 10 dias para a eleição em primeiro turno, parece praticamente impossível reverter.
Contudo, os números dessa pesquisa ainda não são tão bons para Dilma quanto dizem que são os do Vox Populi, que, por alguma razão misteriosa, deixaram de ser apresentados pelo Jornal da Record da última segunda-feira, apesar de ter sido anunciado que seriam apresentados.
Como se disse aqui no post imediatamente anterior a este, conforme vamos chegando perto da eleição os institutos de pesquisa vão “acertando” os números.
E como ainda não há números que mostrem uma possibilidade concreta de Dilma vencer no 1º turno, os institutos de pesquisa e seus controladores ainda não mergulharam em total desespero, a ponto de irem para o tudo ou nada a fazerem manipulações mais grosseiras.

Bom Dia Brasil usa entrevista com Aécio para criticar Dilma

Era previsível que o Bom Dia Brasil tratasse de formas distintas os candidatos a presidente da República. O mesmo ocorreu com as entrevistas com esses candidatos que o Jornal Nacional apresentou em agosto. Porém, não se imaginava que o tratamento dispensado a Dilma Rousseff fosse tão pior do que aquele que recebeu no telejornal noturno.
O fato é que, no telejornal matutino, Dilma pôde falar ainda menos do que no telejornal noturno devido às obsessivas interrupções dos entrevistadores, os quais, tanto em um telejornal quanto no outro, impediram a presidente de completar seus raciocínios.
Na entrevista de Dilma, para que se possa medir a gravidade da coisa os entrevistadores, da abertura ao encerramento, proferiram 1.524 palavras. Dilma, a entrevistada, proferiu 3.193 palavras. Ou seja, os entrevistadores falaram 48% do tempo que a entrevistada falou.
Por qualquer critério que se queira usar aquilo não foi uma entrevista, foi um debate.
Com Aécio Neves não foi igual. Os entrevistadores assistiram bovinamente às longas respostas dele, que aproveitou perguntas sobre “recessão”, “desemprego” e “inflação” no país para atacar Dilma.
Miriam Leitão, por exemplo, diz a Aécio que “(…) A gente não sabe ainda como o senhor vai fazer isso que o senhor acabou de dizer que vai fazer, tirar o pais da estagnação e reduzir a inflação (…)”
Ou seja, os entrevistadores levantaram temas que permitiram a Aécio atacar a adversária em vez de fazer perguntas sobre sua administração em Minas Gerais (2003 – 2010), sobre escândalos envolvendo o PSDB como o mensalão tucano, o de Alstom e da Siemens, o da Copasa (em Minas), o do aeroporto que ele mandou construir praticamente dentro de terras de sua família com dinheiro público.
Aliás, Aécio poderia ter sido perguntado sobre seu mandato no Senado. Ou não interessa como um candidato cumpre mandato que obteve nas urnas?
Após longos minutos da primeira resposta de Aécio sobre como iria resolver os problemas criados pela atual administração do país, e diante da mudez e dos sorrisos abestalhados das duas entrevistadoras, Chico Pinheiro tratou de colocar um pouco de sal na coisa.
Miriam Leitão, quem praticamente não deixou Dilma completar seus raciocínios, pouco se manifestou. Os mais incisivos foram Chico Pinheiro e Ana Paula Araújo.
Abaixo, algumas respostas de Dilma, na sua vez no Bom Dia Brasil, compostas de uma só frase incompleta, por conta das interrupções.

Dilma Rousseff: Só um pouquinho…
Dilma Rousseff: Ah, não. Mas eu te asseguro…
Dilma Rousseff: Foi, foi…
Dilma Rousseff: Mas, eu posso, eu posso…
Dilma Rousseff: Mas nem eles. Nem eles, então…
Dilma Rousseff: Eles estão… A meta deles…
Dilma Rousseff: Deixa eu continuar porque senão é impossível…
Dilma Rousseff: Eu estou então construindo a seguinte…
Dilma Rousseff: Mas eu estou falando…
Dilma Rousseff: Não, não é isso. Pera lá…

Todas essas frases cortadas derivam de interrupções quando a presidente meramente tentava responder. Com Aécio, não houve nada assim. Ele pôde concluir todos os seus raciocínios. Quando os entrevistadores tentavam interrompê-lo, ele continuava falando e eles se calavam. Isso sem falar na simpatia com que foi tratado.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Dilma tritura a Urubóloga Sem banco público não tem Minha Casa, Plano Safra e metrô !




A Presidenta Dilma Rousseff foi ao Mau Dia Brasil e passou com um trator cima dos números e da doutrina neolibelês da Urubóloga.

Foram 30 minutos de massacre.

Dilma começou por mostrar que foi a Polícia Federal do Governo dela quem descobriu os malfeitos do Paulo Roberto Costa, que estava há 30 anos na Petrobras.

Que no Governo dela não tem engavetador.

O Paulo Roberto era diretor da Gaspetro no tempo do FHC (quando o engavetador engavetava … – PHA).

Ana Paula Poeta (revisor, por favor, não toque !) atirou com uma Uzi: ah !, mas a senhora faz uma campanha do “medo”.

“Medo” ? Está tudo no programa dela, disse a Dilma  – (dela a gente sabe quem é … – PHA).

Banco Central independente significa instalar um quarto poder na Praça dos … Quatro Poderes, disse a Dilma.

(É o sonho neolibelês – substituir o Executivo e o Legislativo por um Banco Central camarada, sob a batuta do Itaúúú– PHA).

Está no programa dela reduzir o papel dos bancos públicos.

Ah, é ?, perguntou a Dilma.

Sem os bancos públicos não tem Minha Casa Minha Vida, porque, na faixa mais baixa, o subsidio é entre 90% e 95%.

O banco privado vai topar ?

Sem o banco público não tem o Plano Safra de R$ 156 bilhões para a agricultura, em que R$ 134 bilhões são a juros negativos !

Não tem obra de infra-estrutura a 30 anos de prazo …

“Ela” também é contra a indústria nacional, porque é contra o “conteúdo local”.

A certa altura, a PhD pela Universal Municipal de Caratinga, sub-sede da Chicago University, disse que os argumentos da Presidenta “não faziam sentido.”

Travou-se, então, uma discussão sobre a estrutura dos bancos centrais e a situação da economia mundial.

A PhD por Caratinga demonstrava que o mundo está uma maravilha e o Brasil é um desastre retumbante.

O Chile !, ela cita !

Mas, o Chile, Urubóloga ?

O Chile é do tamanho do Rio Grande do Sul – PHA.

O tempo todo a Presidenta tentava concluir o raciocinio: “deixa eu continuar, se não, é impossível”, “o debate é  comigo, não”?

Mas, como demonstrou o Lula, os pigais (ver o ABC do C Af) merválicos (idem no ABC) agora fazem perguntas para que eles mesmos respondam, porque o importante são eles e, não, o coitado do entrevistado (especialmente se for a Dilma.)

Dilma explicou que está numa estratégia defensiva, à espera da recuperação dos Estados Unidos e da China, quando, então, a economia brasileira pode entrar numa outra fase, de menos estímulos para voltar a crescer.

O Brasil tem uma das menores dívidas do mundo.

(Como se sabe, o queridinho da PhD de Caratinga quebrou o Brasil três vezes, tirou os sapatos e, descalço, de pires na mão, foi ao FMI.)

A Dilma enfatizou que, enquanto há 100 milhões de desempregados no mundo, o Brasil tem uma taxa de desemprego – 5% – que equivale a pleno emprego.

O Brasil preservou, em plena crise, o emprego, a renda e o investimento !

E a Urubóloga que, como o Renato Machado, adora o “Reino Unido”, tentava enaltecer os “métodos” neo-libelês que lá fracassaram.

A erudição da Urubóloga sobre a “situação do mundo” não ultrapassa as páginas de O Globo …

A Petrobras já se recuperou, bradou a Dilma.

E isso terá um papel decisivo na recuperação do Brasil, disse.

A Petrobras bate records de produção, com 2,3 milhões de barris/dia.

O pré-sal – que maravilha !, viu Bláblá ? – já produz 530 mil barris/dia.

A Petrobras vai resolver o problema que ela mesma tinha criado no passado: o do déficit externo.

E o pré-sal e o petróleo vão investir maciçamente na Educação: 75% dos royalties e 75% dos resultados do pré-sal vão para a Educação.

Ai a PhD de Caratinga tentou demonstrar que os estudantes – 8 milhões das 436 escolas do Pronatec – estão, na verdade, desempregados.

Como se sabe, nos sombrios tempos do Farol de Alexandria e seu Ministro da (des)Educação, Paulo Renato de Souza, era proibido abrir escola técnica …

E o Pronatec foi, precisamente, uma forma de reforçar o ensino médio, já que o pobre não pode cumprir um currículo de 12 matérias com a premente necessidade de ajudar a família com salário.

(Rediscutir os currículos é um desafio, disse a Presidenta.)

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De novo, as estrelas globais tentaram assumir o papel de protagonistas. (Clique aqui para ver o que ela fez com Ataulfo e o Noblat.)

A Urubóloga é um exemplo caricato.

Em alguns anos de carreira, ela não produziu um furo.

Não introduziu uma ideia nova no debate da Economia.

Não contribuiu com um grama de originalidade na forma de levar a Economia ao grande publico.

O que ela tem é inserção na mídia.

A exibição que os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio – lhe concedem.
Urubóloga e o Jabor são duas heranças que o Evandro Carlos de Andrade deixou aos filhos do Roberto Marinho.

Um prodíjio !, diria o amigo navegante.

A Urubóloga tem o talento do monopólio da Globo – do Mau Dia Brasil, ao Globo – quem sabe da vida dele é o Garotinho – , CBN, a rádio que troca a noticia, e os portais da Globo na internet.

Sem isso, ela é o que é: o melhor que o pensamento neolibelês conseguiu produzir no Brasil.


Em tempo: o William Traaack (ver o ABC) cortou os pulsos. A Dilma só não foi ao programa dele …
 
Paulo Henrique Amorim

terça-feira, 17 de setembro de 2013

URUBÓLOGA E RENATINHA AGRIDEM PELA MANHÃ Privatizar é entregar o ouro. Como o Cerra e o FHC faziam (sob aplausos de quem ?).



Conversa Afiada reproduz interessante e-mail que recebeu de amiga navegante enfurecida:

Querido PHA,

o editorial de Miriam Urubologa Leitão no Bom (?) Dia Brasil, hoje de manhã, demonstra a extrema parcialidade que contamina as opinioes que profere e frequentemente coincidem com interesses dos patrocinadores do que você chama de Globo Overseas Investment BV.

O editorial é sobre concessão de rodovias. 

Tudo começa com uma pergunta da Renata Vasconcellos, que todas as manhãs, infatigavelmente,  demonstra conhecer pouco de quase tudo. 
Renata Vasconcellos: O governo evita o termo mas é privatização, não é ?
Miriam Leitão: Sim, o nome disso é privatização. O governo fica… por causa de razões ideológicas, com medo da palavra. Mas concessão é a privatização de serviços públicos… que é concedido ao setor privado. Então é a mesma coisa. (Sic !) Mas o governo tem que ter regras mais estáveis. Dar mais segurança ao investidor e menos subsídios escondidos, como contou o entrevistado.
(Note, amigo navegante, a clareza, a nitidez, a sequência coerente dos argumentos expostos. PHA)
Renata Vasconcellos: Privatizar sem culpa…
Miriam Leitão: É… privatizar sem culpa e com regras transparentes.

PH, como sabe a torcida do Flamengo, privatizar é vender, entregar a rapadura.

Como o Cerra e o Farol de Alexandria fizeram na Vale e com a telefonia, na bacia das almas, e iam fazer com a Petrobrax.
(Clique aqui para ler sobre as últimas notícias do “O Príncipe de Privataria”.)

Conceder é alugar. 

Estradas concedidas nunca deixarão de ser patrimônio público.

Se o concessionário bobear, a Dilma vai lá e toma de volta. 

Já a telefonia, privatizada, desnacionalizada inteiramente, nunca mais voltará a ser pública. 

É que a Urubóloga deve querer privatizar sem culpa…

O link do Bom Dia: 

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/09/governo-tem-que-ter-regras-mais-estaveis-diz-miriam-leitao.html

Essa conversa se dá aos 1′15″. 


Assinado:

Leitora do Aloysio Biondi, do Amaury Ribeiro Jr e do Palmério Dória

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

ALCKMIN E TRENSALÃO ENTRAM NA RODA Mau Dia Brasil fez cobertura policial para poupar tucanos.




Da Rede Brasil Atual

Cerca de 4 mil pessoas não se intimidaram com o frio e a garoa que acinzentaram o centro de São Paulo na tarde de hoje (14) e foram às ruas protestar contra a péssima qualidade do transporte público na cidade. A manifestação, que transcorreu pacificamente, sem nenhuma ocorrência de vandalismo, foi motivada pelas recentes denúncias de formação de cartel entre empresas estrangeiras do setor metroferroviário com a complacência de governos estaduais do PSDB.

Depois de terminada a passeata, na Praça da Sé, por volta das 18h30, um grupo de aproximadamente 100 pessoas caminhou até a Câmara de Vereadores e tentou ocupar o prédio. A polícia respondeu com bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral, e perseguiu alguns manifestantes pelo bairro da Liberdade. À medida que fugiam, eles faziam barricadas com lixo em chamas nas ruas para atrasar o avanço das viaturas. Algumas lojas e agências bancárias tiveram as vidraças quebradas. A PM não soube informar o número de pessoas detidas.

O protesto foi convocado pelo Sindicato dos Metroviários do Estado de São Paulo, filiado à Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), e contou com apoio do Sindicato dos Ferroviários da Zona Sorocabana, que aglutina trabalhadores das linhas 8 e 9 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A marcha também ganhou a adesão do Movimento Passe Livre (MPL), responsável pela mobilização contra o aumento da tarifa, em junho, da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e diversos grupos de esquerda, como Juntos, Levante Popular da Juventude, Periferia Ativa e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.

CARTA

Depois de se concentrarem no Vale do Anhangabaú, os manifestantes passaram pelas sedes da Prefeitura, Ministério Público do Estado e Secretaria estadual dos Transportes Metropolitanos, na rua Boa Vista, onde a marcha se deteve por alguns instantes. Uma comissão formada por representantes dos Metroviários, Ferroviários e Passe Livre foi recebido pelo chefe da gabinete da secretaria e diretores do Metrô e da CPTM. Eles entregaram uma carta pedindo fim das terceirizações e das privatizações no transporte metroferroviário, redução da tarifa, investigação das denúncias de corrupção e punição dos responsáveis.

“Foi uma reunião formal, sem avanços, não esperávamos nada além disso. Os governos só se movem quando as pessoas vão para as ruas”, relatou Altino de Melo Prazeres, presidente dos Metroviários, uma das lideranças recebidas na secretaria. “Apresentamos e explicamos a pauta. Eles foram respeitosos e protocolaram nossa carta. Pedimos a abertura de uma negociação com o secretário de Transportes Metropolitanos. Ficaram de dar resposta hoje ou amanhã. São várias as pautas que queremos tratar, mas o principal tema é a corrupção. Se o metrô teve prejuízo, queremos que o dinheiro seja devolvido, para ser investido em mais metrô.”

Enquanto dirigentes e burocratas dialogavam dentro do prédio, os manifestantes formaram na rua um grande círculo para queimar um boneco de pano – com cartola, terno, gravata e nariz grande, simbolizando o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e os empresários corrutos – e uma catraca. Durante a marcha, podia-se ler faixas com os dizeres: “Por 20 centavos derrubamos a tarifa, por 425 milhões nós derrubaremos o Alckmin”, “Chega de sufoco, fora máfia dos transportes”, “Fora Alckmin”, “Metrô sim, monotrilho, não”, “2% do PIB para o transporte metroferroviário público, estatal e de qualidade” e “Só o socialismo acabará com as crises”.

CONTINUIDADE


“Cada roubo desses é como se estivéssemos cortando na carne do Estado e dando de presente para as multinacionais”, explicou o presidente dos Metroviários, antes mesmo de começar a marcha. “Queremos investimento maior no metrô e na CPTM. Não tem mais condição de ficar investindo apenas no transporte rodoviário. Queremos prisão dos diretores de todas as empresas responsáveis pelo cartel. Todos os contratos devem ser suspensos até o final das investigações. As empresas não podem vir ao país, admitir que roubaram e o governo continuar pagando.”

O presidente dos Ferroviários, Everson Craveiro, endossa as críticas, destacando a má gestão da CPTM. “A administração da empresa é ridícula: eles primeiros compram trens novos, para aparecer na imprensa, e só depois, quando começam as panes e os acidentes, é que vão se preocupar em investir nas subestações elétricas, estações, sinalizações e trilhos”, argumenta. “É a mesma coisa que comprar uma Ferrari para andar em estrada de terra. É por isso que os trens novos vivem quebrando. O governador tem realmente muita coisa para explicar.”

“Esse foi um ato-denúncia frente a todos os escândalos de desvios de verbas no metrô e na CPTM”, definiu Nina Cappello, membro do Passe Livre, logo após o término da passeata. “Queremos denunciar essa lógica de administração dos transportes em São Paulo, que funciona para dar lucro para os empresários e não para atender às necessidades dos usuários e da população. Foi um protesto muito bom: conseguimos dialogar com a população, a marcha cresceu muito durante seu trajeto. Não vamos nos calar diante dos escândalos e não deixaremos de lutar por um transporte efetivamente público.”

Nina lembra que, na época em que a população estava nas ruas exigindo a redução da tarifa de ônibus, metrô e trens na cidade, a maior justificativa do governo estadual – e também do municipal – era a de que não havia dinheiro disponível em caixa para arcar com uma passagem mais barata. “Com essa manifestação fazemos a mesma crítica que fazíamos quando exigimos a revogação do aumento de 20 centavos. Em junho, eles diziam que não tinham recursos para baixar a tarifa, mas agora vemos que o dinheiro do transporte público está indo para o bolso dos empresários e não em investimentos para melhorar a vida da população. Então, tem dinheiro, e nós, usuários e trabalhadores, queremos decidir pra onde esse dinheiro vai. A reivindicação é a mesma, são apenas elementos diferentes.”

NINJA


A PM acompanhou toda a manifestação com 350 policiais. “Queremos garantir o exercício de reunião desde que se mantenha de forma pacífica e ordeira. Usamos todos os recursos possíveis para evitar qualquer tipo de quebra da ordem por parte de oportunistas que se aproveitam as manifestações para provocar pequenos furtos e danos ao patrimônio”, explicou o coronel Marcelo Pignatari, comandante da operação, mesmo oficial que reprimiu o terceiro protesto pela redução da tarifa, em 11 de junho, que acabou em violência policial. Pignatari disse que trabalharia para “individualizar” atos de vandalismo em vez de atentar contra todos os manifestantes em caso de depredação.

Questionado pela RBA, o coronel não negou que houvesse policiais à paisana, conhecidos como P2, infiltrados na marcha. “Isso sempre teve. Estamos fazendo tudo dentro da lei.” A PM estava munida de câmeras de vídeo para fazer seus próprios registros do protesto. Um oficial chamado Giampaolo tinha preso ao peito um equipamento conhecido como Go Pro, utilizado para fazer imagens em movimento. Alguns manifestantes brincaram imediatamente, dizendo que se tratava de um PM Ninja, em alusão ao Mídia Ninja, grupo que se notabilizou ao registrar imagens ao vivo com uso de celulares das manifestações de junho.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Inadimplência vai cair. Não se assuste com a Globo



A “inadimplência” se tornou tema obrigatório da pauta da imprensa Golpista.

… texto do Indicador Serasa Experian de Perspectiva da Inadimplência  … aponta que a perspectiva da inadimplência do consumidor teve recuo de 1,5% em maio de 2012, na comparação com abril/12. Como, por sua metodologia de construção, o indicador possui a propriedade de antever os movimentos cíclicos da inadimplência com seis meses de antecedência, a sequência de quedas mensais realizadas pelo indicador sinaliza que a inadimplência do consumidor, após ter subido ininterruptamente desde o início de 2011, deve se estabilizar e, posteriormente, entrar em trajetória de recuo ao longo do segundo semestre deste ano.




Até o Globo Repórter, com o incomparável Sergio Chapelin, a mais bela voz do Brasil, decidiu fazer um estudo sobre a inadimplência no Brasil.
A “inadimplência” se tornou tema obrigatório da pauta da imprensa Golpista.
Sim, como a provisória desacelaração da economia.
Na capa da Folha (*) desta sexta-feira, a propósito do que disse a Dilma (“o importante não é o PIB, mas a criança”), há o emprego de um verbo que não costuma frequentar manchetes escandalosas: “Com o PIB em queda, Dilma DESDENHA do indicador” !
O PiG (**) não se controla !
Sobre o PIB, cabe lembrar o que tem dito o Delfim Netto no Valor: no fim do ano, a economia vai rodar à base dos 4% anuais.
O que reforça o que diz a OCDE: o será Brasil a primeira economia a sair da crise (mundial).
Sobre a inadimplência, o Delfim contou a história do Zezinho.
O Zezinha não tinha dívida.
Vivia muito bem com a renda de R$ 2.000.
Aí, o Zezinho comprou um Minha Casa Minha Vida e passou a ter uma dívida de R$ 500 por mês.
O nível de endividamento do Zezinho se tornou gigantesco !!!
Que horror !
Na penúltima reunião do Copom, a análise do Banco Central sobre a execução da política monetária não revela a MÍNIMA preocupação com a rigidez dos bancos brasileiros – ou seja, não teme o calote, a inadimplência.
Quem reclama muito da inadimplência é o Banco do Luciano Huck, como boa desculpa para não reduzir os spreads.
A “crise da inadimplência” nada mais é do que uma das periódicas crises golpais (e globais).



Em tempo: a manchete da seção de Economia do Globo (sempre O Globo !) é reveladora: “Grande nação, mas o PIB …” “Presidente diz que número (do PIB) não pode medir um país”. Interessante. É que a Globo do Roberto Marinho gostava mesmo é do tempo em que o PIB era espetacular e a Nação uma desgraça. A ponto de o próprio general presidente dizer que a Economia ia bem e o povo ia mal. Aí, o Roberto Marinho deitava e rolava. Os filhos dele – que não têm nome próprio – têm que ralar mais.


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

CPI da Veja: Ali Kamel desconvoca Paulo Preto

Como diria a Globo, vale a pena ler de novo, pois Cerra é, na verdade, “o número 1 da Delta”.


Os âncoras do Rio e de Brasília e a repórter de Brasília do Bom (?) Dia Brasil resolveram que o Paulo Preto não vai depor na CPI do Robert(o) Civita.

Decidiram e está decidido.

É o que o observou o amigo navegante Cornelio:

cornelio carlos de alencar
o bom dia brasil acaba de omitir na cara dura a convocaçao de PAULO PRETO NA CPMI DO CACHOEIRA. mostra sem pudor a canalhice do PIG.


É que o Paulo Preto começa a doer.

Imagine, amigo navegante, só imagine quantos telefonemas o Padim Pade Cerra trocou com o Ali Kamel, o Merval (que omite o Paulo na sua inútil colona (*) no Globo) e os filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio.

Como se sabe, a Conceição Lemes no Viomundo, já deu os detalhes da imaculada empreitagem do insigne Paulo Preto, no governo (?) Cerra, com o Fernando Cavendish, na marginal (sic) de São Paulo.

Como diria a Globo, vale a pena ler de novo, pois Cerra é, na verdade, “o número 1 da Delta”:

São Paulo fez contratos de quase um bi com a Delta; Paulo Preto assinou o maior deles, no governo Serra



por Conceição Lemes

Nesta semana começam efetivamente os trabalhos da CPI que investigará as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos, autoridades e empresários. Um dos alvos, a Delta Construções, de Fernando Cavendish. Suspeita-se, com base em informações da Operação Monte Carlo, realizada pela Polícia Federal (PF), do envolvimento da empresa com Cachoeira.

No dia da instalação da CPI do Cachoeira, 19 de abril, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), ao ser questionado sobre os contratos da Delta com o Estado de São Paulo, disse não estar preocupado com eles, segundo a Folha de S. Paulo: “Nem sei se tem [contratos], se tem são ínfimos ”.

A verdade é outra. Levantamento feito pelo blog Transparência SP revela que, de 2002 a 2011, a Delta fechou pelo menos 27 contratos (incluindo participação em consórcios) com empresas e órgãos públicos do governo do Estado de São Paulo.

Na lista de contratantes,  Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Somam cerca de R$ 800 milhões em valores nominais. Em valores corrigidos (considerando a inflação do período) chegam a R$ 943,2 milhões.


Desses R$ 943,2 milhões, R$ 178, 5 milhões foram celebrados nas gestões Alckmin (2002 a março de 2006 e de janeiro de 2011 em diante) e R$ 764,8 milhões no governo de José Serra (janeiro de 2007 a abril de 2010).

DERSA CONTRATOU DELTA PARA A NOVA MARGINAL DO TIETÊ POR  R$ 415.078.940,59

O maior contrato da Delta com órgãos e empresas do governo do Estado de São Paulo foi com a Dersa para executar a ampliação da marginal do rio Tietê: R$ 415.078.940,59 (valores corrigidos)

Apesar de condenada por ambientalistas, geólogos e urbanistas, a Nova Marginal do Tietê foi anunciada em 4 de junho de 2009, com bumbos e fanfarras, pelo então governador José Serra (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (hoje PSD, na época DEM).


Na época, o portal do governo do Estado de São Paulo informou: Investimento de R$ 1,3 bilhão prevê, além de novas pontes e viadutos, plantio de cerca de 83 mil árvores e implantação de ciclovia.

“irá o tempo das viagens em cerca de 35%; “tráfego para as rodovias Castelo Branco, Ayrton Senna, Dutra, Fernão Dias, Anhanguera e Bandeirantes terá fluxo mais rápido”; junto com o Rodoanel e o Complexo Anhanguera, a Nova Marginal pretende aliviar o trânsito nas principais interligações de bairros de São Paulo e evitar o trânsito de veículos de passagem por bairros e o centro da cidade”.

Serra ainda afirmou:

“É uma obra que é financiada com recursos do Tesouro e com dinheiro público das concessionárias, que é dinheiro do pedágio, segundo projeto e orientação do próprio Governo”.

”é uma obra que está tendo todo o cuidado ecológico, o que não é tradição em São Paulo, pois as obras e a devastação andavam de mãos dadas, mas isso acabou nos tempos atuais”.

A obra tinha dois lotes: 1 e 2. A concorrência do chamado lote 2 foi vencido pelo consórcio Nova Tietê, liderado pela Delta (participação de 75% a 80%).

Extrato do contrato assinado em 13 de maio de 2009 e publicado no dia seguinte no Diário Oficial Empresarial revela o valor da obra: R$ 287.224.552,79.


PAULO PRETO E DELSON AMADOR ASSINAM O CONTRATO  PELA DERSA COM A DELTA

O consórcio da Delta venceu a licitação para o lote 2 da Nova Marginal do Tietê com uma diferença de R$ 2,4 milhões em relação ao segundo colocado, o Consórcio Desenvolvimento Viário (EIT – Empresa Industrial Técnica S/A — e Egesa Engenharia), que, por sinal, ganhou o lote 1.

Curiosamente 1: 1 ano 4 meses depois, o consórcio da Delta conseguiu um “aditamentozinho” de R$ 71.622.948,47 no contrato.


Curiosamente 2: Na época da licitação, Paulo Vieira de Souza era diretor de Engenharia da Dersa, e seu presidente Delson José Amador, que acumulava a superintendência do DER.

Paulo Vieira de Souza é o Paulo Preto, ou Negão, como é mais conhecido. Até abril de 2010 foi diretor da Dersa. Com uma extensa folha de serviços prestados ao PSDB, foi apontado como arrecadador do partido e acusado pelos próprios tucanos de sumir com R$ 4 milhões que seriam destinados à campanha do então presidencial José Serra. O dinheiro teria sido levantado principalmente junto a empreiteiras com as quais ele possuía relações estreitas.

O nome de Paulo Preto apareceu ainda na investigação feita pela Polícia Federal que resultou na Operação Castelo de Areia. Na ação, executivos da construtora Camargo Corrêa são acusados de comandar um esquema de propinas em obras públicas.

Delson Amador também apareceu na Operação Castelo de Areia. Assim como Paulo Preto, seu nome constava da apreendida pela Polícia Federal na Camargo Corrêa.

Em 1997, durante a presidência de Andrea Matarazzo, Amador virou diretor da Cesp. Aí, foi responsável pela fiscalização de obras tocadas pela Camargo Corrêa, como a Usina de Porto Primavera, e a Ponte Pauliceia, construída sobre o Rio Paraná para ligar os municípios de Pauliceia, em São Paulo, e Brasilândia, em Mato Grosso do Sul. Amador foi ainda chefe de gabinete de Matarazzo na subprefeitura da Sé.

HERALDO, O FORAGIDO, É QUEM ASSINOU PELA DELTA O CONTRATO DA NOVA MARGINAL

Curiosamente 3: Certidão emitida pela Junta Comercial de São Paulo mostra que o representante legal do Consórcio Nova Tietê é Heraldo Puccini Neto, diretor da Delta Construções para São Paulo e Sul do Brasil.

Escutas realizadas com autorização judicial revelam que é um dos interlocutores mais próximos de Cachoeira. Documentos disponibilizados na internet referentes ao processo contra Carlinhos Cahoeira no Supremo Tribunal Federal (STF) mostram a proximidade  de Heraldo com o bicheiro e como a quadrilha preparava editais para ganhar licitações.


É possível que esse mesmo modus operandi tenha sido aplicado pela Delta em várias licitações como as feitas pelo governo do Estado de São Paulo.

Heraldo teve a prisão decretada pela Justiça Federal na semana passada. Foi a partir de investigações realizadas no âmbito da Operação Saint Michel, braço da Monte Carlo.

Um grupo de policiais civis de Brasília chegou às 6 horas da última quarta-feira 25 ao apartamento dele, no Morumbi, em São Paulo. Heraldo não estava nem foi localizado pela polícia. É considerado foragido da Justiça.

Curiosamente 4: Num despacho de setembro de 2011 do Tribunal de Contas de São Paulo (TCE-SP) referente ao contrato da Nova Marginal, aparecem juntos Paulo Preto, Delson Amador e Heraldo Puccini Neto. Os dois primeiros como contratantes. O último como contratado.


DEPUTADOS PEDEM AO MP QUE APURE INDÍCIOS DE IRREGULARIDADES

A essa altura algumas perguntas são inevitáveis:

1. Considerando que o senador Demóstenes Torres é sócio oculto da Delta e apoiou José Serra em 2010, será que dinheiro da Nova Marginal do Tietê irrigou a campanha do tucano à presidência?

2. Entre os R$ 4 milhões que teriam sido arrecadados por Paulo Preto e não entregues ao PSDB, haveria alguma contribuição da Delta?

3. Paulo Preto ou Delson Amador teve algum contato direto com Cachoeira?

Na sexta-feira 27, parlamentares paulistas protocolaram representação no Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE-SP) para que investigue indícios de irregularidades, ilegalidades e improbidades nos contratos formalizados pela Dersa com empresas e consórcios, entre os quais o Consórcio Nova Tietê, capitaneado pela Delta.

Encabeçada pelo deputado estadual João Paulo Rillo e assinada por Adriano Diogo, ambos do PT-SP, a representação pede que o MP apure possíveis atos de improbidade administrativa praticados por José Serra, Paulo Preto e Delson Amador, diante de sinais de superfaturamento das obras de ampliação da Marginal Tietê.

A propósito. Lembram-se que, em 2009, durante o lançamento da Nova Tietê, José Serra disse: “é uma obra que está tendo todo o cuidado ecológico, o que não é tradição em São Paulo, pois as obras e a devastação andavam de mãos dadas, mas isso acabou nos tempos atuais”?

Na ocasião, a propaganda do governo estadual indicava que as pistas seriam cercadas por frondosas árvores e arbustos. E a secretária de Saneamento e Energia, Dilma Pena (atualmente preside a Sabesp), ressaltou a importância de recuperar o espaço das margens do Tietê com uma via parque, uma ciclovia e o plantio de 65 mil mudas.


Pois bem, dois anos após o término das obras, a marginal Tietê ainda está à espera das 65 mil mudas que deveriam ter sido plantadas pelo governo paulista como compensação ambiental, em 2010.  Ainda árvores morreram ou não se desenvolveram no solo árido das margens do rio.  A falta de árvores foi conStatada em perícia realizada pelo Sindicato dos Arquitetos. A entidade move ação civil pública contra a Dersa, que, como responsável pela obra, é obrigada a repor cerca de 30% dos espécimes.

Será que a Nova Marginal do Tietê, além de mãos dadas com a devastação, também se banhou na cachoeira preta?

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O problema não é a Fátima (5,9%). É a Globo

A distância que vai do tele-teleprompter à Oprah Winfrey é a que separa o genial do ridículo.

O que voce vê na foto é um tigre de papel


Nesta quinta-feira, o SBT deu 6,3%, a Fátima, 5,9% e a Record, 4,8%.

Isso é a média no horário, segundo prévia do Globope e, geralmente, a Globo melhora no Globope, depois que o jogo acaba.

Nenhum programa da televisão brasileira foi tão badalado quanto o da Fátima.

Só a estreia da seleção brasileira na Copa.

O que deu errado ?

A Fátima ?

Não, a Fátima sempre foi a Fátima, como o Bonner sempre foi o Bonner.

Se tirar do meio do sanduíche das novelas das Sete e das Oito … é isso aí.

A distância que vai do tele-teleprompter à Oprah Winfrey é a que separa o genial do ridículo.

O problema é a Globo.

A Globo perdeu a mão.

O Brasil se mudou e a Globo faltou ao Encontro.

A Globo está em busca da Classe C ?

Isso é uma quimera.

A Classe C é do tamanho de uma Espanha, de uma Argentina vezes dois, vezes três.

Conquistar a Classe C, saber o que é, o que pensa e o que quer a Classe C é tão difícil quanto entender a Miriam Urubóloga, quando ela diz assim … “o problema da economia brasileira”…

A Globo está como o PSDB e o Fernando Henrique: agora, somos da Classe C !

A Globo, o PSDB e o Fernando Henrique são de um Brasil que ficou pra trás.

A Classe C está em toda parte.

As Classes A, B, C e D são tão parecidos quanto Cerra e o Max.

Distinguí-las exige mais do que 1001 pesquisas.

Saber como tocar neles, chegar a eles, provocar emoção – aí, amigo, tem que perguntar ao Dias Gomes, ao Boni.

Do novo Brasil, de A, B, C, D e Z  a Globo não entende mais.

Ou melhor, o jornalismo da Globo.

O jornalismo da Globo não entende mais nem de fazer telejornalismo.

Telejornalismo na era da internet.

Continua a fazer o telejornalismo do Armando Nogueira – com uma inclinação política ainda mais nociva.

Nesse campo, a Globo brinca com fogo.

É bom ela não esquecer que explora um bem público – o espectro eletro-magnético, em regime de provisória concessão.

O que tem a Globo ?

A teledramaturgia.

Que, no Brasil, é uma invenção dela.

A carpintaria é dela, o léxico é dela.

Nisso, ela é hegemônica.

Porque é quem faz melhor o produto que ela mesma criou.

É a Coca-Cola das emoções.

Então, vai dizer que a Globo domina a Classe C quando exibe novelas ?

Vai dizer que a Avenida Brasil é boa só porque retrata a Classe C do Divino ?

Tá.

Me dá um Marcos Caruso que eu te dou a Classe A, B, C, D …

Nas telenovelas ela domina porque faz um bom produto.

Criou o mercado e o produto.

No resto, ela perdeu a mão.

Não sabe mais onde o Brasil se localiza.

Se na Metrópole ou na Colonia.

Se em Madureira ou em Marechal.

(Na Barra é que não é.)

Pode botar todos os programas da Globo para chamar o jornalismo da Globo.

Jogar toda a mídia espontânea em cima.

Dá nisso: 5,9%.

Fora da dramaturgia, a Globo é um tigre de papel.


Paulo Henrique Amorim

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Inadimplência? Urubóloga para o programa da Fátima!


A inadimplência não assusta ninguém. É apenas uma desculpa dos bancos para não reduzir mais os spreads.

Se o amigo navegante teve o desprazer de assistir à Urubóloga no Bom (?) Dia Brasil, terá percebido que ela substituiu um alarmismo por outro.

Na Rio+20 foi o aquecimento da Terra, que a Dilma não conseguiu impedir, porque não teve audácia.

A Terra vai derreter e as calotas polares vão se fundir junto.

Clique aqui para ver como o professor Conti desmascara os “cientistas do Verdismo alucinado”.

Passada a Rio+20 e antes que se chegue a um esfriamento da Terra – previsto pelos melhores cientistas -  a Urubóloga, agora, dissemina um novo pânico: a inadimplência.

É um blefe.

A inadimplência não assusta ninguém.

É apenas uma desculpa dos bancos para não reduzir mais os spreads.

E, como sempre, o PiG (*) dança o minueto dos bancos.

A nota sobre Política Monetária e Operações de Crédito em maio de 2012 do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, não revela o mais longínquo temor com a inadimplência.

Faz uma única observação:

A inadimplência do crédito referencial, considerados os atrasos superiores a noventa dias, alcançou 6% em maio, após elevação de 0,1 p.p. no mês. A taxa relativa às operações com pessoas físicas subiu 0,2 p.p., atingindo 8%, enquanto a de pessoas jurídicas permaneceu estável em 4,1%.

Nada de anormal.

Nada de excepcional.

A rigor, a inadimplência está em queda.

E a expansão do crédito no Brasil se dá segundo regras muito mais rígidas que as internacionais.

A inadimplência não é nada que abale a estrutura do sistema bancário ou das famílias.

O crédito que mais cresce é o habitacional, onde a inadimplência é baixíssima.

Veja, amigo navegante, o que é fundamental, na análise do Banco Central – e foi devidamente subestimado pelo alarmismo piguento (*):

- o crédito subiu 18% em doze meses;

- a relação crédito/PIB chegou a 50,1% ! (era de 30% nos sombrios anos FHC/Cerra)

Ou seja, o Brasil empresta mais e as pessoas e as empresas tomam mais emprestado.

Que horror !

- os empréstimos destinados à pessoa física,  por causa do crédito pessoal – cresceram 15% em doze meses;

- o crédito habitacional – com dinheiro da poupança e do FGTS – subiu 42%.

Isso, sim, é que é um horror !!!

A taxa média de juros caiu 7% em relação a maio do ano passado: “É O MENOR PATAMAR REGISTRADO NA SÉRIE HISTÓRICA INICIADA EM JUNHO DE 2000”, diz a nota do Banco Central.

Foi aí que a Urubóloga cortou os pulsos !

- Os spreads,  com “inadimplência” e tudo, caíram 2,4 pontos percentuais nos empréstimos a pessoas físicas.



Sabe por que a inadimplência subiu, amigo navegante ?
Porque os bancos começam, agora, a aprender a quem emprestar.
Antigamente era uma moleza.
Era só emprestar ao Governo, com taxas estratosféricas.
Não havia risco nenhum.
Agora, com taxas mais baixas juros, mais competição e mais dinheiro na praça, os bancos têm que aprender a fazer o que é essencial no negócios deles – análise de risco.
E aí a porca torce o rabo.
O Brasil e as famílias não vão quebrar.
Os bancos também não.
O Banco Central está de olho.
Mas, os bancos vão ter que fazer o dever de casa.
Amigo navegante, amanha de manhã, troque de canal.



Em tempo: o ansioso blogueiro tem a solução para o programa da Fátima Bernardes.

Chamar a Urubóloga para explicar a crise do Euro.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.