A vocação de mosca de O Globo
Fernando Brito
O mundo vive a maior tensão econômica desde 2008, com a queda de
braço entre os produtores de petróleo convencional e o “fracking” do
xisto que ameaça romper o equilíbrio energético do planeta.
Em três meses, o preço mundial do petróleo caiu mais de 50%.
Ontem, queda de 6%. Hoje, mais queda, quase igual.
E o que faz O Globo?
Zumbe como uma mosca em volta da Petrobras.
“Barril do petróleo a US$ 50 traz dúvidas sobre viabilidade do pré-sal”.
Poderia ser traduzida como “Vendam, entreguem, façam algo para se livrar deste mico”, não é?
E se não é viável para a empresa que já detém quase toda a outorga para explorar as jazidas conhecidas (ou semiconhecidas) da área, também não seria para as outras petroleiras?
A leitura da matéria mostra que nenhum dos especialistas consultados acha que é inviável a exploração do pré-sal, obvio.
Porque não é.
E não é desastroso para a Petrobras, mais que para outras petroleiras, a queda no preço do petróleo, porque a curva de produção está apenas no início de elevação, com pico a daqui a mais de cinco anos.
A queda do preço permite conjugar, sem traumas, a elevação do dólar com a não-elevação do preço ao consumidor, internamente, aliviando suas pressões de caixa.
E, muito ao contrário, leiloar áreas do pré-sal, agora, seria entregar a preço de banana o que, ninguém tem dúvidas, vai coltar aos altos patamares de preço que tinha antes.
É tudo o que o Globo quer.
O Globo é a mais perfeita tradução da raposa que não alcançou as uvas.
Estavam verdes, aquelas porcarias, não é?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comentários sujeitos a moderação.