Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 25 de abril de 2016

GALERIA DOS HIPÓCRITAS.Preso por golpe contra o Banco do Brasil, Ruy Muniz enganou eleitores dizendo que foi por “resistência à ditadura”; vejam o vídeo

Preso por golpe contra o Banco do Brasil, Ruy Muniz enganou eleitores dizendo que foi por “resistência à ditadura”; vejam o vídeo


 
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por Conceição Lemes
A hipocrisia despudorada da deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG), na sessão da Câmara de 17 de abril de 2016, jamais será esquecida.
Ao proferir o 303º voto a favor da abertura do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, a saltitante parlamentar afirmou:
“Meu voto é em homenagem às vítimas da BR-251. É para dizer que o Brasil tem jeito, e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão.
O meu voto é por Tiago, David, Gabriel, Mateus, minha neta Júlia, minha mãe Elza. Meu voto é pelo Norte de Minas, é por Montes Claros, é por Minas Gerais, meu voto é pelo Brasil.
Sim, sim, sim, sim, sim, sim…”
Foram 35 segundos de glória, que, menos de 12 horas depois, desabaram nas páginas policiais.
O prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB), que é seu marido, foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã da última segunda-feira, 18 de abril, na operação Máscara da Sanidade II – Sabotadores da Saúde. Além de Ruy Muniz, foi presa a secretária de Saúde do município, Ana Paula Nascimento.
Ruy Adriano Borges Muniz e Ana Paula Nascimento são acusados de fraude na gestão pública de Saúde.
Eles teriam retido recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) destinados a quatro hospitais filantrópicos e públicos da região, para beneficiar um privado, o Hospital das Clínicas “Mário Ribeiro”, que é do prefeito.
Na coletiva de imprensa após a prisão, os delegados da PF disseram que:
o prefeito denegria a imagem de hospitais públicos e filantrópicos da região, inclusive utilizando veículos de comunicação da região, para favorecer o seu hospital;
ele [o prefeito] alegava que os hospitais devidamente credenciados e que deveriam receber repasses não estavam cumprindo os requisitos básicos e exigências da lei para que os recursos fossem repassados. Ao invés de adotar outras medidas para que o serviço fosse prestado da forma adequada, sem sacrificar a saúde financeira do hospital, ele simplesmente não repassava o recurso e deixava que as unidades passassem dificuldades e não conseguissem atender a demanda da sociedade. Foi identificado que em alguns casos, recursos provenientes do SUS estavam sendo desviados em detrimento dos hospitais credenciados para favorecer um hospital particular;
o município reteve R$ 16,5 milhões, que seriam destinados as quatro unidades hospitalares, e que atendem mais de 1,6 milhão de pessoas por mês e que, portanto, foram afetadas. Segundo as investigações, apenas em outubro de 2015, 37 mil procedimentos deixaram de ser feitos.
Ruy Muniz deve responder pelos crimes de falsidade ideológica majorada, dispensa indevida de licitação pública, estelionato majorado, prevaricação e peculato. Pode pegar até 30 anos de cadeia.
“Mais um moralista sem moral”, detona o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG). “A fama do Ruy Muniz é de corrupto; ele não tem currículo, tem ficha corrida.”
O jornalista Luís Carlos Gusmão, do blog Em cima da notícia, de Montes Claros, denuncia aoViomundo: “O Ruy Muniz vive praticando golpes. O primeiro, em 1987, foi o roubo do Banco do Brasil; ficou preso durante 14 meses”.
O GOLPE CONTRA O BANCO DO BRASIL: R$ 12 MILHÕES EM VALORES ATUAIS
A atual prisão é a segunda na vida de Ruy Muniz. A primeira foi, mesmo, em 1987.
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O golpe aconteceu em 4 de maio de 1987. Resultou num desfalque de Cz$ 39,45 milhões (a moeda da época era o cruzado).
Em valores atuais seriam R$12 milhões.
Ruy Muniz, então com 27 anos e estudante de Medicina, e o bancário Setembrino Lopes Filho, arquitetaram e executaram o crime.
Naquela época, os pagamentos de prefeituras que tinham conta no Banco do Brasil eram autorizados por mensagem de telex. A prefeitura encaminhava um telex com sua senha e o banco realizava o pagamento.
Setembrino Lopes, que era funcionário do Banco do Brasil, conseguiu a senha da Prefeitura de Janaúba, município também no Norte de Minas.
Matéria de O Jornal, de Montes Claros, de 16 e 17 maio de 1987, dá detalhes. Segue um trecho:
Segundo o secretário de Segurança Pública, Sidney Safe da Silveira, o golpe começou quando Setembrino Lopes Filho conseguiu a chave secreta para liberação de ordem de pagamento da Prefeitura de Janaúba, no Banco do Brasil, número que varia diariamente.
A quadrilha alugou, então, um telex e, através dele, remeteu, no dia quatro de maio, ordem de pagamento usando o indicativo do Banco do Brasil de Janaúba para a agência da Savassi, em Belo Horizonte, para que fosse liberado o dinheiro para Luiz Roberto de Souza Marques; nome falso com o qual Ruy Muniz abriu conta em agência do Banco Real, na capital.
Quando a ordem chegou, o médico foi ao banco da Savassi, com a identidade falsa, e de lá mesmo liberou “DOC” para sua conta no Banco Real.
Posteriormente, os membros da quadrilha dividiram o dinheiro em várias parcelas que foram aplicadas em diversos bancos de investimentos. Eles receberam desses bancos cheques endossados com os quais começaram a comprar dólares ao que seria a terceira fase da “lavagem” do dinheiro, após o que seria impossível localizar os criminosos.
Em um vídeo para a campanha a prefeito de 2012, Ruy deu sua versão do caso.
Disse que o golpe contra o BB tinha sido uma “ideia romântica de tirar dinheiro do governo de direita para ajudar os pobres”, foi “em nome de ideal”.
A narradora diz que “Ruy virou preso político e foi levado para um dos mais tenebrosos símbolos da ditadura”.
Contando apenas, é impossível acreditar. Ruy aposta na falta de memória e na desinformação dos eleitores em relação a esse período da história do Brasil. Abusa da boa fé deles.
O vídeo foi publicado no YouTube por um militante político, que se identifica como participante da resistência à ditadura militar, na década de 70, “indignado com as mentiras descaradas” do então candidato a prefeito Ruy Muniz.
Assista:
ESTELIONATÁRIO, SIM. PRESO POLÍTICO, NÃO.
“Essa história de preso político é a maior lorota. Foi a versão que o Ruy usou no calor do debate eleitoral para justificar o roubo do Banco do Brasil”, afirma Luís Carlos Gusmão. “Sua prisão não teve nada a ver com questões ideológicas.”
Ruy aplicou o golpe contra o BB em maio de 1987. A ditadura militar (1964 a 1985) já havia acabado. Um civil, José Sarney, estava na presidência da República.
Junto com vídeo, o militante político postou a seguinte mensagem:
Você, telespectador, acredita mesmo que Ruy Adriano Borges Muniz roubou para dar dinheiro aos pobres? Ou para combater a ditadura? Pois devia saber que o fato narrado (roubo do Banco do Brasil) na realidade ocorreu em 1987, quando a ditadura já havia acabado. Ruy Muniz, empresário do rendoso mercado da educação privada, está menosprezando o conhecimento de história do Brasil dos montesclarenses.
Como militante político que participou da resistência à ditadura militar, na década de 70, eu fico indignado com mentiras descaradas como esta deste autointitulado “ex-esquerdista romântico” que deu um golpe financeiro “para dar aos pobres”.
Os assaltos a bancos para financiar guerrilhas na luta contra a ditadura eram feitos por organizações políticas de esquerda. Isto aconteceu, de 1969 até meados de 1973. Os métodos podem ser questionados, mas jamais sua finalidade.
É esta confusão que o “profe$$or” quer fazer!
Quer estar no mesmo patamar daqueles que arriscaram ou deram a vida pelas liberdades democráticas. É totalmente diferente do desfalque de 1,34 milhão de dólares no Banco do Brasil, acontecido em 04 de maio de 1987, nas agências de Janaúba e Savassi, de BH.
Este foi um ato de um bandido de colarinho branco e seus 2 comparsas, para benefícios próprios. Ruy foi preso e confessou o crime. Não fez uma declaração sobre luta política. Até porque o Brasil vivia um momento de redemocratização, de debate da nova Constituição, promulgada em outubro de 1988.
Ele não conseguiria enganar ninguém. Ruy foi condenado, não como prisioneiro político como aqueles que lutaram contra a ditadura. Foi preso como estelionatário comum, pelo DOPS.
Através de mexidas políticas foi transferido para a cadeia de Montes Claros e posteriormente libertado, algum tempo depois, com o abatimento de alguns anos do que deveria passar na cadeia.
Coisas da (in)justiça brasileira.
– E o PT, o Lula, o que tem a ver com a história do golpe contra o BB? – quem assistiu ao vídeo deve estar se perguntando.
Nada. Nada. Nada.
Só que, malandramente, Ruy começa a sua fala no vídeo mencionando o Partido dos Trabalhadores e Lula. Uma tentativa óbvia de levar o eleitor incauto a crer que o golpe se deu na época em que ele estava no PT.
Por isso, aos fatos:
* Ruy ficou no PT pouco mais de um ano. Em 1982, lançou-se candidato à Prefeitura de Montes Claros e perdeu.
* No final de 1983, foi expulso. “Ele não se enquadrava no perfil do partido, naquela época mais à esquerda, linha definida por integrantes de pastorais da Igreja Católica”, afirma o blogueiro Gusmão.
* Ou seja, quando aplicou o golpe no BB, ele não tinha nada a ver com o PT há mais de três anos.
De lá para cá, Ruy já passeou pelo PDT, DEM, PRB e agora está no PSB:
* Em 1986, Ruy foi candidato a deputado estadual pelo PDT, mas não se elegeu.
* Em 2004, ele se filiou ao PFL, hoje Democratas (DEM), pelo qual se candidatou a vereador e foi eleito. Acusado de compra de votos, teve seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral. Decisão posteriormente revertida.
* Em 2006, foi eleito deputado estadual, também com a acusação de compra de votos.
* Em 2008, candidatou-se a prefeito de Montes Claros, mas acabou derrotado.
* Em 2009, voltou a ocupar a cadeira de deputado estadual. Foi eleito líder do DEM na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
* Em 2010, candidatou-se a deputado federal, ficando na quarta suplência do DEM.
* Em 2011, deixou o DEM e filiou-se ao PRB, do qual foi presidente regional.
* Em 2012, foi eleito prefeito de Montes Claros pelo PRB, partido que trocou recentemente pelo PSB.
Ruy Muniz é frequentemente apresentado como empresário da educação. Ele é dono da Funorte, Faculdades Unidas do Norte de Minas, a partir da qual expandiu seus interesses no ramo.
É um dos investidores na Universidade Santa Úrsula, do Rio de Janeiro.
O prefeito preso também é dono do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte.
“O RUY FAZIA E ACONTECIA E NADA OCORRIA COM ELE”
Ruy Muniz completará 56 anos no dia 2 de maio de 2016. A ficha corrida de suas burlas da lei ao longo da vida é grande.
Viomundo não endossa o conteúdo de links que reproduz na Galeria dos Hipócritas, por não ter checado as informações neles constantes. Os reproduzidos abaixo são para facilitar o trabalho de investigação colaborativa com nossos leitores.
Trabalhamos com documentos oficiais sustentados por entrevistas. No pé deste post, você pode ver a denúncia completa e oficial contra Ruy no caso que o levou à cadeia pela segunda vez.
Agora, é fato. Está amplamente demonstrado que houve hipocrisia na declaração da esposa dele, a deputada Raquel: o modo de o marido dela governar Montes Claros não é demonstração de que o Brasil “tem jeito”.
Uma reportagem publicada no jornal O TEMPO, em agosto de 2008, diz que, à época, pesavam sobre Ruy Muniz mais de 200 processos, e ainda era investigado em cinco inquéritos da PF.
Eis alguns exemplos:
Um único deputado estadual pode ter desviado dos cofres públicos mais de R$ 100 milhões nos últimos dez anos. Ruy Muniz (DEM) é suspeito de ter montado um esquema criminoso que utiliza da filantropia em benefício próprio e de familiares. Em sigilo, a Polícia Federal (PF), a Receita Federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Controladoria Geral da União (CGU) estão fazendo uma devassa nas empresas do deputado. Muniz nega a acusação e se diz vítima de uma perseguição política, já que é candidato à Prefeitura de Montes Claros.
O TEMPO teve acesso a documentos das investigações que mostram fortes indícios de envolvimento de Muniz. O esquema que ele teria montado tem ramificações em 22 Estados e tem como eixo a Associação Educativa do Brasil (Soebras). A entidade é filantrópica e mantém filiais espalhadas pelo país. Entre as instituições pertencentes à Soebras estão o Promove, a faculdade Kennedy e o Instituto Hilton Rocha.
Todas as investigações das autoridades foram baseadas em auditorias realizadas pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) na Soebras. Os relatórios da Previdência e os inquéritos da PF mostram que Muniz utilizava a entidade filantrópica para sonegar impostos, desviar recursos públicos, fraudar licitações e cometer crimes eleitorais. Ele responde ou respondeu, por meio de suas empresas, a mais de 200 processos judiciais e é investigado em cinco inquéritos da PF — sendo que em um deles já foi indiciado. Integrantes das equipes de investigação estão convencidos de que Ruy Muniz estaria preso se não fosse o foro privilegiado que o protege, já que é deputado estadual.
Por ser uma entidade filantrópica, a Soebras está isenta do pagamento de impostos federais, estaduais e municipais conforme prevê o artigo 55 da lei 8.212/91. De acordo com as investigações, Ruy Muniz incluía na contabilidade da instituição várias empresas das quais é dono para sonegar os tributos que elas deveriam pagar. Ou seja, funcionários das empresas particulares de Muniz estariam recebendo pela Soebras. A entidade é suspeita ainda de ter contratado empresas ligadas a Muniz para a prestação de serviços que não teriam sido prestados. O deputado também é acusado de ter firmado convênios com o governo federal sem licitação ou com processo licitatório suspeito e de não ter comprovado alguns dos serviços prestados.
A Soebras é dirigida por Muniz e familiares, entre eles um irmão e sua esposa. A entidade não poderia ter um dono, de acordo com a Constituição Federal, por ser filantrópica.
Ruy Muniz na CPI da Alerj
Ruy Muniz, ao depor na CPI das Universidades Privadas, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)
O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a “má gestão” das universidades privadas Sociedade Unificada de Ensino Superior e Cultura (Suesc), Cândido Mendes, Gama Filho e UniverCidade, pediu o indiciamento de seis pessoas. O documento foi votado e aprovado nesta quinta-feira (18) na Alerj e será levado ao Congresso Nacional. (…)
Dentre os indiciados estão Candido Mendes e Alexandre Kazé, da Universidade Candido Mendes (Ucam), Márcio André Mendes Costa (ex-controlador do Grupo Galileo, que administrou a UniverCidade e a Gama Filho entre 2010 e 2012), Rui Muniz, da Universidade Santa Úrsula, e Igor Xavier e Rodrigo Calvo Galindo, do Grupo Kroton, que administravam a Sociedade Unificada de Ensino Superior e Cultura (Suesc).
“A importação se dirigia a um grupo de empresas que atua sobre as vestes da filantropia, mas com propósito de extrair lucros e de promoção social de seus gestores de fato”, disse o procurador geral da república, Marcelo Malheiros, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (14), sobre a apreensão de equipamentos médicos supostamente comprados pelas associações sem fins lucrativos, Amas Brasil e Soebras. Os bens beneficiariam o grupo empresarial do prefeito Ruy Muniz e da esposa dele, deputada federal Raquel Muniz.
Os equipamentos, importados da Alemanha, são avaliados em R$ 9 milhões e estão retidos no Porto de Santos. O delegado da RFB [Receita Federal do Brasil], Gilmar Silva, explica que para que seja feita a importação toda empresa precisa estar habilitada no Sistema de Comércio Exterior, e, para comprar os bens, foi feito um pedido em nome da Amas, no valor de U$ 150 mil. Em tese, a entidade estaria livre de tributos por estar ligada à Prefeitura. Posteriormente, houve outro pedido, de valor ilimitado, com a justificativa de que a associação pegaria um empréstimo com a Soebras. (…)
Para o MPF, Ruy e Raquel utilizaram dos cargos públicos para “pressionar, intimidar e violar competências legais de auditores fiscais da Receita Federal. Com isso, objetivavam, de modo ilegítimo, facilitar e promover seus interesses econômicos”, por isso ambos respondem por ação de improbidade administrativa (…)
Os equipamentos apreendidos podem ter três destinos; leilão, doação ou incorporação ao patrimônio público.
Em nota, Ruy e Raquel Muniz negaram que sejam importadores dos equipamentos e disseram que a aquisição foi requerida pela Amas e Soebras. Informaram que as associações irão recorrer, assim que forem intimadas.
“A Amas/Soebras entrará com ação contra o delegado da Receita Federal por induzir a juíza ao erro. Outra ação será a denúncia do mesmo à Superintendência da Receita Federal. Quererem prejudicar uma entidade sem fins lucrativos, que trabalha sério em prol da educação e da saúde de Montes Claros e região”, diz a nota.
Quaisquer informação e/ou documentos aos quais nossos leitores tiverem acesso nos casos acima mencionados podem ser enviados por e-mail para galeriahipocritas@gmail.com. Agradecemos a colaboração.
SITUAÇÃO ELEITORAL COMPLICADA
A situação judicial da nobre deputada federal Raquel Muniz, esposa de Ruy, também é complicada.
Como nós já publicamos aqui, a Procuradoria Eleitoral do MPF de Minas Gerais pediu a cassação do registro ou do diploma de Raquel alegando “abuso de autoridade e de poder político, com uso da máquina administrativa em benefício de sua candidatura”. Ela e o marido correm o risco de se tornar inelegíveis por 8 anos devido a esse crime eleitoral.
Segundo a denúncia, Ruy montou esquema de captação de votos para a candidatura da mulher em 2014 prestando favores a pacientes de cidades distantes de Montes Claros, que não poderiam ser atendidos diretamente no sistema público de saúde do município. Teria sido uma espécie de fura-fila médico para garantir votos à esposa.
“Eu nunca imaginei que o prefeito acabasse preso. Até agora, o Ruy fazia e acontecia e nada ocorria com ele. Além disso, gozava de regalias com pessoas próximas da Polícia Federal”, observa o blogueiro Gusmão.
“Por exemplo, o atual corregedor da Prefeitura de Montes Claros é Geraldo Guimarães, delegado da PF aposentado recentemente. O secretário adjunto de Esportes, Antônio Eustáquio Gomes, o Toninho da Cowan, é sogro do atual delegado da Polícia Federal, o doutor Marcelo de Freitas. Sem falar no vereador Cláudio Prates, escrivão de Polícia Federal, aliado do prefeito Ruy Muniz.”
PS 1 do Viomundo: Diferentemente do que disse O Jornal, de Montes Claros, Ruy Muniz era estudante de Medicina em 1987, quando aplicou o golpe contra o BB, e não médico. Pesquisa no portal do Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRMEMG) revela que a inscrição dele na instituição como médico se deu em 1989. Em 2006, ela foi cancelada, não podendo mais exercer a medicina.
Ruy Muniz - CRM
PS 2 do Viomundo: A Soebras é a entidade filantrópica do prefeito Ruy Muniz e da deputada federal Raquel Muniz envolvida nos escândalos. Entre os bens patrimoniais da instituição, constam três aeronaves — bimotor Sêneca, jatinho Embraer Phenom e um helicóptero Robinson 66.
Abaixo, foto do interior de uma dessas aeronaves durante viagem a Minas Gerais. À bordo, o presidente da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a deputada Raquel Muniz. Ela (com a sua indefectível gravatinha) aparece atrás dele. Há suspeitas de que o jatinho teria sido usado para levar parlamentares para votar pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Ruy Muniz aviao soebras

Zé de Abreu solta o verbo no Faustão e desmente Diogo Mainardi

Zé de Abreu solta o verbo no Faustão e desmente Diogo Mainardi

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 EDUGUIM
Sabe onde anda Diogo Mainardi, leitor? Não sabe? Já perguntou pros tucanos? Não? E pra algum marqueteiro de tucano, também não?
Bem, uma hora a gente, aqui do Blog, pergunta pra eles o que sabem do lugar onde Mainardi se esconde atualmente.
E onde ele anda é em um site com um nome idiota que transforma o que deveria ser trabalho jornalístico em pistolagem política contra o PT – e só contra o PT.
O tal site se diz “antagonista”; deveria ser “antagonista do PT”, ora.
A mando e financiado por quem mesmo é o trabalho desse site? Bem, isso é uma outra história que ainda será contada.
Por enquanto, vamos falar do padrão Mainardi de (falta de) qualidade. A última barrigada do ex “enfant terrible” de Veja se deu neste domingo.
Como você pode ver na imagem no alto da página, o “antagonistazinho” previu que José de Abreu iria se humilhar em rede nacional (no programa do Faustão – argh!) porque reagiu ao ataque de uma dupla de fascistas.
Não foi o que rolou. Zé de Abreu soltou o verbo no programa em tela, na noite deste domingo.
Além de reafirmar que não se arrependeu de ter reagido a um ataque fascista de que foi vítima na semana passada, ainda defendeu Dilma, Lula e criticou os petefóbicos em geral.
Confira no vídeo abaixo – meio ruim, mas foi o que deu pra arrumar – a nova barrigada do ex-pistoleiro da Veja, que, agora, atua como pistoleiro direto dos tucanos

Faustão e a Globo “concedem” trinta minutos à democracia; Adilson Filho viu a entrevista de Zé de Abreu numa padaria do Rio

viomundo

Da Redação

Da entrevista concedida por Zé de Abreu ao Faustão, neste domingo, há um pequeno trecho que resume o que o apresentador — e possivelmente a própria TV Globo — acreditam ser “democracia” ou “liberdade de expressão”.

Num comentário, Fausto Silva disse que aquela entrevista, em si, era um exemplo de democracia, com a concessão de 30 minutos, “absurdamente”, para que Zé de Abreu expressasse suas opiniões políticas.

Fez a gente lembrar da Globo publicando seus índices de audiência nos jornais, no passado, como se equivalessem a votos — ainda que o público brasileiro não tivesse muitas escolhas, considerando o monopólio global obtido ao longa da ditadura militar.

Sim, a Globo tentava tirar sua legitimidade do Ibope como se fosse uma eleição, como se tivesse havido uma disputa limpa e igual entre as diversas emissoras para chegar à casa do telespectador.

Mais audiência, mais “votos”, mais legitimidade, diziam os anúncios da Globo.

É como se o crack “ganhasse eleição” pelo do fato de que vicia e mata mais.

Para nosso bem, agora o Jornal Nacional não seria capaz de apresentar seus 25 pontos de audiência como vitória esmagadora numa “eleição” popular.

Estamos livres dos anúncios, mas não da visão distorcida de democracia.

Se Faustão — ou a direção da Globo — decidiu conceder 30 minutos a um colega, por que o Jornal Nacional se nega cotidianamente a conceder direito de resposta aos que critica? Por que resume a opinião alheia a notas para cumprir o formalismo de que ouviu o outro lado? Por que não reproduz em seu noticiário o pluralismo da sociedade brasileira, do qual Zé de Abreu, Monica Iozzi e Letícia Sabatella são exemplos? Por que o jornalismo da Globo promoveu uma limpeza ideológica em seus quadros a partir de 2002?

Faustão expressou a visão de democracia da Casa Grande, algo fortuito, arbitrário, ao qual os adversários políticos têm direito desde que obedeçam as regras definidas pelos outros e se limitem ao tempo que lhes foi concedido.

Zé de Abreu foi muito além das explicações sobre as cusparadas que disparou em um restaurante de São Paulo. Teve a oportunidade de chamar Eduardo Cunha de “ladrão”, por exemplo (veja a íntegra no vídeo acima).

O ator também mencionou o episódio de ontem à tarde na avenida Paulista, quando houve confronto entre defensores do Pato e defensores da democracia, que organizaram um piquenique diante da TV Gazeta. O jornalista Pio Redondo, quando tentava proteger uma jovem de agressão, teve dois dentes quebrados por um agressor partidário do golpismo.

O fato de que a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo está empregando leões-de-chácara armados com paus e barras de ferro é MUITO preocupante, mas isso a Globo, indignada com cusparadas, pelo jeito ainda não acha digno de registro.

As fotos são do Mídia Ninja.



Nosso colaborador Adilson Filho viu a entrevista numa padaria de um dos lugares de maior risco para quem não concorda com a Globo, a Zona Sul do Rio:

Acabei de ver José de Abreu dando a sua versão sobre o ocorrido no restaurante.

Estava na padaria, junto a outras pessoas que também pararam para assistir. É incrível o que está acontecendo no país.

Os brasileiros, de um tempo pra cá, passaram a acompanhar a vida política como se fosse uma novela.

Foi assim que me senti, parado, junto a funcionários, clientes e o dono da padaria, vendo o personagem da semana se manifestar na telinha da TV.

Foi realmente impressionante a entrevista.

Ele falou sobre intolerância crescente, sobre combate à corrupção, sobre a quadrilha do PMDB, sobre a queda da ciclovia no Rio de Janeiro, sobre a quarta citação do vice-presidente Temer por delatores da Lava Jato, sobre a honradez da presidente Dilma… mas foi quando falou sobre a violência que sofreu, dizendo que uma mulher que chama a outra de vagabunda não merece ser chamada de mulher, que arrancou aplausos do auditório e foi fazendo o recinto esvaziar aos poucos.

Eu fiquei pensando sobre a reação dele ao ataque dos fascistas e consigo compreendê-lo totalmente.

Honestamente, não sei como reagiria, na hora, tendo que lidar com dois loucos descontrolados no meio de um jantar com minha família.
Ele cuspiu, poderia ter jogado a mesa no chão ou dado logo uma tapa no meio da venta do sujeito.
É sempre difícil prever uma reação sob forte impacto emocional. Mas acho que alguma lição temos que tirar, e temos de começar a pensar juntos, pois o país que essas pessoas estão moldando com esse golpe irá exigir de nós esse esforço coletivo.
Eu não acredito em diálogo com essa gente. Não existe.
Estamos falando de golpistas, de loucos alucinados que atacam à luz do dia em restaurantes e aeroportos, gente que está longe de ser ‘ingenuazinha’ ou (apenas) iludida pela mídia, como muitos pensam.
É gente que sabe muito bem o que quer, desde que o mundo é mundo. Mas também não acho que a única alternativa seja o enfrentamento físico e verbal.
Isso eu não acho mesmo, e vou lutar até o fim acreditando. Acho que temos de tentar construir juntos um “caminho do meio” para lidar com o fascismo que está aí.
A coisa já não é mais tão imprevisível assim, sabemos que a qualquer momento poderemos ser atacados, xingados, etc.
Nas ruas, creio que a melhor solução seja deixar falando sozinho, se estiver com os filhos dizer que está dando péssimo exemplo pra eles, tentar desconcertar, ou fingir que não está ouvindo mesmo.
Se for o caso, chamar uma autoridade. Em locais privados, como restaurantes, por exemplo, a coisa muda de figura.
Creio que a melhor atitude seja chamar o responsável e exigir a retirada do louco que não está sabendo se comportar civilizadamente.
Não sou eu que tenho que bater boca com um descontrolado desses, o restaurante é responsável por garantir minha integridade.
Fiquei vendo a entrevista até o final, sobraram eu, o gerente da padaria e um cara que esperava o amigo fazer a compra.
Eu percebia o tempo todo esse cara procurando o meu olhar, querendo demonstrar algo.
Fiquei na minha, apenas acompanhando o final da entrevista.
Quando Zé de Abreu falou sobre a ilegitimidade de Temer eu dei um risada como quem diz: é “isso aí mesmo”.
O cara estrebuchava, gritou algumas coisas para o amigo, olhava pra mim — e eu continuava fingindo que não o o via, olhos fixos pra cima.
Não é fácil, eu sentia que ele estava mexido, não acreditando que dentro de uma Padaria na Zona Sul da cidade alguém concordava com o que o seu “inimigo” falava.
Senti o quanto ele queria fazer de mim o seu inimigo também.
E se eu reajo, olho pra ele, ele manda uma letra qualquer — tudo podia descambar pra algo muito pior que o cuspe.
Eu já estava ali me preparando espiritualmente pra ser provocado e não reagir.
Como eu não olhei pra cara dele nem por um minuto, fingi que nem existia, talvez ele tenha desistido.
Eu resolvi escrever isso aqui por acreditar que esse pode ser um caminho: nem diálogo, nem porrada. É possível ignorar os fascistas sem baixar a cabeça.
E acho que, daqui pra frente, precisaremos todos aprender a fazer esse exercício coletivo, encontrar cada um o seu meio de não cair em provocação, mas se manter firme e ocupando os espaços com dignidade, para que a nossa sociedade não se transforme de vez naquilo que eles estão fazendo de tudo para transformá-la.

Contra fascistas muito CUSPE e contra golpistas GREVE GERAL!

Contra fascistas muito CUSPE e contra golpistas GREVE GERAL!


fascistol 1
 EDUGUIM
Antes de começar, quero receitar um remédio para o surto fascista que infecta este país.

FASCISTOL

Sim, é isso mesmo. Jean Wyllys e José de Abreu deram o tom: há que cuspir nos fascistas, já que espancá-los e/ou atirar neles é crime.
Cuspir, não. É eficiente se for em reação a calúnia, injúria e difamação, atos penalmente tipificados, porque para reclamar judicialmente da reação da vítima o agressor terá que se expor ao fato de que agrediu primeiro.
É por isso que o casal de bandidos que chamou o ator José de Abreu de “safado” e “ladrão” e a esposa dele de “vagabunda” vai ficar bem quietinho mesmo com as cusparadas que levou nos rostos.
Faço apologia ao cuspe como REAÇÃO aos fascistas porque só será usado se eles agredirem primeiro. Se vierem cuspir em você sem que tenha dado motivo, estarão cometendo crime. E só levarão cusparada se o insultarem, acusarem, difamarem publicamente.
Quem são “os fascistas”? Ora, são os que usam métodos de militância fascista. Quais sejam, insultar pessoas que têm opiniões políticas diferentes só por elas pensarem diferente.
Vejam o caso do ator José de Abreu: estava jantando com a esposa calmamente no restaurante de um amigo quando, na mesa ao lado, um casal começou a agredi-lo e à sua mulher, quem os agressores chegaram a chamar de “vagabunda”, enquanto que o ator foi chamado de “safado” e “ladrão”.
O que Abreu fez para merecer uma agressão assim, do nada?
Segundo os agressores, ele seria beneficiário da “Lei Rouanet”. Ocorre que isso nem é verdade. Abreu já se cansou de dizer que não tem nenhum projeto bancado por essa lei. Ele apenas apoia o PT, Lula e Dilma.
Aliás, mesmo se fosse beneficiário da lei Rouanet não haveria nada demais porque é uma lei, ou seja, foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela Presidência da República. Que direito alguém tem de insultar uma pessoa que faz uso de um instrumento legal para se financiar?
Aliás, vale lembrar que artistas de oposição ao governo Dilma também usam a lei Rouanet.
O casal fascista que agrediu Abreu poderia ter evitado a cusparada se tivesse respeitado o direito do ator de ter sua opinião política. Não existe lei que proíba alguém de apoiar o PT, Dilma ou Lula, mas existe lei que proíbe que insultem alguém por sua opinião política.
Eis que o cuspe surge como um remédio contra o fascismo. Você não espanca ninguém, não causa dano físico, apenas moral, assim como o agressor. Como este agrediu primeiro, para reclamar judicialmente da reação terá que assumir a ação.
Pronto, os envolvidos ficam todos infelizes. Perdem ambos, não apenas o agredido inicialmente.
Mas vamos à segunda parte desta crônica, que é a reação ao golpe.
Ele será tentado. E a chance de vingar é muito alta. O efeito manada, as traições, o oportunismo de parlamentares não mudam do Senado para a Câmara. São todos farinha do mesmo saco, salvo as honrosas exceções.
Dilma pode, sim, ser afastada do cargo por 180 dias. Ficaria reclusa no Palácio da Alvorada com metade dos seus vencimentos e um estafe mínimo.
Ok, essa é a opção dos golpistas. E, se vingar, será um golpe.
Não pelo instrumento usado – o impeachment -, que é legal e previsto na Constituição. A esperteza dos golpistas é ficarem nesse mantra de que impeachment é um instrumento previsto em lei enquanto fogem do fato de que Dilma não cometeu o crime de responsabilidade que precisa existir para o impeachment ser aplicado.
Tanto a manobra contábil que usam para justificar o impeachment não é crime que os antecessores da presidente Lula e Fernando Henrique Cardoso usaram as tais “pedaladas” e não foram alvos de processo de impeachment.
A mídia brasileira, setores do STF e do Legislativo podem até tentar fazer o povo de bobo, mas, como bem mostra a imprensa internacional, só no Brasil há um contingente suficientemente grande de gente burra para cair nessa.
Matéria recente publicada pelo diário Washington Post mostra como essa lenga-lenga sobre a “legalidade” do golpe tupiniquim não engana ninguém além dos fascistas de um país cuja democracia, como estamos descobrindo, não passa de um simulacro. Abaixo, um trecho da matéria.
crõnica
Diante de tal descalabro, portanto, a solução para o golpismo, assim como a do cuspe para o fascismo, tem que ser inteligente e dura. Se o cuspe está dentro dos limites da reação aceitável, o direito de greve está ainda mais inserido nos direitos constitucionais dos cidadãos.
Até porque, não faltarão agressões aos direitos dos trabalhadores por parte do novo governo que pode se abater sobre o país. O PMDB golpista já deixou claro em seu documento “Ponte para o futuro” que pretende mexer em direitos trabalhistas, terceirizar o trabalho, enfim, tudo que os trabalhadores repudiam.
Desse modo, com base no tal documento “Ponte para o futuro”, já há justificativa para uma belíssima greve geral, contra supressão dos direitos dos trabalhadores e contra o golpismo, contra a retirada de um governo trabalhista para violar direitos dos trabalhadores.
A vantagem da greve geral é que atingirá os que financiam os golpistas justamente na parte mais sensível de suas anatomias: no bolso.
Fascistas podem evitar cusparadas se se portarem como gente em locais públicos, eximindo-se de insultarem quem pensa diferente, e os golpistas podem evitar prejuízos se se conformarem em esperar até 2018 para chegarem ao poder. Do contrário, cuspe e greve geral estão à disposição dos democratas deste país. Usemo-los fartamente, se necessário.

JESSÉ: CASTA JURÍDICA PREPARA A GRANDE PIZZA! Tem uma classe média que percebeu que é um golpe do "sindicato de ladrões"

JESSÉ: CASTA JURÍDICA PREPARA A GRANDE PIZZA!

Tem uma classe média que percebeu que é um golpe do "sindicato de ladrões"
bessinha nao pise na grana
Conversa Afiada republica os trechos finais do excelente artigo de Jessé Souza, presidente do IPEA, no caderno Ilustríssima, da Fel-lha, nesse domingo 24/abril.

A propósito, o artigo começa assim:

"O Golpe foi contra a democracia como princípio de organização da vida social. Esse foi um golpe comandado pela ínfima elite do dinheiro que nos domina sem ruptura importante, desde nosso passado escravocrata."

Não deixe de assistir também às entrevistas que ele deu à TV Afiada. Aqui e aqui.


QUEM DEU O GOLPE CONTRA QUEM?

(...)

A manipulação da “corrupção seletiva” pela imprensa é o discurso ideal para travestir, também aqui, os mais mesquinhos interesses corporativos em suposto “bem comum”. O troféu de “campeão da moralidade pública” passa a ser disputado por todas as corporações e se estabelece um conluio entre elas e a imprensa que os vazamentos seletivos cuidadosamente orquestrados comprovam tão bem.   

Esse é o elemento novo do velho golpe surrado de sempre. Ainda que o golpe tenha se dado no circo do Congresso em uma palhaçada denunciada por toda a imprensa internacional, sem o trabalho prévio dos justiceiros da “justiça seletiva” ele não teria acontecido. O Estado policial a cargo da “casta jurídica” já está sendo testado há meses e deve assumir o papel de perseguir com base na mesma “seletividade midiática” o princípio: para os inimigos a lei e para os amigos a “grande pizza”. A “pizza” para os amigos já está em todos os jornais e acontece a luz do dia. O acirramento da criminalização da esquerda é o próximo passo. Esse é o maior perigo. Muita injustiça será cometida em nome da justiça. 

Mas existe também a oportunidade. Nem toda classe média é o aprendiz de fascista que transforma seu medo irracional em ódio contra os mais fracos travestindo-o de “coragem cívica”. Ainda que nossa classe média esteja longe de ser refletida e inteligente como ela se imagina, quem quer que tenha escapado do bombardeio diário de veneno midiático com dois neurônios intactos, não deixará de estranhar o mundo que ajudou a criar: um mundo comandado por um sindicato de ladrões na política, uma justiça de “justiceiros” que os protege, uma elite de vampiros e uma sociedade condenada à miséria material e à pobreza espiritual. Esse golpe precisa ser compreendido por todos. Ele é o espelho do que nos tornamos.  
Cerra (caça às bruxas) vai para a Fazenda


Ele vai querer o BC, o BB, a CEF - e a Lava Jato!

razoes do golpe
PiG cheiroso informa na primeira página que o Padim Pade Cerra esteve com o traidor no Palácio do Jaburu a partir das 21h30 deste domingo 24/abr.

(Por pouco não cruzou com o escracho).

Ele é noturno, mesmo.

Só trabalha na treva.

Segundo o PiG cheiroso, o Ministério da Fazenda está entre o Cerra e o Meirelles, o Henrique, que foi presidente do Banco Central no Governo Lula e só operava com juros estratosféricos.

Desse momento em diante, a integridade do Meirelles passa a correr sério risco.

Nada impede que, a qualquer hora, surja o dossiê fatal contra ele!

E olha que o PSDB ainda não sabe se vai aderir ao Temer!

Mas, o Cerra já aderiu.

Em 1964 ele fugiu para os Estados Unidos.

Agora, fugiu para o Jaburu!

Qual a primeira consequência da nomeação do Cerra?

O abafamento da Lava-Jato!

Foi essa a premissa da aliança entre Cerra e Temer, segundo descrição do Estadão: não promover a "caça às bruxas", ou seja, fechar a Lava Jato e deixar só os petistas lá dentro.

Nem mais nem menos!

Como o Temer está incurso em vários capítulos da Lava Jato, o Aecím, FHC Brasif e o Cerra em muitos outros, Cerra assume o Banco do Brasil, promove uma mega-operação para a Globo, e fecha a Lava Jato.

Para não inundar a base monetária!

Quá, quá, quá!

Em tempo: segundo a pesquisa do IBOPE que o Estadão admite que recebeu, o "eleitorado exclusivo" do Cerra é de 2%! Perfeito! Tem tudo para governar o Brasil do 1%!

Paulo Henrique Amorim