Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Mainardi fugiu, sim, para poder atacar impunemente

mainardi capa


Em 28 de agosto de 2008, Diogo Briso Mainardi, 54 anos, natural de São Paulo, foi condenado pela 13ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo por injúria e difamação contra o jornalista Paulo Henrique Amorim.
Em seu voto, o desembargador relator Miguel Marques e Silva destacou:
“(…) o querelado fez veicular em sua habitual coluna, texto alusivo ao blog que, com dinheiro público, estaria sendo utilizado por ex-ministros de Estado filiados ao Partido dos Trabalhadores. No referido texto, segundo a inicial, foi o querelante ofendido acintosamente pelo querelado, com evidente dolus manus, com sucessivas e vilipendiosas acusações de formação de autêntica camarilha que, em troca de um punhado de dinheiro, tornar-se-ia refém da propaganda oficial, depois de ‘financiamento ilegal de campanha, espionagem, chantagem, achaque e propina…’, importando consignar que, ao inverso, tem o querelante imagem e profissionalismo públicos atestados por predicados de moralidade e idoneidade ímpares. Agindo dessa maneira, é manifesto que o querelado cometeu incontroversas difamação e injúria, imputando ao querelante fatos sumamente desairosos para qualquer cidadão, com manifesta repercussão na sua honra subjetiva e objetiva, como ao taxa-lo de jornalista decadente, censor afinado com o ‘DIP’ de Luiz Gushiken, de que pessoalmente tenha-se engajado na batalha comercial do lulismo contra Daniel Dantas, recebendo 80.000 reais do portal ‘iG’, além de outras manifestações injuriosas”.
Os fatos narrados pelo relator, desembargador Miguel Marques e Silva, guardam efetiva semelhança com a presente conduta de Mainardi em seu site “O Antagonista”. Entretanto, à época, inconformado, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça e ao Supremo Tribunal Federal para tentar a reforma da decisão que lhe foi desfavorável.
Os recursos nos tribunais de Brasília, entretanto, foram infrutíferos.
Em 2010, Mainardi deixou o Brasil. À época, litigava em diversas contendas judiciais, muitas de natureza criminal, o que motivou outra das vítimas de seus métodos difamatórios a publicar um texto em que, de forma otimista, decretou que a saída de Mainardi do Brasil representaria “O Fim de uma era de infâmia”.
Confira o texto do jornalista Luis Nassif publicado em julho de 2010.
O fim de uma era de infâmia
Por Luis Nassif
DOM, 25/07/2010 – 11:59
ATUALIZADO EM 03/08/2010 – 17:29
Diogo Mainardi está saindo do país. Na sua crônica, brinca com o medo de ser preso. É medo real. Condenado a três meses de prisão pelas calúnias contra Paulo Henrique Amorim, perdeu a condição de réu primário. Há uma lista de ações contra ele. As cíveis, a Abril paga – como parte do trato. As criminais são intransferíveis. E há muitas pelo caminho.
Há meses e meses meus advogados tentam citá-lo, em vão. Foge para todo lado. A intimação foi entregue na portaria do seu prédio, mas os advogados da Abril querem impugnar, alegando que não foi entregue em mãos. Tudo isso na era da Internet, quando todo mundo sabe que ele está sendo procurado para ser intimado.
A outra ação, contra Reinaldo Azevedo, esbarra em manobras protelatórias dos advogados da Abril. A ação prosperou porque colocada no Fórum da Freguesia do Ó – região da sede da Abril. Os advogados da Abril insistem em transferi-la para a Vara de Pinheiros.
Minha ação de Direito de Resposta contra a Veja vaga há quase dois anos, devido à ação da juíza de Pinheiros. Primeiro, considerou a inicial inepta. Atrasou por mais de ano a ação. Em Segunda Instância, por unanimidade o Tribunal considerou a ação válida e devolveu para a juíza julgar. Ela se recusou, alegando que a revogação da Lei de Imprensa a impedia – o direito de resposta está inscrito na Constituição Federal.
No caso da ação Mainardi-Paulo Henrique Amorim, ela absolveu Mainardi, alegando que as ofensas não passavam de mero estilo de linguagem que não deveriam ser levadas a sério. O disparate da sentença foi revelado pelo próprio TJ-SP ao considerar que o autor merecia uma condenação de três meses de prisão.
O problema não é Mainardi. É apenas uma figura menor que, em uma ação orquestrada, ganhou visibilidade nacional para poder efetuar os ataques encomendados por Roberto Civita e José Serra.
Quando passar o fragor da batalha, ainda será contado o que foram esses anos de infâmia no jornalismo brasileiro.
Leia o que interessa da decisão em tela
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Contudo, Mainardi, por ter tido muita sorte, acabou recuperando a primariedade, ou seja, se sofrer nova condenação criminal ainda se beneficiará da condição de réu primário por conta da queda da Lei da Imprensa um ano antes da condenação, que estendia os prazos prescricionais, maiores do que os da lei penal comum.
O que ocorreu foi o seguinte: em 2011, o Supremo Tribunal Federal extinguiu a pena de Mainardi e lhe devolveu a condição de réu primário. Contudo, não pelo mérito da questão, ou seja, o STF não considerou Mainardi inocente. Extinguiu a punibilidade (a condição para punir Mainardi, por a própria Justiça ter demorado para julgá-lo).
Apesar disso, Reinaldo Azevedo, parceiro de Mainardi, tentou apresentar a questão como se o STF tivesse inocentado Mainardi das calúnias contra Paulo Henrique Amorim.
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Balela. A mera leitura da decisão do STF mostra que Mainardi se safou porque o prazo para puni-lo acabou devido à queda da Lei de Imprensa, em 2009.
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Contudo, ainda assim Mainardi se mandou do Brasil e continua fora daqui porque, caluniando, difamando e injuriando de fora do país é mais difícil e custoso citá-lo. Eia a razão da “valentia” com que ele ameaça e injuria os que elege como alvos.
Em post recente, o Blog mostrou a agressão criminosa de Mainardi ao jornalista Renato Rovai por simplesmente ter registrado que ele foi citado nas delações da Odebrecht, sem, sequer, ter feito qualquer juízo de valor
Mainardi se vale de estar vivendo fora do país para fazer ataques criminosos como esse que você acaba de ver.
Ele acha que não conseguirão citá-lo judicialmente por viver em Veneza e se vale do fato de viver lá para promover agressões criminosas como as que moveu contra o editor desta página, difamado e citado injuriosa e caluniosamente por Mainardi em incríveis VINTE E NOVE POSTS do site Antagonista.
Bem, Mainardi está enganado. Recentemente – talvez ele ainda nem saiba disso – um dos muitos demandantes contra Mainardi conseguiu citá-lo apesar de ele viver na Europa. Afinal, há dezenas e dezenas de cidadãos brasileiros que buscam Justiça contra esse indivíduo. E, ainda que ele pense que está fora do alcance da lei, engana-se.
Ele e bandidos que vêm a esta página para caluniar, injuriar e difamar seu autor julgando-se protegidos pelo anonimato. Vão descobrir que o braço da lei é mais longo do que imaginam.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Globo e Mainardi perdem seu tempo me ameaçando

EDUGUIM
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Começo repetindo que foi duro tomar a decisão de denunciar possível prisão iminente de Lula pela Lava Jato porque no começo deste ano comi o pão que o diabo amassou após ter decidido denunciar vazamento da 24ª fase da Operação, possivelmente feito por ela mesma.

Autoridades do Ministério Público e da Polícia Federal me fizeram ameaças veladas após matéria do jornal o Globo que me atribuía responsabilidade por esse vazamento, insinuando que Lula ocultara provas durante a operação de busca e apreensão em seu apartamento no dia 4 de março, dia em que ele, inexplicavelmente, foi levado à força para depor na Polícia Federal.

A colunista da Folha de São Paulo e comentarista de política da Band News FM, Monica Bergamo, explica o que quero dizer. O comentário dela é um pouco longo, mas é importantíssimo para entender a questão da possibilidade de prisão de Lula.

ameaca-3clique no player abaixo para ouvir

Caso alguém não consiga ouvir o áudio, em resumo a jornalista diz que minha denúncia de que podem tentar prender Lula de surpresa ganhou credibilidade porque, em fevereiro deste ano, eu, na opinião dela, fui “muito preciso” na denúncia que fiz de que o ex-presidente seria levado para depor coercitivamente e de que teria residência e escritório devassados pela polícia, além de ter sigilos seus, de amigos e familiares quebrados.

Monica também explica, em seu comentário na Band, por que são de uma cretinice, de uma má fé e de uma falta do que fazer admiráveis as insinuações de que eu poderia estar divulgando apenas um boato e não uma opinião que me balançou porque veio de fonte na qual confio.

Na verdade, esse episódio foi muito interessante por que, enquanto setores da esquerda disseram que eu sabia de menos, setores da direita disseram não só que eu sabia demais como me qualificaram como “vazador”, ou seja, como criminoso, pois vazamento é crime.

Confiram os comentários de Diogo Mainardi, em seu site de pistolagem política, e do jornal O Globo, que vai na mesma linha.

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ameaca-2Essa turma perde tempo insinuando que as autoridades podem me retaliar por minha opinião sobre o que pode ocorrer com Lula, opinião formada em meus contatos jornalísticos. A Lava Jato já investigou o que divulguei em fevereiro e não encontrou absolutamente nada.

Quero dizer a esses senhores, principalmente ao senhor Diogo Mainardi, que não sou vazador de coisa alguma; vazador é ele, quem, recentemente, divulgou vídeo afirmando que tinha visto planilhas que comprometem Lula, provavelmente achando que, por estar na Europa, pode vazar sem ter que enfrentar as consequências, enquanto que, eu, mortal comum, seria fustigado por simplesmente fazer jornalismo.



não, àqueles que me ameaçam quero dizer que estou para cumprir 57 anos de estrada neste planetinha tão conturbado e, em todo esse tempo – ou nesse piscar de olhos cósmico –, jamais me meti em problemas com a lei porque sou um homem honrado e de vida limpa.

Deixo os companheiros com a reação do presidente Lula à denúncia que fiz ao Brasil e ao mundo.

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segunda-feira, 25 de abril de 2016

Zé de Abreu solta o verbo no Faustão e desmente Diogo Mainardi

Zé de Abreu solta o verbo no Faustão e desmente Diogo Mainardi

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 EDUGUIM
Sabe onde anda Diogo Mainardi, leitor? Não sabe? Já perguntou pros tucanos? Não? E pra algum marqueteiro de tucano, também não?
Bem, uma hora a gente, aqui do Blog, pergunta pra eles o que sabem do lugar onde Mainardi se esconde atualmente.
E onde ele anda é em um site com um nome idiota que transforma o que deveria ser trabalho jornalístico em pistolagem política contra o PT – e só contra o PT.
O tal site se diz “antagonista”; deveria ser “antagonista do PT”, ora.
A mando e financiado por quem mesmo é o trabalho desse site? Bem, isso é uma outra história que ainda será contada.
Por enquanto, vamos falar do padrão Mainardi de (falta de) qualidade. A última barrigada do ex “enfant terrible” de Veja se deu neste domingo.
Como você pode ver na imagem no alto da página, o “antagonistazinho” previu que José de Abreu iria se humilhar em rede nacional (no programa do Faustão – argh!) porque reagiu ao ataque de uma dupla de fascistas.
Não foi o que rolou. Zé de Abreu soltou o verbo no programa em tela, na noite deste domingo.
Além de reafirmar que não se arrependeu de ter reagido a um ataque fascista de que foi vítima na semana passada, ainda defendeu Dilma, Lula e criticou os petefóbicos em geral.
Confira no vídeo abaixo – meio ruim, mas foi o que deu pra arrumar – a nova barrigada do ex-pistoleiro da Veja, que, agora, atua como pistoleiro direto dos tucanos

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

PESQUISADORA APONTA ‘ÓDIOJORNALISMO’ DA VEJA

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Mainardi é Marina. É a direita que quer o “qualquer um no poder”. Menos Lula

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Diogo Mainardi, uma espécie de ícone de boçalidade da direita brasileira produz hoje um artigo primoroso na Folha de S. Paulo.

Primoroso porque é a selvageria desnuda, que não se acanha em mostrar-se e muito menos se camufla em “transversalidades” e “disrupturas”.

Mainardi é o troglodita  pós-moderno, mas evidente.
Define com espantosa sinceridade, ainda que apele para descontextualizar Montesquieu e pô-lo a  serviço de sua idiotia:
    “Sou um homem simples: acredito que, a cada quatro anos, é necessário trocar o bandido que nos governa. Tira-se um, põe-se outro qualquer em seu lugar. Nunca votei para presidente e, por isso mesmo, nunca me arrependi por ter votado num determinado candidato”.
Mainardi não vota porque não precisa do Estado, porque não precisa de um País, porque não tem um povo.

É um indivíduo que acha que pertence ao mundo, e basta-se como sua própria tribo.

Faz parte daquele grupo de selvagens exportados nas naus para serem exibidos às cortes e que, de tantos paparicos, vestem veludos e se acham nobres e europeus.

Mainardi crê-se um homem importante e diante do qual todos devem ficar embasbacados.

Ele  é claro sobre Marina.

Não espera que ela faça grande coisa no governo,  porque do governo ele em nada depende, ao contrário dos pobres coitados que vivem ainda no mundo do salário, da escola pública, da falta de médicos e, sobretudo, num país mergulhado no atraso, não na Veneza onde flutua.
O que ele espera é, apenas, que não ganhem os que que represente a ideia de  mudarmos o país, não de bandidos no poder.

Mainardi é o espetáculo da sinceridade, que só em uma coisa se falseia.

Quando ele afirma e reafirma ser um homem simples.

Não, ele não é.

Mainardi um produto complexo do pensamento elitista, que se desnatura da humanidade ao extremo e, aí sim, pergunta, com a ingenuidade de Maria Antonieta por que é que não comem brioches.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Teoria do garoto da Veja vira piada para jornalista do LA Times

Teoria do garoto da Veja vira piada para jornalista do LA Times

 
O garoto do site da Veja, Rodrigo Constantino deve ter deixado muita gente constrangida na editora. Após surfar pela rede, acreditou ter descoberto o ouro e disparou em sua coluna o texto “O logo vermelho da Copa”, em que pergunta ao leitor se “é paranoia ficar esquentando com esse 2014 em vermelho?" (ops) e continua "um leitor vai além, e diz que logo abaixo do número temos claramente a letra L em amarelo, referência ao ex-presidente Lula”.

Leia também: Alceu Valença desmente presença no jantar de apoio a Aécio Neves.
O próprio colunista reconhece que o "amarelo L" é demais (ainda bem), mas não recua em suas considerações quanto 2014 vermelho. “Propaganda subliminar? Provavelmente. Funciona? Deixo a resposta com os especialistas do ramo. Aqui, apenas desabafo, mostrando minha indignação com esse logo que pula diante de meus olhos a todo momento, com esse vermelho gritante e destoante que marca o ano eleitoral em que estamos. Não deveria ser… azul?" (podemos rir?).

E não é que o corresponde do LA Times aqui no Brasil, Vincent Bevins leu a pérola e resolveu mostrar sua perplexidade diante de tal “teoria da conspiração” do garoto Veja!. “Oh Lord. Brazil columnist arguing the red “2014” in World Cup logo is obvious socialist propaganda MT” (Oh Deus, colunista brasileiro defendendo que o vermelho 2014 na logo da Copa do Mundo é obviamente uma propaganda socialista). Ele ainda compartilhou os risos que arrancou de um de seus seguidores e também a sugestão de outro, para que Constantino verificasse o contrato junto com a agência que criou a arte.

Pelo visto, a má impressão que ficará para a imprensa estrangeira é da duvidosa linha editorial de alguns periódicos brasileiros. Então #ficaadica (link is external). Após surfar na internet, vale pesquisar um pouco mais sobre o tema.



MAIS UMA:

ESSA ANTA DO DIOGO MAIMERDA, DIGO, MAINARDI , NÃO SE CANSA DE APANHAR, PARECE MULHER DE MALANDRO. MAS, QUEM É ESSE BUNDINHA ?



sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O jornalismo Mainardi ou tudo dá errado neste pais…

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Da capa de economia do site da Folha, hoje:
Com inflação alta, rendimento real do trabalhador tem menor avanço desde 2005,  onde se mostra que a renda real dos trabalhadores -já descontada a inflação– subiu 1,8%.
É verdade, mas todos sabem que os patrões fizeram – até com o apoio do catastrofismo da mídia – jogo mais duro nas negociações,.
Os jornalistas de São Paulo, por exemplo, tiveram um reajuste bruto de 6,95%, ou apenas 1% acima da inflação:  só a metade do que tiveram de aumento os demais trabalhadores.
Isso não é tão importante, não é?
Importante é que nos shoppings, as vendas crescem 8,6%, o pior desempenho desde 2007!
 Mesmo que os lojistas dos shoppings se digam satisfeito por continuarem mantendo uma taxa de alto crescimento e nenhum deles esteja revisando seus planos de expansão.
Ah, e os Estados Unidos, aquele prodígio do Norte, onde as crianças já nascem falando inglês, de tão civilizadas que são?
Um crescimento de 1,9% no PIB, um “pibão” que anuncia recuperação e prosperidade para o grande irmãos do Norte, enquanto nós, miseráveis, estamos enganchados num pibinho, que cresce míseros 2,4%, o que qualquer pessoa sabe que é menos que 1,9%, não é?
Tão grave é a crise que uma pequena foto e chamada passam despercebidas: é a aposta da Audi na fabricação de seu modelo A3 – o sonho de consumo dos coxinhas endinheirados – em São José dos Pinhais, no Paraná, a partir do ano que vem.
Será que os jornais concordam com o que disse Diogo Mainardi no Roda-Viva, da TV Cultura, quando afirmou que “na internet só tem otário”?
Quem sabe não seria bom seguir a sugestão que ele deu para a D. Luiza, a do Magazine, e vender o Brasil para a Amazon?

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Mainardi é minha anta

Em 2007, o ex-colunista da revista Veja (hoje um dos apresentadores do programa Manhattan Connection, da Globo News) Diogo Mainardi publicou livro que surpreendeu o país por ter como título insulto ao então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que batia recordes sucessivos de popularidade e terminou seu governo com 80% de aprovação.
O livro “Lula é minha anta”, porém, segundo seu autor não questiona a inteligência do ex-presidente – e seria prova ainda maior de burrice se o fizesse –, pois cita o animal como “substantivo” e não como “adjetivo”.
Explico: Mainardi via Lula como “anta” no sentido de um animal a ser caçado, ou melhor, a ser cassado. Literalmente.
O título do livro teve origem em uma das colunas do sujeito publicada na Veja em 2005 sob o título “Uma anta na minha Mira”. No trecho do texto reproduzido abaixo, o autor explica a “razão” do insulto ao então primeiro mandatário do país.
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“(…) Passei o ano todo amolando Lula. Dediquei-lhe mais de trinta artigos. Prometi derrubá-lo em 2005. Fracassei. Prometo derrubá-lo em 2006. Chegaram a atribuir motivos ideológicos à minha campanha contra o presidente. Não é nada disso. Tentei derrubá-lo por esporte. Há quem pesque. Há quem cace. Eu não. Prefiro tentar derrubar Lula. Ele é minha anta. Ele é minha paca (…)”
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O ex-editor da Editora Globo Paulo Nogueira escreveu recentemente em seu blog, Diário do Centro do Mundo, que se tornou desafeto de Mainardi por ter dito que ele “vivia de Lula”, ou seja, que a única projeção real que obteve em sua carreira se deveu à caça que empreendeu ao petista ao longo dessa obsessiva campanha de três dezenas de artigos.
Alguém pode discordar do blogueiro do DCM?
Mainardi não conseguiu “derrubar” Lula em 2006 nem nos anos seguintes por uma simples razão: não é um homem de ideias, não faz críticas sérias a Lula, ao PT, a Dilma, aos governos petistas e ao país em que vive, o qual, aliás, ele detrata de uma forma que brasileiro algum pode aceitar.
Após recente polêmica em que esse indivíduo se meteu ao tentar – e não conseguir – humilhar a empresária Luiza Trajano, presidente da rede varejista Magazine Luiza, no programa de que participa na Globo News, eclodiu nas redes sociais um outro texto dele, também de 2005, em que faz um pavoroso ataque a este país.
Sim, o Brasil tem muitos problemas – entre os quais sua classe política, suas instituições em geral, como ocorre em tantos outros países jovens como este –, mas o que Mainardi disse não deriva desses problemas, mas de um verdadeiro ódio que nutre não só ao país, mas ao seu povo.
Um trecho daquele texto hediondo esclarece tudo:
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“(…) Entre viajar para os Estados Unidos e rodar pelo Brasil, é muito mais recompensador viajar para os Estados Unidos. O potencial turístico brasileiro costuma ser grandemente superestimado. Jamais seremos uma meta preferencial dos estrangeiros. O país tem pouco a oferecer. Só desembarcam aqui os turistas mais desavisados. Ou então os que buscam sexo barato. O mundo está cheio de lugares mais atraentes que o Brasil. Da Tunísia à Croácia, da Indonésia à Guatemala. Temos muitas praias. Mas nosso mar é feio. Turvo. Desbotado. Com despejos de esgoto. Pouco peixe. Peixe ruim. Chove demais. Chove o ano todo. Não temos monumentos. Não temos ruínas arqueológicas. Nossas cidades históricas são um amontoado de casebres ordinários e igrejas com santos disformes. Não temos o que vender porque não sabemos fazer nada direito. Não temos museus (…)”
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É por proferir “pérolas” como essas que tanta gente, no Brasil, despreza Mainardi.
Aliás, a repulsa nacional a esse sujeito é tanta que post que publiquei nesta semana sob o sugestivo título “Diogo Mainardi paga mico na Globo News” bateu o recorde de audiência deste Blog, com mais de 32 mil pessoas que curtiram o texto no Facebook – até o momento em que escrevo (23/01), pois a “curtição” continua correndo solta naquela rede social.
O comportamento sociopático do enfant terrible em questão ecoa desde 1979, no período “black block” dele, quando, de relógio Rolex no pulso – filhinho de papai que era –, apareceu depredando uma agência bancária durante uma greve do setor (vide foto acima). A cena saiu em destaque na revista Veja (edição nº 576 de 19 de set. de 1979).
Ao longo da vida, essa anta (adjetiva) continuou praticando depredações. Depredou a boa educação, depredou o bom gosto, depredou – ou tentou depredar – a imagem de seu país, depredou a lógica, depredou o jornalismo, depredou a literatura, depredou a verdade e, no último domingo (19/01), depredou o programa Manhattan Connection.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Diogo Mainardi paga mico na Globo News

 Espalhou-se pela internet entrevista que a empresária paulista Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues, atual presidente da rede de varejo Magazine Luiza, concedeu ao programa Manhattan Connection, da Globo News, e que foi ao ar na noite do último domingo.
Para o apresentador Lucas Mendes, a empresária é “Simplesmente Luiza”, pois “Assim ela é tratada pela presidente Dilma Rousseff e pelos próprios faxineiros” – supõe-se que de sua empresa.
Mendes qualificou Luiza como “Um fenômeno do comércio brasileiro pelas vendas e pela gestão” e, em sua primeira pergunta a ela, deu ao telespectador a impressão de que tinha diante de si um tipo raro de empresária, o tipo otimista.
Atente para a pergunta de Mendes, leitor. Deixa clara a razão pela qual a empresária foi convidada para um programa cujo objetivo, há anos, tem sido espalhar pessimismo com o Brasil.
Lucas Mendes: “Você não esconde seu otimismo pelo Brasil, nem pela outra presidente, e diz que a culpa desse pessimismo é nossa, da imprensa. Eu acho que esse economista sentado aí do seu lado discorda”.
Uau! Pensei que sobreviria um massacre. Até porque, Luiza é uma mulher de modos simples. Tem aquele sotaque meio caipira do interior paulista, fala um português coloquial, pois, apesar de ter nascido na capital, sua mãe – também Luiza, de quem herdou o negócio – fundou em Franca, interior de São Paulo, a primeira loja da rede que a filha edificaria.
O tal economista que parecia que iria demolir as posições de Luiza foi o também apresentador do programa Ricardo Amorim. Porém, a expectativa se frustrou. Perguntou apenas se o seu colega Caio Blinder, que na semana passada dissera que “O varejo brasileiro está em crise”, tinha razão.
Luiza, obviamente, disse que não. Citou dados do IDV (Instituto de Desenvolvimento do Varejo). Segundo o instituto, o comércio varejista brasileiro cresceu 5,9% em 2013 e só as redes de lojas vinculadas a esse instituto geraram 631 mil empregos.
Luiza ainda teve que explicar ao já titubeante Blinder que o Brasil é “Diferente dos Estados Unidos”. Nessa explicação, a vitoriosa empresária teve que fazer ver ao jornalista o que tem sido dito exaustivamente neste blog, que o atual modelo de desenvolvimento brasileiro, hoje intrinsecamente baseado no consumo de massas, não pode estar esgotado em um país em que apenas 7% ou 8% do povo têm televisão de tela plana, em que apenas 54% têm máquina de lavar…
Enfim, Luiza teve que explicar que, com tanto brasileiro sem produtos que nos EUA qualquer um tem, o modelo de consumo de massas não pode estar “esgotado”.
Blinder, meio atônito com a aula que recebeu de uma empresária que transformou uma pequena loja do interior de São Paulo numa holding que compete hoje com as grandes redes de varejo brasileiras, balbuciou alguma coisa sobre “bolha de consumo” e foi perguntar sobre “rolezinhos”.
Mais adiante, insatisfeito, Lucas Mendes passou a bola a ele, ao próprio, a ninguém mais, ninguém menos do que o “temível” Diogo Mainardi. Seria ele que conseguiria mostrar que aquela mega empresária tão otimista com o país não sabe o que fala?
Antes de prosseguir, devo dizer que esse programa praticou uma covardia. Não se coloca para debater economia pessoas que não têm o mesmo preparo.
Detalhe: a covardia foi com Mendes, Amorim, Blinder e Mainardi.
O expatriado em Veneza – sabe Deus por que – foi logo vestindo aquele seu pretenso estilo irônico, irreverente, desassombrado, mas que não passa de pretensão porque tal estilo requer atributos intelectuais que ele, ao longo do programa, deixou ver que não tem.
Em tom professoral, Mainardi começou a “explicar” a uma empresária desse quilate que “Todos os fatores que determinaram o crescimento do varejo” e que ela acabara de citar a Blinder teriam “Murchado” porque “Os juros estão subindo, o crédito diminui, a inadimplência aumentou pelo segundo ano consecutivo” etc., etc.
E tascou uma pergunta insolente, em sua tática de tentar intimidar quem não tinha condição: “Quando é que você vai vender suas lojas para a Amazon?”.
Luiza, com o semblante sério, questionou as informações que Mainardi acabara de divulgar e prometeu lhe passar os dados corretos por e-mail. Começou dizendo que “A inadimplência está totalmente sob controle”. Nesse momento, ouve-se sorriso de deboche de Mainardi, que a interrompe: “Aumentou em 2012 e aumentou em 2013”.
Mostrando concentração, Luiza desmentiu o interlocutor: “Não! O que o que aumentou foi a inadimplência geral focada”. Explicou que a inadimplência no varejo não aumentou, diminuiu. E que nunca tivemos, no Brasil, um índice de inadimplência tão bom quanto em 2013.
Mainardi insiste: “Na sua loja…
Luiza rebate: “Não, não é na minha loja, é no Brasil”.
Mainardi não se dá por vencido e diz que os dados “da Serasa” seriam “diferentes”. Novamente, Luiza diz que ele está errado e que vai lhe passar os dados corretos.
A segunda parte desse debate que me é mais cara foi ela ter dito um fato mais do que evidente, mas que ninguém consegue dizer na grande imprensa. A declaração textual de Luiza, que vou reproduzir abaixo, tem sido repetida à exaustão neste blog:
Como é que fala que a bolha acabou? Nós precisaremos construir 23 milhões de [unidades do programa] Minha Casa Minha Vida pro brasileiro ter um nível social adequado aos países desenvolvidos. Como que a gente fala que é bolha? Bolha são 23 milhões de casas para 23 milhões de pessoas que mora (sic) com o sogro, com a sogra pagando 400 reais de aluguel. Nós tivemos três década perdida (sic)”.
Luiza volta a prometer a Mainardi que irá lhe enviar os dados da inadimplência por email, ao que ele responde com um sorriso debochado e com a petulante frase “Me poupe (sic), Luiza”.
Aquela que o colega de Mainardi disse, no início do programa, ser “Um fenômeno do comércio brasileiro pelas vendas e pela gestão” não se abalou e continuou ensinando ao insolente especialista em nada que ninguém ia comprar suas lojas. E lhe deu mais algumas explicações técnicas sobre as mudanças que poderão ocorrer no mercado nos próximos anos e sobre como suas empresas irão enfrentá-las.
A artilharia contra Luiza ainda tentou prosseguir. Amorim, o economista, deu como “prova” do “desastre” que vive anunciando que as grandes redes de varejo brasileiras não figuram entre as maiores do mundo…
Foi aí que Luiza matou a pau explicando que o varejo no Brasil não era nada até “cinco, seis anos atrás”, que era “muito esquecido”, e que ainda está “engatinhando”, o que, claro, desmonta a tese de “esgotamento” do modelo de consumo de massas.
Amorim, o economista, ficou caladinho.
Foi nesse momento que Mendes, possivelmente após ter consultado a produção do programa, reconheceu que Luiza tem razão na questão da inadimplência. E mudou para assunto mais ameno.
De fato, Luiza tem razão. A inadimplência “focada” que ela admitiu a Mainardi que subiu é a inadimplência seca, que não leva em conta fatores sazonais. É a que mede a Serasa de Mainardi. São, porém, dados brutos.
Há que levar em conta, por exemplo, que naquela determinada época do ano há sempre um aumento da inadimplência. Se não se levar esse fator em conta realmente a taxa será considerada em alta, mas não é assim que os dados devem ser interpretados.
Para esclarecer melhor, vale ler, abaixo, trecho de boletim da Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).
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13 janeiro, 2014
Os registros de inadimplência caíram 0,4% em 2013, em todo o país, conforme apuração da Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Em dezembro, contra novembro de 2013, houve redução de 4,5%,  descontados os efeitos sazonais.
Ao longo dos primeiros seis meses de 2013, os registros de inadimplência mantiveram a queda iniciada no final de 2012. Entretanto, a partir do segundo semestre, após uma reversão temporária desta tendência, o indicador encerrou o ano em queda, com nível menor que o registrado em dezembro do ano anterior.
A melhoria do quadro da inadimplência pode ser justificada pela continuidade de fatores como aumento dos rendimentos reais, baixo desemprego, queda dos juros (*), entre outros. Além disso, em 2013 houve um grande ajuste do mercado de crédito, tornando-o mais saudável, com credores mais seletivos e consumidores mais cautelosos (…)
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Como se vê, Mainardi disse bobagem – que a inadimplência aumentou pelo segundo ano consecutivo. A matéria da Boa Vista mostra que a inadimplência aumentou em 2012, mas caiu no ano passado. Mainardi pagou um mico.
Esse fato é extremamente eloquente porque deixa ver a falta de compromisso dessa mídia terrorista com os fatos. Põe gente que não entende nada do mercado para dizer o que o patrão quer que seja dito e o expectador desavisado compra como se fosse fato.
Fato mesmo é que ri muito ao ver a incrível Luiza surrar verbalmente Diogo Mainardi. Ria sozinho. Não só pelo que ela disse – e que reproduzi acima –, mas pela forma como disse – com sua linguagem coloquial e despretensiosa.
Toda essa conversa durou, mais ou menos, uns 15 minutos. Vale muito a pena assistir. Abaixo, o vídeo.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

LUIZA AOS CORVOS: “MÍDIA SÓ VÊ O COPO DO LADO VAZIO”

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

MAINARDI VÊ BRASIL COMO TERRA DE QUADRÚPEDES

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Caio Blinder defende assassinato

O comentário de Blinder – que pode (ou não pode?) ser enquadrado em apologia ao crime de assassinato – não alcançou grande visibilidade por ter sido feito no obscuro (e abjeto) Manhattan Connection, antro do pensamento ultraconservador que não conseguiria ser mais pró-EUA nem se fosse produzido pela assessoria de imprensa da Casa Branca.
Ainda assim, é gravíssimo. O comentarista da Globo News se referia ao atentado* que vitimou o cientista Mustafa Ahmadi Roshan, de 32 anos, morto após a explosão de uma bomba colocada no seu carro, em ato que feriu outras duas pessoas, em Teerã, a capital iraniana. Roshan é o quinto cientista nuclear iraniano morto em um atentado terrorista nos últimos dois anos.
Para Caio Blinder e Diogo Mainardi, os atos são apenas assassinatos, “terrorismo é outra coisa” (Mainardi), é “o que o Irã faz” (Blinder).
A transcrição literal (vídeo abaixo) do comentário de Blinder, que traduz o pensamento de qualquer diretor da CIA (autorizada pelo governo dos EUA a “neutralizar” pessoas que representem ameaça à segurança do País) não deixa qualquer dúvida sobre a ética seguida pelo jornalista (?!):
“Você às vezes precisa matar gente agora, assassinar, é um assassinato… e não só isso… você também intimida os outros cientistas”.
Para o jornalista da Globo, assassinar alguém é um instrumento objetivo legítimo para garantir um fim subjetivo, a “segurança nacional”. É legítimo também o uso da tortura? O sequestro e a prisão sem julgamento, tudo em nome da garantia da “liberdade” e da “democracia”?
Algum órgão (ABI, Fenaj, ANJ, Abert) vai se manifestar a respeito? Ou a liberdade de expressão inclui a liberdade de justificar e defender crimes e atos terroristas?
Caio Blinder é o mesmo sujeito que chamou a rainha da Jordânia de “piranha”, num “elogio” estendido às primeiras-damas de outros países do Oriente Médio e do norte da África.
Curioso que o jornalista, para afirmar sua tese que acusa o Irã de Estado terrorista, cita o desrespeito às resoluções da ONU acerca do programa nuclear iraniano. Israel, país recordista de resoluções das Nações Unidas violadas (até 2006 eram 66), receberia a mesma pecha? E os EUA, que promoveram mais de uma centena de ataques a outros países desde o final do século XIX, devem ser chamados como?
Que o Irã é uma ditadura e viola os direitos humanos da sua população em larga escala, não tenho a menor dúvida. Desconheço, entretanto, fatos concretos – já que as bravatas de Ahmadinejad não o são – que justifiquem a acusação de terrorismo e ameaça a outros países. O mesmo não se pode dizer dos EUA e de Israel.
E a turma da Globo não hesita nas suas escolhas…
O portal da Globo, o G1, registrou o fato falando apenas em atentado, mas não mencionou “terrorismo” ou “terrorista” ou termo afim. Aula da novilíngua orwelliana. Clique aqui para conferir. Já o Manhattan Connection, veja no vídeo, usou a legenda “Terror e a morte dos cientistas” enquanto mostrava as imagens do pesquisador assassinado. Ato falho.
PS: Observe no vídeo que, no início do seu comentário, Caio Blinder faz piada sobre a morte dos cientistas iranianos, levando seu colega Mainardi a desatar o riso. São estas pessoas que cobram respeito aos direitos humanos por parte do governo iraniano.
Leia mais sobre este assunto, clicando aqui.