Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 18 de novembro de 2014

A receita de Eduardo Cunha para virar heroi da mídia.

Dilma reassume o governo nesta 3ª feira e acelera as negociações para montar um ministério que devolva o poder de iniciativa a quem venceu as eleições em outubro; nadando sozinho na cena política nos últimos dias, o conservadorismo não foi além de um ato na Paulista, rachado entre lobões e bolsonaros.

Rodrigo Janot: 'Estava visível que queriam interferir no processo eleitoral. O advogado do Youssef operava para o PSDB do Paraná, foi indicado pelo [governador] Richa; tinha vinculação com partido e começou a vazar seletivamente' (Folha; que não deu a manchete)

Brasil cresce mais que a Alemanha, a França, a Itália e o Japão: PIB desafia o jogral do Brasil aos cacos e cresce 0,6% no 3º trimestre; o da Alemanha cresceu só 0,1% no mesmo período; o da França , 0,3%; o do Japão caiu 0,4% e o da Itália, recuou 0,1%
 
Oito das nove empreiteiras incriminadas na Java Jato colocaram dinheiro na campanha de 259 dos 513 deputados federais eleitos este ano: foram R$ 71 milhões que beneficiaram 50,4% da nova Câmara Federal (Valor)
 
Haddad vai investir R$ 1 bilhão em 60 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus em SP


CUNHA
Cunha na TVeja

Eduardo Cunha, candidato à presidência da Câmara, descobriu uma coisa aos 56 anos: basta ser contra o governo para virar um herói da mídia.

Cunha concede entrevistas, nestes últimos tempos, como se fosse um supercraque da Champions League.
Ele é um personagem ubíquo em jornais, revistas e sites das grandes empresas jornalísticas.

Bater em Dilma e no governo opera um milagre da transformação em seu perfil como personagem da mídia.
Cunha agora aparece dando sermões sobre corrupção – ele que no A a Z da malandragem preenche virtualmente todas as letras.

É que ele passou a ser amigo da imprensa.

Um fenômeno parecido ocorreu, algum tempo atrás, com Joaquim Barbosa. Era visto com extrema reserva por ter sido indicado por Lula para o STF.

Depois que passou a dar cacetadas no PT no Mensalão, virou manchete diária. Numa de suas capas já clássicas pelo bestialógico, a Veja o chamou de “o menino pobre que mudou o Brasil”.

Pausa para rir.

JB, está claro, não mudou nem a si próprio, ou o Supremo, ou o Judiciário — e muito menos o Brasil.
No site da Veja, antes que Eduardo Cunha fosse promovido a aliado, ele foi incluído num levantamento chamado “Rede de Escândalos”.

Ali você lê que ele é alvo de inquéritos no STF por crimes tributários.

Repare: crimes, plural, e não crime, singular.

Você fica sabendo também que ele responde a ações por crimes de improbidade administrativa.

Fora do levantamento, o jornalista Lauro Jardim, da seção Radar, informa que Eduardo Cunha é mentiroso.

“Eduardo Cunha andou falando que não conhecia o lobista Fernando Soares, o Baiano, citado por Paulo Fernando Costa em seus depoimentos.

Admitiu, no máximo, ter estado com ele sem saber quem era.
Elogiado até por adversários por sua memória prodigiosa, Cunha deve ter tido, sabe-se lá por que, um lapso.

Baiano já esteve diversas vezes na casa de Cunha, no Rio de Janeiro, em companhia de outras pessoas.”
Cunha, se não fossem suficientes ao dados da Veja, agride a Constituição como dono de rádio. Político, diz a Constituição, não pode ter rádio. Mas Cunha, como tantos outros representantes do atraso, tem – mediante gambiarras jurídicas de moralidade abaixo de zero.

Era assim que ele era apresentado pela mídia enquanto era aliado de Dilma.

Hoje, ele parece Catão, o último reduto da moralidade romana, se você acreditar em jornais e revistas.

Numa entrevista à tevê da Veja, a apresentadora Joice Hasselman, a Sheherazade loira, prostrou-se diante de Cunha.

O colunista do UOL Josias de Sousa, em sucessivos textos, vem tratando com reverência Cunha, e repercutindo prazerosamente suas previsões apocalípticas sobre Dilma, bem como suas palavras edificantes contra a corrupção.

E eis Cunha então como um quase santo, aos olhos da mídia.

Sua obra suprema para a beatificação: ser contra Dilma.
 
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

domingo, 26 de outubro de 2014

Golpe eleitoral de Veja, PSDB e Globo não pode ficar impune


Segundo as três últimas pesquisas de intenção de voto para presidente da República (Datafolha, Ibope e Vox Populi), Dilma Rousseff deveria vencer a eleição presidencial em 2º turno. Apesar de o Datafolha ter destoado dos outros dois institutos, a presidente apareceu com vantagem numérica também nesse instituto, ainda que dentro da “margem de erro”.
Contudo, dois dos três institutos mostraram tênue reação de Aécio Neves que pode, inclusive, nem ter ocorrido devido à tal “margem”. Já no terceiro instituto, o Vox Populi, Dilma continua em ascensão, dando seguimento a um movimento de alta que começou no início da semana passada e perdurou, ao menos, até 5ª feira.
Ibope e Datafolha deram um único ponto para Aécio e tiraram um de Dilma. Porém, como a vantagem da presidente no Datafolha era menor do que no Ibope, no instituto da Folha de São Paulo os candidatos entraram em “empate técnico”.
Como este Blog relatou no post anterior, nas pesquisas da véspera da eleição de 2010 o instituto que acertou foi o Ibope, que, desta vez, dá vantagem a Dilma fora da margem de erro. Além disso, historicamente as pesquisas sempre acertam mais no segundo turno do que no primeiro devido ao menor número de candidatos.
Seja como for, até a publicação da matéria de capa da Veja desta semana Dilma vinha subindo e Aécio, caindo. A eventual interrupção ou até a reversão desse processo dever-se-á, única e exclusivamente, a uma das mais claras e revoltantes farsas que já se produziu em uma campanha eleitoral.
Nem na renhida eleição de 1989 em segundo turno, entre Lula e Fernando Collor de Mello, houve uma farsa dessa magnitude. Houve mais baixaria, com Collor levando uma ex-namorada de Lula à tevê para acusa-lo de cafajestice, para resumir. Houve, também, o golpe de a polícia de São Paulo vestir os sequestradores do empresário Abílio Diniz com camisetas do PT.
Contudo, o golpe eleitoral que Veja deu a 48 horas da eleição deste ano supera os de 1989. Contou com anuência da Polícia Federal, do Ministério Público e da Justiça. Depoimento sigiloso de um processo que corre sob segredo de Justiça foi escancarado na revista da Editora Abril sem qualquer prova, à revelia da lei.
Por conta disso, o Tribunal Superior Eleitoral deu direito de resposta à coligação de Dilma e proibiu Veja de divulgar sua capa desta semana. Eis que a Globo, após ensaiar respeito à lei não divulgando aquela matéria na 6ª feira, expõe nos seus telejornais da tarde e da noite de sábado tudo que a Justiça Eleitoral determinou que não fosse divulgado, sobretudo na TV e no rádio.
A Globo dirá que não fez publicidade da capa de Veja; apenas exerceu seu dever de informar. Conversa. Divulgou nos telejornais Hoje e Jornal Nacional aquilo que a Justiça Eleitoral proibiu que fosse divulgado. De que adianta o TSE dizer que Veja não pode fazer publicidade paga se a Globo faz publicidade gratuita para a matéria que a Justiça considerou ilegal?
Talvez, leitor, você só esteja lendo esta matéria após o resultado da eleição presidencial de 2014 em segundo turno. Esteja eleito quem estiver, então, um fato não terá mudado: Veja e, depois, Globo, entre outros, cometeram crimes eleitorais.
Aliás, além de Veja, o PSDB também cometeu crime usando a matéria da revista como panfleto distribuído nas ruas mesmo com a eleição terminada. Há uma imensidão de relatos e até de imagens de cabos eleitorais pagos pelo PSDB distribuindo cópias da capa da Veja em várias partes do Brasil. Será facílimo para a Justiça comprovar que isso ocorreu.
O resultado da eleição presidencial de 2014, seja qual for, terá sido conspurcado por uma manobra ilegal, criminosa, que acusou a presidente da República e candidata à reeleição de ser mandante de um esquema criminoso junto com seu antecessor e padrinho político, Lula.
Provas? Processo legal? Nenhum. Dilma, Lula e o PT podem ter sido condenados não em um tribunal, em um processo legal, mas nos cruzamentos das ruas das grandes, médias e até pequenas cidades.
A lei eleitoral e as decisões da Justiça foram ignoradas e até ridicularizadas por Veja, Globo, PSDB e outros. Sem punição, sem consequências, as próximas eleições serão marcadas pela mais escrachada inobservância das regras do jogo.
Se Aécio Neves vencer a disputa de hoje, terá sido graças a um golpe eleitoral dos mais claros e incontestáveis que já se viu. Se Dilma Rousseff vencer, sua votação poderá ter sido menor graças a uma trapaça.
Mesmo a decisão da Justiça Eleitoral de conceder direito de resposta ao PT por Veja ter forjado uma acusação com objetivos claramente eleitorais foi desobedecida pela revista. No site de Veja, a resposta do PT, que deveria ter destaque, segundo decisão do TSE, foi colocada como um link minúsculo, diferente do destaque dado à calúnia contra Dilma e Lula.

Se tudo isso não tiver consequência, o Brasil terá sido transformado pela imprensa e até por autoridades constituídas em uma republiqueta bananeira onde eleições são regidas pelo vale-tudo. E o que é pior: uma eventual vitória de Aécio Neves será marcada pela ilegitimidade. Na próxima 2ª feira, caberia à coligação de Dilma pedir anulação do pleito.
Se der a lógica das pesquisas e Dilma vencer, mesmo assim não estará resolvido esse caso. Dilma ter superado a fraude não elidirá seu cometimento por dois dos maiores impérios de mídia do país e pelas autoridades que ignoraram o segredo de Justiça e divulgaram informações selecionadas e distorcidas sobre a “delação” do doleiro Youssef.
Por fim, o povo brasileiro dirá hoje ao mundo se atingiu a maturidade ou não. Se privilegiar a fraude, a trapaça, a mentira, os golpes de esperteza da direita midiática, será merecedor de todos os sofrimentos que um eventual governo Aécio Neves representaria, pois ele já disse claramente que o país irá piorar em 2015, mesmo atribuindo a culpa a Dilma.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Mainardi é minha anta

Em 2007, o ex-colunista da revista Veja (hoje um dos apresentadores do programa Manhattan Connection, da Globo News) Diogo Mainardi publicou livro que surpreendeu o país por ter como título insulto ao então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que batia recordes sucessivos de popularidade e terminou seu governo com 80% de aprovação.
O livro “Lula é minha anta”, porém, segundo seu autor não questiona a inteligência do ex-presidente – e seria prova ainda maior de burrice se o fizesse –, pois cita o animal como “substantivo” e não como “adjetivo”.
Explico: Mainardi via Lula como “anta” no sentido de um animal a ser caçado, ou melhor, a ser cassado. Literalmente.
O título do livro teve origem em uma das colunas do sujeito publicada na Veja em 2005 sob o título “Uma anta na minha Mira”. No trecho do texto reproduzido abaixo, o autor explica a “razão” do insulto ao então primeiro mandatário do país.
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“(…) Passei o ano todo amolando Lula. Dediquei-lhe mais de trinta artigos. Prometi derrubá-lo em 2005. Fracassei. Prometo derrubá-lo em 2006. Chegaram a atribuir motivos ideológicos à minha campanha contra o presidente. Não é nada disso. Tentei derrubá-lo por esporte. Há quem pesque. Há quem cace. Eu não. Prefiro tentar derrubar Lula. Ele é minha anta. Ele é minha paca (…)”
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O ex-editor da Editora Globo Paulo Nogueira escreveu recentemente em seu blog, Diário do Centro do Mundo, que se tornou desafeto de Mainardi por ter dito que ele “vivia de Lula”, ou seja, que a única projeção real que obteve em sua carreira se deveu à caça que empreendeu ao petista ao longo dessa obsessiva campanha de três dezenas de artigos.
Alguém pode discordar do blogueiro do DCM?
Mainardi não conseguiu “derrubar” Lula em 2006 nem nos anos seguintes por uma simples razão: não é um homem de ideias, não faz críticas sérias a Lula, ao PT, a Dilma, aos governos petistas e ao país em que vive, o qual, aliás, ele detrata de uma forma que brasileiro algum pode aceitar.
Após recente polêmica em que esse indivíduo se meteu ao tentar – e não conseguir – humilhar a empresária Luiza Trajano, presidente da rede varejista Magazine Luiza, no programa de que participa na Globo News, eclodiu nas redes sociais um outro texto dele, também de 2005, em que faz um pavoroso ataque a este país.
Sim, o Brasil tem muitos problemas – entre os quais sua classe política, suas instituições em geral, como ocorre em tantos outros países jovens como este –, mas o que Mainardi disse não deriva desses problemas, mas de um verdadeiro ódio que nutre não só ao país, mas ao seu povo.
Um trecho daquele texto hediondo esclarece tudo:
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“(…) Entre viajar para os Estados Unidos e rodar pelo Brasil, é muito mais recompensador viajar para os Estados Unidos. O potencial turístico brasileiro costuma ser grandemente superestimado. Jamais seremos uma meta preferencial dos estrangeiros. O país tem pouco a oferecer. Só desembarcam aqui os turistas mais desavisados. Ou então os que buscam sexo barato. O mundo está cheio de lugares mais atraentes que o Brasil. Da Tunísia à Croácia, da Indonésia à Guatemala. Temos muitas praias. Mas nosso mar é feio. Turvo. Desbotado. Com despejos de esgoto. Pouco peixe. Peixe ruim. Chove demais. Chove o ano todo. Não temos monumentos. Não temos ruínas arqueológicas. Nossas cidades históricas são um amontoado de casebres ordinários e igrejas com santos disformes. Não temos o que vender porque não sabemos fazer nada direito. Não temos museus (…)”
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É por proferir “pérolas” como essas que tanta gente, no Brasil, despreza Mainardi.
Aliás, a repulsa nacional a esse sujeito é tanta que post que publiquei nesta semana sob o sugestivo título “Diogo Mainardi paga mico na Globo News” bateu o recorde de audiência deste Blog, com mais de 32 mil pessoas que curtiram o texto no Facebook – até o momento em que escrevo (23/01), pois a “curtição” continua correndo solta naquela rede social.
O comportamento sociopático do enfant terrible em questão ecoa desde 1979, no período “black block” dele, quando, de relógio Rolex no pulso – filhinho de papai que era –, apareceu depredando uma agência bancária durante uma greve do setor (vide foto acima). A cena saiu em destaque na revista Veja (edição nº 576 de 19 de set. de 1979).
Ao longo da vida, essa anta (adjetiva) continuou praticando depredações. Depredou a boa educação, depredou o bom gosto, depredou – ou tentou depredar – a imagem de seu país, depredou a lógica, depredou o jornalismo, depredou a literatura, depredou a verdade e, no último domingo (19/01), depredou o programa Manhattan Connection.

domingo, 29 de dezembro de 2013

GLOBO FARÁ SÉRIE SOBRE A MÃE DE JOAQUIM BARBOSA

sábado, 26 de outubro de 2013

EUA JÁ FAZEM LOBBY CONTRA PARCERIA BRASIL-RÚSSIA

domingo, 22 de setembro de 2013

Veja censura até sua própria página na internet. Não admite “sacrilégios”

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A Veja é uma espécie de “camarada Stálin” da direita. E pior.
Stálin mandava retocar – na época o “photoshop” era guache no negativo – as fotos onde Leon Trotsky aparecia nos acontecimentos da revolução russa.
Veja manda deletar da internet o que considera “sacrílego” à sua fé fundamentalista em subjugar as instituições e qualquer coisa que possa sugerir que alguém não necessariamente ligado aos “petralhas” possa discordar do que diz.
Foi por isso que algum guri ingênuo da sua redação resolveu publicar uma notinha-bobagem sobre o caso das globais que posaram e distribuiram fotos “de luto” pela decisão do STF sobre o caso do chamado “mensalão”. Notinha sem nenhum tipo de crìtica a elas, até aplausos, como você pode ler abaixo:
O espírito zombeteiro do rock fez das suas nesta quinta-feira. A iniciativa de cinco atrizes deAmor à Vida, a novela das nove da Globo, de se vestir de preto e fechar a cara para fotos em protesto à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de reabrir o julgamento do mensalão, virou meme em plena noite do metal do Rock in Rio — a noite do preto no festival carioca.
Carol Castro, Rosamaria Murtinho, Nathalia Timberg, Susana Vieira e Bárbara Paz aparecem de camisas negras em duas imagens publicadas por Bárbara em seu perfil no Instagram. ”Atrizes em luto pelo Brasil!”, escreveu a Edith da trama de Walcyr Carrasco. 
Não que as atrizes não tenham direito — e sobretudo razão — de protestar. É que o espírito zombeteiro do rock, menino levado, não perde uma piada.
Só que o Stálin Civita não tem humor e não suportou ver as montagens zombeteiras que, aliás, todas ali se submeteram a ter de suportar, porque contra teatrinho, teatrinho e meio.
Como nós defendemos a liberdade de imprensa até na Veja, mesmo não considerando isso mais que uma bobagem, vamos reproduzir o que a revista censurou. Enquanto não tirarem, aliás, você pode ver no “cache” do Google, enquanto eles também não retiram de lá.
Sobre o assunto, deixo que o Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, fale o que representa.
Aqui, me limito a reproduzir o que a Veja censurou.
Se alegarem que é montagem destinada a desmerecer pessoas, respondo que se trata de um pequeno prazer pessoal, em devolução a uma capa da revista, nos idos de 2002, onde misturava leonel Brizola a figuras como Maluf e Collor, com seus rostos montados sobre dinossauros.
Lamento que as senhoras da foto possam estar se sentindo atingidas. Mas quem usa a sua imagem para o debate tem de admitir que o debate acabe virando também imagem.
Afinal, ridendo castigat mores, rindo critica-se os costumes, já dizia o romano Cícero.

Por: Fernando Brito

quarta-feira, 18 de abril de 2012

CPI da Veja e do PSDB. O que Cerra pensa disso

O Padim Pade Cerra acha que os comissários do PT flertaram com a ideia de criar uma CPI da Veja para abafar o mensalão.

(Clique aqui para ler sobre a foto do escárnio.)

Em poucos dias, os comissários do PT descobriram que estavam enganados.

Por mais que adiem a faxina, os comissários do PT têm um encontro marcado com as malfeitorias dos seus comissários.

Não adianta dobrar a aposta e ir para cima da CPI.

Não conseguirão contaminar o Supremo.

E, rodou, rodou a CPI se transformou num julgamento da “mãe do PAC”, já que a empreiteira Delta é “a tia do PAC”.

Esse é centro da colona (*) de Elio Gaspari, na pág. A10 da Folha (**) e no Globo.

Como Paulo Francis, ele consegue escrever nos dois, simultaneamente.

Só falta a GloboNews para ser o GPS do PiG (***).

(Não confundir com o Farol de Alexandria, que já aderiu à CPI da Veja.)

Elio Gaspari, como se sabe, usa múltiplos chapéus.

Entrou para o Historialismo Brasileiro (não é História nem Jornalismo) com a tese de que Ernesto Geisel e Golbery fizeram e desfizeram o regime autoritário quando bem entenderam, e, com isso, se tornaram o George Washington e o Thomas Jefferson da Democracia Brasileira.

(Quando é que ele vai abrir aos estudantes de História os arquivos que herdou do Heitor Aquino Ferreira ?)

As teses de Gaspari não tem novidade nenhuma.

A Seleções do Reader’s Digest já tinha dito coisa parecida sobre a intervenção militar no Brasil.

No artigo desta quarta-feira, Gaspari  se filiou à escola do Ali Kamel/Policarpo, que já defende isso tudo desde que explodiram as relações entre Cachoeira e Demóstenes, a Veja e Perillo e se estabeleceu o vínculo entre toda a mixórdia e o mensalão – clique aqui para ler “TV Record melou o mensalão”.

(Quando a ANJ vai defender o Robert(o) Civita ? Por que o Gaspari não o defende ?)

O dos muitos chapéus tem uma utilidade.

Desvendar o que pensa o Padim Pade Cerra.

No Governo Fernando Henrique, por exemplo, quando o Cerra queria detonar o Malan, o de múltiplos chapéus, por coincidência, passou a dinamitar o que chamava de “ekipekonomica”, ou seja, o Malan.

O de múltiplos chapéus é dos colonistas (*) do PiG (***) que tratam o José Serra de “Serra”.

São muitos, especialmente em São Paulo, onde ele é considerado “a elite da elite”,  como disse a Veja.

Como não dormem, é possível que Cerra e o de múltiplos chapéus, de madrugada, troquem receita de veneno.

Vamos supor que a peça do PiG desta quarta-feira seja, outra vez, o reflexo das ideias que o Cerra acalenta e compartilha com o articulista – e só ele.

Não que o de múltiplos chapéus não tenha ideias próprias.

Tem e muitas.

Em múltiplos volumes.

O Cerra, também.

Genéricos, programa anti-AIDs, multiplicação das escolas técnicas – todas essas, como se sabe, são originalmente dele, Cerra.

Sem falar na Privataria Tucana, onde ele e seu clã aparecem de forma hegemônica.

(Por que o de múltiplos chapéus não comenta o “Privataria” na seção de Livros que publica aos domingos ?)

Mas, vamos supor que o artigo desta quarta feira seja produto de tertúlia na calada da noite.

Se for – e essa é uma suposição -, é revelador.

O que Cerra quer é dinamitar a Dilma.

Fazê-la sangrar no delta do rio São Francisco, derramar sangue até a eleição – e ele, docemente constrangido, abandona a Prefeitura para se candidatar a Presidente e derrotar a exangue coitada.

É uma atualização da “Teoria do Sangramento”, que o Farol tentou aplicar ao Nunca Dantes, exatamente por causa do mensalão.

Deu com os burros n’água antes, dará, depois.

Tão simples quanto isso, amigo navegante.

Condenar o Dirceu, abafar a CPI e eleger o Cerra.

A madrugada abriga os demônios.


Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta  costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse  pessoal aí.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

domingo, 26 de junho de 2011

E Veja se retrata do vexame numa nota de pé de página

mariafro

Por que a resposta precisa e rápida da ministra Gleisi como a dada em nota oficial é importante? Porque prevalece o fato e não o factóide e porque não tem preço ver barriga de jornalista que não apura notícia.

“(Atualização, às 13h23: houve um lamentável erro de apuração na nota acima. O apartamento da ministra Gleisi Hoffman, comprado em 2003, possui 192 metros quadrados. A ministra esclarece que o imóvel valorizou-se, mas não chega a valer 900 000 reais)

Bravo, ministra @gleisi! E aí Lauro Jardim, vai comprar?

E ainda tem gente que sente saudade do Palocci.
De minha parte acho que a ex-senadora Gleisi, atual ministra da Casa civil é a ‘Dilma’ da Dilma, olha só como ela respondeu a um factóide de Veja. Vale leitura, eu ri alto. Dica do link, via PHA, no twitter.

Nota oficial da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann

25/06/2011
Nota Oficial
Sr. Lauro Jardim
Editor da Coluna Radar
Revista Veja
O apartamento que possuo em Curitiba tem menos de 190 metros quadrados de tamanho e não 412 metros, como afirma nota divulgada hoje, 25, no Radar on-line. Há outros erros na nota. A saber: diferentemente do que informa Lauro Jardim, a lei não permite, mas DETERMINA que o valor declarado ao Imposto de Renda seja o de compra. Assim, o apartamento, que adquiri em 2003, tem sido declarado pelo valor de compra desde a declaração de 2004. Sobre o valor de R$ 900 mil, citado na nota: é claro que meu apartamento valorizou-se nestes oito anos após a compra, mas, se Lauro Jardim ou o corretor que, diz ele, avaliou o imóvel, desejarem comprá-lo por este preço, podemos conversar.
Gleisi Hoffmann