Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 31 de março de 2015

DEMÓSTENES AFIRMA QUE CACHOEIRA FINANCIOU CAIADO

terça-feira, 18 de novembro de 2014

A receita de Eduardo Cunha para virar heroi da mídia.

Dilma reassume o governo nesta 3ª feira e acelera as negociações para montar um ministério que devolva o poder de iniciativa a quem venceu as eleições em outubro; nadando sozinho na cena política nos últimos dias, o conservadorismo não foi além de um ato na Paulista, rachado entre lobões e bolsonaros.

Rodrigo Janot: 'Estava visível que queriam interferir no processo eleitoral. O advogado do Youssef operava para o PSDB do Paraná, foi indicado pelo [governador] Richa; tinha vinculação com partido e começou a vazar seletivamente' (Folha; que não deu a manchete)

Brasil cresce mais que a Alemanha, a França, a Itália e o Japão: PIB desafia o jogral do Brasil aos cacos e cresce 0,6% no 3º trimestre; o da Alemanha cresceu só 0,1% no mesmo período; o da França , 0,3%; o do Japão caiu 0,4% e o da Itália, recuou 0,1%
 
Oito das nove empreiteiras incriminadas na Java Jato colocaram dinheiro na campanha de 259 dos 513 deputados federais eleitos este ano: foram R$ 71 milhões que beneficiaram 50,4% da nova Câmara Federal (Valor)
 
Haddad vai investir R$ 1 bilhão em 60 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus em SP


CUNHA
Cunha na TVeja

Eduardo Cunha, candidato à presidência da Câmara, descobriu uma coisa aos 56 anos: basta ser contra o governo para virar um herói da mídia.

Cunha concede entrevistas, nestes últimos tempos, como se fosse um supercraque da Champions League.
Ele é um personagem ubíquo em jornais, revistas e sites das grandes empresas jornalísticas.

Bater em Dilma e no governo opera um milagre da transformação em seu perfil como personagem da mídia.
Cunha agora aparece dando sermões sobre corrupção – ele que no A a Z da malandragem preenche virtualmente todas as letras.

É que ele passou a ser amigo da imprensa.

Um fenômeno parecido ocorreu, algum tempo atrás, com Joaquim Barbosa. Era visto com extrema reserva por ter sido indicado por Lula para o STF.

Depois que passou a dar cacetadas no PT no Mensalão, virou manchete diária. Numa de suas capas já clássicas pelo bestialógico, a Veja o chamou de “o menino pobre que mudou o Brasil”.

Pausa para rir.

JB, está claro, não mudou nem a si próprio, ou o Supremo, ou o Judiciário — e muito menos o Brasil.
No site da Veja, antes que Eduardo Cunha fosse promovido a aliado, ele foi incluído num levantamento chamado “Rede de Escândalos”.

Ali você lê que ele é alvo de inquéritos no STF por crimes tributários.

Repare: crimes, plural, e não crime, singular.

Você fica sabendo também que ele responde a ações por crimes de improbidade administrativa.

Fora do levantamento, o jornalista Lauro Jardim, da seção Radar, informa que Eduardo Cunha é mentiroso.

“Eduardo Cunha andou falando que não conhecia o lobista Fernando Soares, o Baiano, citado por Paulo Fernando Costa em seus depoimentos.

Admitiu, no máximo, ter estado com ele sem saber quem era.
Elogiado até por adversários por sua memória prodigiosa, Cunha deve ter tido, sabe-se lá por que, um lapso.

Baiano já esteve diversas vezes na casa de Cunha, no Rio de Janeiro, em companhia de outras pessoas.”
Cunha, se não fossem suficientes ao dados da Veja, agride a Constituição como dono de rádio. Político, diz a Constituição, não pode ter rádio. Mas Cunha, como tantos outros representantes do atraso, tem – mediante gambiarras jurídicas de moralidade abaixo de zero.

Era assim que ele era apresentado pela mídia enquanto era aliado de Dilma.

Hoje, ele parece Catão, o último reduto da moralidade romana, se você acreditar em jornais e revistas.

Numa entrevista à tevê da Veja, a apresentadora Joice Hasselman, a Sheherazade loira, prostrou-se diante de Cunha.

O colunista do UOL Josias de Sousa, em sucessivos textos, vem tratando com reverência Cunha, e repercutindo prazerosamente suas previsões apocalípticas sobre Dilma, bem como suas palavras edificantes contra a corrupção.

E eis Cunha então como um quase santo, aos olhos da mídia.

Sua obra suprema para a beatificação: ser contra Dilma.
 
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

O “leilão” de Eduardo Cunha


O mestre Janio de Freitas – sempre ele, quase só ele – traça um retrato que a imprensa, no seu afã de abanar tudo o que possa ser foco de dificuldades para Dilma Rousseff, tem sido incapaz de traçar.
Mostra como é, de fato, a luta entre o PMDB presidido por Michel Temer e a parte da bancada liderada por Eduardo Cunha, um personagem tenebroso no qual se depositam esperanças de vir a ser o “derrubador parlamentar” da expressão eleitoral do povo brasileiro.
Janio demonstra como Cunha se oferece – e aos deputados que lidera – como uma esfinge sem mistérios, da qual o desafio ao governo é um “atenda-me ou te devorarei”.
Mas que, também, negocia com a oposição a condição de príncipe da sabotagem, que lhe renda poder, vantagens e uma liderança política incompatível com sua pequenez moral.
Janio diz tudo, mas atrevo-me a uma pequena e burlesca contribuição de testemunha ao que diz Janio sobre as artes de Eduardo Cunha é frente da Telerj no Governo Collor. Por meio de um secretário de Estado, foi ao Palácio Laranjeiras, no início do segundo governo Brizola, levar um dos primeiros telefones celulares a opoerar aqui. Um trambolho, que funcionava numa maleta e servia apenas para fazer peso. Brizola recebeu aquele traste e nunca, que eu visse, o usou. A única ligação que Cunha tentou com o sabido gaúcho, caiu logo no começo. Quando Garotinho, ainda no PDT, elegeu-se governador, Cunha foi uma das indicações que levou ao rompimento de Brizola com o recém-eleito, quando lhe entregaram as obras da Cehab,pelo apoio de sua rádio evangélica. Se perguntarem a Garotinho, hoje, o que é Eduardo Cunha, tirem antes as crianças de perto.

Encontro contra

Janio de Freitas
Divisão por divisão –esqueceram aquela?– há uma que, sobre ser verdadeira, está sem o reconhecimento de sua importância e, no entanto, é decisiva para muitas das questões suscitadas com o resultado da eleição presidencial.
O PMDB tem agendadas para hoje duas reuniões contraditórias. Vice-presidente reeleito e presidente do partido, Michel Temer reúne governadores e outros eleitos, lideranças e ministros peemedebistas para considerações conjuntas sobre metas do PMDB e sobre projetos passíveis do apoio partidário, em especial a reforma política. Essa pauta da reunião é real, mas o que une todos os temas é a busca de unir também os presentes, contra a contestação a Temer, ou ao comando partidário em geral, organizada pelo deputado Eduardo Cunha, líder da bancada na Câmara.
Marcada a reunião no Palácio Jaburu por Michel Temer, Eduardo Cunha saiu com a represália: convocou os seus deputados para reunião também hoje. As aparências oferecidas por ele são de que age para defender o objetivo de eleger-se presidente da Câmara. Mas, antes mesmo de expor tal propósito, veio emitindo sinais de um plano de dissensão. Desde logo, por exemplo, com a condução da bancada em frequente oposição à linha do partido. Todos os assuntos pareceram ser-lhe úteis para ser visto como um problema em crescimento.
Eduardo Cunha entrará muito fortalecido na nova Câmara. Adotou uma igreja evangélica, que lhe assegurou votação extraordinária, obteve grande apoio financeiro para candidatos a deputado e não se limitou a ajudar correligionários diretos. É dotado de sagacidade muito aguda e de audácia que ainda não mostrou limite algum, ao impulso de ambições que se revelam sempre maiores do que o já espantoso.
A solução interna dos peemedebistas terá o mesmo significado para o PMDB e para o governo. O predomínio continuado do comando com Michel Temer e sua corrente levará à permanência do convívio peemedebista com Dilma Rousseff, com o governo e com o PT, sem maiores alterações. Incluída a composição em torno da eventual reforma política e de outras possíveis reformas. Esse peso decisivo do PMDB se refletirá, portanto, nas tendências do Congresso e, em particular, da Câmara semelhantes às atuais.
O êxito de Eduardo Cunha levará ao desalinhamento entre PMDB e governo, sem que daí se deduza o alinhamento à oposição. Ser disputado aumenta o valor. E o maior valor torna mais fácil abrir caminhos para o objetivo. É o que Eduardo Cunha tem feito, desde que surgiu, como do nada, recebendo de PC Farias já o cargo, com múltiplas utilidades, de presidente da telefônica do Rio.
A cara do Congresso que se instalará em 2015 está na dependência de como se decida a divisão do PMDB.

sábado, 14 de dezembro de 2013

DIRCEU: UM MÊS PRESO; JEFFERSON: UM MÊS SOLTO

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A carta da mulher do Lupi. Ou o PiG é um nojo !


Faz tempo que querem pegar o Lupi


O Conversa Afiada recebeu esse e-mail do Max, assesor de imprensa do Ministro Lupi e filho do Oswaldo Maneschi, que foi assessor de imprensa do Brizola e é dileto amigo deste ansioso blogueiro:

Prezado Paulo Henrique

Em primeiro lugar gostaria de agradecer o espaço no CAfiada para o meu texto. Como se não bastasse o Lupi já ter os inimigos que tem, arrumei mais alguns, principalmente na Veja, por conta do texto. Mas a nossa avaliação é que guerra é guerra, e como tal, precisamos todos utilizar as ferramentas (e porque não armas) que temos. E como você vem acompanhando, não está fácil. Por isso não lhe falei antes. Muito obrigado.

Segundo, lhe encaminho um outro texto, desta vez da também jornalista Angela Rocha, ou para os mais próximos, Dona Angela. Esposa do Lupi. Há 30 anos. Fique à vontade com o texto.

Um texto emocionante e completamente desnudo de tudo. Acho que ele mostra muito bem o outro lado da guerra política, e os verdadeiros atingidos nessa porcariada toda que o PIG faz hoje. Acordos políticos e funções nomeadas, recuperam-se. Mas a vida e a família, como diria o velho Maneschão, combativo companheiro, o buraco é mais embaixo.

Abraços Paulo Henrique. Continue contribuindo de sua trincheira para um debate amplo sobre nossa sociedade. Durante os últimos cinco anos aqui em Brasília com Lupi senti muitas vezes vergonha de ter escolhido a carreira de Jornalista. Mas quando me arrependo, dou uma navegada no seu Blog ou bato um papo com o velho e lembro que vale a pena, porque os picaretas, apesar de falarem mais alto, são minoria.

Max Monjardim


Caso Lupi: a outra versão da história


Você tem direito de ter a sua verdade. Para isso você precisa conhecer todas as versões de uma história para escolher a sua. A deles é fácil, é só continuar lendo a Veja, O Globo, assistindo ao Jornal Nacional. A nossa vai precisar circular por essa nova e democrática ferramenta que é a internet.


Meu nome é Angela, sou esposa do Ministro do Trabalho e Emprego Carlos Lupi. Sou jornalista e especialista em políticas públicas. Somos casados há 30 anos, temos 3 filhos e um neto. Resolvi voltar ao texto depois de tantos anos porque a causa é justa e o motivo é nobre. Mostrar a milhares, dezenas ou a uma pessoa que seja como se monta um escândalo no Brasil.


Vamos aos fatos: No dia 3 de novembro a revista Veja envia a assessoria de imprensa do Ministério do Trabalho algumas perguntas genéricas sobre convênio, ONGS, repasses etc. Guarda essa informação.


Na administração pública existe uma coisa chamada pendência administrativa. O que é isso? São processos que se avolumam em mesas a espera de soluções que dependem de documentos, de comprovações de despesas, prestação de contas etc. Todo órgão público, seja na esfera municipal, estadual ou federal, tem dezenas ou centenas desses.


Como é montado o circo? A revista pega duas pendências administrativas dessas, junta com as respostas da assessoria de imprensa do ministério dando a impressão de que são muito democráticos e que ouviram a outra parte, o que não é verdade, e paralelamente a isso pegam o depoimento de alguém que não tem nome ou sobrenome, mas diz que pagou propina a alguém da assessoria do ministro.


No dia seguinte toda a mídia nacional espalha e repercute a matéria em todos os noticiários, revistas e jornais. Nada fica provado. O acusador não tem que provar que pagou, mas você tem que provar que não recebeu. Curioso isso, não? O próprio texto da matéria isentava Lupi de qualquer responsabilidade. Ele sequer é citado pelo acusador. Mas a gente não lê os textos, só os títulos e a interpretação, que vêm do estereótipo “político é tudo safado mesmo”.


Dizem que quando as coisas estão ruins podem piorar. E é verdade. Na terça-feira Lupi se reúne na sede do PDT, seu partido político em Brasília para uma coletiva com a imprensa. E é literalmente metralhado não por perguntas, o que seria natural, mas por acusações. Nossa imprensa julga, condena e manda para o pelotão de fuzilamento.


E aí entra em cena a mais imprevisível das criaturas: o ser humano. Enquanto alguns acuados recuam, paralisam, Lupi faz parte de uma minoria que contra ataca. Explode, desafia. É indelicado com a Presidenta e com a população em geral. E solta a frase bomba, manchete do dia seguinte: “Só saio a bala”. O que as pessoas interpretaram como apego ao cargo era a defesa do seu nome. Era um recado com endereço certo e cujos destinatários voltaram com força total.


Era a declaração de uma guerra que ainda não deixou mortos, mas já contabiliza muitos feridos. Em casa, passado o momento de tensão, Lupi percebe o erro, os exageros e na quinta-feira na Comissão de Justiça do Congresso Nacional presta todos os esclarecimentos, apresenta os documentos que provam que o Ministério do Trabalho já havia tomado providências em relação às ONGs que estavam sendo denunciadas e aproveita a oportunidade para admitir que passou do tom e pede desculpas públicas a Presidenta e a população em geral.


A essa altura, a acusação de corrupto já não tinha mais sustentação. Era preciso montar outro escândalo e aí entra a gravação de uma resposta e uma fotografia. A resposta é aquela que é repetida em todos os telejornais. Onde o Lupi diz “não tenho nenhum tipo de relacionamento com o Sr Adair. Fui apresentado a ele em alguns eventos públicos. Nunca andei em aeronave do Sr Adair”.


Pegam a frase e juntam a ela uma foto do Lupi descendo de uma aeronave com o seu Adair por perto. Pronto. Um novo escândalo está montado. Lupi agora não é mais corrupto, é mentiroso.


Em algum momento, em algum desses telejornais você ouviu a pergunta que foi feita ao Lupi e que originou aquela resposta? Com certeza não. Se alguém pergunta se você conhece o Seu José, porteiro do seu prédio? Você provavelmente responde: claro, conheço. Agora, se alguém pergunta: que tipo de relacionamento você tem com o Seu José? O que você responde? Nenhum, simplesmente conheço de vista.


Foi essa a pergunta que não é mostrada: que tipo de relacionamento o Sr tem com o Sr Adair? Uma pergunta bem capciosa. Enquanto isso, o próprio Sr Adair garante que a aeronave não era dele, que ele não pagou pela aeronave e que ele simplesmente indicou.


Quando comecei na profissão como estagiária na Tribuna da Imprensa, ouvi de um chefe de reportagem uma frase que nunca esqueci: “Enquanto você não ouvir todos os envolvidos e tiver todas as versões do fato, a matéria não sai. O leitor tem o direito de ler todas as versões de uma história e escolher a dele. Imprensa não julga, informa. Quem julga é o leitor”.


Quero deixar claro que isso não é um discurso para colocar o Lupi como vítima.  O Lupi não é vítima de nada. É um adulto plenamente consciente do seu papel nessa história. Ele sabe que é simplesmente o alvo menor que precisa ser abatido para que seja atingido um alvo maior. É briga de cachorro grande.


Tentaram atingir o seu nome como corrupto, mas não conseguiram. Agora é mentiroso, mas também não estão conseguindo, e tenho até medo de imaginar o que vem na sequência.


Para terminar queria deixar alguns recados:


Para os amigos que nos acompanham ou simplesmente conhecidos que observam de longe a maneira como vivemos e educamos os nossos filhos eu queria dizer que podem continuar nos procurando para prestar solidariedade e que serão bem recebidos. Aos que preferem esperar a poeira baixar ou não tocar no assunto, também agradeço. E não fiquem constrangidos se em algum momento acompanhando o noticiário tenham duvidado do Lupi. A coisa é tão bem montada que até a gente começa a duvidar de nós mesmos. Quem passou por tortura psicológica sabe o que é isso. É preciso ser muito forte e coerente com as suas convicções para continuar nessa luta.


Para os companheiros de partido, Senadores, Deputados, Vereadores, lideranças, militantes que nos últimos 30 anos testemunharam o trabalho incansável de um “maluco” que viajava o Brasil inteiro em fins de semana e feriados, filiando gente nova, fazendo reuniões intermináveis, celebrando e cumprindo acordos, respeitado até pelos adversários como um homem de palavra, que manteve o PDT vivo e dentro do cenário nacional como um dos mais importantes partidos políticos da atualidade. Eu peço só uma coisa: justiça.


Aos colegas jornalistas que estão fazendo o seu trabalho, aos que estão aborrecidos com esse cara que parece arrogante e fica desafiando todo mundo, aos que só seguem orientação da editoria sem questionamento, aos que observam e questionam, não importa. A todos vocês eu queria deixar um pensamento: reflexão. Qual é o nosso papel na sociedade?


E a você Lupi, companheiro de uma vida, quero te dizer, como representante desse pequeno nucleozinho que é a nossa família, que nós estamos cansados, indignados e tristes, mas unidos como sempre estivemos. Pode continuar lutando enquanto precisar, não para manter cargo, pois isso é pequeno, mas para manter limpo o seu nome construído em 30 anos de vida pública.


E quando estiver muito cansado dessa guerra vai repousar no seu refúgio que não é uma mansão em Angra dos Reis, nem uma fazenda em Goiás, sequer uma casa em Búzios, e sim um pequeno sítio em Magé. Que corrupto é esse? Que País é esse?

sexta-feira, 1 de abril de 2011

José Carlos Aleluia recebe o título de Idiota honoris causa



Ex-deputado do DEM contesta título de doutor recebido por Lula
Redação Carta Capital

O ex-deputado pelo Democratas, José Carlos Aleluia, enviou uma carta aberta ao reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, demonstrando indignação pelo título de doutor honoris causa concedido ao ex-presidente Lula. Dentre as razões, diz que Lula “buscou inculcar a noção de que o sucesso pessoal independe de qualquer esforço no sentido de aprimorar o conhecimento”, além de considerar sua administração na área de educação “desastrosa”.


Leia mais em: Esquerdop̶a̶t̶a̶ 
Under Creative Commons License: Attribution

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vice de Serra quis punir quem dá esmola



Imagine uma senhora caminhando pela rua e se deparando com uma outra mulher, muito pobre, pedindo esmolas. Comovida pela situação, que nenhum de nós gostaria de ver alguém passar, a senhorinha abre a bolsa e oferece um trocado, sugerindo que o dinheiro seja usado para comprar um alimento para a criança. Mas eis que surge um guarda municipal, interpela a solidária senhora e avisa: a senhora está multada!

Pois foi exatamente isso que o vice “mauricinho” de José Serra propôs quando foi vereador no Rio de Janeiro. Em projeto de lei (nº 558), de 1997, obviamente rejeitado, Índio da Costa tentou proibir o ato de esmolar no município.

E como pretendia que o poder público proibisse o ato de esmolar? “Aquele que for apanhado esmolando, será recolhido a albergue ou centro de atendimento”. E “quem doar esmola pagará multa a ser definida pelo Poder Executivo”. 

Se o mendigo ficasse lá, deitado na rua, sem pedir esmola, não seria atendido pelo poder público. Afinal, a lei previa que fosse recolhido para albergue aquele que fosse apanhado esmolando. E o cidadão compungido pela miséria humana ficava tolhido de tentar ajudar, mesmo que momentaneamente, aqueles que mais necessitam.

Na justificativa apresentada para seu edificante projeto, Índio da Costa afirmava que a mendicância vinha se acentuando a cada dia, com “famílias inteiras molestando os transeuntes com pedidos insistentes e até ameaçadores”.

O jovem vereador, externando desde cedo sua ideologia de direita, tachava a mendicância de “vício” e dizia que “tais indivíduos fazem desse ato sua profissão.”

A Índio não interessava as causas da pobreza e a desestruturação que provoca em famílias inteiras. Como uma Sandra Cavalcanti de calças curtas, devia, no fundo, sonhar com um tempo onde a indiferença dos governos permitiu acontecerem monstruosidades como aquelas do Rio da Guarda. Não se dá conta que essa enorme quantidade de pessoas em situação limite foi acumulada em décadas de estagnação econômica que, além de eliminar o emprego, tirou de muita gente a fé no trabalho como ferramenta de uma vida digna. Décadas num país que crescia a taxas ínfimas, comandado por uma coligação entre seu partido e os tucanos. 

Seu projeto reacionário teve vida curta, assim como sua irresponsável candidatura a vice-presidente, que termina derrotada em quatro meses, se é que sobrevive até lá.
Brizola Neto em seu Blog