Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

O CNJ vai aceitar a “democracia” mineira? Jornalista preso por escrever e advogado sem acesso ao processo.

aecim
Reproduzo a matéria da Conceição Lemes, do Viomundo, sobre o que está acontecendo com o jornalista Marco Antonio Carone.
Carone, opositor do império de Aécio Neves em Minas, segundo o site sua Minas Sem Censura teve prisão preventiva “amparada no requisito da conveniência da instrução criminal, já que em liberdade poderá forjar provas, ameaçar e intimidar testemunhas, além de continuar a utilizar o seu jornal virtual para lançar informações inverídicas”, segundo trecho do despacho da juíza Maria Isabel Fleck.
Agora, seus advogados não estão tendo acesso ao processo e, portanto, não podem impetrar habeas corpus contra a prisão de Carone.

Advogados de jornalista preso em MG estão sendo impedidos de ter acesso ao processo de cliente

Os advogados do jornalista Marco Aurélio Carone, diretor proprietário do Novo Jornal, estão sendo impedidos de ter acesso ao processo de prisão do seu cliente.
Hernandes Purificação de Alecrim e Bruno Moreira Silva estão há mais de três horas na Segunda Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas, tentando ter acesso ao processo.
“O escrivão da Vara Criminal alega que faltam alguns trâmites internos para que o processo possa ser disponibilizado”, acaba de nos dizer o advogado Bruno Moreira Silva.
Muito estranha essa explicação do escrivão do TJ/MG.
Afinal, tempo é que não faltou. Na sexta-feira, 17, a Justiça mineira decretou a prisão preventiva de Carone. Na própria sexta, foi expedido à autoridade policial o pedido de prisão preventiva. Na segunda-feira, 10, às 6 da manhã, ela foi cumprida.
Amanhã, às 10h, os advogados do jornalista Marco Aurélio Carone se reúnem com os deputados do Bloco Minas Sem Censura, na Assembléia Legislativa de Minas.
O objetivo é tentar marcar uma data para a audiência pública que irá debater a prisão do jornalista e listar possíveis convidados para a audiência.

Exocet verde-amarelo

LANÇAMENTO-02

Míssil verde e amarelo I/ A Omnisys, empresa encarregada de desenvolver o radar autodiretor (Seeker) do Programa de Desenvolvimento do míssil antinavio de superfície (MANSUP), comemora amanhã com a alta cúpula da Marinha o fim da fase de testes do modelo funcional. Esse é o sistema que permite ao míssil perseguir o alvo.
Míssil verde e amarelo II/ Quem é do setor sabe que é mesmo para comemorar esse feito como um marco inédito e histórico para o setor de defesa nacional, uma vez que a tecnologia foi totalmente desenvolvida pela equipe brasileira na planta da empresa. Agora, começa a fase de integração de todos os componentes testados do radar. A conclusão do trabalho com a entrega dos protótipos do Seeker à Marinha do Brasil está prevista para 2016.
FONTE: Denise Rothenburg

Genoíno mostrou o Darf; agora falta a Globo!

Para você ver como são as coisas. José Genoíno, o deputado mais duro do Brasil, quiçá do mundo, pagou a dívida financeira que tinha com a Justiça. Uma dívida injusta, porque Genoíno não cometeu crime nenhum. Foi condenado num julgamento midiático, político e viciado. Mas pagou mesmo assim, com ajuda de milhares de admiradores, que sempre acompanharam sua vida de lutador social honesto e idealista.

Enquanto isso, a Globo, apanhada sonegando quase 1 bilhão em imposto de renda, numa trapaça nas Ilhas Virgens Britânicas que foi devidamente julgada e condenada por um grupo de competentes auditores fiscais da Receita Federal, ainda não mostrou ao povo brasileiro nenhum documento provando que pagou sua dívida.
O DARF de Genoíno junto à Justiça:
BeeGWePCAAA5nKK
O DARF da Globo junto à Receita:
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OCUPE A REDE GLOBO 2013. GLOBO, NÃO É SÓ O DARF. DÍVIDA DA GLOBO COM A RECEITA FEDERAL. SONEGAÇÃO DIREITO DE TRANSMISSÃO COPA DO MUNDO DE 2002 2

MUNDO: - 62 MI DE VAGAS. BRASIL: + 10,5 MILHÕES

Diogo Mainardi paga mico na Globo News

 Espalhou-se pela internet entrevista que a empresária paulista Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues, atual presidente da rede de varejo Magazine Luiza, concedeu ao programa Manhattan Connection, da Globo News, e que foi ao ar na noite do último domingo.
Para o apresentador Lucas Mendes, a empresária é “Simplesmente Luiza”, pois “Assim ela é tratada pela presidente Dilma Rousseff e pelos próprios faxineiros” – supõe-se que de sua empresa.
Mendes qualificou Luiza como “Um fenômeno do comércio brasileiro pelas vendas e pela gestão” e, em sua primeira pergunta a ela, deu ao telespectador a impressão de que tinha diante de si um tipo raro de empresária, o tipo otimista.
Atente para a pergunta de Mendes, leitor. Deixa clara a razão pela qual a empresária foi convidada para um programa cujo objetivo, há anos, tem sido espalhar pessimismo com o Brasil.
Lucas Mendes: “Você não esconde seu otimismo pelo Brasil, nem pela outra presidente, e diz que a culpa desse pessimismo é nossa, da imprensa. Eu acho que esse economista sentado aí do seu lado discorda”.
Uau! Pensei que sobreviria um massacre. Até porque, Luiza é uma mulher de modos simples. Tem aquele sotaque meio caipira do interior paulista, fala um português coloquial, pois, apesar de ter nascido na capital, sua mãe – também Luiza, de quem herdou o negócio – fundou em Franca, interior de São Paulo, a primeira loja da rede que a filha edificaria.
O tal economista que parecia que iria demolir as posições de Luiza foi o também apresentador do programa Ricardo Amorim. Porém, a expectativa se frustrou. Perguntou apenas se o seu colega Caio Blinder, que na semana passada dissera que “O varejo brasileiro está em crise”, tinha razão.
Luiza, obviamente, disse que não. Citou dados do IDV (Instituto de Desenvolvimento do Varejo). Segundo o instituto, o comércio varejista brasileiro cresceu 5,9% em 2013 e só as redes de lojas vinculadas a esse instituto geraram 631 mil empregos.
Luiza ainda teve que explicar ao já titubeante Blinder que o Brasil é “Diferente dos Estados Unidos”. Nessa explicação, a vitoriosa empresária teve que fazer ver ao jornalista o que tem sido dito exaustivamente neste blog, que o atual modelo de desenvolvimento brasileiro, hoje intrinsecamente baseado no consumo de massas, não pode estar esgotado em um país em que apenas 7% ou 8% do povo têm televisão de tela plana, em que apenas 54% têm máquina de lavar…
Enfim, Luiza teve que explicar que, com tanto brasileiro sem produtos que nos EUA qualquer um tem, o modelo de consumo de massas não pode estar “esgotado”.
Blinder, meio atônito com a aula que recebeu de uma empresária que transformou uma pequena loja do interior de São Paulo numa holding que compete hoje com as grandes redes de varejo brasileiras, balbuciou alguma coisa sobre “bolha de consumo” e foi perguntar sobre “rolezinhos”.
Mais adiante, insatisfeito, Lucas Mendes passou a bola a ele, ao próprio, a ninguém mais, ninguém menos do que o “temível” Diogo Mainardi. Seria ele que conseguiria mostrar que aquela mega empresária tão otimista com o país não sabe o que fala?
Antes de prosseguir, devo dizer que esse programa praticou uma covardia. Não se coloca para debater economia pessoas que não têm o mesmo preparo.
Detalhe: a covardia foi com Mendes, Amorim, Blinder e Mainardi.
O expatriado em Veneza – sabe Deus por que – foi logo vestindo aquele seu pretenso estilo irônico, irreverente, desassombrado, mas que não passa de pretensão porque tal estilo requer atributos intelectuais que ele, ao longo do programa, deixou ver que não tem.
Em tom professoral, Mainardi começou a “explicar” a uma empresária desse quilate que “Todos os fatores que determinaram o crescimento do varejo” e que ela acabara de citar a Blinder teriam “Murchado” porque “Os juros estão subindo, o crédito diminui, a inadimplência aumentou pelo segundo ano consecutivo” etc., etc.
E tascou uma pergunta insolente, em sua tática de tentar intimidar quem não tinha condição: “Quando é que você vai vender suas lojas para a Amazon?”.
Luiza, com o semblante sério, questionou as informações que Mainardi acabara de divulgar e prometeu lhe passar os dados corretos por e-mail. Começou dizendo que “A inadimplência está totalmente sob controle”. Nesse momento, ouve-se sorriso de deboche de Mainardi, que a interrompe: “Aumentou em 2012 e aumentou em 2013”.
Mostrando concentração, Luiza desmentiu o interlocutor: “Não! O que o que aumentou foi a inadimplência geral focada”. Explicou que a inadimplência no varejo não aumentou, diminuiu. E que nunca tivemos, no Brasil, um índice de inadimplência tão bom quanto em 2013.
Mainardi insiste: “Na sua loja…
Luiza rebate: “Não, não é na minha loja, é no Brasil”.
Mainardi não se dá por vencido e diz que os dados “da Serasa” seriam “diferentes”. Novamente, Luiza diz que ele está errado e que vai lhe passar os dados corretos.
A segunda parte desse debate que me é mais cara foi ela ter dito um fato mais do que evidente, mas que ninguém consegue dizer na grande imprensa. A declaração textual de Luiza, que vou reproduzir abaixo, tem sido repetida à exaustão neste blog:
Como é que fala que a bolha acabou? Nós precisaremos construir 23 milhões de [unidades do programa] Minha Casa Minha Vida pro brasileiro ter um nível social adequado aos países desenvolvidos. Como que a gente fala que é bolha? Bolha são 23 milhões de casas para 23 milhões de pessoas que mora (sic) com o sogro, com a sogra pagando 400 reais de aluguel. Nós tivemos três década perdida (sic)”.
Luiza volta a prometer a Mainardi que irá lhe enviar os dados da inadimplência por email, ao que ele responde com um sorriso debochado e com a petulante frase “Me poupe (sic), Luiza”.
Aquela que o colega de Mainardi disse, no início do programa, ser “Um fenômeno do comércio brasileiro pelas vendas e pela gestão” não se abalou e continuou ensinando ao insolente especialista em nada que ninguém ia comprar suas lojas. E lhe deu mais algumas explicações técnicas sobre as mudanças que poderão ocorrer no mercado nos próximos anos e sobre como suas empresas irão enfrentá-las.
A artilharia contra Luiza ainda tentou prosseguir. Amorim, o economista, deu como “prova” do “desastre” que vive anunciando que as grandes redes de varejo brasileiras não figuram entre as maiores do mundo…
Foi aí que Luiza matou a pau explicando que o varejo no Brasil não era nada até “cinco, seis anos atrás”, que era “muito esquecido”, e que ainda está “engatinhando”, o que, claro, desmonta a tese de “esgotamento” do modelo de consumo de massas.
Amorim, o economista, ficou caladinho.
Foi nesse momento que Mendes, possivelmente após ter consultado a produção do programa, reconheceu que Luiza tem razão na questão da inadimplência. E mudou para assunto mais ameno.
De fato, Luiza tem razão. A inadimplência “focada” que ela admitiu a Mainardi que subiu é a inadimplência seca, que não leva em conta fatores sazonais. É a que mede a Serasa de Mainardi. São, porém, dados brutos.
Há que levar em conta, por exemplo, que naquela determinada época do ano há sempre um aumento da inadimplência. Se não se levar esse fator em conta realmente a taxa será considerada em alta, mas não é assim que os dados devem ser interpretados.
Para esclarecer melhor, vale ler, abaixo, trecho de boletim da Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).
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13 janeiro, 2014
Os registros de inadimplência caíram 0,4% em 2013, em todo o país, conforme apuração da Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Em dezembro, contra novembro de 2013, houve redução de 4,5%,  descontados os efeitos sazonais.
Ao longo dos primeiros seis meses de 2013, os registros de inadimplência mantiveram a queda iniciada no final de 2012. Entretanto, a partir do segundo semestre, após uma reversão temporária desta tendência, o indicador encerrou o ano em queda, com nível menor que o registrado em dezembro do ano anterior.
A melhoria do quadro da inadimplência pode ser justificada pela continuidade de fatores como aumento dos rendimentos reais, baixo desemprego, queda dos juros (*), entre outros. Além disso, em 2013 houve um grande ajuste do mercado de crédito, tornando-o mais saudável, com credores mais seletivos e consumidores mais cautelosos (…)
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Como se vê, Mainardi disse bobagem – que a inadimplência aumentou pelo segundo ano consecutivo. A matéria da Boa Vista mostra que a inadimplência aumentou em 2012, mas caiu no ano passado. Mainardi pagou um mico.
Esse fato é extremamente eloquente porque deixa ver a falta de compromisso dessa mídia terrorista com os fatos. Põe gente que não entende nada do mercado para dizer o que o patrão quer que seja dito e o expectador desavisado compra como se fosse fato.
Fato mesmo é que ri muito ao ver a incrível Luiza surrar verbalmente Diogo Mainardi. Ria sozinho. Não só pelo que ela disse – e que reproduzi acima –, mas pela forma como disse – com sua linguagem coloquial e despretensiosa.
Toda essa conversa durou, mais ou menos, uns 15 minutos. Vale muito a pena assistir. Abaixo, o vídeo.