Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 5 de maio de 2016

Dilma já governa com a rua e resistirá se a rua se organizar Hoje a palavra organizar virou sinônimo de resistir; assim como rua se tornou equivalente ao verbo lutar

Dilma já governa com a rua e resistirá se a rua se organizar

por: Saul Leblon

Roberto Parizotti/ CUT
A história apertou o passo no país e quem não entender isso será atropelado pela velocidade dos acontecimentos.

Esse é um tempo em que jornais de hoje amanhecem falando de um remoto mundo de ontem; tempo em que a tergiversação colide com a transparência; tempo em que nenhum discurso faz mais sentido dissociado da tríade: ‘rua’, ‘resistência’ e ‘organização’.

As sirenes da história anunciam confrontos intensos no front.

De um lado, os interesses da maioria da população; de outro, a coalizão da escória parlamentar com o rentismo e a classe média fascista.


No arremate desse enredo a mídia insufla a venezuelanização do Brasil.

Não é sugestivo do lugar da Folha na história que a edição desta 2ª feira, por exemplo, mostre Paulinho Boca festejado pelo 'povo' e Dilma cercada por uma mosca?

Dilma fez no 1º de Maio do Anhangabaú o melhor discurso de sua vida.

Veja a íntegra de sua fala aqui: https://www.facebook.com/jornalistaslivres/posts/363835267073690

Sim, Dilma incendiou um ato que começou morno e sem a presença de Lula. Como explicar essa mutação que passou batida aos petizes da mídia pautados no Anhangabaú para alimentar o golpe –de moscas, se possível—e não para fazer jornalismo?

A explicação está no acirramento de um conflito que Lula, Dilma, o PT e todas as forças progressistas e democráticas resolveram encarar de frente, pelo simples fato de que não fazê-lo seria trair o país, o povo e, sobretudo, a esperança na construção de uma democracia social na oitava maior economia do mundo e principal referência da luta pelo desenvolvimento no ocidente.

Todo o discurso da Presidenta Dilma irradiou esse discernimento de que o seu governo e mais que ele, o projeto que ele expressa só tem futuro se tiver o desassombro de ser defendido na rua.

Foi isso que Dilma fez ao levar seu governo à rua do 1º de Maio e lá anunciar um aumento médio de 9% para o Bolsa Família, ademais de reafirmar a prorrogação do Mais Médicos por três anos, corrigir a tabela do IR e adicionar mais 25 mil contratações à linha do Minha Casa vinculada à autoconstrução.

Dilma afrontou assim o martelete midiático do ‘país aos cacos’ , que lubrifica a sociedade para a resignação diante do arrocho embutido na tese do golpe ‘saneador’.

Dilma fez mais que isso ao acusar a sabotagem paralisante contra o seu governo, por parte dos interesses que, derrotados quatro vezes no jogo democrático, resolveram destruir a urna e pisotear seus escombros para chegar ao poder.

A propaganda do jornalismo embarcado sonega esse traço central da encruzilhada brasileira: a ofensiva golpista não é uma consequência da crise; ela é a crise em ponto de fusão.

Em outras palavras, ao contrário do que solfejam os violinistasdo golpe, não existe uma ‘macroeconomia responsável’ (a do arrocho) que vai tirar o Brasil da espiral descendente.

O que existe é um acirramento da luta de classes, a exigir uma repactuação política do país e do seu desenvolvimento. Algo que a plutocracia, a mídia, a escória e o fascismo decidiram elidir por meio do golpe e através dele impor a sua agenda à nação.

‘Eu vou resistir’, disse Dilma ovacionada pela multidão no Anhangabaú que teve o privilégio de participar desse pontapé da resistência de uma Presidenta que passou a governar na rua, pela rua, com a rua.

Esse é o requisito para mudar a correlação de forças e destravar as verdadeiras reformas de que a sociedade e o desenvolvimento necessitam.

A saber: reforma política, para capacitar a democracia a se impor ao mercado; reforma tributária, para buscar a fatia da riqueza sonegada à expansão da infraestrutura e dos serviços; reforma do sistema de comunicação, para permitir o debate plural dos desafios brasileiros –que são poucos, nem se resolvem sem ampla renegociação do desenvolvimento.

Quem rumina desalento diante do gigantismo dessa tarefa menospreza o salto histórico percorrido nos últimos meses.

Há exatamente um ano, um outro comício do dia do trabalhador organizado no mesmo Vale do Anhangabaú foi igualmente desdenhado pelo noticiário –e mesmo por uma parte da esquerda.

Foi tratado como mero evento retórico.

Um ano depois, as ruas do Brasil já não dormem mais.

Um ciclo de grandes mobilizações de massa está em curso no país.

Respira-se a expectativa dos campos de batalha no amanhecer do confronto.


A engrenagem capitalista puro-sangue escoiceia o chão do estábulo. Aguarda os cavalariços do golpe que vem lhe trazer a liberdade para matar.

A chance de que o embate resulte em uma sociedade melhor depende da determinação progressista –acenada no discurso de Dilma-- de assumir a rédea das forças xucras do mercado, para finalmente domá-las a favor do povo e da nação brasileira.

O golpe tornou quase inevitável isso que o ciclo do PT sempre adiou em favor de soluções acomodatícias e avanços incrementais.

A natureza ferozmente excludente de sua lógica revela os limites estreitos e irredutíveis de uma parte da elite brasileira, da qual a mídia se fez porta-voz.

No 1º de Maio do ano passado, Lula –ausente nesse por recomendação médica-- lembrou que a primeira universidade brasileira só foi construída em 1920.

Quatro séculos depois do descobrimento.

Em 1507, em contrapartida, 15 anos depois de Colombo chegar à República Dominicana, Santo Domingo já construía sua primeira universidade.


Tome-se o ritmo de implantação do metrô em São Paulo, em duas décadas de poder tucano.


Compare-se a extensão duas vezes maior da rede mexicana, ou a dianteira expressiva da rede argentina e da chilena.

O padrão não mudou.


Lula criou 18 universidades em oito anos. A elite levou 420 anos para erguer a primeira e Fernando Henrique Cardoso não fez nenhuma.

Há lógica na assimetria.

Para que serve uma universidade se não faz sentido ter projeto de nação; se a industrialização será aquela que a ALCA rediviva permitir e se o pre-sal deve ser entregue à Chevron?

O que Lula estava querendo dizer ao povo do Anhangabaú, então, tinha muito a ver com algo que agora assume nitidez desconcertante nos ‘planos’ do golpismo.

O desenvolvimento brasileiro não pode depender de uma elite que dispensa ao destino da nação e à sorte do seu desenvolvimento o mesmo descompromisso do colonizador em relação aos povos oprimidos.

Uma elite para a qual a soberania é um atentado ao mercado não reserva qualquer espaço à principal tarefa do desenvolvimento, que é civilizar o mercado para emancipar a sociedade e, portanto, universalizar direitos.

Reinventar a soberania no Brasil do século XXI, portanto, implica vencer o golpe e seu projeto de terceirização do Estado e do patrimônio nacional aos mercados.

A devastação do mundo do trabalho e a supressão da cidadania social é a lógica que move o golpismo e os homens-abutres que frequentam seu bazar de ministérios.

O que a elite preconiza nos salões onde se negocia o botim é de uma violência inexcedível em regime democrático e muito provavelmente incompatível com ele.

É como se uma gigantesca engrenagem cuidasse de tomar de volta tudo aquilo que transgrediu os limites de uma democracia tolerada por ser apenas formal, mas que o ciclo iniciado em 2003, com todas as suas limitações, desvirtuou em direção a um resgate social transgressivo para o gosto da elite brasileira.

No lugar disso, o que se pretende instituir agora é um paradigma de eficiência feito de desigualdade ascendente. A Constituição Cidadã de 1988 será retalhada. Programas e políticas sociais destinados a combater a pobreza e a desigualdade de oportunidades serão eviscerados. O que restou da esfera pública, privatizado. A riqueza estratégica do pré-sal e o impulso industrializante contido na exigência de conteúdo nacional serão ofertados no altar dos ditos livres mercados (ou Chevron).

A ambição implica regredir aquém do ciclo de redemocratização que subverteu o capitalismo selvagemente antissocial da ditadura. Como disse Dilma no 1º de Maio: lutamos hoje para preservar tudo o que conquistamos com a redemocratização; mas também tudo o fizemos antes para ter a democracia de volta’.

A petulância chega a tal ponto que na véspera deste 1º de Maio, Michel Temer afagou a bancada ruralista com uma promessa obscena: o golpe revisará todos os decretos de desapropriação de glebas para reforma agrária e demarcações de áreas indígenas assinados por Dilma nos últimos meses.

O confronto é aberto.

Não será vencido só com palavras.

No 1ºde Maio de 2015, o presidente da CUT, Vagner Freitas chamou para a frente do palco dirigentes da Intersindical e da CBT; chamou Gilmar, do MST; chamou Boulos, do MTST, e outros tantos; e através deles convocou quase duas dezenas de organizações presentes.

Vagner apresentou ao Anhangabaú, então, a unidade simbólica da esquerda brasileira, fixada em torno de uma linha vermelha a ser defendida com unhas e dentes: a fronteira dos direitos, contra a direita.

Premonitória, sua iniciativa, já não basta mais para deter uma violência que agora marcha ostensivamente para sua consumação.

A defesa da agenda progressista hoje implica, ademais da unidade das direções, promover a capilaridade da resistência popular.

Comitês de resistência da vizinhança; comitês de resistência nos locais de trabalho; comitês profissionais e sindicais; comitês de amigos; comitês de mães de alunos; comitês por escola...

Sobretudo, urge dotar essa capilaridade de uma prontidão articulada, exercida por uma efetiva coordenação da frente progressista nascida no 1º de Maio de 2015.

Hoje para afrontar o golpe; amanhã para vencer uma nova disputa presidencial, essa rede da legalidade é a tarefa inadiável dos dias que correm.

Por uma razão muito forte: sem ela o próximo 1º de Maio talvez encontre o Vale do Anhangabaú cercado por tropas de um golpe vencedor.

O Brasil será aquilo que a rua conseguir que ele seja.

Quando o extraordinário acontece na vida de uma nação é inútil reagir com as ferramentas da rotina.

Hoje a palavra organizar é sinônimo de resistir, assim como o substantivo ‘rua’ tornou-se equivalente ao verbo lutar.

As lideranças populares não podem desperdiçar o significado histórico dessa mutação

As ruas do Brasil já não dormem mais, cabe às lideranças dota-las de sonhos reais.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Por que foge o casal que insultou José de Abreu e levou cuspida?

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É uma daquelas situações incompreensíveis a forma como algumas pessoas estão tratando o episódio envolvendo o ator global José de Abreu e um (aparentemente) jovem casal na semana passada.
O caso é extremamente simples. Qualquer pessoa com olhos e ouvidos em funcionamento é capaz de entender exatamente o que ocorreu entre as pessoas supracitadas. Porém, entre o fato e a versão há sempre uma zona nebulosa que permite aos espertalhões distorcerem a verdade.
Para entender o que aconteceu não é muito difícil. Basta rever o episódio, gravado em vídeo e reproduzido à exaustão na internet. Porém, o vídeo que você verá a seguir é diferente dos outros. Teve áudio e definição aumentados.

Está tudo muito claro. Um casal (José de Abreu e sua mulher, Priscila Petit) está jantando calmamente em um restaurante. A parte masculina do casal é um ator consagrado. Não exerce cargo público, vive de seu trabalho como ator na maior emissora de televisão do país.
Abreu é simpatizante do Partido dos Trabalhadores e não esconde a sua opinião política de ninguém.  Apaixonado por política, trava debates homéricos na internet. Mas não tem qualquer relação formal com administrações petistas.
Outro personagem dessa história é a lei Rouanet. Trata-se de uma lei federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313 de 23 de dezembro de 1991), sancionada pelo então Presidente Fernando Collor de Mello.
A lei Rouanet, portanto, tem um quarto de século de existência. Não foi criada pelos governos do PT e permite que empresas abatam do imposto de renda valores (até um limite) que investirem em produções culturais.
Ao contrário do que pensam os fascistas que acusam e agridem qualquer um que divirja deles politicamente, a lei Rouanet não dá dinheiro público para ninguém e quem recebe seus recursos não é um ator, mas o produtor de um filme ou peça de teatro.
Muito bem. Abreu jantava com a esposa quando começou a ser insultado por um casal na mesa contígua à sua em um restaurante de São Paulo. Foi chamado de “safado”, de “ladrão da lei Rouanet” e sua esposa foi chamada de “vagabunda” pelos agressores.
O que motivou a agressão desse casal foi a opinião política do ator. Ou seja: o casal agressor viu o homem jantando com a esposa e se julgou no direito de insultá-lo dessa maneira, fazendo acusações desse calibre, provavelmente sem nem saber o que é a lei Rouanet.
A reação previsível de um homem que é tratado dessa forma e vê esposa, mãe, filha ou irmã sendo tratada de forma ainda pior dificilmente seria a de não dar bola ou contemporizar. Parcela expressiva de pessoas do sexo masculino, aliás, teria reação violenta.
Abreu, tomado pela indignação, cuspiu no agressor.
Eis que surge um movimento dos grupos antipetistas que atuam na internet querendo anular, fazer sumir a causa de Abreu ter cuspido no casal que o agrediu e à sua esposa.
Uma jornalista petefóbica espertinha que escreve no portal IG decidiu perguntar a advogados  se cuspida é crime. Submeteu a eles a pergunta sem expor a situação completa. Apenas perguntou se cuspir em alguém é crime.
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Os advogados em questão opinaram que cuspir em alguém é crime. Porém, não levaram em conta que a cuspida hipotética que lhes foi apresentada não é a que ocorreu com Abreu.
O ator não saiu pelo restaurante buscando alguém em quem cuspir gratuitamente nem cuspiu apenas por uma divergência de opinião. Cuspiu por ter sido chamado de “safado” e “ladrão” e por sua mulher ter sido chamada de “vagabunda”.
Mas como os fascistas querem colocar a situação nesses termos – de que José de Abreu cuspiu no casal só por uma mera divergência de opinião -, tomemos em conta – vá lá – essa mentira hedionda.
Então, se Abreu cometeu um crime, uma violência inominável contra esse pobre casal, se está tão claro assim que essa cuspida constitui crime, onde é, diabo, que estão os agredidos? Por que não estão dando entrevistas à imprensa, relatando a “agressão” que sofreram, dando a própria versão dos fatos?
Alguém acredita que lhes faltaria espaço? Alguém acha que a mídia tucana não teria o maior prazer em dar todo espaço do mundo aos agressores de Abreu a fim de pintar o ator “petista” como um agressor sujo que cospe em quem discorda dele?
Alguns dirão que os fatos verdadeiros explicam por que esse casal simplesmente sumiu da face da Terra. Afinal, esse homem e essa mulher agrediram Abreu e sua esposa e a cuspida que os agressores levaram do ator constitui o que a lei chama de “retorsão imediata à injúria”.
Explico: muitos juristas divergem dos dois advogados que disseram à jornalista antipetista supracitada que consideram que o simples ato de cuspir crime. Há corrente jurídica que acha que cuspir em alguém não constitui crime de agressão física, mas injúria, um dos crimes contra a honra previsto no artigo 140 do Código Penal.
Ocorre que Abreu também foi vítima de crimes contra a honra. Além de injúria, foi vítima de calúnia e difamação objetivas contra a sua honra – há calúnias e difamações subjetivas, que se fazem por meio de insinuações e também são puníveis (alô, trolls do Blog).
Segundo o jurista Pedro Serrano, professor de Direito Constitucional da PUC-SP, o que houve foi o que a lei chama de retorsão imediata à injúria. Serrano também opina que cusparada não é crime de agressão física porque não causa lesão ao alvo. Cusparada é uma agressão moral, uma injúria.
pedro serrano
Trocando em miúdos: Abreu e sua esposa foram agredidos verbalmente, caluniados e difamados. Se forem processar os agressores ou se por eles forem processados, o juiz provavelmente irá determinar que cada um fique com o seu prejuízo porque um agrediu e o outro retorquiu.
Ainda assim, os agressores de José de Abreu poderiam bater na tecla de que foram vítimas de violência física por parte dele – tentariam equiparar a cusparada a um soco no nariz, por exemplo. Do jeito que a Justiça anda antipetista, vai que cola…
Mas nada, o casalzinho fascista não dá as caras.
Houve quem identificasse a parte feminina desse casal. Segundo o famoso antipetista Roger Rocha Moreira, vocalista do grupo musical Ultraje a Rigor, a mulher do casal que agrediu Abreu é uma ex-modelo (?) chamada Anna Claudia del Mar.
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No sábado, o Blog chegou a acessar a página dela no Facebook. Porém, nesta segunda-feira o perfil da “ex-modelo” naquela rede social foi apagado. Em uma busca na internet, descobre-se que ela tem um perfil na rede social Linkedin. Ou melhor, tinha. Porque também foi apagado.
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Fonte do Blog que atua em um grande jornal paulista explica a perda de ímpeto militante desse casal fascista após o ímpeto agressor inicial. O tal “advogado” que agrediu José de Abreu estava no meio de uma traição à esposa, que não pode saber que que ele jantava com outra mulher no dia em que ambos decidiram dar vazão ao próprio fascismo.
Não é hilariante?
*
PS: o ator pornô Alexandre Frota ameaçou de violência o ator José de Abreu através de vídeo postado na internet e ainda o injuriou pesadamente. Fez isso por Abreu ter se defendido de uma agressão. Abreu pode não apenas processar frota pelo vídeo como, também – e principalmente – registrar uma notícia-crime por ameaça de violência física. Confira a ameaça no vídeo abaixo.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

GALERIA DOS HIPÓCRITAS.Preso por golpe contra o Banco do Brasil, Ruy Muniz enganou eleitores dizendo que foi por “resistência à ditadura”; vejam o vídeo

Preso por golpe contra o Banco do Brasil, Ruy Muniz enganou eleitores dizendo que foi por “resistência à ditadura”; vejam o vídeo


 
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por Conceição Lemes
A hipocrisia despudorada da deputada federal Raquel Muniz (PSD-MG), na sessão da Câmara de 17 de abril de 2016, jamais será esquecida.
Ao proferir o 303º voto a favor da abertura do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, a saltitante parlamentar afirmou:
“Meu voto é em homenagem às vítimas da BR-251. É para dizer que o Brasil tem jeito, e o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão.
O meu voto é por Tiago, David, Gabriel, Mateus, minha neta Júlia, minha mãe Elza. Meu voto é pelo Norte de Minas, é por Montes Claros, é por Minas Gerais, meu voto é pelo Brasil.
Sim, sim, sim, sim, sim, sim…”
Foram 35 segundos de glória, que, menos de 12 horas depois, desabaram nas páginas policiais.
O prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB), que é seu marido, foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã da última segunda-feira, 18 de abril, na operação Máscara da Sanidade II – Sabotadores da Saúde. Além de Ruy Muniz, foi presa a secretária de Saúde do município, Ana Paula Nascimento.
Ruy Adriano Borges Muniz e Ana Paula Nascimento são acusados de fraude na gestão pública de Saúde.
Eles teriam retido recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) destinados a quatro hospitais filantrópicos e públicos da região, para beneficiar um privado, o Hospital das Clínicas “Mário Ribeiro”, que é do prefeito.
Na coletiva de imprensa após a prisão, os delegados da PF disseram que:
o prefeito denegria a imagem de hospitais públicos e filantrópicos da região, inclusive utilizando veículos de comunicação da região, para favorecer o seu hospital;
ele [o prefeito] alegava que os hospitais devidamente credenciados e que deveriam receber repasses não estavam cumprindo os requisitos básicos e exigências da lei para que os recursos fossem repassados. Ao invés de adotar outras medidas para que o serviço fosse prestado da forma adequada, sem sacrificar a saúde financeira do hospital, ele simplesmente não repassava o recurso e deixava que as unidades passassem dificuldades e não conseguissem atender a demanda da sociedade. Foi identificado que em alguns casos, recursos provenientes do SUS estavam sendo desviados em detrimento dos hospitais credenciados para favorecer um hospital particular;
o município reteve R$ 16,5 milhões, que seriam destinados as quatro unidades hospitalares, e que atendem mais de 1,6 milhão de pessoas por mês e que, portanto, foram afetadas. Segundo as investigações, apenas em outubro de 2015, 37 mil procedimentos deixaram de ser feitos.
Ruy Muniz deve responder pelos crimes de falsidade ideológica majorada, dispensa indevida de licitação pública, estelionato majorado, prevaricação e peculato. Pode pegar até 30 anos de cadeia.
“Mais um moralista sem moral”, detona o deputado estadual Rogério Correia (PT-MG). “A fama do Ruy Muniz é de corrupto; ele não tem currículo, tem ficha corrida.”
O jornalista Luís Carlos Gusmão, do blog Em cima da notícia, de Montes Claros, denuncia aoViomundo: “O Ruy Muniz vive praticando golpes. O primeiro, em 1987, foi o roubo do Banco do Brasil; ficou preso durante 14 meses”.
O GOLPE CONTRA O BANCO DO BRASIL: R$ 12 MILHÕES EM VALORES ATUAIS
A atual prisão é a segunda na vida de Ruy Muniz. A primeira foi, mesmo, em 1987.
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O golpe aconteceu em 4 de maio de 1987. Resultou num desfalque de Cz$ 39,45 milhões (a moeda da época era o cruzado).
Em valores atuais seriam R$12 milhões.
Ruy Muniz, então com 27 anos e estudante de Medicina, e o bancário Setembrino Lopes Filho, arquitetaram e executaram o crime.
Naquela época, os pagamentos de prefeituras que tinham conta no Banco do Brasil eram autorizados por mensagem de telex. A prefeitura encaminhava um telex com sua senha e o banco realizava o pagamento.
Setembrino Lopes, que era funcionário do Banco do Brasil, conseguiu a senha da Prefeitura de Janaúba, município também no Norte de Minas.
Matéria de O Jornal, de Montes Claros, de 16 e 17 maio de 1987, dá detalhes. Segue um trecho:
Segundo o secretário de Segurança Pública, Sidney Safe da Silveira, o golpe começou quando Setembrino Lopes Filho conseguiu a chave secreta para liberação de ordem de pagamento da Prefeitura de Janaúba, no Banco do Brasil, número que varia diariamente.
A quadrilha alugou, então, um telex e, através dele, remeteu, no dia quatro de maio, ordem de pagamento usando o indicativo do Banco do Brasil de Janaúba para a agência da Savassi, em Belo Horizonte, para que fosse liberado o dinheiro para Luiz Roberto de Souza Marques; nome falso com o qual Ruy Muniz abriu conta em agência do Banco Real, na capital.
Quando a ordem chegou, o médico foi ao banco da Savassi, com a identidade falsa, e de lá mesmo liberou “DOC” para sua conta no Banco Real.
Posteriormente, os membros da quadrilha dividiram o dinheiro em várias parcelas que foram aplicadas em diversos bancos de investimentos. Eles receberam desses bancos cheques endossados com os quais começaram a comprar dólares ao que seria a terceira fase da “lavagem” do dinheiro, após o que seria impossível localizar os criminosos.
Em um vídeo para a campanha a prefeito de 2012, Ruy deu sua versão do caso.
Disse que o golpe contra o BB tinha sido uma “ideia romântica de tirar dinheiro do governo de direita para ajudar os pobres”, foi “em nome de ideal”.
A narradora diz que “Ruy virou preso político e foi levado para um dos mais tenebrosos símbolos da ditadura”.
Contando apenas, é impossível acreditar. Ruy aposta na falta de memória e na desinformação dos eleitores em relação a esse período da história do Brasil. Abusa da boa fé deles.
O vídeo foi publicado no YouTube por um militante político, que se identifica como participante da resistência à ditadura militar, na década de 70, “indignado com as mentiras descaradas” do então candidato a prefeito Ruy Muniz.
Assista:
ESTELIONATÁRIO, SIM. PRESO POLÍTICO, NÃO.
“Essa história de preso político é a maior lorota. Foi a versão que o Ruy usou no calor do debate eleitoral para justificar o roubo do Banco do Brasil”, afirma Luís Carlos Gusmão. “Sua prisão não teve nada a ver com questões ideológicas.”
Ruy aplicou o golpe contra o BB em maio de 1987. A ditadura militar (1964 a 1985) já havia acabado. Um civil, José Sarney, estava na presidência da República.
Junto com vídeo, o militante político postou a seguinte mensagem:
Você, telespectador, acredita mesmo que Ruy Adriano Borges Muniz roubou para dar dinheiro aos pobres? Ou para combater a ditadura? Pois devia saber que o fato narrado (roubo do Banco do Brasil) na realidade ocorreu em 1987, quando a ditadura já havia acabado. Ruy Muniz, empresário do rendoso mercado da educação privada, está menosprezando o conhecimento de história do Brasil dos montesclarenses.
Como militante político que participou da resistência à ditadura militar, na década de 70, eu fico indignado com mentiras descaradas como esta deste autointitulado “ex-esquerdista romântico” que deu um golpe financeiro “para dar aos pobres”.
Os assaltos a bancos para financiar guerrilhas na luta contra a ditadura eram feitos por organizações políticas de esquerda. Isto aconteceu, de 1969 até meados de 1973. Os métodos podem ser questionados, mas jamais sua finalidade.
É esta confusão que o “profe$$or” quer fazer!
Quer estar no mesmo patamar daqueles que arriscaram ou deram a vida pelas liberdades democráticas. É totalmente diferente do desfalque de 1,34 milhão de dólares no Banco do Brasil, acontecido em 04 de maio de 1987, nas agências de Janaúba e Savassi, de BH.
Este foi um ato de um bandido de colarinho branco e seus 2 comparsas, para benefícios próprios. Ruy foi preso e confessou o crime. Não fez uma declaração sobre luta política. Até porque o Brasil vivia um momento de redemocratização, de debate da nova Constituição, promulgada em outubro de 1988.
Ele não conseguiria enganar ninguém. Ruy foi condenado, não como prisioneiro político como aqueles que lutaram contra a ditadura. Foi preso como estelionatário comum, pelo DOPS.
Através de mexidas políticas foi transferido para a cadeia de Montes Claros e posteriormente libertado, algum tempo depois, com o abatimento de alguns anos do que deveria passar na cadeia.
Coisas da (in)justiça brasileira.
– E o PT, o Lula, o que tem a ver com a história do golpe contra o BB? – quem assistiu ao vídeo deve estar se perguntando.
Nada. Nada. Nada.
Só que, malandramente, Ruy começa a sua fala no vídeo mencionando o Partido dos Trabalhadores e Lula. Uma tentativa óbvia de levar o eleitor incauto a crer que o golpe se deu na época em que ele estava no PT.
Por isso, aos fatos:
* Ruy ficou no PT pouco mais de um ano. Em 1982, lançou-se candidato à Prefeitura de Montes Claros e perdeu.
* No final de 1983, foi expulso. “Ele não se enquadrava no perfil do partido, naquela época mais à esquerda, linha definida por integrantes de pastorais da Igreja Católica”, afirma o blogueiro Gusmão.
* Ou seja, quando aplicou o golpe no BB, ele não tinha nada a ver com o PT há mais de três anos.
De lá para cá, Ruy já passeou pelo PDT, DEM, PRB e agora está no PSB:
* Em 1986, Ruy foi candidato a deputado estadual pelo PDT, mas não se elegeu.
* Em 2004, ele se filiou ao PFL, hoje Democratas (DEM), pelo qual se candidatou a vereador e foi eleito. Acusado de compra de votos, teve seu mandato cassado pela Justiça Eleitoral. Decisão posteriormente revertida.
* Em 2006, foi eleito deputado estadual, também com a acusação de compra de votos.
* Em 2008, candidatou-se a prefeito de Montes Claros, mas acabou derrotado.
* Em 2009, voltou a ocupar a cadeira de deputado estadual. Foi eleito líder do DEM na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
* Em 2010, candidatou-se a deputado federal, ficando na quarta suplência do DEM.
* Em 2011, deixou o DEM e filiou-se ao PRB, do qual foi presidente regional.
* Em 2012, foi eleito prefeito de Montes Claros pelo PRB, partido que trocou recentemente pelo PSB.
Ruy Muniz é frequentemente apresentado como empresário da educação. Ele é dono da Funorte, Faculdades Unidas do Norte de Minas, a partir da qual expandiu seus interesses no ramo.
É um dos investidores na Universidade Santa Úrsula, do Rio de Janeiro.
O prefeito preso também é dono do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte.
“O RUY FAZIA E ACONTECIA E NADA OCORRIA COM ELE”
Ruy Muniz completará 56 anos no dia 2 de maio de 2016. A ficha corrida de suas burlas da lei ao longo da vida é grande.
Viomundo não endossa o conteúdo de links que reproduz na Galeria dos Hipócritas, por não ter checado as informações neles constantes. Os reproduzidos abaixo são para facilitar o trabalho de investigação colaborativa com nossos leitores.
Trabalhamos com documentos oficiais sustentados por entrevistas. No pé deste post, você pode ver a denúncia completa e oficial contra Ruy no caso que o levou à cadeia pela segunda vez.
Agora, é fato. Está amplamente demonstrado que houve hipocrisia na declaração da esposa dele, a deputada Raquel: o modo de o marido dela governar Montes Claros não é demonstração de que o Brasil “tem jeito”.
Uma reportagem publicada no jornal O TEMPO, em agosto de 2008, diz que, à época, pesavam sobre Ruy Muniz mais de 200 processos, e ainda era investigado em cinco inquéritos da PF.
Eis alguns exemplos:
Um único deputado estadual pode ter desviado dos cofres públicos mais de R$ 100 milhões nos últimos dez anos. Ruy Muniz (DEM) é suspeito de ter montado um esquema criminoso que utiliza da filantropia em benefício próprio e de familiares. Em sigilo, a Polícia Federal (PF), a Receita Federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e a Controladoria Geral da União (CGU) estão fazendo uma devassa nas empresas do deputado. Muniz nega a acusação e se diz vítima de uma perseguição política, já que é candidato à Prefeitura de Montes Claros.
O TEMPO teve acesso a documentos das investigações que mostram fortes indícios de envolvimento de Muniz. O esquema que ele teria montado tem ramificações em 22 Estados e tem como eixo a Associação Educativa do Brasil (Soebras). A entidade é filantrópica e mantém filiais espalhadas pelo país. Entre as instituições pertencentes à Soebras estão o Promove, a faculdade Kennedy e o Instituto Hilton Rocha.
Todas as investigações das autoridades foram baseadas em auditorias realizadas pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) na Soebras. Os relatórios da Previdência e os inquéritos da PF mostram que Muniz utilizava a entidade filantrópica para sonegar impostos, desviar recursos públicos, fraudar licitações e cometer crimes eleitorais. Ele responde ou respondeu, por meio de suas empresas, a mais de 200 processos judiciais e é investigado em cinco inquéritos da PF — sendo que em um deles já foi indiciado. Integrantes das equipes de investigação estão convencidos de que Ruy Muniz estaria preso se não fosse o foro privilegiado que o protege, já que é deputado estadual.
Por ser uma entidade filantrópica, a Soebras está isenta do pagamento de impostos federais, estaduais e municipais conforme prevê o artigo 55 da lei 8.212/91. De acordo com as investigações, Ruy Muniz incluía na contabilidade da instituição várias empresas das quais é dono para sonegar os tributos que elas deveriam pagar. Ou seja, funcionários das empresas particulares de Muniz estariam recebendo pela Soebras. A entidade é suspeita ainda de ter contratado empresas ligadas a Muniz para a prestação de serviços que não teriam sido prestados. O deputado também é acusado de ter firmado convênios com o governo federal sem licitação ou com processo licitatório suspeito e de não ter comprovado alguns dos serviços prestados.
A Soebras é dirigida por Muniz e familiares, entre eles um irmão e sua esposa. A entidade não poderia ter um dono, de acordo com a Constituição Federal, por ser filantrópica.
Ruy Muniz na CPI da Alerj
Ruy Muniz, ao depor na CPI das Universidades Privadas, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)
O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a “má gestão” das universidades privadas Sociedade Unificada de Ensino Superior e Cultura (Suesc), Cândido Mendes, Gama Filho e UniverCidade, pediu o indiciamento de seis pessoas. O documento foi votado e aprovado nesta quinta-feira (18) na Alerj e será levado ao Congresso Nacional. (…)
Dentre os indiciados estão Candido Mendes e Alexandre Kazé, da Universidade Candido Mendes (Ucam), Márcio André Mendes Costa (ex-controlador do Grupo Galileo, que administrou a UniverCidade e a Gama Filho entre 2010 e 2012), Rui Muniz, da Universidade Santa Úrsula, e Igor Xavier e Rodrigo Calvo Galindo, do Grupo Kroton, que administravam a Sociedade Unificada de Ensino Superior e Cultura (Suesc).
“A importação se dirigia a um grupo de empresas que atua sobre as vestes da filantropia, mas com propósito de extrair lucros e de promoção social de seus gestores de fato”, disse o procurador geral da república, Marcelo Malheiros, durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (14), sobre a apreensão de equipamentos médicos supostamente comprados pelas associações sem fins lucrativos, Amas Brasil e Soebras. Os bens beneficiariam o grupo empresarial do prefeito Ruy Muniz e da esposa dele, deputada federal Raquel Muniz.
Os equipamentos, importados da Alemanha, são avaliados em R$ 9 milhões e estão retidos no Porto de Santos. O delegado da RFB [Receita Federal do Brasil], Gilmar Silva, explica que para que seja feita a importação toda empresa precisa estar habilitada no Sistema de Comércio Exterior, e, para comprar os bens, foi feito um pedido em nome da Amas, no valor de U$ 150 mil. Em tese, a entidade estaria livre de tributos por estar ligada à Prefeitura. Posteriormente, houve outro pedido, de valor ilimitado, com a justificativa de que a associação pegaria um empréstimo com a Soebras. (…)
Para o MPF, Ruy e Raquel utilizaram dos cargos públicos para “pressionar, intimidar e violar competências legais de auditores fiscais da Receita Federal. Com isso, objetivavam, de modo ilegítimo, facilitar e promover seus interesses econômicos”, por isso ambos respondem por ação de improbidade administrativa (…)
Os equipamentos apreendidos podem ter três destinos; leilão, doação ou incorporação ao patrimônio público.
Em nota, Ruy e Raquel Muniz negaram que sejam importadores dos equipamentos e disseram que a aquisição foi requerida pela Amas e Soebras. Informaram que as associações irão recorrer, assim que forem intimadas.
“A Amas/Soebras entrará com ação contra o delegado da Receita Federal por induzir a juíza ao erro. Outra ação será a denúncia do mesmo à Superintendência da Receita Federal. Quererem prejudicar uma entidade sem fins lucrativos, que trabalha sério em prol da educação e da saúde de Montes Claros e região”, diz a nota.
Quaisquer informação e/ou documentos aos quais nossos leitores tiverem acesso nos casos acima mencionados podem ser enviados por e-mail para galeriahipocritas@gmail.com. Agradecemos a colaboração.
SITUAÇÃO ELEITORAL COMPLICADA
A situação judicial da nobre deputada federal Raquel Muniz, esposa de Ruy, também é complicada.
Como nós já publicamos aqui, a Procuradoria Eleitoral do MPF de Minas Gerais pediu a cassação do registro ou do diploma de Raquel alegando “abuso de autoridade e de poder político, com uso da máquina administrativa em benefício de sua candidatura”. Ela e o marido correm o risco de se tornar inelegíveis por 8 anos devido a esse crime eleitoral.
Segundo a denúncia, Ruy montou esquema de captação de votos para a candidatura da mulher em 2014 prestando favores a pacientes de cidades distantes de Montes Claros, que não poderiam ser atendidos diretamente no sistema público de saúde do município. Teria sido uma espécie de fura-fila médico para garantir votos à esposa.
“Eu nunca imaginei que o prefeito acabasse preso. Até agora, o Ruy fazia e acontecia e nada ocorria com ele. Além disso, gozava de regalias com pessoas próximas da Polícia Federal”, observa o blogueiro Gusmão.
“Por exemplo, o atual corregedor da Prefeitura de Montes Claros é Geraldo Guimarães, delegado da PF aposentado recentemente. O secretário adjunto de Esportes, Antônio Eustáquio Gomes, o Toninho da Cowan, é sogro do atual delegado da Polícia Federal, o doutor Marcelo de Freitas. Sem falar no vereador Cláudio Prates, escrivão de Polícia Federal, aliado do prefeito Ruy Muniz.”
PS 1 do Viomundo: Diferentemente do que disse O Jornal, de Montes Claros, Ruy Muniz era estudante de Medicina em 1987, quando aplicou o golpe contra o BB, e não médico. Pesquisa no portal do Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais (CRMEMG) revela que a inscrição dele na instituição como médico se deu em 1989. Em 2006, ela foi cancelada, não podendo mais exercer a medicina.
Ruy Muniz - CRM
PS 2 do Viomundo: A Soebras é a entidade filantrópica do prefeito Ruy Muniz e da deputada federal Raquel Muniz envolvida nos escândalos. Entre os bens patrimoniais da instituição, constam três aeronaves — bimotor Sêneca, jatinho Embraer Phenom e um helicóptero Robinson 66.
Abaixo, foto do interior de uma dessas aeronaves durante viagem a Minas Gerais. À bordo, o presidente da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e a deputada Raquel Muniz. Ela (com a sua indefectível gravatinha) aparece atrás dele. Há suspeitas de que o jatinho teria sido usado para levar parlamentares para votar pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Ruy Muniz aviao soebras

JESSÉ: CASTA JURÍDICA PREPARA A GRANDE PIZZA! Tem uma classe média que percebeu que é um golpe do "sindicato de ladrões"

JESSÉ: CASTA JURÍDICA PREPARA A GRANDE PIZZA!

Tem uma classe média que percebeu que é um golpe do "sindicato de ladrões"
bessinha nao pise na grana
Conversa Afiada republica os trechos finais do excelente artigo de Jessé Souza, presidente do IPEA, no caderno Ilustríssima, da Fel-lha, nesse domingo 24/abril.

A propósito, o artigo começa assim:

"O Golpe foi contra a democracia como princípio de organização da vida social. Esse foi um golpe comandado pela ínfima elite do dinheiro que nos domina sem ruptura importante, desde nosso passado escravocrata."

Não deixe de assistir também às entrevistas que ele deu à TV Afiada. Aqui e aqui.


QUEM DEU O GOLPE CONTRA QUEM?

(...)

A manipulação da “corrupção seletiva” pela imprensa é o discurso ideal para travestir, também aqui, os mais mesquinhos interesses corporativos em suposto “bem comum”. O troféu de “campeão da moralidade pública” passa a ser disputado por todas as corporações e se estabelece um conluio entre elas e a imprensa que os vazamentos seletivos cuidadosamente orquestrados comprovam tão bem.   

Esse é o elemento novo do velho golpe surrado de sempre. Ainda que o golpe tenha se dado no circo do Congresso em uma palhaçada denunciada por toda a imprensa internacional, sem o trabalho prévio dos justiceiros da “justiça seletiva” ele não teria acontecido. O Estado policial a cargo da “casta jurídica” já está sendo testado há meses e deve assumir o papel de perseguir com base na mesma “seletividade midiática” o princípio: para os inimigos a lei e para os amigos a “grande pizza”. A “pizza” para os amigos já está em todos os jornais e acontece a luz do dia. O acirramento da criminalização da esquerda é o próximo passo. Esse é o maior perigo. Muita injustiça será cometida em nome da justiça. 

Mas existe também a oportunidade. Nem toda classe média é o aprendiz de fascista que transforma seu medo irracional em ódio contra os mais fracos travestindo-o de “coragem cívica”. Ainda que nossa classe média esteja longe de ser refletida e inteligente como ela se imagina, quem quer que tenha escapado do bombardeio diário de veneno midiático com dois neurônios intactos, não deixará de estranhar o mundo que ajudou a criar: um mundo comandado por um sindicato de ladrões na política, uma justiça de “justiceiros” que os protege, uma elite de vampiros e uma sociedade condenada à miséria material e à pobreza espiritual. Esse golpe precisa ser compreendido por todos. Ele é o espelho do que nos tornamos.  
Cerra (caça às bruxas) vai para a Fazenda


Ele vai querer o BC, o BB, a CEF - e a Lava Jato!

razoes do golpe
PiG cheiroso informa na primeira página que o Padim Pade Cerra esteve com o traidor no Palácio do Jaburu a partir das 21h30 deste domingo 24/abr.

(Por pouco não cruzou com o escracho).

Ele é noturno, mesmo.

Só trabalha na treva.

Segundo o PiG cheiroso, o Ministério da Fazenda está entre o Cerra e o Meirelles, o Henrique, que foi presidente do Banco Central no Governo Lula e só operava com juros estratosféricos.

Desse momento em diante, a integridade do Meirelles passa a correr sério risco.

Nada impede que, a qualquer hora, surja o dossiê fatal contra ele!

E olha que o PSDB ainda não sabe se vai aderir ao Temer!

Mas, o Cerra já aderiu.

Em 1964 ele fugiu para os Estados Unidos.

Agora, fugiu para o Jaburu!

Qual a primeira consequência da nomeação do Cerra?

O abafamento da Lava-Jato!

Foi essa a premissa da aliança entre Cerra e Temer, segundo descrição do Estadão: não promover a "caça às bruxas", ou seja, fechar a Lava Jato e deixar só os petistas lá dentro.

Nem mais nem menos!

Como o Temer está incurso em vários capítulos da Lava Jato, o Aecím, FHC Brasif e o Cerra em muitos outros, Cerra assume o Banco do Brasil, promove uma mega-operação para a Globo, e fecha a Lava Jato.

Para não inundar a base monetária!

Quá, quá, quá!

Em tempo: segundo a pesquisa do IBOPE que o Estadão admite que recebeu, o "eleitorado exclusivo" do Cerra é de 2%! Perfeito! Tem tudo para governar o Brasil do 1%!

Paulo Henrique Amorim





sexta-feira, 22 de abril de 2016

CAMPANHA GLOBAL PEDE REAÇÃO CONTRA GOLPE NO BRASIL

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Brito questiona "acerto": Cunha absolvido na Câmara Ao mesmo tempo, Moro já fala em encerrar a Operação Lava Jato

sobraram
Charge de Ivan Cabral
Folha já deu ontem: o deputado que foi retirado da relatoria do caso Eduardo Cunha na Comissão de Ética da Câmara por ter apresentado um relatório por sua cassação, renunciou ontem a sua vaga no colegiado. Fausto Pinatto, que chegou a receber ameaças por isso, não diz, mas é óbvio que sabe que, vencendo, Cunha o esmagaria.

E o Estadão, numa discreta matéria, registra que Moro sonha com fim da Lava Jato até dezembro.

Missão cumprida. Derrubado o governo, “tudo como dantes no quartel de Abrantes”.

Nas contas deles, não entra, senão como massa de manobra, o povo brasileiro.

Despertaram-lhe, com uma campanha de mídia, os seus “instintos mais primitivos”, criando uma legião de Robertos Jeffersons.

Contra isso, só bem tarde, mas de maneira crescente, ergueu-se a nação sadia, tolerante, legalista.

Os homens do poder político e econômico, agora, acham que podem, simplesmente, desligar a máquina monstruosa que acionaram.

Não podem, porque  se despertou um processo político-social que já não depende dela para andar.

A história está nas ruas