Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
quinta-feira, 28 de agosto de 2014
OS IDIOTAS DO TRIPÉ. A METRÓPOLE ESQUECEU DE AVISAR A Metrópole passou a preferir emprego a arrochar e aqui esse bláblá …
O Nelson Rodrigues se referia aos “idiotas da objetividade”.
Aqui se tratará dos “idiotas do tripé”.
Essas viúvas do Farol de Alexandria, na verdade, nada mais são do que militantes do Consenso de Washington, escrito por John Williamson para dar coerência e teoria ao neolibelismo que “resolveu” a crise da divida com a submissão da economia dos endividados aos bancos credores.
O think tank de Williamson – Institute for International Economics – era uma usina de ideias aos bancos, que as vendiam ao FMI e ao Banco Mundial como o Evangelho da Privataria.
Deu no que deu.
Uma das características dos idiotas da objetividade, ou, no caso, do tripé, é que, como infatigáveis provincianos, copiam as ideias da Metrópole e não percebem quando a Metrópole muda de ideia.
O tripé consiste, em poucas palavras, em arrochar – Orçamento e Salários -, cortar programas sociais e ministérios – como o Desenvolvimento Agrario e do Combate à Fome -, aumentar os juros (viva a Neca Setúbal ! Viva o NauFraga, outro banqueiro !) – e dane-se o emprego !
Esse é o tripe, ou o Quadrilatero, como queiram.
É, em suma, o Consenso de Washington que os candidatos da Oposição, Bláblárina, a do jatinho sem dono, e o Arrocho, do aeroporto do Titio, repetem como crianças recitam o Catecismo no Dia da Comunhão.
Como disse o Oráculo de Delfos, em notável entrevista em “Mais Lula e mais política”, o que está em jogo nessa eleição é Arrocho vs não-Arrocho.
Os idiotas do tripé jogam no time do Arrocho e a Dilma, no não-Arrocho, óbvio.
Só ela criou mais empregos que o Farol de Alexandria em toda a sua carreira bem-sucedida de Presidente da República, do Cebrap e do iFHC !
E o que diz a Metrópole ?
A Metrópole, finalmente, começa a jogar no lixo seus tripés, nem se lembra de quem é Willamson e com medo das teses do Piketty : ou emprega e distribui renda ou a casa cai – mudou o jogo.
E não avisou aos idiotas do tripé.
Porque têm mais o que fazer do que mandar recado ao NauFraga, ao André que leva os cavalos de avião para a Inglaterra, ou à Urubóloga, a melhor pensadora do neolibelismo nativo.
Diz o New York Times:
http://www.nytimes.com/2014/08/25/business/central-bankers-new-gospel-spur-jobs-wages-and-inflation.html?mabReward=RI%3A8&action=click&pgtype=Homepage®ion=CColumn&module=Recommendation&src=rechp&WT.nav=RecEngine
Em resumo, para facilitar a leitura dos idiotas do tripé:
- Janet Yellen, presidente do Banco Central americano diz que prefere manter juros baixos para animar o emprego;
Alias, a política de estímulos do Obama e do FED, embora ainda não crie empregos, fez com que o PIB crescesse, no segundo trimestre, a mais de 4% ao ano – http://www.theguardian.com/business/2014/jul/30/us-economy-beats-forecasts-gdp-growth-second-quarter
- Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, que , por muto tempo, foi um “roda-presa”: os governos europeus devem fazer o mesmo: estimular, porque os riscos de fazer pouco (para criar emprego) são maiores do que fazer demais.
- Harushiko Kuroda, presidente do Banco Central do Japão: é melhor aumentar a inflação para dar emprego.
- Dennis P. Lockhardt, presidente do Banco Central de Atlanta: prefiro errar e criar mais emprego do que ter que ter de recuar.
E aqui, esse blábláblá de tripé.
É tão atualizado, moderninho, como a mamãe recomendar à filhinha usar a pílula.
Note-se que, nessa reportagem do New York Times, não ha referência ao FMI, hoje, muito mais preocupado com as investigações de corrupção de sua diretora-gerente, Christine Lagarde, indiciada na França –http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/08/27/internas_economia,562912/fmi-nao-comenta-indiciamento-de-sua-diretora-pela-justica-francesa.shtml
E, aqui, na Província mais medíocre, o FMI ainda é levado a sério.
Como o seu Apólogo, o Farol de Alexandria…
Ah, esses Idiotas da Objetividade !
Paulo Henrique Amorim
Aqui se tratará dos “idiotas do tripé”.
Essas viúvas do Farol de Alexandria, na verdade, nada mais são do que militantes do Consenso de Washington, escrito por John Williamson para dar coerência e teoria ao neolibelismo que “resolveu” a crise da divida com a submissão da economia dos endividados aos bancos credores.
O think tank de Williamson – Institute for International Economics – era uma usina de ideias aos bancos, que as vendiam ao FMI e ao Banco Mundial como o Evangelho da Privataria.
Deu no que deu.
Uma das características dos idiotas da objetividade, ou, no caso, do tripé, é que, como infatigáveis provincianos, copiam as ideias da Metrópole e não percebem quando a Metrópole muda de ideia.
O tripé consiste, em poucas palavras, em arrochar – Orçamento e Salários -, cortar programas sociais e ministérios – como o Desenvolvimento Agrario e do Combate à Fome -, aumentar os juros (viva a Neca Setúbal ! Viva o NauFraga, outro banqueiro !) – e dane-se o emprego !
Esse é o tripe, ou o Quadrilatero, como queiram.
É, em suma, o Consenso de Washington que os candidatos da Oposição, Bláblárina, a do jatinho sem dono, e o Arrocho, do aeroporto do Titio, repetem como crianças recitam o Catecismo no Dia da Comunhão.
Como disse o Oráculo de Delfos, em notável entrevista em “Mais Lula e mais política”, o que está em jogo nessa eleição é Arrocho vs não-Arrocho.
Os idiotas do tripé jogam no time do Arrocho e a Dilma, no não-Arrocho, óbvio.
Só ela criou mais empregos que o Farol de Alexandria em toda a sua carreira bem-sucedida de Presidente da República, do Cebrap e do iFHC !
E o que diz a Metrópole ?
A Metrópole, finalmente, começa a jogar no lixo seus tripés, nem se lembra de quem é Willamson e com medo das teses do Piketty : ou emprega e distribui renda ou a casa cai – mudou o jogo.
E não avisou aos idiotas do tripé.
Porque têm mais o que fazer do que mandar recado ao NauFraga, ao André que leva os cavalos de avião para a Inglaterra, ou à Urubóloga, a melhor pensadora do neolibelismo nativo.
Diz o New York Times:
http://www.nytimes.com/2014/08/25/business/central-bankers-new-gospel-spur-jobs-wages-and-inflation.html?mabReward=RI%3A8&action=click&pgtype=Homepage®ion=CColumn&module=Recommendation&src=rechp&WT.nav=RecEngine
Em resumo, para facilitar a leitura dos idiotas do tripé:
- Janet Yellen, presidente do Banco Central americano diz que prefere manter juros baixos para animar o emprego;
Alias, a política de estímulos do Obama e do FED, embora ainda não crie empregos, fez com que o PIB crescesse, no segundo trimestre, a mais de 4% ao ano – http://www.theguardian.com/business/2014/jul/30/us-economy-beats-forecasts-gdp-growth-second-quarter
- Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu, que , por muto tempo, foi um “roda-presa”: os governos europeus devem fazer o mesmo: estimular, porque os riscos de fazer pouco (para criar emprego) são maiores do que fazer demais.
- Harushiko Kuroda, presidente do Banco Central do Japão: é melhor aumentar a inflação para dar emprego.
- Dennis P. Lockhardt, presidente do Banco Central de Atlanta: prefiro errar e criar mais emprego do que ter que ter de recuar.
E aqui, esse blábláblá de tripé.
É tão atualizado, moderninho, como a mamãe recomendar à filhinha usar a pílula.
Note-se que, nessa reportagem do New York Times, não ha referência ao FMI, hoje, muito mais preocupado com as investigações de corrupção de sua diretora-gerente, Christine Lagarde, indiciada na França –http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/08/27/internas_economia,562912/fmi-nao-comenta-indiciamento-de-sua-diretora-pela-justica-francesa.shtml
E, aqui, na Província mais medíocre, o FMI ainda é levado a sério.
Como o seu Apólogo, o Farol de Alexandria…
Ah, esses Idiotas da Objetividade !
Paulo Henrique Amorim
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O segredo de Marina, por Nilson Lage
Já publiquei, à revelia, alguns de seus escritos aqui.
Mas, além da qualidade – do pensamento e do texto – é especial ter um artigo de Nílson Lage redigido especialmente para este Tijolaço por dois motivos, que fundem razão e emoção.
O primeiro é a coerência de Lage. À distância, sempre a acompanhei – ou melhor, acompanhamos, eu e outros muitos, centenas, de seus ex-alunos na Universidade Federal do Rio de Janeiro, há 37 anos.
A segunda razão é perceber que, também nos indivíduos, se expressa a continuidade do sentimento dos povos em busca de seu destino. E que, assim, o fio da História não se tece apenas com fatos, porque os fatos murcham sem luz, o pensamento e a ação humana que os empurram a vencer a inércia do status quo.
Possivelmente vou levar uma bronca por este “nariz de cera”, mais ainda porque Lage foi juvenil no time de craques que fez a histórica reforma no Diário Carioca, que inaugurou o moderno jornalismo no Brasil e adotou o lead no lugar da lenga-lenga que escrevo, desobedecendo a tudo o que me ensinou.
Como já as levei, quase 40 anos atrás, vale a pena. Elas, sempre, como as próximas linhas, me fizeram aprender.
Nos próximos, professor, prometo, calo os dedos e entramos direto no assunto.
O segredo de Marina
Nilson Lage*
Desde os governos de Getúlio Vargas, que formataram a vida pública brasileira, as lutas políticas se vêm travando entre postulações ideológicas que conflitam em duas vertentes:
• o nacionalismo (entendido como afirmação do país, território e Estado, não de etnias) oposto ao liberalismo modernizador ou entreguismo (objetivamente, a submissão à esfera de poderdos Estados Unidos);
• a produção de conhecimento próprio da realidade nacional, oposto à importação acrítica da reflexão estrangeira (americana, europeia – dominantemente francesa) fundada em outras experiências nacionais.
A primeira dessas contradições é bem conhecida: opôs Getúlio (e os trabalhadores organizados, a instituição acadêmica da época, parte das forças armadas – essencialmente o exército – , produtores rurais voltados dominantemente para o mercado interno) à UDN (a maior parte da elite jurídica e tecnológica, setores bancários, exportadores e importadores).
Da vitória da corrente entreguista em 1964 – que não durou muito: a lógica do pensamento militar logo geraria o retorno a soluções nacionais em áreas sensíveis, como a informática, a energia nuclear e a indústria de defesa – resultou o aguçamento dos conflitos internos no país e enorme desgaste político das forças armadas, antes (no tenentismo, na FEB) tidas como vanguarda modernizadora.
O instrumento para cooptação dos militares foi a aceitação de um único rótulo para todo pensamento político que não convergisse com os interesses multinacionais – o “comunismo”, então, como, hoje, o “islamismo” ou o “terrorismo.” Ora, os partidos comunistas no Brasil sempre foram essencialmente organizações de classe média, tocadas por militares, principalmente na década de 1930, e por intelectuais (dos melhores do país), no pós-guerra. Tratou-se de ocultar a natureza nacional específica do trabalhismo de Vargas e seu antagonismo histórico às tentativas de organização das classes trabalhadoras pelos comunistas.
O entreguismo triunfou ao destruir o que restava da imprensa que poderia contrariá-lo: a Rádio Nacional, poderosa estrutura de Estado resistente ao engajamento político, foi anulada na década de 1950, e a mídia perdeu, em poucos anos, núcleos de inteligência consolidados ao longo de décadas, em torno de veículos como o Correio da Manhã, oDiário de Notícias ou o Jornal do Brasil.
O discurso único, propagado por poucas empresas integradas ao setor bancário e coordenadas no plano continental, sobrepôs-se à diversidade da produção cultural antes característica do país, tanto em termos regionais quanto de classes sociais, e manteve aceso o espírito do liberalismo, que teria seus anos de glória nas negociatas da privatização, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
A reação inevitável sobreveio com a eleição de Lula e seu governo, que recuperou em pouco tempo os ideais de Vargas. Foi um processo sofrido (os governos militares toleravam, até certo o ponto, o PT como alternativa “moderna” ao getulismo e ao comunismo; essa imagem foi ainda dominante na campanha eleitoral de 1979, que contrapôs Lula a Brizola) e incompleto (há núcleos de resistência, aqui e ali), mas dele resultou mudanças sociais importantes e a afirmação da eficácia de soluções econômicas não liberais na linha do pensamento keynesiano.
Diante dos resultados alcançados, resta ao conglomerado neoliberal – ou entreguista –denunciar a corrupção (que é estrutural e, no plano do governo, pode apenas ser combatida) e prenunciar tragédias futuras.
No entanto, há novo espaço a ser ocupado. A invasão cultural que o Brasil sofreu nas últimas décadas trouxe não só avanços nas ciências da natureza, na tecnologia agrícola e na medicina, mas também promoveu transformação radical no pensamento dominante em ciências humanas e sociais, com ampla repercussão no discurso dos meios de comunicação e no comportamento de grupos intermediários nos centros urbanos.
Na Antropologia, na Sociologia e nas ciências econômicas, o que se defendia era a administração e a superação paulatina das contradições; agora, o que se busca é expô-las e aguçá-las.
Na sociedade real, isso deságua em conflitos que tendem a submergir a política. Num país em que a maioria das famílias é multirracial, o realce dado aos conflitos étnicos fere relações consolidadas, com grande custo emocional; quando a tolerância sempre se antecipou à lei, em questões como a homossexualidade, a sexualidade adolescente, o adultério etc., a exposição agressiva desses comportamentos motiva o questionamento de valores e desperta reações muito variadas. Disso tiram proveito as novas religiões pentecostais que se implantaram no Brasil ocupando o vazio deixado pelo recuo institucional de igreja católica sob o reinado de Vojtila e Ratzinger.
É para esse espaço – menos de intolerância, mais de perplexidade – que converge parte do pensamento oposicionista, em sua falta de perspectivas no quadro da política tradicional.
Eis aí o cacife político de Marina Silva.
*Jornalista, professor de Jornalismo aposentado da UFF, UFRJ, UFSC, autor, entre outros, do livro “Ideologia e Técnica da Notícia”, pioneiro nos estudos de Comunicação no Brasil
O que é mais grave: o voo de Vargas ou o jato do PSB?
alberto
O deputado André Vargas (sem partido-PR) teve sua
cassação pedida pelo colega Júlio Delgado (PSB-MG), em razão de uma
carona no avião do doleiro Alberto Youssef; no entanto, o PSB, partido
de seu algoz, usava um jato comprado com recursos de caixa dois; uma das
empresas que assumiu a compra do avião, a Bandeirantes Pneus, importava
pneus chineses, causava danos ambientais e foi favorecida por
benefícios fiscais do governo Eduardo Campos; diante da hipocrisia,
Vargas protestou: "Júlio Delgado pediu minha cassação por um voo. Agora
podia explicar por que seu partido usava um avião de empresas fantasmas"
247 – Dois pesos e duas medidas. É assim que o
deputado federal André Vargas (sem partido-PR) enxerga seu processo,
quando o compara a outras atividades irregulares na política. Desta vez,
o parlamentar, que teve sua cassação pedida pelo colega Júlio Delgado
(PSB-MG) no Conselho de Ética da Câmara por ter tomado emprestado o
avião do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, vê
diferença de tratamento entre o episódio vivenciado por ele e o do jato
do PSB.
O partido de Delgado, relator de seu processo de cassação na Câmara,
usava desde maio um avião adquirido por recursos de caixa dois, pago por
empresas fantasmas. Uma delas era uma peixaria falsa.
Outra, que assumiu a compra da aeronave, a Bandeirantes Pneus,
importava pneus chineses, causava danos ambientais e chegou a ser
favorecida por benefícios fiscais pelo ex-governador de Pernambuco
Eduardo Campos (PSB).
O Cessna Citation levava Campos ao litoral paulista no último dia 13,
quando caiu e causou a morte do então candidato e mais seis pessoas,
trazendo também o escândalo à tona. O uso do avião pelo partido, que fala em empréstimo
de empresários amigos de Campos, não era declarado à Justiça Eleitoral.
A nova candidata do PSB, Marina Silva, defensora da "nova política", também usou a aeronave irregular durante a campanha.
Diante da hipocrisia, Vargas protestou: "Júlio Delgado pediu minha
cassação por um voo. Agora podia explicar por que seu partido usava um
avião de empresas fantasmas". Em entrevista concedida
ao jornal O Estado de S. Paulo no início de agosto, ele lembrou de
outro caso: a construção de um aeroporto pelo presidenciável Aécio Neves
em terras que pertenciam a sua família quando era governador de Minas
Gerais. E constatou: "se Aécio fosse do PT, já teriam pedido cassação".
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As primeiras imagens de Marina no jato do caixa 2
Nas cenas, ela aparece desembarcando, ao lado de
Eduardo Campos, do PR-AFA, que desabou em Santos (SP), matando o
ex-governador e outras seis pessoas; uso da aeronave constitui crime
eleitoral, uma vez que o jato, além de não registrado como táxi aéreo,
foi cedido a Campos numa escabrosa transação com o uso de laranjas e
caixa dois; ontem, no Jornal Nacional, Marina disse que "não sabia"
quais eram as condições reais do jato e comprou a versão do PSB, sobre
empréstimo que seria pago no fim da campanha
247 - As imagens
acima são as primeiras que conectam a ex-senadora Marina Silva ao jato
PR-AFA, que desabou em Santos há 15 dias, matando o ex-governador
Eduardo Campos e outras seis pessoas.
A aeronave pertencia ao grupo AF
Andrade, de usinas falidas de etanol em São Paulo, e foi repassada a
amigos de Eduardo Campos, que assumiram o pagamento de parcelas
pendentes do leasing. Para isso, montaram um escabrosa operação
financeira, com o uso de laranjas. O principal pagamento veio de Eduardo
Ventola, dono, em Recife, de uma factoring, tipo de empresa normalmente
usada para esquentar recursos de caixa dois.
Ontem, no Jornal Nacional, Marina
Silva afirmou que não sabia quais eram as condições da aeronave e
comprou a versão do PSB, sobre um empréstimo que seria pago no fim da
campanha.
Uma tese, no mínimo, curiosa.
Afinal, o que levaria três empresários de Pernambuco a assumir
empréstimos com um dono de factoring para comprar um avião que eles
próprios não usariam? Ontem, em Santos, Antônio Campos, irmão do
ex-governador, visitou vítimas do desastre e prometeu que a família
poderia pagar os danos materiais. Um sinal de que a família,
indiretamente, assume a propriedade do avião e tenta conter os danos
políticos da lambança.
Leia, abaixo, a análise do Tijolaço sobre o caso:
Independente do resultado “marquetológico” da entrevista de Marina Silva ao Jornal Nacional – e eu acho que foi desastroso – há um elemento gravíssimo nas declarações da nova candidata do PSB.
Marina confessou o conhecimento de um crime eleitoral e a participação nos benefícios desta transgressão.
Ela confessou saber que o avião era produto de um “empréstimo de boca” que seria ‘ressarcido” – se é ressarcido, tem preço – ao final da campanha.
Poderia, se fosse o caso, dizer que não sabia dos detalhes da contratação do serviço, feita por Eduardo Campos. Mas está amarrada de tal forma no assunto que teve de se acorrentar à fantasiosa versão do PSB.
Que é uma aberração jurídica e contábil, que não pode prevalecer – e não prevalece – em qualquer controle de contas eleitorais.
Até no Acre de Marina Silva o TRE distribui um formulário onde o dono de um veículo, mesmo que seja um Fusca 82, assine a cessão e atribua o valor em dinheiro do bem.
O que dirá para um jato de R$ 20 milhões!
Não há um contrato sequer, não há preço estabelecido e, sobretudo, as empresas (ou o laranjal) que tinha o controle do avião não se dedicam à locação de transporte aéreo.
É um escândalo de proporções amazônicas.
Só menor do que o escândalo que é, depois de tantas confissões, o silêncio do Ministério Público.
Todos se lembram da Procurador Sandra Cureau, que por um nada partia para cima do Presidente Lula e da candidata Dilma Rousseff.
Está mudo, quieto, silente.
Acovardado diante dos novos santos da mídia.
A partir de agora, prevalecendo isso, se podem emprestar prédios, frotas, aviões, até uma nave espacial para Marina ir conversar com Deus.
De boca, sem recibo, sem contrato, sem papel.
Na fé.
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O paradoxo (anti)político de Marina Silva
Marina
Silva quer ser a opção política que está fora da política; quer
convencer o eleitor a votar em uma plataforma que não poderá ser julgada
no futuro.
João Feres Júnior e Fábio Kerche (*)
João Feres Júnior e Fábio Kerche (*)
A repetição nas coisas humanas já
foi tema das reflexões de importantes filósofos e escritores. Os
historiadores antigos a tinham como certa, Maquiavel a viu como provável
e Marx, como farsa. A política eleitoral da democracia representativa
contemporânea, da qual nenhum desses autores tratou, não está livre
dela, tampouco. Como que constrangidos por um número limitado de scripts, seus personagens reapresentam o que já foi visto e vivido em outros tempos, às vezes, por outras gerações.
Esse parece ser o caso da recém-escolhida candidata do PSB à presidência da república, Marina Silva.
O mantra entoado por ela, já sabemos todos há bastante tempo, é o da negação da política institucional em nome de convicções e ideais supostamente éticos. Não é a primeira persona política na nossa vida recente a tomar esse caminho. Mas, como ensinaram os antigos mestres dos quais falamos, o que é aparentemente ético pode ser politicamente catastrófico.
Seguindo essa estratégia, Marina Silva declarou recentemente: "Nosso compromisso é pelo fim da reeleição. O meu mandato será um mandato de apenas quatro anos". Pois bem, o fim da reeleição é uma bandeira que fala diretamente aos adeptos da antipolítica, tão numerosos nos dias que correm.
Ela sintetiza vários chavões que vemos repetidos frequentemente por aí nas vozes de cidadãos comuns, de diferentes classes e ocupações.
O primeiro deles é a imagem do político como um predador rapace, somente interessado em dar continuidade, senão aumentar, o lucro que aufere por meio de corrupção.
O segundo é o do partido que pretende se eternizar no poder, garantindo assim o fluxo de cargos públicos e de dividendos da corrupção política para seus apaniguados. Segundo o terceiro, a vontade de se reeleger induz o político no cargo a utilizar a máquina pública para fins eleitorais. Seria, portanto, profundamente ético acabar com a reeleição, pois estaríamos assim debelando essas mazelas.
Raciocínio melhor podemos conceber, mas talvez não um que seja mais distorcido na compreensão do funcionamento da democracia eleitoral, particularmente no que afeta seu caráter democrático propriamente dito. Vejamos. Para começar, vamos descartar a posição segundo a qual todos os políticos são igualmente ladrões cujo objetivo é saquear os cofres públicos e enriquecer de todas as maneiras que se lhes apresentam. Se isso fosse verdade, a democracia não seria mais que um total embuste, coisa que nem mesmo Marina argumenta.
Assim, somos obrigados a aceitar que existe uma diversidade de opções oferecida pela classe dos políticos. Como em várias atividades, existem os que roubam, uns que roubam mais do que os outros, aqueles que roubam bem pouco e, provavelmente, aqueles que não roubam. Mas roubar está longe de ser a atividade mais importante desempenhada por um político; há sua plataforma política, ideias, projetos, valores, etc. Aqui também há diversidade: aqueles mais preocupados com o social, outros com o mercado, empresários e investidores, alguns mais estatizantes, outros mais liberais, e assim vai. Pois bem, em suma, só vale a pena falar de eleição se a escolha (palavra sinônima) faz algum sentido.
Então, qual seria o efeito da reeleição naquilo que toca a escolha?
Esse parece ser o caso da recém-escolhida candidata do PSB à presidência da república, Marina Silva.
O mantra entoado por ela, já sabemos todos há bastante tempo, é o da negação da política institucional em nome de convicções e ideais supostamente éticos. Não é a primeira persona política na nossa vida recente a tomar esse caminho. Mas, como ensinaram os antigos mestres dos quais falamos, o que é aparentemente ético pode ser politicamente catastrófico.
Seguindo essa estratégia, Marina Silva declarou recentemente: "Nosso compromisso é pelo fim da reeleição. O meu mandato será um mandato de apenas quatro anos". Pois bem, o fim da reeleição é uma bandeira que fala diretamente aos adeptos da antipolítica, tão numerosos nos dias que correm.
Ela sintetiza vários chavões que vemos repetidos frequentemente por aí nas vozes de cidadãos comuns, de diferentes classes e ocupações.
O primeiro deles é a imagem do político como um predador rapace, somente interessado em dar continuidade, senão aumentar, o lucro que aufere por meio de corrupção.
O segundo é o do partido que pretende se eternizar no poder, garantindo assim o fluxo de cargos públicos e de dividendos da corrupção política para seus apaniguados. Segundo o terceiro, a vontade de se reeleger induz o político no cargo a utilizar a máquina pública para fins eleitorais. Seria, portanto, profundamente ético acabar com a reeleição, pois estaríamos assim debelando essas mazelas.
Raciocínio melhor podemos conceber, mas talvez não um que seja mais distorcido na compreensão do funcionamento da democracia eleitoral, particularmente no que afeta seu caráter democrático propriamente dito. Vejamos. Para começar, vamos descartar a posição segundo a qual todos os políticos são igualmente ladrões cujo objetivo é saquear os cofres públicos e enriquecer de todas as maneiras que se lhes apresentam. Se isso fosse verdade, a democracia não seria mais que um total embuste, coisa que nem mesmo Marina argumenta.
Assim, somos obrigados a aceitar que existe uma diversidade de opções oferecida pela classe dos políticos. Como em várias atividades, existem os que roubam, uns que roubam mais do que os outros, aqueles que roubam bem pouco e, provavelmente, aqueles que não roubam. Mas roubar está longe de ser a atividade mais importante desempenhada por um político; há sua plataforma política, ideias, projetos, valores, etc. Aqui também há diversidade: aqueles mais preocupados com o social, outros com o mercado, empresários e investidores, alguns mais estatizantes, outros mais liberais, e assim vai. Pois bem, em suma, só vale a pena falar de eleição se a escolha (palavra sinônima) faz algum sentido.
Então, qual seria o efeito da reeleição naquilo que toca a escolha?
Trabalhos acadêmicos sobre o assunto mostram que esse efeito é de fato
positivo, ainda que isso seja pouco intuitivo, pois ele diz respeito
mais ao comportamento do candidato/eleito do que do eleitor. Para o
eleitor a eleição se resume, em grande medida, ao ato da escolha entre
diferentes propostas e personalidades, escolha essa baseada na avaliação
da atuação pregressa do político ou em suas promessas.
Mas um político que busca a reeleição deve se comportar de maneira bem diferente daquele que não a tem em seu horizonte. Ora, é o projeto de reeleição, acima de tudo, que força o político a manter com seus eleitores um diálogo, isto é, ser responsivo, pois se ele fizer o contrário do que prometeu, agir à revelia das vontades daqueles que lhe deram o mandato, a reeleição lhe será negada no próximo pleito. Dado que nossa democracia é representativa e que outros mecanismos de controle do eleitorado sobre os políticos eleitos são muitas vezes informais, indiretos e frouxos, a reeleição é um instrumento fundamental. Ela funciona de maneira virtuosa tanto para cargos do legislativo, como deputado, como do executivo.
Não é somente da reeleição que Marina quer se distanciar e, portanto, da obrigação do diálogo e da prestação de contas. Ela também já prometeu que se distanciará do partido pelo qual é candidata: o PSB. Na mesma declaração, que também reforça o senso comum de que partidos são um aglomerado de interesses ilegítimos, ela afirma que o presidente da República "não deve ser tratado como propriedade de um partido", para justificar a promessa de que sua Rede Sustentabilidade vai se desvincular do PSB assim que puder se institucionalizar.
Assim, a campanha vai ser feita pelo PSB - em aliança com a organização Rede - que logo depois será descartado caso a candidata seja eleita. Mas se o contrato com o eleitorado é feito na eleição, e a plataforma da candidata é um híbrido entre PSB e Rede, então o rompimento com o PSB será, no futuro, um rompimento também com essa plataforma? Aqui começamos a ver mais claramente o paradoxo encerrado em seu posicionamento. Ela está imbuída de uma missão, mas essa missão não pode ser aquela definida explicitamente pela plataforma na qual está concorrendo, pois essa é partilhada pelo PSB.
Há duas explicações possíveis para esse aparente paradoxo.
Mas um político que busca a reeleição deve se comportar de maneira bem diferente daquele que não a tem em seu horizonte. Ora, é o projeto de reeleição, acima de tudo, que força o político a manter com seus eleitores um diálogo, isto é, ser responsivo, pois se ele fizer o contrário do que prometeu, agir à revelia das vontades daqueles que lhe deram o mandato, a reeleição lhe será negada no próximo pleito. Dado que nossa democracia é representativa e que outros mecanismos de controle do eleitorado sobre os políticos eleitos são muitas vezes informais, indiretos e frouxos, a reeleição é um instrumento fundamental. Ela funciona de maneira virtuosa tanto para cargos do legislativo, como deputado, como do executivo.
Não é somente da reeleição que Marina quer se distanciar e, portanto, da obrigação do diálogo e da prestação de contas. Ela também já prometeu que se distanciará do partido pelo qual é candidata: o PSB. Na mesma declaração, que também reforça o senso comum de que partidos são um aglomerado de interesses ilegítimos, ela afirma que o presidente da República "não deve ser tratado como propriedade de um partido", para justificar a promessa de que sua Rede Sustentabilidade vai se desvincular do PSB assim que puder se institucionalizar.
Assim, a campanha vai ser feita pelo PSB - em aliança com a organização Rede - que logo depois será descartado caso a candidata seja eleita. Mas se o contrato com o eleitorado é feito na eleição, e a plataforma da candidata é um híbrido entre PSB e Rede, então o rompimento com o PSB será, no futuro, um rompimento também com essa plataforma? Aqui começamos a ver mais claramente o paradoxo encerrado em seu posicionamento. Ela está imbuída de uma missão, mas essa missão não pode ser aquela definida explicitamente pela plataforma na qual está concorrendo, pois essa é partilhada pelo PSB.
Há duas explicações possíveis para esse aparente paradoxo.
A primeira é levar a sério a plataforma mista PSB-Rede, ou seja, que sua
candidatura será uma solução de compromisso entre os dois partidos. Mas
se isso é verdade, o que ela acabou de prometer é um tipo de anúncio de
estelionato eleitoral futuro. A chapa do PSB pode ganhar a presidência,
mas quem leva é ela, e depois de sua anunciada saída do partido
hospedeiro, não haverá mais garantia alguma de que ele vá continuar no
poder.
A segunda explicação possível é que Marina está claramente anunciando, para os bons entendedores, a natureza instrumental do PSB. Essa interpretação é ainda mais perturbadora, pois ao escancarar o fato de tomar o PSB como legenda de aluguel ela cai em outra contradição: a de propor a redenção da política por meio de uma prática política das mais deploráveis: a corrupção de todo um partido.
A rejeição da reeleição, não somente como projeto pessoal ou partidário, mas em relação ao seu princípio, feita por Marina, atenta contra o caráter democrático de nosso sistema.
Ademais, ela deseduca a população, pois reverbera percepções da política que são mistificadoras senão francamente mentirosas. Ao mesmo tempo que incentiva e lucra com a percepção de que a política é eminentemente podre e corrupta, Marina quer se apresentar frente ao eleitorado como uma opção política prenhe de sentido. Ela quer ser a opção política que está fora da política; ela quer convencer o eleitor a votar em uma plataforma que não poderá ser julgada pelas urnas no futuro, já que nem ela e nem o PSB (que deve ser descartado) serão avaliados pelo seu legado em uma próxima campanha.
Ao refletir sobre os crimes e atrocidades cometidos pelos Estados Unidos na conquista do Texas e dos territórios do Sudoeste, abiscoitados em guerra contra o México, o filósofo e teólogo Ralph Waldo Emerson disse que essas eram questões seculares, de menor importância frente à missão divina que Deus tinha reservado àquele país: seu Destino Manifesto. A narrativa que Marina constrói para si se aproxima muito desse tipo de raciocínio. Paradoxos e contradições são obstáculos para a razão, enquanto no discurso religioso eles são constantemente enunciados e alimentados, pois funcionam como instrumento de sedução daqueles que querem crer.
__________
* JOÃO FERES JUNIOR é cientista político, professor do IESP/UERJ e da UNIRIO e coordenador do Manchetômetro, website de acompanhamento da cobertura midiática das eleições 2014 do Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP) do IESP/UERJ.
FÁBIO KERCHE é mestre e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Foi Visiting Scholar na Universidade de Nova Iorque e professor de Ciência Política em faculdades de São Paulo e na Universidade de Brasília.
A segunda explicação possível é que Marina está claramente anunciando, para os bons entendedores, a natureza instrumental do PSB. Essa interpretação é ainda mais perturbadora, pois ao escancarar o fato de tomar o PSB como legenda de aluguel ela cai em outra contradição: a de propor a redenção da política por meio de uma prática política das mais deploráveis: a corrupção de todo um partido.
A rejeição da reeleição, não somente como projeto pessoal ou partidário, mas em relação ao seu princípio, feita por Marina, atenta contra o caráter democrático de nosso sistema.
Ademais, ela deseduca a população, pois reverbera percepções da política que são mistificadoras senão francamente mentirosas. Ao mesmo tempo que incentiva e lucra com a percepção de que a política é eminentemente podre e corrupta, Marina quer se apresentar frente ao eleitorado como uma opção política prenhe de sentido. Ela quer ser a opção política que está fora da política; ela quer convencer o eleitor a votar em uma plataforma que não poderá ser julgada pelas urnas no futuro, já que nem ela e nem o PSB (que deve ser descartado) serão avaliados pelo seu legado em uma próxima campanha.
Ao refletir sobre os crimes e atrocidades cometidos pelos Estados Unidos na conquista do Texas e dos territórios do Sudoeste, abiscoitados em guerra contra o México, o filósofo e teólogo Ralph Waldo Emerson disse que essas eram questões seculares, de menor importância frente à missão divina que Deus tinha reservado àquele país: seu Destino Manifesto. A narrativa que Marina constrói para si se aproxima muito desse tipo de raciocínio. Paradoxos e contradições são obstáculos para a razão, enquanto no discurso religioso eles são constantemente enunciados e alimentados, pois funcionam como instrumento de sedução daqueles que querem crer.
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* JOÃO FERES JUNIOR é cientista político, professor do IESP/UERJ e da UNIRIO e coordenador do Manchetômetro, website de acompanhamento da cobertura midiática das eleições 2014 do Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP) do IESP/UERJ.
FÁBIO KERCHE é mestre e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo. Foi Visiting Scholar na Universidade de Nova Iorque e professor de Ciência Política em faculdades de São Paulo e na Universidade de Brasília.
Não houve empréstimo de avião. Estadão confirma: Eduardo Campos participou da compra
PF implode a 'nova política' de Marina: comerciante de pneus que intermediou jatinho para o PSB foi beneficiado por decreto específico de Eduardo Campos para favorecer importações de sua empresa.
Quem, eu? Marina diz à Globo, na entrevista mais light da série com presidenciáveis, que nunca foi contra transgênicos e que não sabia nada sobre o esquema de laranjas em torno do jatinho do PSB
Lula chefe da Casa Civil de Dilma em 2015; por que não? Aécio diz que Armínio Fraga seria seu ministro da Fazenda; Marina gostaria de Serra e FHC ao seu lado. Por que Dilma não antecipa Lula, chefe da Casa Civil do novo governo, em 2015?
Farra do capital; precisa dizer mais? Bolsa bate recorde histórico de valorização das 100 ações mais negociadas; especuladores festejam avanço da candidatura amigável de Marina e de seus operadores de mercado
Hollande faz na França o ajuste que Aécio e Marina preconizam para o Brasil; resultado: desemprego recorde de 3,4 milhões de franceses
Evo Morales avança para ser reeleito a Bolívia onde a pobreza relativa caiu 32% nos últimos dez anos
Opedeuta: Quanto à Marina. Não foi a mão de "deus" que a levou à disputa presidencial. Ela leu os sinais errados. Os sinais diziam que sua "candidatura havia se espatifado junto com o jatinho"
Novamente, o Estadão confirma, com bom trabalho de seus repórteres, as informações que este blog tinha conseguido reunir e publicar, com os poucos meios de que dispõe.
No final da noite de ontem, Ricardo Brant e Andreza Matais publicam que o ex-governador Eduardo Campos aprovou, pessoalmente, a aquisição do Cessna do grupo AF Andrade, como já tinha ficado claro por uma publicação da Folha, no dia seguinte ao acidente, quando ainda não havia elementos para que a reportagem pudesse ver o quanto obscuro era o negócio.
Portanto, não houve empréstimo de avião dos empresários a Eduardo Campos: o ex-governador participou diretamente da compra do aparelho, dando a palavra final para sua aquisição, segundo os próprios empresários que estariam vendendo o aparelho.
João Carlos Lyra Pessoa de Mello, da JCL Factoring, marcou com os donos da AF Andrade o dia 8 de maio. Diz o jornal que “de Congonhas, o jato partiu com o ex-governador para Uberaba (MG), com o piloto da AF Andrade, Fabiano Peixoto. No dia, Campos visitou a 80ª Expo Zebu, em agenda de pré-campanha”.
Mas há mais fatos sendo confirmados.
Na noite de ontem, a Polícia Federal confirmou, com mais detalhes, o que havia sido informado aqui no sábado: Campos estendeu os incentivos fiscais dados à empresa Bandeirantes Companhia de Pneus.
Segundo o Valor: “O decreto do ex-governador eliminou limites de importação de pneus à empresa, estabelecidos na gestão anterior à de Campos.”
O dono da Bandeirantes é o próximo personagem que vai surgir: Apolo Santana Vieira, dono da Bandeirantes. Não é à toa que o aparelho em que voava Eduardo Campos antes ca compra do Cessna, era um Learjet da Bandeirantes que, ao ser matriculado na Anac, teve escolhido o prefixo (PP) ASV.
Este prefixo estava desativado desde 1966, quando pertencia a um Handley Page HP-100 Herald, da então Sadia Transportes Aéreos, que viria a se tornar a Transbrasil.
E foi solicitado por causa das iniciais: Apolo Santana Vieira.
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