Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 16 de maio de 2012

A volta do dracma: uma futurologia monetária

*CORRIDA AOS BANCOS: em 2011, 35,4 bi de euros sairam da Grécia; nas ultimas 48 horas sairam  890 milhões de euros** saques maciços de depósitos e poupanças podem  levar ao colapso bancário** Medo já contamina outros países do euro: dinheiro arisco pergunta quem será o próximo e bate em retirada da Espanha, Itália, Portugal etc**Coalizão de esquerda tem 20,3% das intenções de votos e deve vencer as eleições de 17 de junho na Grécia** EXCLUSIVO: leia nesta pág. a reportagem de Vinicius Mansur, corrrespondente em Brasília:  a revista Veja sabia do 'esquema Delta'; o  casal Gurgel sabia dos crimes de Demóstenes e Cachoeira (leia mais aqui)  ; por que ocultaram?**Eric Nepomuceno olha a fotografia de Fuentes, García Marquez e Llosa e se despede do amigo mexicano (nesta pág)*
'O BRASIL NÃO PODE COMPACTUAR COM  FILHOS SEM PAIS; PAIS SEM TÚMULOS; TÚMULOS SEM CORPOS'"O Brasil merece a verdade, as novas gerações merecem a verdade e, sobretudo, merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo, e sempre, a cada dia.É como se disséssemos que, se existem filhos sem pais, se existem pais sem túmulo, se existem túmulos sem corpos, nunca, nunca mesmo, pode existir uma história sem nós. E quem dá a nossa história são os homens e mulheres livres que não tem medo a escrevê-la". (Presidenta Dilma Roussef, às lágrimas, na cerimonia de instalação da Comissão da Verdade, nesta quarta-feira, em Brasília (http://blog.planalto.gov.br/video-dilma-instala-a-comissao-da-verdade/ ) Leia também o blog de Emir Sader; ao lado)
 

A saída da Grécia do euro colocará em xeque o sistema financeiro europeu e forçará medidas políticas de grande envergadura. Dada a possibilidade de colapso do sistema, o mais provável é que se encontre uma solução política conjunta para isolar a economia grega e blindar os demais países. Para que isso seja possível, será necessária uma injeção de liquidez no sistema bancário em escala nunca antes vista. Ao fim e ao cabo, os governos europeus perceberão que sairia mais em conta salvar a Grécia. O artigo é de Pedro Rossi.

Quando o dia amanhecer sobre a acrópole, um presidente grego fará o pronunciamento surpresa, em rede nacional, para declarar de uma só vez um feriado bancário prolongado, uma moratória da dívida externa e a restituição do dracma como moeda nacional. Como não poderia deixar de ser, o discurso será carregado de nacionalismo e ressaltará um pacto social pela reerguimento da nação e pela retomada da soberania. Ele terá razão ao dizer que a situação social chegou a níveis intoleráveis e que a política de austeridade é incompatível com a solução para a crise. Talvez também diga, com alguma razão, que a Grécia é vítima de uma construção monetária frágil e de um sistema financeiro perverso e fora de controle. Se quiser demonstrar virilidade, dirá que o berço da civilização não se curvará aos credores internacionais. Diante desse discurso, a população grega verá o dracma com um misto de esperança e desconfiança. Por um lado, a moeda nacional será o único elemento capaz de dar autonomia a um Estado monetariamente passivo e fiscalmente impotente. Por outro lado, haverá o temor de um caos monetário conduzido por instituições políticas desacreditadas.

Após o feriado bancário, o dracma voltará a denominar os contratos no país e substituirá a moeda europeia em muitos dos contratos já existentes. Dessa forma, a desvalorização da moeda grega em relação ao euro será também a desvalorização dos depósitos bancários e da dívida pública. Essa medida provocará um descasamento de moedas nos balanços de instituições com dívidas no exterior e, portanto, será necessariamente acompanhada de uma moratória da dívida externa privada. A ira dos credores internacionais terá reflexo na liquidação generalizada de ativos e na fuga maciça de capitais. Os controles sobre os fluxos de capitais serão inevitáveis.

Para evitar uma corrida bancária, o governo deve instituir uma restrição aos saques para assim evitar uma crescente falta de liquidez, ou seja, uma espécie de “corralito grego”. Nada garante, porém, que o novo dracma seja bem sucedido em sua empreitada. A moeda é uma instituição social calcada na confiança. Suas funções clássicas de meio de pagamento, unidade de conta e reserva de valor dependem de sua aceitação geral e da credibilidade das instituições responsáveis por sua gestão. Nesse sentido, o dracma terá a difícil tarefa de mostrar para a população que é uma reserva de valor confiável. Muito provavelmente o governo grego terá que gerenciar um sistema de pagamentos bi-monetário onde o euro conviverá com o dracma nas transações econômicas.

A inflação decorrente de uma excessiva desvalorização inicial do dracma pode comprometer o projeto de autonomia monetária. Porém, mas grave do que o caso inflacionário, é a falta de liquidez monetária. A insolvência do sistema bancário e a incapacidade do banco central grego em controlar a situação implicarão na paralização das atividades de produção e comércio e na consequente asfixia do circuito de gasto. Nesse caso, a Grécia poderá regredir para um estado pré-capitalista, pois, destituída de moeda, a economia entraria em um colapso generalizado.

Esse não é o único futuro possível da Grécia pós-euro. Passado o desarranjo inicial, um reestabelecimento do circuito do crédito e do gasto na moeda emitida pelo governo fará o país crescer sem as restrições impostas pelos que advogam pela austeridade. O patamar depreciado do dracma, se aliado às políticas industriais, dará competitividade a economia grega que, lentamente, deve passar a produzir internamente itens da sua pauta importadora. O turismo e os serviços marítimos vão continuar sendo a principal fonte de divisas externas, mas as receitas dessas atividades passarão a ser mais importantes em moeda doméstica. Esse cenário é a motivação para o povo grego atravessar a crise pelo caminho da ruptura e da soberania nacional.

Sem dúvidas uma saída da Grécia do Euro irá despertar uma desconfiança geral nas instituições financeiras de outros países da zona euro.

Provavelmente, o efeito contágio ocorrerá menos pelas ligações financeiras e mais pelo canal das expectativas. No mesmo dia do fatídico anúncio de feriado bancário do presidente grego, residentes de países como Itália, Espanha e Portugal acharão prudente resgatar depósitos nos bancos para guardá-los em casa. A prudência dará lugar ao pânico da corrida bancária. Essa situação terá o reforço do mercado financeiro que poderá manifestar um daqueles momentos de absoluta irracionalidade. De nada servirão os modelos que acusam desvios do equilíbrio. Como observado por Issac Newton na primavera de 1720, “sou capaz de calcular o movimento dos corpos celestes, mas não a loucura das pessoas”. Diante do “salve-se quem puder” a atitude, mas coerente dos líderes europeus será, assim como o presidente grego, decretar um feriado bancário.

Nesse ponto, a saída da Grécia do euro colocará em xeque o sistema financeiro europeu e forçará medidas políticas de grande envergadura. Dada a possibilidade de colapso do sistema, o mais provável é que se encontre uma solução política conjunta – Uniao Européia, FMI, Banco Central Europeu - para isolar a economia grega e blindar os demais países. Para que isso seja possível, será necessária uma injeção de liquidez para se reestabelecer a confiança no sistema bancário em escala nunca antes vista. Ao fim e ao cabo, os governos europeus perceberão que sairia mais em conta salvar a Grécia com injeção de capital, um plano de investimento e a reversão das políticas de austeridade. Evidentemente, esse cenário descrito - um tanto catastrofista - depende do fracasso das negociações política e principalmente da continuidade da “estratégia Merkel”, de pressionar irracionalmente por austeridade.

(*) Doutor em economia pela Unicamp, é pesquisador do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica (Cecon/UNICAMP).



Diretor de 106 imóveis. Cerra nomeia e diz que não


Diretor não foi demitido. Foi embora porque quis

Saiu na Folha (*):

Serra agora nega ter nomeado diretor de aprovação de prédios

Pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra negou ontem ter nomeado Hussein Aref Saab para o cargo de diretor responsável pela aprovação de empreendimentos imobiliários na cidade.

“Nunca nomeei ninguém, pois prefeito não nomeia terceiro escalão numa secretaria.”

A portaria de nomeação de Aref foi assinada pelo então prefeito Serra e publicada no “Diário Oficial” em 7 de janeiro de 2005.

Aref é investigado pela sua evolução patrimonial. Conforme revelado pelo “TV Folha”, Aref adquiriu 106 imóveis nos sete anos em que comandou o setor de aprovação.

Serra lembrou que o ex-diretor trabalhou em outros cargos em gestões anteriores. Também criticou a veiculação do caso. “Há falha na reportagem, pois parece que foi ela [a Folha] quem descobriu. E quem descobriu foi a prefeitura. O prefeito afastou o sujeito.”

A Corregedoria já investigava Aref, mas foi a Folha que descobriu a compra dos 106 imóveis. E Aref não foi demitido. Pediu demissão.



O Cerra já disse que é engenheiro e não é.
Disse que é economista e não é.
Disse que fez o programa anti-aids e quem fez foi o Adib Jatene.
Cerra diz que fez os genéricos e quem fez foi o Jamil Haddad.
Disse que a Dilma faz o que ele faria na Presidência.
(Será que ele instalaria a Comissão da Verdade, como a Dilma ou preferia seguir a própria Folha (*) seu velho amigo Nelson Johnbim ? )
Cerra diz que a Privatria Tucana é um lixo.
Clique aqui para ler por que Cerra processa o Amaury Ribeiro Junior.
Clique aqui para ler “Tucanos tem um problema com a casa própria – III”.
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Dilma instala Comissão da Verdade, com Lula presente


A presidenta Dilma deu posse aos integrantes da Comissão da Verdade, que terá prazo de dois anos para apurar violações aos direitos humanos ocorridas no período entre 1946 e 1988.

Todos os ex-presidentes foram convidados e compareceram. O presidente Lula também compareceu, já que foi ele quem idealizou e encaminhou ao Congresso. A presidenta, em seu discurso, lembrou também dos passos que cada ex-presidente deu para a redemocratização, abertura de arquivos, e apuração da história.

No discurso, a presidenta Dilma deu o tom do que será o trabalho da Comissão, refutando o revanchismo e o ódio, com que alguns setores tratam este trabalho:
“O Brasil merece a verdade, as novas gerações merecem a verdade e, sobretudo, merecem a verdade factual aqueles que perderam amigos e parentes e que continuam sofrendo como se eles morressem de novo e sempre a cada dia. É como se disséssemos que, se existem filhos sem pais, se existem pais sem túmulo, se existem túmulos sem corpos, nunca, nunca mesmo, pode existir uma história sem voz. E quem dá voz à história são os homens e as mulheres livres que não têm medo de escrevê-la.
(...)
Ao instalar a Comissão da Verdade não nos move o revanchismo, o ódio ou o desejo de reescrever a história de uma forma diferente do que aconteceu, mas nos move a necessidade imperiosa de conhecê-la em sua plenitude, sem ocultamentos, sem camuflagens, sem vetos e sem proibições”.
O vídeo com a íntegra do discurso está aqui.

A Modelo e o Cantor

Serão iguais os casos de Gisele Bündchen e Alexandre Pires, em suas agruras com duas secretarias da Presidência da República? Ela com a de Políticas para as Mulheres, ele com a de Políticas Especiais de Promoção da Igualdade Racial?
Compartilham, no mínimo, uma coisa: tanto a modelo, quanto o cantor foram criticados por sua participação em peças de comunicação consideradas ofensivas e preconceituosas. Gisele em relação às mulheres e Alexandre Pires contra os negros.
O caso da supermodelo foi amplamente divulgado e se referia à campanha publicitária que estrelou, há alguns meses, de uma marca de lingerie. Nos comerciais para a televisão, ela explicava, brincando, o modo certo e o errado de uma mulher transmitir a seu companheiro uma notícia ruim - que batera o carro, que a sogra o visitaria, etc.
Equivocado seria comunicar diretamente o fato - vestida. Correto, dizê-lo cheia de sensualidade - usando apenas roupa íntima. Em outras palavras, burra é a mulher que não emprega a sedução em seu favor.
Apesar do tom jocoso, a Secretaria entendeu que a campanha tinha uma inaceitável carga de preconceitos e contribuía para manter estereótipos discriminatórios contra as mulheres. Por isso, oficiou ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, Conar, solicitando que fosse retirada do ar.
O caso de Alexandre Pires - que ainda está em curso -, é diferente, mas parecido.
Com ele, a polêmica é sobre o videoclipe de sua música mais recente, intitulada “Konga”. Estão em discussão letra e vídeo.
A canção brinca com a imagem de macacos e gorilas. Nela, as mulheres são atraídas pela força e a energia dos animais, em óbvia alusão ao que seria sua hiperbólica virilidade.
No clipe, tudo acontece à beira de uma piscina, pretexto suficiente para que as atrizes vistam minúsculos biquínis. O cantor aparece em roupas convencionais e os músicos estão fantasiados de gorilas. A seu lado, o super-astro Neymar dança e se diverte - e acaba também disfarçado.
A reação da outra Secretaria foi parecida. Também nesse caso haveria preconceitos e conteúdos discriminatórios, racistas e sexistas. Pelos dois motivos, ela solicitou que a exibição do vídeo na internet fosse, voluntariamente, suspensa e que não houvesse veiculação na televisão.
Essa talvez seja a única semelhança entre os dois episódios. Pois, se as atitudes das Secretarias foram, basicamente, as mesmas, o caso da modelo recebeu um tratamento bem diferente da mídia - e foi percebido, em função disso, de forma quase oposta pelos segmentos da opinião pública que costumam se manifestar nas redes sociais.
A reação da Secretaria de Políticas para as Mulheres contra a campanha de Gisele foi imediatamente tachada de “intervenção indevida” do governo. De exemplo da incapacidade da burocracia entender uma alegre brincadeira. De intromissão do estado na vida particular. E por aí vai....
E em apoio a Alexandre Pires? Alguma voz se levantou? Algum dos intelectuais que trabalham nos grandes veículos de nossa imprensa o defendeu?
Ficou sozinho, tendo que se justificar....
Note-se que, em seu caso, a discussão vai além da mera liberdade do anunciante usar qualquer argumento - por mais questionável que seja - para aumentar as vendas. Diz respeito a algo mais importante, a liberdade de criação.
Pode um artista negro usar os estereótipos da cultura da discriminação? Pode brincar com eles, tirar a ofensa da boca dos agressores e fazer música com ela? Pode transformar o gorila em tema de alegria e afirmação?
Na hora de defender a modelo branca do “intervencionismo lulopetista”, não faltaram voluntários - e espaço. E agora? Contra o cantor, a intervenção é legítima?
Como muitos negros norte-americanos, que têm orgulho de se chamar nigger - a palavra-símbolo do racismo em seu país -, Alexandre Pires, Neymar, os músicos e atores que participaram do clipe estavam rindo. Rindo de quem os olha com preconceito - e inveja.
Preocupada com o tom de falsa pedagogia que havia na campanha de Gisele Bündchen, a Secretaria das Mulheres agiu corretamente. No clipe de Alexandre Pires, a de Igualdade Racial, talvez.
Mas essa já é outra historia.
Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

A prova de que a tragédia no metrô de SP era previsível

Ontem, 15 de maio, este blogueiro “sujo”, “primário” e “robótico” teve que fazer algo que tenta evitar a todo custo: usar o metrô de São Paulo. Por volta das 19 horas, na plataforma, no sentido Jabaquara, havia milhares de pessoas se espremendo.
As que estavam na beira da plataforma, um empurrãozinho e cairiam nos trilhos. Os trens se sucediam em velocidade impressionante, mal saía um e já chegava outro, deixando ver que aquele fluxo era perigoso.
Dentro do trem, espremido, quase sem conseguir respirar, enervei-me e falei alto:
– Gente, vocês não acham que o povo de São Paulo deveria se revoltar e votar direito para tentarmos mudar esta situação absurda?
As pessoas pareciam conformadas. Nem me deram bola. Ninguém respondeu. O conformismo do paulistano com o sofrimento a que se submete todo dia é patente. As pessoas são tratadas pelos governos estadual e municipal como lixo e nem se dão conta.
Saindo do trem do inferno, digitei no Twitter, via celular, a seguinte mensagem: “Vocês que não são de SP não têm como entender do que se trata a situação do metrô, aqui. Fazia alguns meses que não usava. Nem sei descrever
Mais tarde, a mensagem profética: “Ainda vai acontecer uma desgraça no metro de SP. E o povo continua votando com o intestino. SP é um caso perdido
Alguns leitores comentaram no Twitter a malfadada “profecia” que tenho o desprazer de ver se concretizar.

Como já disse várias vezes, não tenho bola de cristal nenhuma. Aliás, nesse caso, muita gente já deve ter previsto o que previ, ainda que sem essa precisão fortuita e trágica. Até porque, como o povo de São Paulo não reage, prever desgraças, aqui, é até covardia de tão fácil.
Concluo com outra previsão: Serra, Alckmin e a mídia vão dizer que é sabotagem do PT ou culpa do governo federal.
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Da Folha Online
Dois trens batem na linha 3-vermelha do metrô em SP; circulação é parcial
Dois trens bateram na linha 3-vermelha do metrô por volta das 9h50 desta quarta-feira. Uma das composições que se envolveu na batida permanece parada entre as estações Penha e Carrão (zona leste de São Paulo), onde ocorreu o acidente. Segundo o Corpo de Bombeiros, 33 pessoas ficaram feridas –não há registro de vítimas graves.
Os trens envolvidos na batida estavam trafegando no sentido Palmeiras/Barra Funda. A colisão fez com que passageiros caíssem.
Equipes permanecem no local para socorrer outras possíveis vítimas. A reportagem flagrou uma mulher de 36 anos que teve ferimentos no rosto e nas costas.
Passageiros que estavam dentro dos vagões relataram à reportagem que após a colisão não houve nenhum aviso por parte do condutor do trem do que havia acontecido por mais de 20 minutos.
Desesperadas, as pessoas usaram os botões de emergência e desceram na passagem lateral aos trens. As vítimas estão sendo socorridas por agentes de segurança do próprio Metrô, Corpo de Bombeiros e Samu.
O aposentado Sadao Ishii, 60, contou que ao contrário das outras pessoas que estavam na mesma composição que ele, conseguiu manter-se de pé. “Ouvi um impacto forte, segurei firme e consegui não cair, mas quebrei meu óculos”, conta, ferido com cortes do rosto.
A consultora de feng shui Hortência del Bianco, 57, tinha um hematoma grande no rosto e caminhava junto com os outros passageiros a caminho da estação Carrão. “O trem já vinha lento, de repente ocorreu uma pancada forte, mas o trem continuou fechado meia hora sem nenhum aviso”, disse.
Um adolescente de 17 anos disse que logo após a batida muita gente ficou desesperada e chorava dentro dos vagões. “Foi tudo muito rápido, fiquei super assustada, todos estavam chorando.”
Com a batida, os trens estão circulando apenas entre as estações Palmeiras/Barra Funda e Tatuapé. Para atender o restante da linha, o metrô acionou o serviço Paese, com ônibus gratuitos.
As causas do acidente estão sendo apuradas. A empresa afirmou que o problema deixa as linhas 1-azul, 2-verde com velocidade reduzida e maior tempo de parada.
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Soninha Francine desdenha do acidente no Metrô via Twitter

Do portal R7

Acidente de metrô em São Paulo deixa feridos na manhã desta quarta-feira (16) e causa tumulto na zona leste da cidade, além de complicar a vida de muita gente. No Twitter o tumulto também é grande, mas aí a culpa é de Soninha Francine, ex-apresentadora de TV e pré-candidata à prefeitura de São Paulo.
Soninha claramente soltou um tuíte sem pensar. Ela escreveu o seguinte:
- Metro caótico, é? Nao fosse p TV e Tuíter, nem saberia. Peguei Linha Verde e Amarela sussa. #mtoloco.
Uma bobagem dessa causou frisson na rede social. Quase que imediatamente as hashtags #mtoloco, #sussa, #A Soninha entraram nos assuntos mais comentados. Claro, ela deu a entender que se não fosse pela barulho causado pelo povo na internet ninguém nem saberia o que estava acontecendo.
Bom, vendo por esse ângulo, então ainda bem que existe o Twitter e a TV, certo?
Alguns minutos mais tarde, Soninha tentou se explicar e escreveu:
- Helloooo, metro zoadaço mas, apesar do M.Vila Madá avisar “velocidade reduzida”, estava normal qdo peguei. Q eu posso fazer?
Aí já era tarde. O tiro saiu pela culatra e a moça foi avacalhada na internet.
É um daqueles casos em que um #calabocaSoninha cairia bem. Até para ela mesmo.
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Mulher acusada pela Veja de ser robô decide fechar conta no Twitter
A carioca de 59 anos que usa no Twitter o perfil Lucy_in_Sky_ está apavorada com a exposição a que foi submetida pela revista Veja, que a acusou de ser um robô que tuíta mensagens a mando do PT. Ontem, nervosa, procurou-me e lhe dei um conselho. Veja, abaixo, a conversa

História da RBS revela como nascem e crescem monopólios da mídia

Em quase meio século de existência, o grupo RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul, exorbitou em muito os limites da concentração dos meios de comunicação no Brasil, segundo mostram os números da própria empresa. Desejo de expansão não se restringe à mídia, conforme mostra estudo que analisa a participação do grupo no processo de privatização da telefonia no país.
Em quase meio século de existência, o grupo RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul, exorbitou em muito os limites da concentração dos meios de comunicação no Brasil. A observação foi feita pelo site AcessoCom (www.acessocom.com.br), organização coordenada pelo jornalista Daniel Herz que monitora as atividades de mídia no Brasil. AcessoCom publica boletins diários, pela internet, analisando as principais notícias sobre os meios de comunicação. Em seu boletim de 2 de setembro, comenta os números divulgados pela própria RBS no jornal Zero Hora sobre a expansão do grupo que detém o monopólio das comunicações no RS.
Segundo matéria de duas páginas publicada em Zero Hora, o grupo RBS chega aos 45 anos de existência reunindo 24 emissoras de rádio (AM e FM), 21 canais de TV, um portal de internet, uma empresa de marketing e um projeto na área rural, tendo participação na NET Serviços de Comunicação, maior operadora de TV a cabo do Brasil, e mantendo uma fundação social "dedicada à construção da cidadania". O boletim do AcessoCom lembra que, de acordo com o artigo 12 do Decreto 236 (28/2 de 1967), uma mesma entidade só poderá ter "concessão ou permissão para executar serviço de radiodifusão, em todo o País" no limite de 4 rádios AM e 6 FM por localidade, 3 AM de alcance regional e cinco emissoras de TV em VHF em todo o País, obedecendo o limite de duas por Estado. Os números publicados por Zero Hora ultrapassam de longe esse limite.

O nascimento de um império regional

O RBS começou a surgir em julho de 1957, quando Maurício Sirotsky Sobrinho comprou a Rádio Gaúcha, em sociedade com Arnaldo Ballvé, Frederico Arnaldo Ballvé e Nestor Rizzo. Em 1962, foi inaugurada a TV Gaúcha. Oito anos depois, em 1970, começou a operar na mídia impressa com o jornal Zero Hora. Segundo a matéria da própria ZH, a expansão da empresa se consolidou em 1970, quando foi criada a sigla RBS, de Rede Brasil Sul, "inspirada nas três letras das gigantes estrangeiras de comunicação CBS, NBC e ABC". A partir das boas relações estabelecidas com os governos da ditadura militar e da ação articulada com a Rede Globo, a RBS foi conseguindo novas concessões e diversificando seus negócios.
O grupo participou ativamente do processo de privatização da telefonia no Brasil. Segundo pesquisa realizada por Suzy dos Santos (do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Culturas Contemporâneas da Faculdade de Comunicação da UFBa e Sérgio Capparelli (do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da Fabico/UFRGS), a RBS esteve presente em praticamente todos os momentos do processo de privatização das telecomunicações no país.

No governo Britto, RBS ingressa no negócio da telefonia

De acordo com esse estudo, em 16 de dezembro de 1996, ganhou a licitação para a privatização de 35% da Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT), comandada pelo então governador Antônio Britto (ex-funcionário da RBS), através do consórcio Telefônica do Brasil. Posteriormente, em 19 de junho de 1998, o controle acionário da CRT foi adquirido em leilão pela, agora, Telefônica do Brasil Holding, quando da venda dos 50,12% ainda restantes nas mãos do Estado. Na data da privatização da CRT, a composição acionária da Telefônica do Brasil era: Telefónica Internacional, 30%; RBS, 30%; e o restante das ações dividido entre a Portugal Telecom, 23%; a Iberdróla (empresa de energia espanhola), 7%; e o Banco Bilbao Vizcaya, 7%.
No entanto, a RBS sofreu uma pesada derrota neste processo. Segundo relatam Suzi dos Santos e Sérgio Capparelli, no mercado nacional existia um acordo informal entre a Rede Globo e a RBS que estabelecia lotes para a atuação dos grupos no setor de telecomunicações: a RBS se concentraria na região sul e a Globo no centro do país. Nos limites desse acordo, na divisão do Sistema Telebrás em três empresas de telefonia fixa, uma de longa distância e oito de telefonia celular, interessava à RBS, a aquisição da Tele Centro Sul e à Globo, a Telesp, a Telesp Celular ou a Tele Sudeste Celular (Rio de Janeiro e Espírito Santo). O planos das duas empresas foi por água abaixo a partir da aquisição, pela holding Tele Brasil Sul, da Telesp, por R$ 5,78 bilhões contra os R$ 3,965 bilhões ofertados pelo consórcio formado pela Globopar, o Banco Bradesco e a Telecom Itália. O lance pela Telesp foi definido sem o conhecimento da RBS. Com a aquisição da Telesp, legalmente, a empresa ficou impossibilitada de concorrer ao leilão da Tele Centro-Sul, vencido pela Solpart Participações - Banco Opportunity, Telecom Itália e fundos de pensão.

Um tiro no pé

Assim, em vez de solidificar a participação da RBS no mercado de comunicações da região Sul, a parceria com a Telefónica acabou sendo um tiro no pé do grupo: serviu de base para a entrada da operadora global no país e restringiu a expansão da RBS. O episódio estremeceu as relações entre as duas parceiras e abalou seriamente o planejamento da RBS. A empresa já tinha investido US$ 130 milhões na CRT, mas a possibilidade de compra das ações da Telefónica ou de algum outro participante da holding Tele Brasil Sul exigia a captação de mais recursos, condição prejudicada pela crise financeira internacional e a alta nos juros para títulos de dívidas. Outro personagem importante dessa história, o ex-governador Antônio Britto, após ser derrotado por Olívio Dutra nas eleições de 1998, acabou indo trabalhar como consultor do Banco Opportunity, que passou a administrar parte do controle acionário da CRT.
Ainda segundo o mesmo estudo, a RBS participou também do processo de licitações, ocorrido em 1996, da Banda B de telefonia celular associada ao jornal O Estado de São Paulo, ao grupo Safra, e às empresas norte-americanas Splice e Bell South. Ao contrário do Sistema Telebrás, onde não haviam limites ao capital estrangeiro, a licitação da Banda B previa o máximo de 49% de ações em propriedade de empresas internacionais, como nas concessões de TV a cabo. Ao todo, a RBS participou de quatro consórcios para a operação de telecomunicações BSE 20, BCP 21, Tele Brasil Sul 22 e Telefônica do Brasil Holding 23. Posteriormente, estes consórcios foram fundidos em dois: BCP, para as operações da Banda B de telefonia celular, e Tele Brasil Sul, para as operações de telefonia fixa e da Banda A de telefonia celular.
Os prejuízos resultantes da conturbada parceria com a Telefonica da Espanha obrigaram a RBS a adotar medidas drásticas de redução de custos nas empresas do grupo. Em setembro de 1998, o grupo demitiu 275 dos seus 6.300 funcionários. Além disso, extinguiu programas de incentivos e o reordenou gastos com produção de programação, entre outras ações administrativas que tiveram por objetivo diminuir 7% dos custos totais da empresa. Com a vitória do PT nas eleições estaduais de 1998 no RS, o processo de privatizações foi interrompido no Estado, o que coincidiu com a decisão da RBS de rever sua política de expansão em outros setores, especialmente na área da telefonia. O tema passou a integrar a pauta política no Estado. A privatização da CRT e as relações do ex-governador Antônio Britto com o Banco Opportunity tornaram-se um dos pontos mais polêmicos na sucessão estadual deste ano no Rio Grande do Sul. A campanha eleitoral começa a trazer à tona pontos obscuros desses negócio que fazem parte da história recente do Grupo RBS.
Marco Aurélio Weissheimer
No Carta Maior

CPI exige explicações de Brindeiro Gurgel




Gurgel e Sampaio poderiam evitar a eleição do Varão do Cerrado

Saiu na Carta Capital:

CPI do Cachoeira aprova pedido de esclarecimentos a Gurgel

A Comissão Parlamentar de Inquérito do Cachoeira, que investiga os negócios do bicheiro Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados aprovou nesta terça-feira 15 o envio de um pedido de esclarecimentos para o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. A intenção da CPI é entender por que a Procuradoria-Geral da República não deu prosseguimento nem arquivou o inquérito da Operação Vegas da Polícia Federal, que trazia informações sobre o envolvimento de parlamentares com Cachoeira. Gurgel terá cinco dias úteis para se manifestar.

O relator da CPI, Odair Cunha (PT-MG), frisou que a PGR não está sendo investigada, e sim a quadrilha de Cachoeira, mas afirmou que é preciso criar uma mecanismo formal de comunicação entre a PGR e a CPI. “A CPI não pode não conhecer oficialmente a versão da PGR”, disse Cunha. “Não posso acreditar que a PGR vá dialogar com a CPI pelos jornais”.

No requerimento, a CPI coloca cinco questões para que Gurgel responda. Sobre a Operação Vegas, pergunta três coisas: 1) em que circunstâncias chegou o relatório da PF chegou à PGR; 2) em que data isso ocorreu; e 3) quais as providências tomadas pela PGR. As outras duas perguntas são referentes à Operação Monte Carlos: 4) em que data a PGR teve conhecimento da operação; 5) quais providências foram tomadas sobre ela.

Em depoimento à CPI na semana passada, o delegado federal Raul Alexandre Marques de Souza, responsável pela Operação Vegas, afirmou que Gurgel e sua mulher, a subprocuradora Cláudia Sampaio, tinham, desde setembro de 2009, informações sobre o envolvimento do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e dos deputados Sandes Junior (PP-GO) e Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) com Cachoeira. O fato de o inquérito ter ficado congelado nos escritórios de Gurgel e Cláudia Sampaio causou estranhamento e colocou os dois sob pressão.

(…)



Prevaleceu a posição do PT: evitar o confronto institucional e obrigar o Brindeiro Gurgel a explicar por escrito o que pode ter sido uma forma de prevaricação.
O que não impede que a mulher dele seja obrigada a desmentir o desmentido explícito na nota oficial da Polícia Federal- clique aqui para ler.
O deputado Paulo Teixeira foi quem defendeu a tese de a sub procuradora Claudia Sampaio explicar-se pessoalmente.
Clique aqui para ver também: Collor faz questão de ouvir o Robert (o) Civita, que se assemelha ao Rubert Civita, aquele cuja batata assa na Inglaterra.
Louvável a atitude do relator Odair Cunha: criticar a opção do brindeiro Procurador, que decidiu enfrentar as responsabilidades com a proteção do PiG. (*)

Como se o PiG (*) mandasse na CPI.

Como “se o jornal nacional não der nao aconteceu”, dizia o Antonio Carlos Magalhães.

Foi-se o tempo, amigo navegante.
Não deixe de ler “A CPI já fez muito; é o esculacho da República“.
Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Folha ressuscita Ditabranda. Johnbim ajuda



Um editorial da Folha (*), na página 2, no mesmo jazigo onde nasceu e morreu a “ditabranda”, tem o título de “Mais luz” !:

É como se o “seu Frias” tivesse mandado tirar as camionetes do pátio para servir à Oban.

Diz o editorial trevoso:

“… não há como excluir de antemão o exame dos casos de inocentes mortos em consequência de ações de organizações que pegaram em armas contra o regime, por exemplo passantes e vigias de bancos vitimados por bombas e tiroteios.


Desconsiderá-los, hoje, equivale a coonestar o culto da violência política que parecia justificar, na época, sua contabilização como dano colateral.


Dito isso, cabe denunciar como um despropósito a tentativa de equiparar tais ações, deploráveis como são, aos crimes de militares e policiais. Seja por seu número, pelo emprego sistemático da tortura e de assassinatos por agentes do Estado ou pelo fato de militantes da esquerda já terem pago pelo erro com prisões, tortura e morte, é incorreto e até indigno comparar os dois fenômenos.


No mais, é duvidoso que a comissão consiga produzir grandes revelações. No quarto de século transcorrido, muita documentação já veio à luz, e o que não veio pode estar perdido. Sua maior lição para o futuro será o repúdio a toda forma de obscurantismo.



A seguir, lê-se, no mesmo ambiente tenebroso:

Houve acordo para apurar esquerda, diz ex-ministro

Para Jobim, acerto para comissão previu investigação sobre luta armada. Ex-secretário de Direitos Humanos nega ter aceito condição proposta durante negociações da lei


DIÓGENES CAMPANHA

DE SÃO PAULO


A Comissão da Verdade, que será instalada hoje (quarta-feira), colocou em contradição dois ex-ministros que participaram das negociações para a criação do órgão.


A missão do grupo (sic) é investigar violações de direitos humanos cometidas entre 1946 e 1988 e seu foco inicial serão eventos ocorridos durante a ditadura militar (1964-1985).


O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, que deixou o cargo em 2011, disse que o acordo que viabilizou a criação da comissão previa que ações da esquerda armada também seriam investigadas.


“Esse foi o objeto do acerto na época da redação do texto da lei [que criou a comissão]“, disse à Folha.


Ele afirma que discutiu o tema com o então ministro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Paulo Vannuchi, e que ficou acertado que seriam apuradas violações de direitos humanos “em todos os aspectos”.


“A comissão não tem o objetivo de punir ninguém”, afirmou Jobim. “É um levantamento da memória, então tem que ouvir todo mundo.”


Vannuchi negou ter feito acordo com Jobim para que a comissão investigasse ações da esquerda também. “Reajo com indignação à declaração dele”, disse. “Em 2010, eu chamava a ideia de bilateralidade sugerida por Jobim de monstrengo jurídico.”



O amigo navegante há de se lembrar que o Ministro Nelson Johnbim foi devidamente defenestrado pela Presidenta, porque achou que governava o Ministério da Defesa como um Estado Autônomo.
O amigo navegante deve lembrar que o Nelson Johnbim deu-se ao desplante de ir ao embaixador americano falar mal da política externa do Governo a que servia.
Foi o que mostrou o WikiLeaks.
(O mesmo WikiLeaks que mostrou o Cerra a entregar o pré-sal à Chevron.)
O amigo navegante também se recorda que o Ministro Johnbim era suspeito de vazar informações para a Folha (*).
Inclusive, para detoná-lo, teria vazado a versão inicial do projeto de Comissão da Verdade.
Afortunadamente, o Ministro Johnbim não manda mais nada.
Só se for na Folha (*).
Portanto, o seu “monstrengo jurídico” não tem nenhum efeito prático.
A Comissão está instalada.
E, pelo jeito, o único a favor do “monstrengo jurídico” é o Ministro tucano Dias, que, por sinal, foi desautorizado pelo Farol de Alexandria.
Farol esse que nomeou os três ministros: Johnbim, o tucano Dias e Gilmar Dantas (**).
Um legado incomensurável !
Como diz o Mino Carta do Rubert Civita: o Farol carrega o Escuromatic.
Quando acende faz-se a treva.
Como os editoriais da Folha (*).




Paulo Henrique Amorim
"Seu Frias" volta a escrever editoriais


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

1) DELTA: 'VEJA' SABIA. 2) CACHOEIRA E DEMÓSTENES: O CASAL GURGEL SABIA. 3) POR QUE OCULTARAM?

 

Morre Fuentes: a paixão pela palavra e pela América Latina: leia o texto de Eric Nepomuceno. nesta pág**GRÉCIA : COMEÇOU A CORRIDA AOS BANCOS: retiradas de 890 milhões de euros tornam ainda mais  vulnerável o sistema bancário grego; sem ajuda de  liquidez do BCE, podem quebrar ** novas eleições, possívelmente em 17 de junho, podem dar vitória à esquerda que rejeitará os termos do arrocho imposto pelos credores**Contágio: ruptura grega provoca efeito dominó na zona do euro** investidores se perguntam 'quem será o próximo?** dinheiro arisco exige juros insustentáveis  para continuar financiando Espanha, Itália, Portugal, Irlanda etc**dólar sobe no Brasil e Bolsas caem no mundo
 
A Veja queria flagrantes para incriminar o ex-ministro José Dirceu em operações com a Delta.  Em 11 de maio de 2011 o editor da revista, Policarpo Jr, encomendou 'provas' de uma suposta parceria entre Dirceu e a Delta a Cachoeira; mas os 'repórteres especiais' lhe informaram que as premissas da 'pauta' eram furadas. Ou seja, a Veja sabia --sempre soube?-- das ligações criminosas entre a Delta e o grupo de Cachoeira, mas fez vistas grossas para esse lado da lua: sua prioridade era atacar o PT. (Leia a reportagem exclusiva de Vinicius Mansur, em Brasília, com relatos das reuniões de pauta entre a quadrilha e a revista; nesta pág). Policarpo se frustra. Três meses depois, a quadrilha se redime junto a seu editor: quadrilheiros operaram 'flagrantes' de reuniões entre o ex-ministro e integrantes do PT e do governo em um hotel, em Brasília. Título de capa da revista: 'O poderoso Chefão'.  As estripulias cometidas por esse condomínio de emoções, crimes & matérias especiais poderiam ter sido evitadas três anos antes. Em setembro de 2009 a Polícia Federal apresentou à Procuradoria Geral da República provas do vasto repertório de ilícitos cometidos pelo grupo. Os dados da 'Operação Vega' foram desconsiderados pelo procurador geral, Roberto Gurgel, que encarregou a esposa, a subprocuradora Claudia Sampaio, de informar a decisão ao delegado da PF, Raul Alexandre Souza, responsável pela 'Vega'. Hoje ela alega que o engavetamento foi solicitado pelo próprio delegado. Em nota, a Polícia Federal diz que a subprocuradora mente.  (LEIA MAIS AQUI)

Cachoeira: “O Policarpo, ele confia muito em mim, viu?”

Ligação interceptada pela Operação Monte Carlo fornece mais indícios sobre a proximidade do esquema do contraventor Carlos Cachoeira e a revista Veja. Esta ligação, na qual Cachoeira relata encontro com Policarpo Júnior, já havia sido divulgada pela imprensa, porém, omitiu-se a maior parte dela. De acordo com o bicheiro, o editor da Veja queria sua ajuda para provar que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, havia ajudado a Delta a “entrar em Brasília” durante a gestão do ex-governado do Distrito Federal, José Roberto Arruda.

Brasília - Uma conversa telefônica entre o contraventor Carlos Cachoeira e do então diretor da construtora Delta no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, interceptada às 14:43 do dia 10 de maio de 2011 durante a Operação Monte Carlo da Polícia Federal (PF), fornece mais indícios sobre a proximidade da quadrilha investigada e da revista Veja.

Trechos desta gravação já foram divulgados pela imprensa há quase um mês atrás, entretanto de forma seletiva, como fez esta reportagem do G1 . Nela, o veículo destaca apenas o trecho em que Cachoeira diz a Claudio Abreu que "plantou" na imprensa – sem citar o nome da revista e do jornalista - informações contra o ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot:

"Eu plantando em cima dele igual o que eu plantei do Pagot aquela hora. Ele anotou tudo, viu. Tá uma beleza agora. O Pagot tá (...) com ele".

Entretanto, no áudio da conversa, ao qual a reportagem de Carta Maior teve acesso, Cachoeira relata ao ex-diretor da Delta outros assuntos tratados com o editor da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, em encontro realizado horas antes.

De acordo com o bicheiro, o editor da Veja queria sua ajuda para provar que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, havia ajudado a Delta a “entrar em Brasília” durante a gestão do ex-governado do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Policarpo ainda teria afirmado que o acordo foi fechado em uma reunião em Itajubá e que estaria atrás de um flagrante da entrega de “dinheiro vivo”. Por sua vez, Cachoeira teria dito a Policarpo que “não existiu essa reunião”.

Cláudio afirmou que as informações eram “furadas”:

“Na hora que eu estiver com você eu vou te contar porque o nosso chefe teve uma vez só com o cara, vou te contar como e porque que conhece o cara, tem nada a ver com a gente.”

Perguntado por Cláudio se Policarpo iria “alivar”, Cachoeira respondeu que o editor da Veja “não alivia nada, mas também não te põe em roubada”. Duas frases do contraventor, pouco depois, tranqüilizam o diretor da Delta:

“Garanto pra você que ele esqueceu.”

“O Policarpo, ele confia muito em mim, viu?”


De fato, nada foi publicado pela Veja neste sentido até então.

Antecedentes
No final de semana anterior, a revista Veja publicou a reportagem “O segredo do sucesso”, assinada por Hugo Marques, relacionando o crescimento da empresa Delta com os serviços de consultoria de José Dirceu.

Os documentos da operação Monte Carlo revelam que desde o dia 7 de maio a quadrilha de Cachoeira trocava telefonemas, preocupada com a reportagem, e discutia estratégias. Em uma ligação no dia 8 de maio, às 19:58, Cachoeira disse a Cláudio Abreu que o senador Demóstenes Torres trabalharia nos bastidores do Senado para abafar a reportagem.

Em outra ligação, no dia 11, às 09:59, Idalberto Matias de Araujo, o Dadá, tido pela PF como braço direito de Cachoeira, conta ao bicheiro que conversou com o repórter da Veja, Hugo Marques, que lhe revelou que o alvo de sua reportagem era “Zé Dirceu e não a Delta”.

Sobre Lula
Outro indício da proximidade entre o esquema de Cachoeira e a revista Veja está no final da gravação iniciada às 14:43 do dia 10 de maio de 2011.

Cachoeira e Cláudio Abreu citam um homem apelidado de “Lula” que não seria bem visto por Policarpo e “não entra bem na Veja”:

“Não sei se é uma boa deixar, utilizar ele dentro da Veja não. É só entrar, é tran...(ligação cortada) ...é...”

Pela análise dos documentos da operação Monte Carlo, o Lula com o qual integrantes do esquema de Cachoeira mantiveram contato é Luís Costa Pinto, também citado como “Lulinha” em outros trechos da investigação. Ele já trabalhou no Jornal do Commercio, na Revista Veja, O Globo, Folha de São Paulo, Correio Braziliense e Revista Época. Há alguns anos passou a se dedicar à atividade de consultoria privada de comunicação e análise política.

Em 2010, Luís Costa Pinto coordenou a comunicação e a formulação de estratégia da campanha de Agnelo Queiroz (PT) ao governo do Distrito Federal.

Escute aqui o áudio

Leia a transcrição aqui:

Claudio: Oi

Cachoeira: Claudio, pode falar aí?

Cláudio: Fala

Cachoeira: Aquela hora eu tava com Policarpo, rapaz, antes do almoço ele me chamou para conversar. Mil e uma pergunta, perguntou se a Delta tinha gravação, defendi pra caralho vocês, viu. Mas não fala para o Lula não.

Cláudio: Tá, pode deixar. Quem chamou?

Cachoeira: Policarpo, po. Aquela hora que você me ligou, você lembra que eu te fiz umas perguntas do Pagot? Enfiei tudo no rabo do Pagot, aquela hora o Policarpo tava na minha frente.

Cláudio: Ah ta. Mas eu não ia falar pro Lula que tava com você.

Cachoeira: Fiquei com medo de você falar, por isso que eu não falei que ia ta com ele. Que ele ia almoçar com o Lula, então o Lula ia falar pra ele, e eu não gosto, gosto disso preservado, (ininteligivel).

Cláudio: Pois é, o...(ininteligível, parece “segredo”) cê falou pro Policarpo?

Cachoeira: Não, moço. Mil e uma histórias, me contou. Rapaz, falei “vocês erraram, Zé Dirceu não tava”. “Tem sim e eu to atrás de uma coisa só, ô Carlin”, é... teve uma reunião em Itajubá do Fernando com o Zé Dirceu e o Arruda, os três juntos,viu? Itajubá. Foi aí que fechou para Delta entrar em Brasília. Foi pedido. O Zé Dirceu pediu para o Arruda para o Fernando entrar em Brasília.

Cláudio: Ah... Essa informação ta totalmente furada, eu conheço bem a história. Não tem nada disso, cara. O que é? Esses caras tão indo por um caminho que tem nada a ver. A hora que eu encontrar com você eu vou te contar porque a relação, vou te falar.

Cachoeira: Cê me fala depois, mas não fala para ninguém que eu to conversando com...eu posso ajudar demais, mas por fora ta? Eu plantando em cima dele igual o que eu plantei do Pagot aquela hora. Ele anotou tudo, viu. Uma beleza agora, Pagot ta fudido com ele.

Cláudio: Pois é, pô. E vai sair mais alguma coisa?

Cachoeira: Ele ta, o Lula, mas num fala pro Lula não, mas o Lula deve contar a mesma história, ta? Essa de Itajubá. E com o Lula quem marcou não foi o... Júnior, Policarpo, o Lula que ligou para ele para marcar o almoço.

Cláudio: Uai, quem que marcou o almoço deles?

Cachoeira: O Lula ligou para o Policarpo para marcar. Você tinha me falado que o Policarpo que ligou pro Lula.

Cláudio: Ah, sei lá. Mas hein, me fala uma coisa aqui. O cara vai aliviar pra cima da gente?

Cachoeira: Não, não fala que eu te falei ta? Mas a história ta em cima de Itajubá, ta na reunião, que aquilo lá já deu, esquece ô Claudio, esquece, falei mil e uma coisa. É perguntou se tinha fita, a história que ta lá na Veja, sabe até o local que foi, o encontro do pessoal do Agnelo com o Fernando, é... que foi gravado dando dinheiro vivo. Eu falei “ô Policarpo, você acredita mesmo nisso?” Ele: “acredito”. Então, “pelos meus filhos eu to falando pro cê, não existiu essa reunião, esqueça, esqueça”, entendeu?

Cláudio: Pois é, ta vendo como as informações são furadas. Na hora que eu estiver com você eu vou te contar porque o nosso chefe teve uma vez só com o cara, vou te contar como e porque que conhece o cara, tem nada a ver com a gente, tem nada a ver.

Cachoeira: E ele tem tanta confiança em mim que é (inintelígivel) verdade, sabe, minha pra ele, que eu sei que é um cara que, tipo assim: o Policarpo é o seguinte, ele não alivia nada, mas também não te põe em roubada, entendeu? Eu falei, eu sei, ó: “inclusive vou te apresentar depois, Policarpo, o Cláudio, eu sou amigo”, eu falei que era amigo do cê de infância. “Então, ele trabalha na sua empresa”, falou assim, “vai me contar que você tem ligação com ele”. Sabia de tudo. “Eu não vou esconder nada de você não, Policarpo, o Cláudio é meu irmão, rapaz”. “Agora, eu te falo que não tem nenhuma ordem, eu lido com isso 24 horas, eu nunca ouvi falar dele na empresa lá, e o cara sabe de tudo, ligação com Zé Dirceu. Esqueça”. Aí ele virou e falou assim “enfim, então, isso aí você não sabe, foi numa reunião em Itajubá’, entendeu?

Cláudio: Ham, pode falar para ele também esquecer isso aí, esquecer, esquece, cara. Vou te contar depois. É...

Cachoeira: Mas a história é essa, viu, o cara veio doidinho atrás da fita onde tava o Fernando dando dinheiro pro povo do Agnelo, foi filmado, (inteligível) a história até ele falou diferente, outra história.

Cláudio: Mas esqueça isso, tem nada disso não.

Cachoeira: Cê me garante? Eu “garanto, rapaz”. Você confia nele? “Confio”. Garanto pra você que ele esqueceu. Mas ele veio sequinho falando que aquilo era a verdade.

Cláudio: Pois é, ta vendo, ele contava um negócio desse aí, porque o cê mesmo sabe qual que é a verdade. Aí o cara falando dessa história, sabe até o local onde foi nós com o Agnelo, ta vendo? Tem nada a ver, porra.

Cachoeira: Ele falou que tem uma fonte aí que falou isso para ele, mas isso é fonte falsa, fonte furada, ô, ô, esqueça isso, tá bom? O Policarpo, ele confia muito em mim, viu? Vô ter que mostrar a mensagem que ele mandou antes, 10 horas da manhã para mim encontrar aqui em Brasília, eu tava aqui fui me encontrar com ele. Aí vou te mostrar depois, mas aí ele não pode saber que eu falei isso pro cê não, ta? Guarda aí, nem o Lula, não conta pro Lula não, se não o Lula acaba espalhando.

Cláudio: Tá. Cê quer encontrar com o chefe?

Cachoeira: Não, com o governador?

Cláudio: Com o Fernando, pô.

Cachoeira: Precisa não, fala pra ele que nós tamo olhando tudo, ta? Outra coisa, eu não senti que o (corte na ligação) gosta muito do Lula não, ta?

Cláudio: É né?

Cachoeira: O Lula, eu to descobrindo umas coisas aqui, o Lula manda muito no Correio Braziliense, viu? Entra. Entra no Correio, sabe tudo. Então, a Veja, assim, um pé atrás com ele, né? Ele atacou a Veja uma época aí. Você sabe da história, então? Ele não entra bem na Veja não, viu? Não sei se é uma boa deixar, utilizar ele dentro da Veja não. É só entrar, é tran...(ligação cortada) ...é...?

Cláudio: Ta ok. Ta ok.

Cachoeira: Policarpo mesmo não é muito fã não, mas não fala que eu te falei isso não, nem pro Fernando, ta?