Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

terça-feira, 6 de maio de 2014

“Sincericídio” de Aécio e Eduardo permeará o debate eleitoral


PSDB, PSB, suas respectivas militâncias e a mídia tucana andam eufóricos com pesquisas eleitorais esquisitas, feitas para produzir números favoráveis àquele que este Blog sempre disse que seria o candidato dessa mídia (Aécio Neves). Os mais afoitos já dão até como certo que a eleição acabou e o tucano já se elegeu presidente.
Há, também, os que veem maior potencial em Eduardo Campos, que teria mais possibilidades de crescer por ser “desconhecido”, como se um candidato se fazer conhecer tivesse que ser necessariamente positivo para ele, quando, muitas vezes, quanto mais conhecido um candidato for menos aceito ele será.
Aliás, vale lembrar que Aécio também está no mesmo processo de se tornar conhecido em que está Eduardo. E é aí que a situação se complica para ambos.
Não vale tratar dos boatos sobre a vida íntima de Aécio, por exemplo. Não é por aí que se deve atuar. Boatos sobre a vida pessoal de um candidato são armas que podem ser usadas contra qualquer lado. É melhor se ater à natureza político-ideológica de cada um.
Nesse aspecto, começa a ganhar fôlego o que está sendo chamado de “sincericídio” de Aécio e Eduardo, que vêm dando palestras a empresários para lhes afiançar que, se eleitos, não hesitarão, “como Dilma”, em adotar “medidas impopulares” ou “amargas”.
Em pronunciamento recente, Dilma Rousseff não perdeu a chance de dizer que seu governo nunca cogitou – nem vai cogitar – adotar medidas “impopulares” ou “amargas”.
Há uma grita muito grande da elite brasileira contra um fenômeno que decorreu da eleição de Lula em 2002 e que vige até hoje: o Estado brasileiro deixou de empurrar para o povo o custo de crises econômicas internas ou externas.
Preço da gasolina, preço da eletricidade, retração econômica causada pela maior crise econômica mundial da história, que pôs os países ricos de joelhos ao custo de MUITO desemprego e queda da renda. O fato é que o cidadão brasileiro não sentiu nada disso.
Recentemente, o ex-diretor do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Marcelo Neri, recém-empossado como ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE), deu uma declaração pública que merece ser lida:
O Brasil está ficando mais próspero e mais igual, menos desigual, então estas são as duas tendências mais fortes, a tendência a prosperidade. Apesar de alguma desaceleração econômica, a renda do brasileiro continua crescendo, o mercado de trabalho, etc. E dois, os brasileiros de menor renda, sejam eles mulheres, afrodescendentes, pessoas que moram na periferia, que moram em cidades do nordeste, pessoas de baixa educação, etc., todos eles estão tendo um crescimento acima dos outros grupos tradicionalmente incluídos”.
O que Neri diz é um fato perceptível a olho nu: quanto mais pobre, maior tem sido o progresso do cidadão brasileiro ao longo dos últimos dez anos. Essa foi a escolha dos governos Lula e Dilma, uma escolha que jamais havia sido feita por qualquer governo brasileiro. Mas é uma escolha que provocou a ira daqueles que enriqueceram graças ao Estado jogar sobre o povo os custos das sucessivas crises (internas e externas) que os países experimentam.
Um dos exemplos do que está em jogo na eleição deste ano é a questão salarial. Empregar alguém no Brasil, hoje, é diferente do que sempre foi em países subdesenvolvidos, nos quais os salários sempre foram depreciados pela baixa oferta de postos de trabalho. Assim, preservar e, mais do que isso, ampliar a oferta de empregos significa simplesmente encarecer o custo da mão-de-obra.
Ora, tanto Aécio quanto Eduardo prometeram, em encontros com empresários, pôr fim a essa situação que os está obrigando a pagarem salários que há uma década seriam impensáveis.
Aliás, a melhora dos salários no Brasil foi tão intensa, na última década, que hoje até a categoria mais frágil, historicamente – qual seja, a dos empregados domésticos –, passou a ganhar até bem em comparação com o passado, ainda que não tão bem quanto nos países desenvolvidos, nos quais não se aceita que trabalhos braçais sejam pagos com esmolas.
A desculpa do grande empresariado para pedir mais desemprego é a de que salários altos, poder aquisitivo maior para a massa gera inflação. É mentira. Não gera. A inflação no Brasil está controlada. Há uma década que o país cumpre as metas de inflação todo ano, à diferença do que ocorria antes…
Basicamente, um país em que andar de avião, pôr filhos na faculdade, comprar bugigangas eletrônicas, enfim, um país com um mercado de consumo de massas demanda investimentos e profissionalização de um empresariado acostumado a lucrar apesar da própria ineficiência.
É mais fácil explorar um mercado pequeno com altos lucros. Essa é a mentalidade do grande empresariado brasileiro. Qualquer pessoa do mundo dos negócios sabe que essa é a mentalidade de nossos mega empresários.
Eis que surgem não um, mas dois candidatos a presidente dispostos a remeter o país ao passado, e que reconhecem isso por acreditarem que, para vencer a eleição, têm que se vender aos grandes empresários – venderem-se no sentido de serem aceitos; não se faz, aqui, uma acusação, por mais que não saia da cabeça.
Aécio e Eduardo, nesses encontros com empresários, tiveram que cometer o que está sendo chamado de “sincericídio”, ou seja, um excesso de sinceridade que pode mostrar ao povo o que está em jogo em 2014.
Esse fato político, aliás, está preocupando muito a direita midiática. No dia em que este texto foi escrito, uma das colunistas usadas pelo PSDB contra os adversários – Eliane Cantanhêde, da Folha de São Paulo – abordou e até citou o “sincericídio” de Aécio e Eduardo.
Veja, abaixo, a coluna de terça-feira 6 de maio de um exemplar dos jornalistas que se dizem “isentos”. Alguém que há uma década escreve quase todo dia na Folha de São Paulo e, sempre que escreve, é contra o PT e a favor do PSDB.
Como se vê, passou recibo. Isso porque essa é a grande discussão que o PT levará à campanha eleitoral. O brasileiro será alertado para um fato que não poderá negar, de que tem hoje um governo que o preserva das crises internas ou externas.
Do lado dos neoliberais, esses seres que acham que tudo deve se autorregular – menos eles ao terem problemas, quando jogam seus dogmas no lixo e batem à porta do Estado –, não se pode empurrar para cada grupo social o seu quinhão proporcional do custo de uma crise; o empresariado tem sempre que sair ganhando, do contrário não investe.
É uma chantagem que uma década de PT no poder revelou que é também um blefe, porque se um empresário não investe porque quer moleza basta buscar outro interessado em aproveitar oportunidades dentro das regras do jogo vigentes. Ou seja: esse cartel empresarial que ou é mimado ou se retrai não passa disso, de um cartel. Mas nunca é o todo.
Por uma década, o Brasil tem sido “avisado” de desastres que sobreviriam caso o interesse dos mais ricos em não pagarem sua parte da conta não fosse contemplado, mas a experiência pessoal de quase 200 milhões de brasileiros mostra que não é bem assim; o desastre nunca sobreveio e já são dez anos de vaticínios fatalistas.
Aos oposicionistas animadinhos com essas pesquisas fajutas, pois, sugere-se que não se animem tanto. Hoje, só eles falam através da mídia. Dilma, quando tenta responder aos adversários por meios oficiais – como no recente pronunciamento –, vê-se constrangida por ameaças judiciais dos adversários.
Funciona assim: a oposição tem todo espaço que quiser na mídia para expor suas teses antigovernistas e hordas de bonecos de ventríloquo – ditos “colunistas” e “editorialistas” – para lhe darem razão, mas o governo não pode responder pelo meio que lhe resta. Dessa forma, estamos vendo uma campanha eleitoral em que só um dos lados fala.
Mas logo chega agosto e começa o horário eleitoral, quando todos falam e a mídia tem que opinar menos, tem que fazer menos política. Além disso, o governo Dilma parece que já percebeu que se aceitar esse jogo vai se colocar em forte desvantagem. E partiu para a discussão que interessa ao país.
Aqui vai um vaticínio, pois: será impossível fugir desse debate.
Cantanhêde diz, em sua coluna supra reproduzida, que, seja quem for o presidente eleito neste ano, terá que adotar “ajustes impopulares”. Balela. Há dez anos que os governos petistas recusam esses “ajustes” que, na verdade, nada mais são do que empurrar a conta ao mais fraco. Dilma não fará, ano que vem, o que não fez nos anteriores.

Padilha: falta de água em SP foi irresponsabilidade O Padilha vem aí, de jaleco branco !

O candidato ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, participou hoje (06) de sabatina na Folha (*).

Os entrevistadores – da própria Folha, do SBT, do UOL e da Jovem Pan – abordaram temas como metrô, PCC, desmilitarização da Polícia, recepção aos haitianos e Segurança Pública.

O Conversa Afiada, por sua vez, prefere enfatizar a falta de água em São Paulo:


Josias de Souza – Um leitor lembra que no plano federal a água foi um problema. Transformamos um período de estiagem em consumo. O governo federal também não se planejou?
Alexandre Padilha – A diferença é gritante. A cidade de Guarulhos tem 400 litros de recursos a menos desde fevereiro. Você não vê uma situação como essa no país. Fizeram quilômetros de linhas de transmissão. Aqui em São Paulo já tem redução. Desde dezembro, Campinas recebe menos água. Se eu fosse governador já teriam sido executadas as obras, que estão há dez anos paradas. O racionamento já existe em São Paulo. Campinas desde dezembro e Guarulhos desde fevereiro estão com redução de água. Bairros da capital paulista já sofrem com redução, além de Osasco (Grande SP). O Estado assumiu responsabilidade, mas nenhuma obra saiu do papel para reduzir a dependência de Cantareira. Desde 2004, é um tema persistente. Aloizio Mercadante, quando candidato, pautou esse tema. A ANA (Agência Nacional de Água) de SP apontou, em 2004, que precisava realizar obras para evitar a dependência do Cantareira.


Patrick Santos – Mas o sr. não acha falta de ética usar o racionamento na eleição?
Alexandre Padilha – Estou falando que o racionamento já existe. Falta de ética é cortar água de Campinas (SP), Osasco (Grande SP) e bairros da capital paulista e dizer que não há racionamento. Falta transparência. Nós paulistas, queremos ser polos dinâmicos.

(Repare, amigo navegante, como o PiG (**) tenta jogar tudo no colo do Governo Federal – nota do C Af)

Marcos Fernandes, de Taubaté – O sr. é favorável à transferência de água do rio Paraíba do Sul para o sistema Cantareira?
Alexandre Padilha – Qual é a grande precariedade dessa proposta, feita pelo governador: é tirar água de um lugar que tem o mesmo regime de águas do sistema Cantareira. É preciso fazer um regime de obras em outras áreas.


Patrick Santos Onde arrumar dinheiro para essas obras?
Alexandre Padilha – Só a Sabesp lucrou R$ 2 bilhões. Se ela tivesse investido todo esse dinheiro nas obras que precisavam ser feitas, isso não estaria acontecendo. A Sabesp foi irresponsável. Com a questão da água, com investimento em seu próprio patrimônio e com seus acionistas.

(…)


Leia a íntegra da sabatina com Alexandre Padilha no site da Folha (*).



Clique aqui para ler “A seca seletiva do PiG (**)”


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.




A seca seletiva do PiG (*)

PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA- GLOBO, FOLHA, ESTADÃO,ABRIL-VEJA, ETC.......... (GRIFO, OPEDEUTA)

Fernando Brito: a imprensa brasileira tem um nível mais baixo que o do Cantareira, que já está abaixo dos 10%.


O Conversa Afiada reproduz artigo de Fernando Brito, extraído do Tijolaço:

A seca seletiva da imprensa brasileira



A crise da água em São Paulo não está sendo coberta pela imprensa.

Está sendo encoberta, isso sim.

Pergunto se o distinto amigo e a querida amiga viu uma reportagem sequer, acompanhada das fotos correspondentes, sobre as “obras”  que vão permitir o bombeamento da água do fundo das represas do Cantareira, viu?

Para não dizer que não houve nenhuma, houve uma, mostrando dois tratores limpando uma área junto à represa do Atibaia.

Nada mais.

Hoje, o Cantareira deve amanhecer com apenas 9,8% de sua capacidade, já que os 10% de ontem são apenas obra do “arredondamento” feito pela Sabesp. O relatório da Agência Nacional de Águas  já apontava 9,9%.

O maior reservatório, Jaguari-Jacareí, está reduzido a 2,5% de seu volume.

2,5%, isso mesmo.

Vou dar os números, que são públicos e acessíveis pela internet.

Em 31 de janeiro, o Cantareira tinha 217 bilhões de litros de água.

Ao fim de fevereiro, 160 bilhões.

Terminou março com 127 bilhões  de litros.

Hoje, tem 96 bilhões de litros, mesmo com toda a economia compulsória que descontos e multas impõem aos consumidores mais pobres.

Isto – ao lado da melhoria das chuvas em março e abril – permitiu baixar de 40 para 30 bilhões de litros a perda mensal do sistema.

Este mês a situação será pior e o esvaziamento vai superar os 40 bilhões de litros, como em fevereiro, mesmo com a vazão de saída reduzida.

Precisa de máquina de calcular?

Se tudo der certo, o bombeamento inédito leva a água até novembro. Claro, se o outro sistema que foi mobilizado para socorrer o Cantareira – o Alto Tietê – aguentar a sobrecarga.

E chega-se ao período de chuvas “devendo” nada menos que 180 bilhões de litros de água para que ela volte ao nível das comportas, sem exigir bombas.

Se as chuvas voltarem com força, o cenário em 2015 será igual ao de hoje.

Mas o distinto amigo e a lúcida leitora leem todos os dias previsões catastróficas sobre a…falta de luz iminente.

A capacidade aproveitada do armazenamento de água nas hidrelétricas é, entretanto, quatro vezes maior do que a do Cantareira.

Era, no domingo, de 42,5%, somando todo o Sistema Interligado Nacional. Angra I, parada desde fevereiro para manutenção programada, está sendo progressivamente (como é normal em geradoras) religada desde o final de semana. A pior situação, a do Sudeste, está em 38,8%.

Não é uma questão de torcer por uma “seca federal” ou uma “seca estadual”, porque as pessoas e a economia precisam de luz e água.

Nem de que haja uma seca em São Paulo e abundância de águas no resto do Sudeste.

O Brasil foi advertido em 2001 da fragilidade de seu sistema e São Paulo o foi na seca de 2004.

Não se discute a sua justeza, mas o fato é que só temos uma situação elétrica insegura porque Belo Monte foi atrasada pelas questões ambientais, do contrário estaria gerando hoje quase um quarto de nossas necessidades elétricas, com o período chuvoso do Norte do país.

Em São Paulo, nem sequer discutimos questões ambientais, pelo simples fato de que não se fez nada ou quase nada em matéria de melhoria do sistema de abastecimento.

Onde o amigo ouviu isto ser debatido na imensa “cobertura” que tem a crise na geração de energia?

A imprensa brasileira tem um nível mais baixo que o do Cantareira, já disse isso aqui.

E é tão turva quanto as águas do “volume morto”  de seus reservatórios.



Clique aqui para ler “Alckmin, não é rodízio. É r-a-c-i-o-n-a-m-e-n-t-o”.

E aqui para ler “Racionamento em São Paulo tem culpado: P-S-D-B”.


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

“Farsantes da direita disseminam ódio no País”

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Em entrevista ao 247, Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, reage aos posicionamentos de Arnaldo Jabor, que diz que o Brasil está "com ódio de si mesmo" e que, por isso, "é preciso tirar do poder esses caras", e de Marco Antonio Villa, que prevê a morte do PT e do ex-presidente Lula; segundo Cantalice, "quem está disseminando ódio não são as forças de esquerda, mas as forças conservadoras, que querem manter seus privilégios"; sobre a teoria do historiador, o petista acredita não ter o "menor cabimento", uma vez que o partido cresce a cada eleição; "Quem está morrendo é a mídia impressa, que usa espaço para esse tipo de colunista pseudo pitbull para poder fidelizar um eleitor que já é conservador por excelência"
6 de Maio de 2014 às 14:15

Gisele Federicce, 247 – As teses de Arnaldo Jabor e Marco Antonio Villa sobre o Brasil e o PT foram rebatidas horas depois nesta terça-feira 6 pelo vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, Alberto Cantalice, em entrevista ao 247. Para Cantalice, que é responsável pela área de mídias sociais no partido, o cineasta e comentarista da Globo e o historiador "são dois farsantes". Em artigos na imprensa, Jabor afirma que o País está "com ódio de si mesmo" e que, por isso, "é preciso tirar do poder esses caras" (leia aqui). Já Villa prevê a morte do PT e de Lula nas eleições de outubro (leia aqui).

"Quem está disseminando ódio não são as forças de esquerda, se você acompanha as redes sociais, vê que quem dissemina ódio são as forças conservadoras, que querem manter seus privilégios, que se opõem a tudo o que é popular, contra Bolsa Família, contra Mais Médicos, programas sociais, esses é que são os responsáveis por esse estado de coisas que estão acontecendo", opina Cantalice. Para o petista, os dois colunistas "estão perdendo prestígio, já não são aqueles formadores de opinião", mas sim "deformadores de pensamento da opinião pública".

Em seu manifesto, Arnaldo Jabor, a quem Cantalice chama de "cineasta decadente, que abandonou o ofício para fazer esse tipo de comentário no Jornal da Globo", diz que ônibus queimados, presos decapitados, crianças assassinadas por pais e mães, como o menino Bernardo, são fruto de um mesmo fenômeno, cuja culpa é do Partido dos Trabalhadores. "A chegada do PT ao governo reuniu em frente única os dois desvios: a aliança das oligarquias com o patrimonialismo do Estado petista. Foi o pior cenário para o retrocesso a que assistimos", diz ele.

Sobre a tese de Marco Antonio Villa, o vice-presidente do PT acredita que "não tem o menor cabimento", uma vez que o partido vem crescendo "ano após ano" nas eleições. "O Lula é o maior líder político do País e do PT em particular, tem uma visão de Brasil que ninguém tem. O PT é o único partido no Brasil que tem a preferência de mais de dois dígitos da população, de 25% a 30%. Como é que está morrendo? Quem está morrendo é a mídia impressa, que usa espaço para esse tipo de colunista 'pseudo pitbull' para poder fidelizar um eleitor que já é conservador por excelência".

Em artigo no jornal O Globo, Villa festeja hoje o fracasso do PT em outubro. "A derrota na eleição presidencial não só vai implodir o bloco político criado no início de 2006, como poderá também levar a um racha no PT", antevê. Segundo ele, "as imposições de 'postes', sempre aceitas obedientemente, serão criticadas. Muitos dos preteridos irão se manifestar, assim como serão recordadas as desastrosas alianças regionais impostas contra a vontade das lideranças locais. E o adeus ao PT também poderá ser o adeus a Lula".