Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

PESQUISADORA APONTA ‘ÓDIOJORNALISMO’ DA VEJA

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Merval e Jabor pressionam: tem que ser Marina

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Poucas horas depois de um acidente trágico, que vitimou Eduardo Campos, dois colunistas da Globo assumiram o lobby para que Marina Silva seja candidata à presidência da República pelo PSB; "ela assume um protagonismo natural nessa tragédia", disse Merval Pereira, na CBN; Arnaldo Jabor foi ainda mais explícito, na mesma emissora: "Não acredito que o PSB seja tão burro a ponto de não indicar Marina"; escute os áudios

247 – Os comentaristas da Globo Merval Pereira e Arnaldo Jabor assumiram o papel de defensores de Marina Silva como candidata, depois da tragédia que provocou a morte do candidato a presidente da República Eduardo Campos. A ex-senadora era candidata a vice na chapa do ex-governador de Pernambuco. Merval disse que "ela assume um protagonismo natural nessa tragédia". Jabor foi mais explícito: "Não acredito que o PSB seja tão burro a ponto de não indicar Marina".
"Muda completamente a campanha eleitoral, o cenário político brasileiro", comentou Merval sobre a morte de Campos, na rádio CBN. "Marina passa a ser a figura central nessa tragédia e ganha um protagonismo natural nessa tragédia. Já dá para dizer que ela é a indicada [a substituir Campos]", afirmou ainda o colunista.

"Tenho a impressão que o comando da campanha e desta nova opção política passa automaticamente para a Marina e a união da Rede e do PSB ganha uma nova história daqui pra frente", acrescentou. Segundo Merval Pereira, a sucessão presidencial "fica sem perspectiva diante de fatos tão trágicos" e a perda de Eduardo Campos "vai ter consequências profundas nessa campanha", em sua avaliação.
Já Arnaldo Jabor afirmou que "certamente" Marina será indicada pelo PSB nesse novo cenário eleitoral.

"Tem gente achando que vai prejudicar o [candidato do PSB], Aécio Neves, tem gente achando que vai prejudicar a [presidente] Dilma, tem gente achando que fará um segundo turno sem dúvida, porque a Marina certamente vai ser indicada pelo PSB, apesar de ter diferenças com o PSB, não acredito que o PSB seja tão burro a ponto de não indicá-la".

O comentarista comentou ainda que "estamos perplexos diante da imprevisibilidade das coisas", e acrescentou: "aliás, é até bom viver assim porque... não adianta ter certezas". Arnaldo Jabor disse que espera "que as eleições sejam justas, porque o Brasil está precisando de uma benção". O colunista aproveitou para criticar o PT, partido que, segundo ele, "está no poder e se agarra no poder como se o poder fosse a salvação da humanidade, quando na verdade é a salvação deles".

Ouça aqui o comentário de Merval Pereira.

E aqui o de Arnaldo Jabor.

terça-feira, 27 de maio de 2014

CONTRA O PT E A COPA, JABOR É AGORA O ANTI-NELSON

terça-feira, 6 de maio de 2014

“Farsantes da direita disseminam ódio no País”

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Em entrevista ao 247, Alberto Cantalice, vice-presidente do PT, reage aos posicionamentos de Arnaldo Jabor, que diz que o Brasil está "com ódio de si mesmo" e que, por isso, "é preciso tirar do poder esses caras", e de Marco Antonio Villa, que prevê a morte do PT e do ex-presidente Lula; segundo Cantalice, "quem está disseminando ódio não são as forças de esquerda, mas as forças conservadoras, que querem manter seus privilégios"; sobre a teoria do historiador, o petista acredita não ter o "menor cabimento", uma vez que o partido cresce a cada eleição; "Quem está morrendo é a mídia impressa, que usa espaço para esse tipo de colunista pseudo pitbull para poder fidelizar um eleitor que já é conservador por excelência"
6 de Maio de 2014 às 14:15

Gisele Federicce, 247 – As teses de Arnaldo Jabor e Marco Antonio Villa sobre o Brasil e o PT foram rebatidas horas depois nesta terça-feira 6 pelo vice-presidente do Partido dos Trabalhadores, Alberto Cantalice, em entrevista ao 247. Para Cantalice, que é responsável pela área de mídias sociais no partido, o cineasta e comentarista da Globo e o historiador "são dois farsantes". Em artigos na imprensa, Jabor afirma que o País está "com ódio de si mesmo" e que, por isso, "é preciso tirar do poder esses caras" (leia aqui). Já Villa prevê a morte do PT e de Lula nas eleições de outubro (leia aqui).

"Quem está disseminando ódio não são as forças de esquerda, se você acompanha as redes sociais, vê que quem dissemina ódio são as forças conservadoras, que querem manter seus privilégios, que se opõem a tudo o que é popular, contra Bolsa Família, contra Mais Médicos, programas sociais, esses é que são os responsáveis por esse estado de coisas que estão acontecendo", opina Cantalice. Para o petista, os dois colunistas "estão perdendo prestígio, já não são aqueles formadores de opinião", mas sim "deformadores de pensamento da opinião pública".

Em seu manifesto, Arnaldo Jabor, a quem Cantalice chama de "cineasta decadente, que abandonou o ofício para fazer esse tipo de comentário no Jornal da Globo", diz que ônibus queimados, presos decapitados, crianças assassinadas por pais e mães, como o menino Bernardo, são fruto de um mesmo fenômeno, cuja culpa é do Partido dos Trabalhadores. "A chegada do PT ao governo reuniu em frente única os dois desvios: a aliança das oligarquias com o patrimonialismo do Estado petista. Foi o pior cenário para o retrocesso a que assistimos", diz ele.

Sobre a tese de Marco Antonio Villa, o vice-presidente do PT acredita que "não tem o menor cabimento", uma vez que o partido vem crescendo "ano após ano" nas eleições. "O Lula é o maior líder político do País e do PT em particular, tem uma visão de Brasil que ninguém tem. O PT é o único partido no Brasil que tem a preferência de mais de dois dígitos da população, de 25% a 30%. Como é que está morrendo? Quem está morrendo é a mídia impressa, que usa espaço para esse tipo de colunista 'pseudo pitbull' para poder fidelizar um eleitor que já é conservador por excelência".

Em artigo no jornal O Globo, Villa festeja hoje o fracasso do PT em outubro. "A derrota na eleição presidencial não só vai implodir o bloco político criado no início de 2006, como poderá também levar a um racha no PT", antevê. Segundo ele, "as imposições de 'postes', sempre aceitas obedientemente, serão criticadas. Muitos dos preteridos irão se manifestar, assim como serão recordadas as desastrosas alianças regionais impostas contra a vontade das lideranças locais. E o adeus ao PT também poderá ser o adeus a Lula".

quarta-feira, 26 de junho de 2013

COLUNISTA DA FOLHA PEDE AUTOCRÍTICA DA MÍDIA

sexta-feira, 21 de junho de 2013

REDE GLOBO E OS PROTESTOS: OPORTUNISMO E AMBIGUIDADE

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Mídia marcha sem rumo diante das manifestações

Jornal do Brasil

Quanto mais forte e ágil a mobilização dos manifestantes que toma o país e chega até ao exterior, maior a perplexidade e as interrogações de autoridades do governo. A falta de uma liderança clara e a existência de uma pauta difusa de reivindicações se alia às ferramentas das redes sociais para consolidar uma onda de protestos imprevisível. A única certeza é a de que a indignação é generalizada e a população se identifica cada vez mais com o que acontece nas ruas.
Mas não são apenas governo e autoridades da segurança que parecem perdidos em meio às palavras de ordem dos ativistas. A própria mídia, com sua incurável mania de rotular e definir fenômenos sociais, atira a esmo, errando muitas vezes o alvo.
Jornal do Brasil, atento às tendências, decidiu abrir um canal direto com as mídias sociais criando o espaço "Tá nas redes" e mostrando como os ativistas estão se articulando. 
A gafe mais clássica talvez tenha sido a de Arnaldo Jabor. Semana passada, em sua crônica no Jornal da Globo, o comentarista questionou o protesto, comparando-o a manifestações criminosas de São Paulo. "Não pode ser por causa de vinte centavos", decretou, afirmando ainda que a maioria dos manifestantes era de classe média. "Tudo é uma imensa ignorância política. A causa é a ausência de causas. Esses revoltosos de classe média não valem nem vinte centavos", disparou precipitadamente para, na semana seguinte, após ser massacrado nas redes sociais, voltar atrás em sua coluna na rádio CBN: 
“Outro dia eu errei, sim. Errei na avaliação do primeiro dia das manifestações contra o aumento das passagens em São Paulo. Falei na TV sobre o que me pareceu um bando de irresponsáveis fazendo provocações por causa de 20 centavos. Era muito mais que isso”, admitiu.
Mas os erros não param por aí. Numa onda de protestos que já foi batizada como "Revolta do Vinagre", "Primavera Carioca" e até "Salad Uprising" (Revolta da Salada), não é difícil perceber que aprisioná-la numa única definição é uma tarefa inútil.
Contudo, as tentativas persistem. Em seu blog no site de O Globo, o jornalista Merval Pereira resume de forma imperativa: "Mesmo que as reivindicações sejam várias e muitos cartazes exibam anseios mal explicados ou utopias inalcançáveis, há um ponto comum nessas manifestações dos últimos dias: a luta contra a corrupção."
O jornalista Reinaldo Azevedo, da Veja, não ficou atrás. Hoje, em seu blog, disparou: "Movimento Passe Livre, chamado de pacífico por certa imprensa, se nega a condenar saqueadores e diz que eles são protagonistas de uma “revolta popular”. E ainda há gente que me pede para aplaudir essa gente! Não há a menor chance de isso acontecer!", escreveu para depois ser também atacado por ativistas que lembravam as inúmeras pautas de reivindicações que estão nas ruas.
No editorial de hoje da Folha de S. Paulo, intitulado Incógnita nas ruas, o texto destaca cenas isoladas de vandalismo e a mobilização da classe média, para concluir que "...como na marcha de muitas cabeças, em São Paulo, é difícil prever onde esse caudal irá desembocar. Nem os manifestantes sabem."
Já o Valor faz conjecturas financeiras, alertando que a economia não gosta de incerteza, que os protestos assustam os investidores e que a questão social pode entrar de vez no radar do mercado. 
Bem definiu o cientista político e professor da UFRJ Paulo Baía, em entrevista à GloboNews na noite de terça-feira: "Estamos diante de uma coisa nova. Quem tentar fazer comparações e definições estará cometendo um erro.
"

quarta-feira, 6 de março de 2013

Morto, Chávez é mais atacado do que quando estava vivo


COM A PALAVRA, O ROLA BOSTA :
Não se pode dizer que seja exatamente uma surpresa o fenômeno que passou a ser visto após o anúncio da morte de Hugo Chávez. Logo após esse anúncio, o título do texto aqui publicado já dizia que o venezuelano não morrera, mas que, antes, acabara de nascer – ou renascer –, agora como mito.
O fenômeno em tela é o de o ex-presidente, depois de morto, estar sofrendo um nível de ataques na mídia americanizada do Brasil – e nas de tantos outros países latino-americanos – que poucas vezes se viu quando estava vivo.
Foi surpreendente, porém, a virulência com que a edição do Jornal da Globo que foi ao ar entre a noite da última terça-feira e o começo da madrugada de quarta tratou o presidente recém-falecido.
O Jornal Nacional, poucas horas antes, fugiu de mostrar os avanços sociais na Venezuela durante a era Chávez, mas não enveredou pela hidrofobia sem limites que se viu no Jornal da Globo – telejornal destinado ao público que dorme e acorda mais tarde e que tem maior poder aquisitivo.
Abaixo, o texto hidrófobo lido pelo âncora do Jornal da Globo Willian Waack sobre um ser humano que acabara de perder a vida. Um texto desrespeitoso à Venezuela e à parcela esmagadora de seu povo que apoiou o ex-presidente até seu último suspiro e que continua apoiando, agora na figura de Nicolás Maduro, provável herdeiro político de Chávez.
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JORNAL DA GLOBO
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2013/03/hugo-chavez-morre-aos-58-anos.html
Willian Waack
5 de março de 2013
Hugo Chávez nunca reclamou quando o chamaram de caudilho, embora preferisse o título de comandante revolucionário. Como todo caudilho sul-americano, a revolução era ele.
O dono de um tal de socialismo bolivariano, que ninguém, nem mesmo Chávez, foi jamais capaz de explicar. Começou a carreira como muitos militares do continente, dando um golpe, descontente com políticos e elites tradicionais, que jamais, no caso da Venezuela, foram capazes de distribuir a grande riqueza do país: petróleo e energia.
Chávez fracassou na primeira tentativa de chegar ao poder, em 1992, mas não desistiu. Escolheu a marcha através das instituições formais da democracia como maneira de atacar a própria democracia, que, no entendimento dele, o caudilho bolivariano, só servia apenas aos interesses de quem ele declarava seus inimigos.
Em 1999, eleito presidente, Chávez não perdeu tempo. Convocou uma Assembleia Nacional Constituinte com a qual forjou as ferramentas que o manteriam no poder até o fim da vida.
Um de seus principais alvos era a imprensa independente: Hugo Chávez ganhou um lugar na já repleta história de caudilhos sul-americanos incapazes de conviver com o contraditório e a liberdade de imprensa.
Para ele, pouco importava: admirador dos irmãos Castro e do experimento ditatorial de Cuba, Chávez achava que a revolução social que tinha como propósito justificaria o emprego de qualquer meio. Foi beneficiado por uma extraordinária conjuntura internacional, que favoreceu a principal — quase única — fonte de renda do país: o petróleo.
Chávez transformou a então bem gerida e produtiva PDVSA, a estatal do petróleo, em um braço político dedicado ao distributivismo típico dos caudilhos preocupados apenas com a própria popularidade.
A indústria venezuelana ficou pelo caminho, a corrupção tornou-se ainda pior do que no regime político anterior, a inflação ficou sendo uma das maiores da América do Sul, mas Chávez continuava repetindo: “adelante siempre”.
Fez escola entre outros países ricos em energia, como Equador e Bolívia, onde conquistou adeptos. Tratou de exportar seu modelo para outro país rico na história em caudilhos, a Argentina.
Declarou os Estados Unidos da América como o pior inimigo da Venezuela. Protagonizou um dos piores momentos da Assembleia Geral das Nações Unidas, ao dizer que onde o então presidente americano George W. Bush havia acabado de discursar ainda prevalecia o cheiro de enxofre, o cheiro do diabo.
Sua maior desmoralização internacional, no entanto, ocorreu nas mãos do rei da Espanha, Juan Carlos, que o mandou se calar. Chávez quase foi derrubado em 2002 por um mal-articulado golpe militar no qual ele identificou a mão do império, a mão dos Estados Unidos.
Rompeu relações diplomáticas com Israel e estreitou laços com o Irã. Tornou-se muito popular em Moscou com as pesadas compras de armas, e um inimigo da vizinha Colômbia, que o acusava de abrigar, armar e ajudar os narcoguerrilheiros das Farc.
Encontrou no governo petista do Brasil um aliado confortável em várias iniciativas no continente, como a expansão do Mercosul, através de um truque diplomático articulado contra o Paraguai.
Faltou, porém, com a palavra dada a um de seus maiores amigos, o ex-presidente Lula, com quem combinou construir uma refinaria em Pernambuco. Até hoje, o aporte financeiro prometido por Chávez não se materializou, obrigando a Petrobras a tocar sozinha o projeto.
Ajudado por uma oposição desarticulada, desmoralizada e vítima também de perseguições, Chávez dominou a Venezuelal, mas não conseguiu realizar o tal do socialismo bolivariano, inspirado na figura de Simon Bolívar, que ele mandou exumar e venerava como um santo.
Como todo caudilho, embevecido de si mesmo, Chávez detinha a última palavra em qualquer assunto. Tinha a certeza de que seu nome, e a inspiração aos camisas vermelhas, seria o suficiente para levar a Venezuela a um grande futuro, pelo qual o país — dividido, traumatizado, empobrecido e violento — continua esperando.
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Um aspecto interessante desse texto lido por Waack no ar é que, a certa altura, parece lamentar o insucesso da tentativa de golpe de Estado contra Chávez em 2002 ao dizer que ele “Quase foi derrubado em 2002 por um mal-articulado golpe militar no qual ele identificou a mão do império, a mão dos Estados Unidos”.
A quantidade de distorções dos fatos contida na cobertura da Globo e do resto da grande mídia sobre o que foi o governo Chávez, é imensurável. Essa afirmação de que foi o venezuelano que “identificou” a interferência dos EUA na tentativa de golpe que sofreu, é hilária.
A tentativa de golpe contra Chávez em 2002 foi publicamente condenada pelas nações latino-americanas (os presidentes do Grupo do Rio se reuniram em San José, Costa Rica, na época, e emitiram um comunicado conjunto de repúdio ao golpe) e pelas organizações internacionais.
Apenas os Estados Unidos e a Espanha rapidamente reconheceram o governo de facto da Venezuela, agora presidido pelo rico empresário Pedro Carmona, presidente da Fiesp venezuelana, a “Fedecámaras”.
Como primeira medida, o “presidente” Carmona fechou o Congresso e a Suprema Corte de Justiça do país e reprimiu, com tropas leais, as manifestações pró-Chávez que tomaram Caracas, com a população descendo dos morros que circundam a cidade para irem protestar diante do Palácio Miraflores, sede do governo venezuelano.
E para que fique absolutamente claro que a participação dos EUA no golpe não foi uma invenção de Chávez, basta ver notícia que o portal da mesma Globo na internet, o G1, publicou em 2009. Leia, abaixo, trecho da matéria.
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Jimmy Carter diz que EUA sabiam de golpe contra Hugo Chávez em 2002
G1
20 de setembro de 2009
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1311305-5602,00-JIMMY+CARTER+DIZ+QUE+EUA+SABIAM+DE+GOLPE+CONTRA+HUGO+CHAVEZ+EM.html
Os Estados Unidos estavam sabendo do golpe que quase derrubou o presidente venezuelano Hugo Chávez em 2002, e talvez tenham até apoiado a frustrada tentativa, declarou o ex-presidente americano Jimmy Carter em entrevista publicada neste domingo (20) pelo jornal colombiano “El Tiempo”.
“Acho que não há dúvidas sobre o fato de que em 2002 os Estados Unidos estavam sabendo, ou tiveram participação direta, no golpe de Estado”, disse Carter ao jornal. Assim, as críticas de Chávez contra os Estados Unidos “são legítimas”, destacou o ex-dirigente democrata, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2002.
(…)
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Parece-me material suficiente para que, ao menos, a Globo não atribuísse só a Chávez a acusação de que os Estados Unidos foram parte integrante da tentativa fracassada de golpe em 2002 na Venezuela, certo?
É claro que o que o Jornal da Globo apresentou não foi uma reportagem, mas um editorial capenga, cheio de furos e que, se fosse publicado em uma televisão norte-americana, seria passível de ser contestado no ar por qualquer cidadão que se sentisse prejudicado, como determina o Federal Communications Commision (FCC), órgão regulador das comunicações eletrônicas naquele país.
Mas isso é nos EUA, que, como todos sabem, é um país “marxista”…
Voltando à dura realidade brasileira, no mesmo Jornal da Globo ainda tivemos Arnaldo Jabor com mais opinião e ainda menos fatos, vociferando sem parar contra Chávez, omitindo, distorcendo, inventando etc.
Nos blogs e sites, os antichavistas pareceram ter enlouquecido com a imortalidade recém-adquirida por Chávez. Virulentos, pornográficos, hidrófobos ao impensável, mentecaptos de todas as idades e de todas as regiões do país tentavam se superar em palavrões, insultos e praguejamentos diversos contra um ser humano que acabara de falecer e que, segundo informações minimizadas e distorcidas da Folha de São Paulo do dia seguinte, reduziu a pobreza na Venezuela de 20% para 7%.
Tanto o telejornalismo da Globo quanto os grandes jornais impressos do dia seguinte simplesmente não deram uma linha sobre o fato de que Chávez conseguiu os maiores avanços em termos de redução da pobreza, da miséria e de distribuição de renda na América Latina, sem falar do feito histórico de ter acabado com o analfabetismo em seu país, conforme referendo público da Unesco.
A impressão que o noticiário sobre a morte de Chávez deu a qualquer um que assistiu ou leu – mesmo às pessoas despolitizadas –, foi de surpresa. Muitos não conseguiram entender a razão de tanto ódio contra alguém que acabara de deixar a vida para entrar na história.
A explicação, porém, já foi dada aqui mesmo poucas horas após o falecimento de Hugo Rafael Chávez Frías: morto, está mais poderoso do que nunca. É relativamente simples destruir os vivos – ainda que, às vezes, como no caso de Chávez ou do próprio Lula, nem tanto. Mas é praticamente impossível destruir um mito.
O que se viu e ainda será visto nos próximos dias, semanas e até anos em termos de hidrofobia político-ideológica contra o falecido Chávez, portanto, não passa de um medo absolutamente visceral que a direita sente de um homem que ergueu a América Latina social e economicamente.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Carta Aberta a Arnaldo Jabor

Impiedoso, Mauro Carrara implode Arnaldo Jabor

Via Vermelho

Em carta aberta, jornalista desmascara Arnaldo Jabor
Leia abaixo a carta que o jornalista Mauro Carrara escreveu a Arnaldo Jabor, desmascarando os artifícios e a superficialidade do ultradireitista comentarista político da TV Globo.

Carta Aberta a Arnaldo Jabor
Mauro Carrara

Quase perfeitíssimo truão,
Primeiramente, atente ao substantivo, e não desconfie de insulto. Os bobos da corte são, historicamente, mais que promotores de fuzarca ou desvalidos a serviço do entretenimento. Os realmente talentosos urdiam na teia das anedotas a crítica a seus senhores monarcas, traduzindo pela ironia a bronca popular.
Era o caso do ácido e desengonçado Triboulet, vosso patrono, uma espécie de grilo falante capaz de estimular as consciências de Luís XII e Francisco I. Tantos outros venceram no ofício, como o impagável Cristobal de Pernia, uma espécie de conselheiro extra-oficial de Felipe IV.
Neste Brasil da pós-modernidade globalizante, el rei Dom Fernando Henrique Cardoso reviveu a bufonaria. No entanto, empregou-a de modo diverso, quase sempre como dissimulação hilariante para desviar atenções de sua ética de conveniência mercantil, tão bem definida por Dom José A. Gianotti, seu filósofo e encanador.
O ex-monarca utilizou ainda sua trupe de falastrões para promover a alienante festa pública sugerida por Maquiavel.  Portanto, nunca é exagero te parabenizar pelo empenho profissional.  Há anos, na ribalta televisiva, te devotas a divertir e iludir os ''psites do sofá'', mesmo depois que o tiranete a quem servias foi apeado do trono. Sempre diligente, conclamas e incitas, rebolando patranhas tal qual histriônico cabo de esquadra do restauracionismo.
Recentemente, contudo, causou-me espanto tua fúria salivante para edulcorar a participação do embusteiro Geraldo Alckmin no embate contra o grisalho herói de todos os sertões.
Como é próprio de teu ofício, fizeste rir ao embaralhar significados, ao abusar das hipérboles, ao exceder-se nos adjetivos impróprios, ao viajar na maionese das idéias desconexas.
No entanto, truão Jabor, prosperou aqui a dúvida. Que quiseste dizer com o clichê ''choque de capitalismo''? Seria referência ao rombo de R$ 1,2 bilhão legado pelo embusteiro alquimista ao ressabiado governador Lembo? Ou seria apenas ironia herdada de teus predecessores, na profecia zombeteira de um novo ''que comam brioches''?
Destacam-se também, como enigmas, tuas dupletas acres de escassa teoria. São os casos de ''socialismo degradado'', ''populismo estatista'' e ''getulismo tardio''. Eita, nóis! Que essas vigarices binárias nos viessem, ao menos, com sal de fruta. Né? Ora, de qual ''socialismo'' tratas? Será que resolveste, no supletivo dos sexagenários, estudar a industrial cultural e as idéias de Adorno? Hum... Pouco provável.
No que tange ao termo ''populismo'', arrisco uma resposta. Tu o compraste na escribaria de ordenança dos novos donatários. É coisa do bazar de tolices de Civita e Frias Filho. Acertei? Diga aí...
Mas o que queres dizer com ''getulismo''? Pelo que percebi, escapa-te o fenômeno à compreensão histórica. Tratas daquele do Departamento de Imprensa e Propaganda?  Ou te referes àquele das necessárias justiças trabalhistas?
Outros exageros me encafifaram em tua anedota de encomenda. Tratas lisergicamente de um São Paulo ''rico'', como se construído dos empenhos da malta quatrocentona. Em teus seminários de apedeuta, desapareceu o povo. Evaporaram-se João Ramalho, Bartira, Tibiriçá, Anchieta, tantos mamelucos arabizados, tantos avós europeus aqui remixados, tantos irmãos nordestinos que ergueram nossos arranha-céus. Teu São Paulo mítico, tristemente, não admite a antropofagia.
E tem mais... Em tua pregação, o embusteiro Alckmin surge como legítimo herdeiro da alva elite construtora do progresso. Nesse delírio pós-positivista e lombrosiano, não há rastro d a gestão criminosa dos privateiros tucanos, dos sonegadores dasluzeiros, dos pedageiros corruptos e dos sócios do marcolismo.  Não te rendeste ao excesso? Ai, ai, ai...
Agitando guizos, executas tua prestidigitação. Empregas, em simultâneo, o sapato pontudo para alojar sob o tapete o sacrifício juvenil na Febem, as nove centenas de contratos irregulares e o estupendo assalto ao tesouro da gente bandeirante. Não exageraste? És bufão ou advogado, truão Jabor?
Entre tuas deformações, tão valiosas ao ofício, suponho até mesmo a cegueira de um olho. Ignoras o júbilo de milhões de vassalos não mais famintos, agora metidos a escrever o próprio nome. Vê, quanto atrevimento! Tampouco registras a voz de ameríndios e afro-descendentes, agora perigosamente mais próximos de ti, a tomar lugar nos bancos da universidades. Não enxergas a energia elétrica nos grotões nem o canto de esperança dos humildes da terra, fortalecidos em cooperativas de produção.
Depois, qual demiurgo de botequim, dizes que o nasolongo Alckmin é ''incisivo'', enquanto o outro te parece ''evasivo''. Ladino que és, julgas os combatentes pelo aspecto cênico e não pela natureza das idéias. No caso do embusteiro alquimista, excedes ao elogiar o espantalho bélico, aplicadíssimo ao método de stanislavskiano. Ora, magnífico truão, todos vimos que o herói de todos os sertões é adepto de outra técnica. Pisa o palco de Brecht, revelando-se como realmente é, antes que se mistifique no papel de fundeiro de microfone.
Cantaste, portanto, a vitória do ''limpinho'', do ''sem barba'', do malcriado que imita Tyson. Como líder de torcida, vibraste na platéia, tuas pernas flácidas saltitando de contentamento, as mãos agitando invisíveis fitas coloridas. Ah, mas perdeste a razão...
Depois, destilaste teu parvo sarcasmo sobre o ''povo'', sobre a ''mãe analfabeta'' do operário e sobre os ''pobres'', em suma, sobre esses todos do ''lado de cá''. Na piada rancorosa, revelaste um desprezo moldado para a auto-proteção.
Sabes o quanto é doloroso viver deste lado da linha, no território dos anônimos, dos que sofrem e trabalham de verdade.
Se há dialética nesta missiva, agrego teus motivos. Sabes o valor de uma adoção real, ainda que precises caminhar de quatro, atado à coleirinha de el rei. Sabes o quanto é estratégica essa assepsia, esse descontato com o ímpio das ruas, dos campos e das construções.
Assim, me permito uma visita a teu passado. Tua obra ''séria'' resultou, caro truão, em enorme fracasso. E, disso, bem sabes. Por um tempo, tuas ventosas de sanguessuga agarraram algumas tetas públicas. Desse modo, pudeste alimentar teus espetáculos de terceira categoria, ainda que fizessem rir quando a intenção era pretensiosamente induzir à reflexão.
Incerto dia, pobre de ti, todo o oportunismo de parasita foi castigado, de modo que te encontraste novamente vadio, mergulhado na mais profunda frustração. Naquele momento, julgo, buscaste inspiração em Triboulet...
Na Vênus Platinada do decrépito Marinho, iniciaste tua pândega panfletária, calcada na manipulação marota de cacos de idéias. Nada por inteiro. Coerente para quem, por natureza, carece de  integridade.
Esse flashback permite, portanto, compreender melhor o roteiro cínico. Tanto faz se teu senhor largou o reino às escuras, se destacou piratas para pilhar o patrimônio público, se foi incompetente até mesmo para empreender no capitalismo que tanto celebras. Às tuas costas, no tempo, estende-se a terra arrasada pela peste do egoísmo, habitada de fariseus neoliberais e de peruas ridículas e mesquinhas. Por meio da ruidosa retórica de falso indignado, desvias o olhar público dessa paisagem da tragédia.
Para seguir o ato farsesco, fazes descer o pano da falácia sinistra do golpismo lacerdista, da distorção, da maledicência e da espetacularização do rito inquisitório. Simulas ver aqui, em alto grau, o que ignoras ali. Na telinha da ''Grobo'', distribui sofismas, injetas no sangue de Otello a desconfiança, patrocinas a intriga nacional.
Poder-se-ia encontrar em ti o personagem Sacripante. Uma observação acurada, entretanto, revela mais um Silvério dos Reis das artes cênicas. Certa vez, me disse Henfil: ''o pior humorista é o que vende sua comédia aos canalhas que fazem o povo chorar''. Simples, didático, serve à elaboração de um código de ética de tua categoria.
Pois, tua notícia deturpada do embate, devotado truão, mostrou-se cômico engodo. Foi lá, teu embusteiro ''truco-lento'' dar com as fuças na parede. Saiu do campo laureado e enganado, pior que Pirro. Este, menos imbecil, admitiu que a vitória contra os romanos fora uma tragédia, o prólogo de sua ruína.
Portanto, o exemplo da derrota também te serve. Decisivamente, ainda que te gabes, jamais superaste Paulo Francis, o bobo da corte mais destro nessas artes de sabujo-rabujo. E se cultivas alguma pretensão de hegemonia, te sugiro mover o pescocinho atrofiado. Pilantrinhas peraltas, como Mainardi e Azevedo, emparelham já contigo, disputam hidrofobicamente a suprema magistratura da bufonaria.
E, percebe truão, que a dupla tonto-fascista não te fica a dever: são também inescrupulosos, traiçoeiros e carregam a poderosa energia do ressentimento, sem contar que igualmente migraram do fracasso profissional para a aventura mercenária midiática.
Por fim, adorável truão, ajusta o relógio da tua soberba. Não é hora de celebrar a ignomínia convertida em comédia.  Nem é momento de levantar a horda de rufiões da ''ética'' para cantar a vitória restauracionista. Para além dos simulacros do teu moralismo cínico, lambuzado de paroxismos impróprios, exercita-se o sabre do julgamento público, implacável, aquele cuja lâmina é afiada pelo tempo. Subiram os letreiros... Perdeste o charme. Perdeste a graça.

Mauro Carrara - Jornalista

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Saiba por que países do Sul e do Norte divergem sobre Paraguai


Nesse imbróglio da deposição-relâmpago do bispo Fernando Armindo Lugo de Méndez da presidência do Paraguai, o que importa menos, agora, é o desempenho que vinha tendo.  Acusado por todos os partidos com representação congressual, estava isolado e faria um governo anódino até o fim, mas foi alvo de uma farsa que se tornou o cerne da questão.
As queixas sobre seu desempenho eram muitas e de variadas origens e a debilidade política de seu governo revelou sua inabilidade. Há, ainda, informações de que não vinha sendo tão progressista quanto se esperava, ainda que sejam opiniões de grupos políticos paraguaios mais à esquerda.
Sendo verdadeiros os relatos sobre a incompetência política e administrativa de Lugo, não se entende por que foi desfechado um processo como o que se viu, no qual lhe foram negadas as mínimas condições de defesa. Surgem várias questões:
1)      Por que o processo precisou ser tão rápido?
2)      Por que a Justiça não pôde se pronunciar?
3)      Por que tudo foi feito em surdina até o último momento, surpreendendo até o povo e a comunidade internacional?
4)      Por que causou tanta comoção um processo que a classe política paraguaia esperava que fosse muito mais facilmente aceito?
5)      Países como Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Canadá estão reconhecendo o processo político. Por que os países latino-americanos não?
As respostas a tais perguntas são facilmente respondíveis.
1)      O processo de cassação do mandato de Lugo foi rápido para não dar tempo a articulações e exigências de prazo condizente a um juízo de tal importância
2)      Se houvesse um grão de legalidade nesse processo, não poderia ter sido concluído sem que a Justiça recebesse e analisasse o questionamento que o presidente deposto tentou fazer, mas, quando lhe bateu à porta, não havia quem recebesse a ação.
3)      Vide resposta um.
4)      Vide resposta dois.
5)      Porque o que aconteceu no Paraguai não tem poder de se alastrar pelos países que aceitaram o processo suspeito, mas tem para se alastrar pelos países latino-americanos.
Ainda assim, talvez tudo pudesse ser visto como mais uma das excentricidades de uma nação que funciona como um entreposto de livre comércio de tudo que é legal e ilegal (armas, drogas etc.), que não tem qualquer importância econômica e onde golpes de Estado constituem quase uma tradição – o último ocorreu há míseros 13 anos.
Coincidentemente, os países da Unasul, que não estão deixando o episódio paraguaio cair no esquecimento, são os mesmos em que grupos políticos e empresariais vêm tentando produzir situação semelhante.
Alguns desses países, aliás, acreditam que podem se tornar a bola da vez após a ruptura institucional paraguaia – que, repito, deu-se por a Justiça ter sido apartada e pela rapidez do processo. Bolívia, Equador e Venezuela, por exemplo, nos quais, em períodos recentes, houve tentativas de desencadear o mesmo, são os candidatos mais fortes.
Na noite de sábado, no Twitter, o senador petista Delcídio Amaral (MS), considerado um dos mais moderados e acusado por alguns de ser um dos petistas mais tucanos, tuitou propugnando retaliação dura ao novo regime paraguaio.
A própria Dilma Rousseff, que tem se pautado pela sobriedade e pelo comedimento, deu declarações fortes e chamou o embaixador brasileiro para consultas.
Como podem existir visões tão distintas como a dos países ricos e a dos países do entorno paraguaio? Foi um processo “normal”, como disse, por exemplo, o chanceler alemão, ou foi um processo golpista, como disse, em outro exemplo, a presidente argentina?
Em países parlamentaristas como os do norte, a destituição de Lugo seria normal. Um gabinete de primeiro ministro pode cair em prazos tão curtos e sob acusação de mau desempenho, mas, no presidencialismo – em que o presidente é não só chefe de Estado, mas também de governo -, não.
Nos EUA, nação presidencialista que nos inspira, o apoio ao golpe tem outra razão que não a confusão entre parlamentarismo e presidencialismo. É má fé mesmo.
O que está levando países como Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Equador ou Venezuela, entre outros países latino-americanos, a repudiar a destituição de um presidente tão polêmico quanto era Lugo e a propugnarem retaliação ao novo regime paraguaio, portanto, são as reações políticas em cada um deles.
Seja nos periódicos argentinos Clarín ou La Nacion, seja nos bolivianos El Deber ou El Mundo, seja nos chilenos El Mercúrio ou La Tercera, seja nos brasileiros Folha de São Paulo ou Globo, seja nos equatorianos Últimas Notícias ou El Comercio, seja nos venezuelanos El Universal ou El Nacional, sem falar das televisões, o tom é de comemoração e apoio ao golpe.
Em todos esses países, acusações de “corrupção” e de “incompetência” do governo central – acusações usadas contra Lugo – são a tônica do discurso da mídia e da oposição. Em quase todos eles, à exceção de Argentina, Brasil e Chile, de uma forma ou de outra já houve tentativas recentes de golpe – no Brasil, porém, houve tentativa de tentativa de golpe com o mensalão.
As reações da comunidade internacional, porém, estão assustando os golpistas paraguaios. O novo presidente, percebendo o estado de espírito dos governos vizinhos, trata de fazer gestos conciliadores como oferecer a Lugo que permaneça na residência oficial do governo até quando queira e lhe pede, até, para que ajude a explicar ao mundo o golpe que sofreu…
A televisão pública paraguaia, que estava censurando manifestações e que destituiu seu diretor porque mandava cobri-las, retrocedeu, a mando do presidente, e, no último sábado, transmitiu manifestação de milhares de pessoas contra o golpe que a mídia brasileira escondeu e que, nas poucas informações que divulgou, reduziu a duzentas pessoas.
O isolamento do Paraguai decorre da velha máxima de que “Gato escaldado tem medo de água fria”. O processo paraguaio é altamente suspeito. O conflito no campo usado como desculpa não será mais investigado por comissão do governo formada por Lugo antes de sair, o que sugere que o novo presidente, que tomou tal decisão, teme o resultado da investigação.