Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Merval e Jabor pressionam: tem que ser Marina

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Poucas horas depois de um acidente trágico, que vitimou Eduardo Campos, dois colunistas da Globo assumiram o lobby para que Marina Silva seja candidata à presidência da República pelo PSB; "ela assume um protagonismo natural nessa tragédia", disse Merval Pereira, na CBN; Arnaldo Jabor foi ainda mais explícito, na mesma emissora: "Não acredito que o PSB seja tão burro a ponto de não indicar Marina"; escute os áudios

247 – Os comentaristas da Globo Merval Pereira e Arnaldo Jabor assumiram o papel de defensores de Marina Silva como candidata, depois da tragédia que provocou a morte do candidato a presidente da República Eduardo Campos. A ex-senadora era candidata a vice na chapa do ex-governador de Pernambuco. Merval disse que "ela assume um protagonismo natural nessa tragédia". Jabor foi mais explícito: "Não acredito que o PSB seja tão burro a ponto de não indicar Marina".
"Muda completamente a campanha eleitoral, o cenário político brasileiro", comentou Merval sobre a morte de Campos, na rádio CBN. "Marina passa a ser a figura central nessa tragédia e ganha um protagonismo natural nessa tragédia. Já dá para dizer que ela é a indicada [a substituir Campos]", afirmou ainda o colunista.

"Tenho a impressão que o comando da campanha e desta nova opção política passa automaticamente para a Marina e a união da Rede e do PSB ganha uma nova história daqui pra frente", acrescentou. Segundo Merval Pereira, a sucessão presidencial "fica sem perspectiva diante de fatos tão trágicos" e a perda de Eduardo Campos "vai ter consequências profundas nessa campanha", em sua avaliação.
Já Arnaldo Jabor afirmou que "certamente" Marina será indicada pelo PSB nesse novo cenário eleitoral.

"Tem gente achando que vai prejudicar o [candidato do PSB], Aécio Neves, tem gente achando que vai prejudicar a [presidente] Dilma, tem gente achando que fará um segundo turno sem dúvida, porque a Marina certamente vai ser indicada pelo PSB, apesar de ter diferenças com o PSB, não acredito que o PSB seja tão burro a ponto de não indicá-la".

O comentarista comentou ainda que "estamos perplexos diante da imprevisibilidade das coisas", e acrescentou: "aliás, é até bom viver assim porque... não adianta ter certezas". Arnaldo Jabor disse que espera "que as eleições sejam justas, porque o Brasil está precisando de uma benção". O colunista aproveitou para criticar o PT, partido que, segundo ele, "está no poder e se agarra no poder como se o poder fosse a salvação da humanidade, quando na verdade é a salvação deles".

Ouça aqui o comentário de Merval Pereira.

E aqui o de Arnaldo Jabor.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Santa Maria e os abutres da carniça




*20 mil pessoas marcham nas ruas de Santa Maria para se despedir de seus mortos e, sem esquece-los, reencontrar na solidariedade o sentido de viver. Leia nesta página: 'O que a morte não cessa de nos dizer'; por Marco Aurélio Weissheimer. E também: 'Abutres sobre Santa Maria' (Flávio Aguiar)

DILMA: ESSA DOR QUE FALA A TODOS NÓS

"Eles eram jovens, tinham sonhos, poderiam ser nossos futuros prefeitos, prefeitas, presidentes ou presidentas, futuros cientistas, agrônomos, juízes, filhos, filhas, netos, netas de cada um de nós. A dor que presenciei é indescritível. Falo dessa dor para falar da responsabilidade que todos nós, do Executivo, temos com a população. Temos o dever de assegurar que ela jamais se repetirá.
 O nosso trabalho é cuidar da nossa gente, garantido a eles e a elas oportunidades de melhorar de vida" (Presidenta Dilma Rousseff, no encontro de prefeitos de todo o país; nesta 2ª feira)



Sobre o desastre de Santa Maria, voejaram as asas da desgraça: o Brasil não tem competência para organizar a Copa do Mundo, o Brasil carece de segurança. Lá se vão os Gielow, Azevedo et alii espinafrando o país e esquecendo catástrofes pelo mundo. O problema é que jornalistas liberais, aqui na Europa, só conseguem ler essa mídia míope. Mesmo o interessante The Guardian.


Berlim - Não faltaram os abutres. Sobre o desastre de Santa Maria, voejaram as asas da desgraça: o Brasil não tem competência para organizar a Copa do Mundo, o Brasil carece de segurança, etc. 

Não adianta a presidenta Dilma ter voado direto de Santiago para Santa Maria, o governador Tarso Genro ter aterrisado lá com a ministra Maria do Rosário, o prefeito Cezar Schirmer ter feito o possível e o impossível, os que saíram a tempo terem tentado abrir rombos na parede ajudando os bombeiros, o soldado Leonardo de Lima Machado ter saído e voltado duas vezes, até morrer asfixiado.

Não, nada disso importa. O que importa é que o Brasil não tem competência para nada. Não importa que a festa mais segura hoje no mundo seja a do Ano Novo no Rio de Janeiro. Não, para os coveiros do Brasil nada disso importa. Lá se vão os Gielow, Azevedo et alii espinafrando o pobre Brasil e esquecendo as outras catástrofes pelo mundo.

Não importa. O que importa é espinafrar o Brasil de Dilma e, é claro, o de Lula.

No Brasil isso tem cada vez menos importância.

O que atrapalha às vezes é ver que jornalistas de mídias liberais, aqui na Europa, só conseguem ler essa escória da mídia brasileira.

Infelizmente, na repercussão do desastre de Santa Maria, foi o caso de um jornal tão interessante como o The Guardian.

O que acontece?

Preconceito liberal? Liberal só cita liberal, seja progressita ou conservador? Pode ser. Mas aposto mais numa miopia. Daqui da Europa, mesmo que os correspondentes sejam daqui, eles só conseguem se olhar nom espelho, e imaginar que a imprensa “liberal” daí seja igual a daqui.

Bom, deve-se dizer que a daqui também tem seus preconceitos. Não consegue enxergar, em média, o que acontece na América Latina. Prefere ficar afirmando que os governos populares são populistas, e que são inimigos da liberdade de imprensa. Embora, em relação à Europa, sejam mais plurais. 

Aquela coisa: aqui, pluralidade. Na América Latina, liberalidade em relação à direita.

Mas enfim, no saldo, foi tudo positivo. As imagens da presidenta Dilma emocionada e voltando imediatamente ao Brasil valeram mil palavras.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

The Guardian: Otan deixa africanos à morte no mar



A tragédia era anunciada. Não se sabia, apenas, se os refugiados africanos  que cruzam o  Mediterrâneo em barcos precários, fugindo dos bombardeios da OTAN e dos conflitos internos na Líbia iriam morrer às dezenas num naufrágio ou num incêndio a bordo…
A tragédia aconteceu. Não uma, mas duas delas.
A primeira, quando um barco com 72 homens,  mulheres e  crianças sofreu uma avaria no fim de março após deixar Trípoli, na Líbia, com destino a ilha italiana de Lampedusa. 61 deles morreram de fome e de sede, depois de 15 dias à deriva no mar.
A segunda tragédia, revelada hoje pelo jornal inglês The Guardian: eles foram vistos, mas não socorridos, pelas tropas da OTAN. Foram deixados para morrer.
O jornal ouviu os sobreviventes e fez suas próprias investigações.
Da primeira vez que os refugiados foram vistos, um helicótero militar lançou-lhes algumas garrafas d´água e biscoitos. Os dois pilotos, fardados, gesticularam que a ajuda viria. A água foi separada para os dois bebês, que morreram  depois, porém.
Depois, um porta-aviões, que o The Guardian identifica como o francês Charles De Gaulle chegou tão perto deles que, segundo os sobreviventes, seria impossível não vê-los.  Dois aviões decolaram dele e  passaram, bem baixo, sobre o barco.
Os passageiros e a tripulação em desespero não eram líbios, mas eritreus, sudaneses, etíopes e ganenses que estavam naquele país. São negros.
A  Itáliatem reclamado que está recebendo sozinha os refugiados norte-africanos.A França já fechou e abriu fronteiras para os trens que vêm do território italiano com migrantes. Outros países europeus pedem a revisão do Tratado de Schengen, que estabelece a livre circulação de pessoas e mercadorias na Europa. Lógico que a revisão não é sobre as mercadorias.
A Europa, como se sabe, está lançando bombas e mísseis sobre a Líbia para “proteger” a população civil.
Vê-se bem como se importam com ela.
PS: Mais sobre este tema em “Pobres ao mar, Madame le Pen”

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Escândalo em Realengo: embaixada americana pauta o PiG


A voz da Colônia
Conversa Afiada reproduz documento vergonhoso organizado pelo insuperável Stanley Burburinho, o reparador de iniquidades:

Telegrama de 2009 da embaixada dos EUA no Brasil e vazado pelo WikiLeaks e as manchetes de alguns dos princiáis veículos da velha mídia brasileira. Veja só que coincidência:


“WikiLeaks: a difamação de religiões como estratégia diplomática


Enviado por luisnassif, dom, 03/04/2011 – 19:07


Do Vila Vudu


Estratégia dos EUA para engajar o Brasil na difamação de religiões


Viewing cable 09BRASILIA1435 –http://213.251.145.96/cable/2009/12/09BRASILIA1435.html


CONFIDENTIAL – Embassy Brasilia


Excerto do item CONFIDENCIAL do telegrama 09BRASILIA1435


A íntegra do telegrama não está disponível.


Tradução de trabalho, não oficial, para finalidades didáticas.


ASSUNTO:


Estratégia para Engajar o Brasil na “Difamação de Religiões”[1]


1. (C) RESUMO: A posição do Brasil na questão da “difamação de religiões” na comissão de Direitos Humanos da ONU reflete a conciliação entre as objeções do país à ideia (objeções baseadas num conceito do que sejam Direitos Humanos) e o desejo de não antagonizar os países da Organisation of the Islamic Conference (OIC) com os quais tenta construir relações e que o Brasil vê como importante conjunto de votos a favor de o Brasil conseguir assento permanente no CSONU. À luz da argumentação a favor da abstenção do Brasil, proponho abordagem de quatro braços, envolvendo aproximação com os altos escalões do Ministério de Relações Exteriores; uma visita a Brasília, para pesquisar meios de trabalhar com o governo do Brasil, nessa e noutras questões de direitos humanos; outros governos que possam conversar com o governo do Brasil; e uma campanha mais intensa pela mídia e mobilizando comunidades religiosas a favor de não se punir quem difame religiões . FIM DO RESUMO.


(…)


Aumentar a atividade pela mídia e o alcance das comunidades religiosas parceiras: Até agora, nenhum grupo religioso no Brasil assumiu a defesa da difamação de religiões. Mas o Brasil é sociedade multirreligiosa e multiétnica, que valoriza a liberdade de religião. Um esforço para difundir a consciência sobre os danos que podem advir de se proibir a difamação das religiões pode render bons dividendos. Grandes veículos de imprensa, como O Estado de S. Paulo e O Globo, além da revista Veja, podem dedicar-se a informar sobre os riscos que podem advir de punir-se quem difame religiões, sobretudo entre a elite do país.


Essa embaixada tem obtido significativo sucesso em implantar entrevistas encomendadas a jornalistas, com altos funcionários do governo dos EUA e intelectuais respeitados. Visitas ao Brasil, de altos funcionários do governo dos EUA seriam excelente oportunidade para pautar a questão para a imprensa brasileira. Outra vez, especialistas e funcionários de outros governos e países que apóiem nossa posição a favor de não se punir quem difame religiões garantiriam importante ímpeto aos nossos esforços.


Essa campanha também deve ser orientada às comunidades religiosas que parecem ter influência sobre o governo do Brasil, quando se opuseram à visita ao Brasil do presidente Ahmadinejad do Irã, em novembro. Particularmente os Bahab e a comunidade judaica, expandidos para incluir católicos e evangélicos e até grupos indígenas e muçulmanos moderados interessados em proteger quem difame religiões [sic]. [assina] KUBISKE


+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++


[1] Há matéria da Reuters sobre o assunto, de seis meses antes desse telegrama, em http://www.reuters.com/article/2009/03/26/us-religion-defamation-idUSTRE52P60220090326, em que se lê: “Um fórum da ONU aprovou ontem resolução que condena a “difamação de religiões” como violação de direitos humanos, apesar das muitas preocupações de que a condenação possa ajudar a defesa da livre expressão em países muçulmanos (sic)” [NTs].


1 – Folha de São Paulo:


“07/04/2011 – 10h53


Irmã de atirador diz que ele era ligado ao Islamismo e não saía muito de casa; ele deixou carta suicida


(…)”


http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/04/07/irma-de-atirador-diz-que-ele-era-ligado-ao-islamismo-e-nao-saia-muito-de-casa-ele-deixou-carta-suicida.jhtm


2 – Jornal Extra das Organizações Globo:


“07/04/2011 às 11:24Atualizado em 07/04/2011 às 11:37


Autor do massacre em escola de Realengo se interessava por assuntos ligados ao terrorismo


Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, identificado pela polícia como o autor do massacre na Escola Municipal Tasso de Silveira, em Realengo, estava com uma carta suicida, que falava sobre islamismo e terrorismo. O assunto interessava ao assassino, que estudou na escola.


(…)”


http://extra.globo.com/casos-de-policia/autor-do-massacre-em-escola-de-realengo-se-interessava-por-assuntos-ligados-ao-terrorismo-1525139.html


3 – Colunas Época/O Globo:


“Homem entra em escola e atira em alunos no Rio de Janeiro


10:53 AM, ABRIL 7, 2011


(…)


Segundo a Globo News, a polícia informou que a carta “tinha referências à religião muçulmana”. O site do jornal O Globo cita entrevista do comandante do 14º Batalhão da PM, Djalma Beltrame, à Band News, que afirmou que o conteúdo da carta teria “características fundamentalistas”. “Ele entrava na internet para ter acesso a coisas que não fazem parte do nosso povo. É um louco. Só uma pessoa alucinada poderia fazer isso com crianças”, disse.


(…)”


http://colunas.epoca.globo.com/falabrasil/2011/04/07/homem-entra-em-escola-e-atira-em-alunos-no-rio-de-janeiro/


4 – Jornal O Globo:


“Publicada em 07/04/2011 às 12h20m


MASSACRE NO COLÉGIO


Atirador que invadiu escola municipal em Realengo é identificado


“(…) Beltrame acrescentou, inclusive, que Wellington costumava entrar em sites de cunho fundamentalista.


(…)”


http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/04/07/atirador-que-invadiu-escola-municipal-em-realengo-identificado-924179565.asp


5 – E o pastor Marco Feliciano, o mesmo que disse que africanos são homossexuais, tenta tirar proveito da tragédia:


“Profecia: Ataque nas escolas. Leia na integra:


http://www.marcofeliciano.com.br/site/?page=materia&MA_ID_MOD=1172


10 minutes ago via web


marcofeliciano – Pr. Marco Feliciano”


http://twitter.com/marcofeliciano/status/56012339455070209

A tragédia no Rio e uma juventude em transe


Sete de abril de 2011 ficará marcado em nossa história como o dia em que um fenômeno que já vinha se anunciando fez do Brasil um país assustador. O jovem que entrou naquela escola em Realengo, no Rio, e disparou contra dezenas de pessoas, matando até crianças, não tinha razões pessoais para fazer o que fez. Agiu por ódio.
Ódio da juventude. Eis um fenômeno que vem se tornando cada vez mais visível desde a campanha eleitoral do ano passado.
Hordas de jovens, no dia em que terminou a eleição presidencial, em 31 de outubro, manifestaram ódio na internet contra negros e nordestinos, culpando-os pela vitória de Dilma Roussseff. Jovens passaram a perpetrar seguidos ataques a homossexuais na via pública, ataques que visavam exterminar as vítimas. No dia da posse de Dilma, jovens pregavam seu assassinato por um franco-atirador…
Agora, neste dia trágico, o Brasil se vê na contingência de ter que implorar por sangue humano para salvar a vida de crianças inocentes.
É emblemático que a tragédia do atirador tenha ocorrido dentro de uma escola. Ainda que a instituição não tenha relação com o que moveu o atirador, o ocorrido simboliza a situação comatosa da educação no Brasil. A escola brasileira jamais foi um ponto de apoio àqueles que, acima de tudo, precisam de orientação para a vida, mas que não recebem nem o básico.
Este país não tem problemas ideológicos e religiosos como têm os Estados Unidos, por exemplo, onde esse tipo de barbaridade ocorre amiúde. O pior que podemos fazer é confundir o que acontece em um país em que o ódio tem uma origem com o que aconteceu por aqui, onde a origem pode até existir, mas provém da perda de valores humanistas por uma geração.
Assistindo ao primeiro capítulo da nova novela do SBT, Amor e Revolução, que versa sobre a ditadura militar, comentei no Twitter como era espantoso lembrar que há poucas décadas este país tinha uma juventude idealista que se dispôs a morrer pela pátria e pelos seus semelhantes acalentando anseios de justiça social.
Não sei o que fizemos com os nossos filhos e netos. Tornaram-se seres avessos a sentimentos, mais frios, mais cínicos, mais hipócritas, sem ideais, materialistas até o âmago. Até nas relações amorosas, hoje cultua-se o sexo muito mais do que o amor. Meninas querem ser “cachorras”, meninos querem ser “bad boys”.
O culto ao ter em lugar de ao ser, a prevalência avassaladora do materialismo, do consumismo e da falta de respeito ao semelhante são o zeitgheist brasileiro, o espírito assustador de uma época em que, cada vez mais, a sociedade brasileira precisa parar, pensar e repensar os seus valores enquanto ainda há tempo, se é que tempo ainda há.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Dilma vai construir 8 mil casas para desalojados do Rio


Duas mil casas serão doadas pelos construtores

Governo e construtoras darão oito mil moradias para famílias da região Serrana do estado do Rio


O governo federal, em parceria com o estado do Rio e as sete prefeituras dos municípios da região Serrana fluminense, vai financiar a construção de seis mil unidades habitacionais a serem entregues para as famílias que foram desabrigadas pelas enchentes ocorridas neste mês. As casas ou apartamentos serão entregues sem custo para o beneficiado. Outras duas mil unidades residenciais serão bancadas por um pool de 12 construtoras do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito, nesta quinta-feira (27/1), em cerimônia no Palácio Guanabara, no Rio, pela presidenta Dilma Rousseff, o governador Sérgio Cabral e representantes das empreiteiras.


Uma outra medida colocada na cerimônia diz respeito à liberação de recursos do BNDES para promover um levantamento das áreas de risco, passo inicial para que se elabore um plano para evitar futuras tragédias. A presidenta Dilma frisou que o governo federal pretende reaparelhar a Defesa Civil nos municípios. Para isso, o governo não limitará recursos com compra de equipamentos e treinamento de pessoal. Após a cerimônia na sede do governo estadual, a presidenta Dilma Rousseff, acompanhada dos ministros Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), Miriam Belchior (Planejamento), Mário Negromonte (Cidades), visitou o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, que tem por objetivo acompanhar em tempo real, por exemplo, pontos de alagamento ou áreas de risco durante as chuvas, bem como as condições do trânsito.


“É um instrumento de gestão de uma prefeitura para melhor administrar a cidade”, disse a presidenta em rápido discurso no local.


A presidenta Dilma decidiu retornar ao Rio de Janeiro 15 dias após ter sobrevoado a região Serrana e ter determinado as providências iniciais para ajudar as vítimas das enchentes. Desta vez, o que motivou a visita foi o anúncio da construção de moradias que vinha sendo alinhavado desde a semana passada quando empresários do setor da construção civil procuraram o vice-governador fluminense, Luiz Fernando Pezão, com o intuito de oferecer duas mil casas ou apartamentos. A contrapartida do estado será destinar o terreno e dotar o local de infraestrutura.


Na primeira parte da visita, a presidenta participou de almoço com os empresários oferecido pelo governo fluminense no Palácio Laranjeiras. Depois, todos seguiram para a sede do governo estadual para informar as medidas que irão beneficiar as famílias desabrigadas. No anúncio, o empresário Wilson Amaral, da Gafisa Tenda, disse que a construção das moradias estava sendo possível a partir da mobilização do grupo de construtoras. Amaral acredita que outras empreiteiras poderão entrar neste projeto e, deste modo, ampliando o número da moradias.


Dilma Rousseff iniciou a exposição destacando a parceria entre os governos federal e estadual e a Prefeitura do Rio. A presenta lembrou que num primeiro momento percorreu ruas do município de Nova Friburgo, quando constatou a dimensão da tragédia. Agora, conforme explicou, retornava ao estado para os desdobramentos das providências que estão sendo tomadas.


“Nós fizemos um cálculo e estamos colocando mais seis mil casas para as famílias da região Serrana”, anunciou a presidenta.


As moradias serão repassadas para as famílias que perderam suas residências nos sete municípios daquela região ou até mesmo para a retirada de moradores que estão nas áreas de risco. De acordo com a presidenta, os recursos empregados pela União não terão custos para os desabrigados. As prestações serão pagas com recursos do governo fluminense. O mesmo vai ocorrer com as duas mil unidades que serão erguida pelas empreiteiras. Elas arcam com o custo integral da obra.


O vice-governador Pezão informou que técnicos do estado do Rio e das prefeituras fazem o cadastramento das famílias que irão receber as respectivas casas. O trabalho que vem sendo desenvolvido nos municípios prejudicados com as chuvas mereceu destaque e agradecimento por parte da presidenta Dilma e do governador Cabral. Segundo eles, a imediata atuação da equipe permitiu o imediato atendimento nas áreas atingidas.


Após visitar o centro de monitoramento da Prefeitura do Rio, a presidenta Dilma Rousseff seguiu para Porto Alegre. Na noite desta quinta-feira (27/1), ela participa de cerimônia alusiva ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, na sede Ministério Público Estadual, na capital gaúcha.