Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Vamos pra cima da Delta ! Na Marginal em SP !

 




Liga o Vasco.

Ele se instalou no bar do Jockey Clube em São Paulo, onde toma um gim tônica – com chuva e tudo – e fica de olho na sede da Abril, do outro lado do rio, para ver se o Robert(o) Civita se joga pela janela ou ateia fogo ao prédio.

–    Eu sou a favor de cair de pau em cima da Delta, diz o Vasco.
–    Mas, quem não é ?
–    O Cabralzinho, por exemplo.
–    Como você diz uma coisa dessas, Vasco ? Ele diz que pagou a passagem para Paris.
–    E quem pagou o jantar no Ritz ?
–    Vai ver, eles racharam, respondeu o ansioso blogueiro, como quem não quer nada.
–    Meu filho, você sabe o que é o Ritz ?
–    Aquele do diamante do tamanho do Ritz ?
–    Não, seu provinciano. Esse é o Ritz de Londres, do conto do Fitzgerald…
–    Calma, Vasco, você nunca perdeu as estribeiras …
–    Meu filho, o Ritz de Paris fica na Place Vendôme. É aquele em que estavam a Princesa Diana e o namorado egípcio, naquela noite fatídica…
–    E dai, Vasco, o que tem a Princesa Diana com o Cabralzinho ?
–    Meu filho, você acha que o Cabralzinho tem grana para pagar um jantar no Ritz ?
–    Mas, Vasco, desculpe, nós falávamos da Delta.
–    Exatamente. O Cerra não vai ao Ritz – nem de Paris nem de Londres. Ele prefere o Café Bouloud, de Nova York, ali naquela avenida horrorosa, a Madison… Verdadeira Cracolândia …
–    Não exagera, Vasco. E o Cabralzinho tem grana para jantar no Café Bouloud, Vasco ?
–    Também não. Só se o Cerra e o Cavendish convidarem.
–    Mas, e a Delta, Vasco ? Quem não pode ouvir falar na Delta ?
–    Quem também não quer ouvir falar em Delta é esse teu amigo Padim Pade Cerra.
–    Meu amigo ?
–    O teu amigo, o Padim, não pode ouvir falar em Delta. Se ele corre do Amaury, do Cavendish, então, por causa desse, ele se enfurna no casebre que a filha comprou para ele e de lá não sai.
–    Por que será, Vasco ?
–    Porque a Delta faturou alto em São Paulo, no tempo em que o Padim dizia que governava.
–    E qual foi a grande obra da Delta para o Padim ?
–    A duplicação das marginais, dessa aqui em frente, onde estou à espera do Robert(o).
–    Quer dizer que a Delta duplicou …
–    Duplicou as duas marginais, logo, quadruplicou.
–    Então vamos ver o jornal nacional partir para cima da Delta de São Paulo, sentenciou o ansioso blogueiro, só para provocar o Vasco.
–    Que bobagem, meu filho. A Delta só aditivava no Rio. Em São Paulo o Cavendish cobrava o preço justo.
–    E quem dizia se o preço era justo ?
–    O Cerra.

Pano rápido.

CRISE, HEGEMONIA E DISCERNIMENTO HISTÓRICO

*Dilma dá ao 1º de Maio o devido respeitonomeia Brizola Neto o novo Ministro do Trabalho** dólar vai a R$ 1,90: fimeza do governo nos cortes de juros coloca mercado financeiro de barba de molho** especular com inflação, câmbio e juros virou jogo perigoso.   
Menen votou a favor da renacionalização da YFP,  privatizada em 1992 em seu governo; Ângela  Merkel  admite a necessidade de um plano de crescimento para contrastar uma Europa devastada pela receita de austeridade germânica; o discurso da extrema direita na França e na Grécia às vezes soa como um brado de esquerda  contra o Estado fraco e o abandono da sociedade aos espoliadores ; no Brasil, Gilmar Mendes & outros, do STF, aprovam por unanimidade o sistema de cotas na universidade; Alckmin diz que o PSDB sempre defendeu a 'prevalência' do trabalho sobre o capital; Murilo Portugal, da Febraban, afrontou o governo na queda de braços dos juros; foi retirado de campo rapidamente pelos bancões que anunciaram a adesão (perfunctória, é certo) aos cortes nas taxas ... O que está havendo além de oportunismo e conveniência episódica?  Talvez estejamos entrando no período mais decisivo da crise capitalista iniciada em 2008: aquele que coloca ao alcance da esquerda o desmascaramento histórico das  idéias e agendas que hoje constrangem até personagens e forças que por 30 anos subordinaram os destinos da economia e da sociedade a esses valores. (LEIA MAIS AQUI)

"Governo acumula forças para enfrentar debate sobre a mídia"

Secretário de Comunicação do Partido dos Trabalhadores diz que os meios de comunicação, a revista Veja em especial, não podem ser poupados das investigações da CPI do Cachoeira. "Se um deputado ou senador tem que responder por associação com o crime organizado, uma empresa de comunicação social também deve”, afirma, em entrevista à Carta Maior, o deputado André Vargas. Para ele, a presidenta Dilma Rousseff enfrentará o tema da concentração dos meios de comunicação.

Em entrevista à Carta Maior, o secretário de Comunicação do Partido dos Trabalhadores, deputado André Vargas (PR), admite que há um descompasso entre as bandeiras históricas do PT para a comunicação e a política praticada pelo governo. Mas afirma que a presidenta Dilma Rousseff enfrentará o problema da alta concentração dos meios de comunicação no Brasil, a exemplo do que vem fazendo com os juros bancários, porque possui mais condições efetivas de fazê-lo do que o seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Avalia que a CPMI do Cachoeira ajudará a deslanchar o debate. “A dinâmica dos fatos estabelece uma ligação a ser esclarecida entre a ‘fábrica de crises’ que a grande imprensa utiliza sistematicamente, principalmente no período em que o PT está no poder”, avalia.

Qual é o projeto do PT para a área de comunicações? O PT recuou do programa apresentado nas eleições?

O PT vem sistematicamente, nos seus documentos, retomando um debate que não é só das eleições, mas da história dos 32 anos do partido. A questão da democratização das comunicações está na nossa plataforma. A agenda política permanece não só a mesma, como vem se aprimorando, buscando um foco. O PT continua com suas bandeiras, mas tem a contingência de ser o partido do governo. E a condução do governo tem outro ritmo.

Então existe um descompasso entre o que o PT pensa para a Comunicação e a forma como o governo age?

É natural que haja algum descompasso. Este é um governo de coalizão. Na nossa visão, o marco regulatório já deveria estar em discussão, mas o governo administra sua coalizão, sua governabilidade. O PT ajuda o governo nessa governabilidade, mas discorda e deixa isso bem claro em todos os seus documentos. Nós lutamos por um marco regulatório que, de fato, enfrente questões como o monopólio da mídia, a desconcentração, a propriedade cruzada, a questão do conteúdo regional, que rediscuta os contratos entre as afiliadas, o crescimento da internet etc.

E como se dá a pressão do PT nesse governo de coalizão? Qual o peso dela?

O partido dialoga de forma respeitosa com a presidente e este é tema
recorrente. Nos seus documentos, o PT nunca deixou de manifestar sua opinião, sem deixar de entender que o governo tem o tempo dele e nós temos o nosso. Os grandes veículos exercem também sua pressão sobre o governo.

Nós vivemos em um ambiente democrático. Mas a mídia [tradicional], em especial a Veja, não esconde que tem quase uma fixação pelo PT, que deve ser avaliada no campo da psiquiatria, da psicologia. Agora, a CPI do Cachoeira mostrará mais um pouco disso. Muita coisa que a gente suspeitava pode ser verdade. Os veículos de comunicação bateram também no PSDB, mas no nosso caso há um superdimensionamento.

O sr. está dizendo que a grande mídia usou desses expedientes especialmente nos governos do PT?

Isso ficou claro nos fatos que levaram à CPI do Cachoeira. É a primeira vez que a mídia não apoia uma CPI no seu nascimento. É simbólico isso. E só passou a apoiar forçando uma mudança de foco: elegeram a Delta [construtora responsável por obras do PAC] , e se esqueceram do Demóstenes [Torres, senador por Goiás] e do [Marconi] Perillo [governador de Goiás]. Mas a gente fala mídia como se fosse um ente absoluto. Não é assim.

Não é mais porque a Globo falou que se torna verdade. Isso está muito relativizado. Não existe mais um jornal nacional no país. Jornal impresso, muito menos. Há jornal em São Paulo que pretende ser nacional e não chega no ABC paulista. O governo tem feito alguns movimentos, ainda que não do jeito que a gente gostaria. A questão da regionalização que a Secom [Secretaria de Comunicação da Presidência] faz. Eu gostaria que fizesse muito mais, mas já há mais investimentos na mídia da internet. Antes eram 500 veículos que recebiam publicidade oficial. Hoje já são mais de 8 mil. Já é alguma coisa.

No debate sobre a mídia, a militância reclama que essa questão andou apenas no final do governo Lula e foi relegada a segundo plano no governo Dilma.
Em toda transição entre governos existe uma reacomodação. E o primeiro ano de todo governo é atípico mesmo. Mas eu acredito que o governo Dilma irá fazer muito neste campo, porque as condições de efetivamente fazer estarão melhores do que as condições de efetivamente fazer que o Lula teve.

E, neste aspecto, a CPMI do Cachoeira ajuda?

Ajuda. Não fomos nós que criamos a CPI; não fomos nós que delegamos a um senador moralista ser sócio do crime organizado. Nosso governo investiga mais criminosos, a Polícia Federal tem melhores condições de investigação. Mas não fomos nós que criamos os fatos da CPI. O que nós entendemos é que a dinâmica dos fatos estabelece uma ligação a ser esclarecida entre a fábrica de crises que a grande imprensa se utiliza sistematicamente e o crime, principalmente no período em que o PT está no poder.

Aliás, tem gente que estabelece semelhanças da capas da Veja de agora com as feitas no governo Collor, antes do impeachment. A revista nem foi criativa. Achou que havia escândalo suficiente para derrubar um governo e seguiu o roteiro. Se isso foi feito de forma criminosa, como fez o [Rudolf] Murdoch [o magnata das comunicações, controlador do jornal britânico News of the World, fechado por envolvimento em interceptação de conversas telefônicas de celebridades], esse é um debate legítimo ao qual a sociedade deve ter acesso. Isso será um subproduto da chamada CPI do Cachoeira. Vai estar presente nas investigações.

O que nos move é esclarecer os fatos. Se as gravações obtidas[pela Veja] para construir as matérias foram feitas de forma ilegal, nós queremos apurar. Queremos saber que relações esse jornalista [Policarpo Júnior] tinha com Cachoeira. Se um deputado ou senador tem que responder por associação com o crime organizado, uma empresa de comunicação social também deve, pois não é uma empresa neutra. É uma empresa que influencia opinião. Por que este seguimento não pode ter uma avaliação? Porque não podem se subordinar a uma conferência nacional? Ouvir o povo? No caso da TV Globo, ela é concessão pública.

Como enfrentar esses interesses, num ambiente de mídia concentrada e sem critério de regulação?

A democracia é o melhor dos ambientes. Esse novo Brasil não está sendo construído só pelo PT, pelos partidos, mas também pelo povo. Quanto mais nós conseguimos empoderar essa multiplicidade de comunicações, redes e tudo, maior será o avanço. Nós temos hoje um processo de acesso à informação multiplicado, mas um processo de produção de informação ainda muito concentrado. Eu acredito que o governo está armazenando as condições para encarar esse problema de frente, como fez com os bancos. Nós estamos em uma fase de acúmulo de forças para fazer este debate. Que não é um debate simples de fazer.

Acumulando forças como? E a maioria legislativa do governo?

Nós não temos muita alternativa. Quando nos pronunciamos a favor da regulação e o PSB, do neto do Miguel Arraes [Eduardo Campos, governador de Pernambuco] falou contra o documento do PT [que propõe o novo marco regulatório, democratização da comunicação etc], deu para perceber que não seria fácil . E tudo isso passará pelo Congresso Nacional. Para falar muito claramente sobre a correlação de forças: a Emenda 3, a famigerada, perdemos. O Código Florestal, nós arregimentamos forças e contamos 180 votos. Mas quando foi a voto não chegamos a 120 votos. Esses são os aliados que temos.

E como mudar essa correlação de forças?

Onde é que o povo se manifesta nessa questão? Essa discussão não vai provocar uma passeata com 50 mil pessoas. Há poucas manifestações sobre isso no campo das redes e esse é um debate que a população ainda não assumiu. São importantes estratégias como a do FNDC [Fórum Nacional de Democratização da Comunicação], de fazer uma campanha de popularização do marco regulatório da comunicação. Mas o PT não pode fazer essa mobilização sozinho, inclusive porque o tema fica estigmatizado como sendo algo do PT. Este é um trabalho para o conjunto de partidos, entidades, grupos e movimentos envolvidos nesse debate. Aliás, muito me impressiona entidades do nível da OAB e a CNBB não entrarem nesta agenda, pois isso interessa também a esses seguimentos.

Essa resistência não teria a ver com essa interpretação de que a regulação cerceará a liberdade de expressão?

Por isso é que nossa visão é que a nossa campanha seja pela liberdade de expressão. Por que é isso o que nós defendemos: uma liberdade de ir e vir, de receber, mas também de oferecer, de interagir. E a convergência digital oferecer essa possibilidade.

Por que o senhor assegura que o governo Dilma tem melhores condições de fazer esse debate que o governo anterior?

O governo vai ter que enfrentar este tema, e ninguém do governo disse que não vai enfrentar. O governo tem um desafio histórico de dar conta dessa demanda, que é uma demanda estrutural da sociedade brasileira. Não é uma demanda utópica, uma questão qualquer. É uma questão de fundo. O governo, dentro do processo de governabilidade, está acumulando energia e força. Nós não temos dúvida de que o governo tem este compromisso. Mas o PT vai continuar dizendo e tensionando. Não nos compete avaliar perfil de ministros, mas compete reforçar uma posição que a presidente tem colocado: a de que é favorável à liberdade de imprensa – aliás, isso nunca foi uma dicotomia para nós.

Nós somos favoráveis e somos frutos da liberdade de imprensa. A esquerda, o Lula, a Dilma, tudo isso é fruto da liberdade de imprensa. Mas também sofremos e padecemos da concentração da mídia que, muitas vezes, impõe uma visão que limita o desenvolvimento da sociedade. Nós não queremos que o PT se perpetue no poder, mas que a sociedade brasileira seja cada vez mais civilizada, aberta, sem preconceitos, onde todos tenham direito a comer, beber, vestir, emprego, universidade, lazer, esporte, enfim, a comunicar, a se ver, a ter identidade. Nós não cogitamos a hipótese de que isso não seja por uma via democrática. E a via democrática é o Congresso Nacional. Isso não quer dizer que não vamos debater os temas que não têm apoio da maioria do Congresso. Vamos debater, mas vai chegar a hora de votar. Mas existem passos que não demandam mudança de legislação. É importante, por exemplo, cobrar a instalação do Conselho de Comunicação, que está na Constituição.

Blogueiro sujo assume Ministério. Suja, Brizola !

 

"... a primeira coisa que farei será questionar aquele monopólio"

A Presidenta Dilma nomeou um blogueiro sujíssimo, Brizola Neto, Ministro do Trabalho:



Dilma confirma Brizola Neto no Trabalho e diz que ele prestará “grande contribuição ao país”

Roberta Lopes

Repórter da Agência Brasil

Brasília – Ao confirmar hoje (30) o nome de Brizola Neto (PDT-RJ) como novo ministro do Trabalho, a presidenta Dilma Rousseff disse, em nota, ter confiança de que ele “prestará grande contribuição ao país”. Segundo informações do Palácio do Planalto, a posse do novo ministro deverá ocorrer na quinta-feira (3), às 11h.

Segundo o texto, a presidenta agradece a colaboração do ex-ministro Carlos Lupi e do ministro interino Paulo Roberto Pinto “na consolidação das conquistas obtidas pelos trabalhadores brasileiros nos últimos anos”.

A decisão foi tomada depois de uma reunião durante a manhã entre o presidente do PDT, Carlos Lupi, a presidenta da República, Dilma Rousseff, e o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

Estavam na lista da legenda, além de Brizola Neto, o deputado Vieira da Cunha (RS) e o secretário-geral do partido, Manuel Dias. Esses dois eram a preferência do partido.

Edição: Talita Cavalcante



Brizola Neto foi um precursor na batalha pela Democracia na blogosfera brasileira.
Logo transformou o Tijolaço no melhor blog de um político brasileiro.
É claro que ele contou com a pena destemida e precisa de Fernando Brito, que foi assessor de imprensa de Leonel Brizola.
“Tijolaço” é como se chamava o espaço dominical que Brizola tinha que comprar no PiG (*) do Rio para poder expor suas ideias e se defender, sobretudo, da fúria do Roberto Marinho.
Chamar o blog de “Tijolaço” foi uma homenagem ao político brasileiro que teve a coragem de enfrentar a Globo: “quando eu sentar naquela cadeira, a primeira coisa que farei será questionar aquele monopólio”, prometia Brizola nas campanhas presidenciais.
(Tatto, Odair, dá uma olhada no vídeo em que o Roberto Marinho lê um editorial escrito pelo Brizola. Olha bem e vai para a CPI e chama o Robert(o) Civita e os filhos do Roberto Marinho, Tatto, Odair ! Vocês querem entrar para a História, ou fugir dela ?)
Brizola Neto foi para o Ministério do Trabalho, que João Goulart ocupou com brilho e valentia.
Mas, poderia ir para o Ministério das Comunicações, ele que defende um marco regulatório, uma Ley de Medios.
Aí, nesse campo, Brizola Neto sujou bastante.
Como no primeiro encontro nacional de blogueiros sujos (o próximo será em Salvador, no dia 25 de maio.)
E tomara que Brizola suje cada vez mais.
Com a ajuda incomparável do Fernando Brito.
Em tempo: o PiG (*), com a Globo à frente, atacará Brizola Neto com mais fúria do que atacou o Lupi.
Preparem-se. Blogueiros sujos, uni-vos !
Em tempo 2: na foto da mesa de trabalhos do I Encontro de Blogueiros Sujos do Barao de Itararé, a frase “a liberdade da internet é ainda maior do que a liberdade da imprensa”, que aparece no banner, abaixo do Brizola Neto, é de Ayres Britto, presidente do STF.
No Encontro de dois anos atrás, ele ainda não era presidente e o país vivia na trevosa transição entre Gilmar Dantas (*) e Cezar Peluso. Agora, Britto abriu a janela do STF e deixou o sol entrar.

Clique aqui – “Barão de Itararé convida Ayres Britto para encontro de Salvador”- para ler duas outras frases sugeridas por Britto.

São de fazer o Gilmar Dantas (**) corar.

Leia também  sobre a entrevista que ele deu à Carta Capital: o julgamento do mensalão não será um linchamento.

Aí, quem corou foram os mervais.

Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

As jóias do pensamento único. Extrema-direita cresce em quase toda a Europa



O “pensamento único” é como um vampiro. A gente acha que ele morreu num filme. Mas ele renasce em outro, mais desempenado e arrogante do que nunca. No caso em pauta, ele sucumbiu na América Latina, mas vem mostrando toda a sua garra – e as garras também – na Europa.

Lembram do “pensamento único”, dos tempos de FHC, Menem et alii? Acharam que ele estava morto? Mas o “pensamento único” é como um vampiro. A gente acha que ele morreu num filme. Mas ele renasce em outro, mais desempenado e arrogante do que nunca.

No caso em pauta, ele sucumbiu na América Latina, mas vem mostrando toda a sua garra – e as garras também – na Europa.

O seu novo empreendimento – e comentaristas ortodoxos já se aprestam a tanto – é desacreditar o programa de François Hollande (v., p. ex. “How Long Will Hollande’s Party Go On”, por Wolfgang Kaden).

Tais vozes apontam-lhe a falácia da pretensão de promover o crescimento econômico com o concomitante crescimento do endividamento público.

O vocabulário é o de sempre: higienista e desqualificador. O programa de Hollande estaria “infectado” pelas idéias de Lord Keynes – nessa altura mais odiado do que Marx. Representaria um recuo de 40 anos no tempo. Seria a prova de que Hollande e os que pensam como ele “não aprenderam nada” com a presente crise.

Além do acréscimo nas despesas públicas, o que mais exaspera esse pensamento é a possibilidade de que, se a ótica de Hollande prevalecesse, o Banco Central Europeu mudaria de natureza. Passaria a promover o crescimento, coisa indesejável, porque ele teria de se comportar como um verdadeiro banco, lançando letras, captando fundos, e assim estaria concorrendo deslealmente com a banca privada, que continua sendo a menina dos olhos e o menino prodígio dos planos de austeridade, que visam promove-la a “reguladora” dos “novos” estados nacionais que devem emergir dessa crise.

Para esse pensamento, quais são os males a combater? Salários altos demais, que promovem pensões altas demais, tornam países pouco competitivos, diminuição das horas trabahadas, aposentadorias precoces, além do ensinamento maléfico, que viria das atitudes promovidas “pela agenda esquerdista clássica”, qual seja, a de que se pode viver acima dos próprios meios. E isso vale para trabalhadores e para países igualmente.

Enquanto isso, sem falar nos gordos bônus dos altos exectuivos do sistema financeiro, o Banco Central Europeu distribuiu 200 bilhões de euros para governos endividados – para que eles possam continuar a honrar seus compromissos com a banca privada – e repassou 1 trilhão diretamente a essa banca, para que ela possa continuar a promover os ganhos especulativos de que está acostumada a viver.

Agora, que o BCE passe a captar fundos para promover o crescimento, isso é inusportável para esse tipo de pensamento. E ele nem de longe consegue cogitar que tenha algo a ver com o que está acontecendo no mundo real: a catástrofe espanhola, o drama português, a tragicomédia britânica, o crescimento da extrema-direita na França, a tragédia grega, as crises na Holanda e na Romênia, o caldo de cultura favorável à xenofobia na Europa – com o caso dramático da Noruega, por exemplo.

Como se tudo isso não bastasse, Hollande fala em rever o pacto fiscal europeu – esse mesmo que está levando a Europa à inanição recessiva e boa parte do mundo com ela. Portanto, de tudo isso, só se pode tirar uma conclusão: está na hora de Angela Merkel disciplinar Hollande, ou pelo menos mostrar a ele quem é que manda.

Tão enraizado é esse “pensamento único”, que mesmo dirigentes do SPD alemão (não todos) vêm chamando as idéias de Hollande de “ingênuas”.
Essa arrogância não tem cura. Ela não cogita a partir do real, mas somente a partir da fantasia de suas premissas modelares.

Como nos filmes de vampiro, o único remédio para ela é uma estaca no coração. Política, é claro. Não estamos falando de apologia da violência. Isso é coisa da direita, inclusive de sua vanguarda “moderna”: o “pensamento único” que, para preservar os próprios anéis, não hesita em cortar os dedos, as mãos e os sonhos... dos outros.

Flávio Aguiar é correspondente internacional da Carta Maior em Berlim.


A extrema-direita vai subindo ano após ano os degraus do poder e poucos são os países que estão a salvo da influência que o partido de ultradireita francês Frente Nacional exerce desde a década de 80: França, Itália, Inglaterra, Bélgica, Grécia, Holanda, Hungria, Suécia, Dinamarca, Finlândia, a bandeira ultradireitista recorre como uma doença incurável as democracias europeias. A extrema direita francesa fez escola em quase toda a União Europeia. O artigo é de Eduardo Febbro.

Paris - O último filho nasceu na Grécia. A extrema direita, abraçada na crise que flagela este país há três anos, volta ao primeiro plano 38 anos depois da queda da ditadura dos coronéis (1967-1974). O Partido LAOS e o Aurora Dourada (Chrissi Avigi) somam mais de 8% de intenções de voto para as próximas eleições legislativas de seis de maio. Não é uma exceção na Europa. A ultradireita vai subindo ano após ano os degraus do poder e poucos são os países que estão a salvo da influência que o partido de ultradireita francês Frente Nacional exerce desde a década de 80: França, Itália, Inglaterra, Bélgica, Grécia, Holanda, Hungria, Suécia, Dinamarca, Finlândia, a bandeira ultradireitista recorre como uma doença incurável as democracias europeias.

A extrema direita francesa fez escola em quase toda a União Europeia. O partido ultradireitista Frente Nacional surgiu na França a partir dos anos 80, justamente depois da eleição do socialista François Mitterrand à presidência da República (maio de 1981). O FN já existia, mas sua participação era secreta. As táticas eleitorais de Mitterrand destinadas a debilitar a direita clássica foram um dos fatores que levaram a ultradireita francesa a se converter, com o passar dos anos, em um partido poderoso, capaz de perturbar o equilíbrio político clássico e contaminar com suas ideias todos os debates, da esquerda à direita.

Três décadas mais tarde, o Frente Nacional, agora dirigido pela filha de seu fundador, Marine Le Pen, obteve o maior resultado eleitoralde sua história: quase 18% dos votos no primeiro turno das eleições presidenciais do dia 22 de abril passado. A ultradireita xenófoba e populista é um míssil político tóxico com suficiente força como para desfazer maiorias, precipitar a queda de governos e conseguir que suas ideias impregnem a ação política dos partidos conservadores. A extrema direita tem, de fato, duas fases históricas; a que vai de 1945 ao ano 2000, onde o antissemitismo foi norma, e a que se inicia com o século XXI, onde a islamofobia é o atrativo das urnas.

Depois da França, o segundo marco da ultradireita teve lugar na Áustria, entre os anos 80 e 2000. O FPÖ, Partido Austríaco da Liberdade, fundado no começo dos anos 50 pela ala nacionalista e populista da extrema direita, é ainda um dos mais sólidos da União Europeia. O FPÖ teve sua hora de glória na década de 80, quando formou uma coalizão governamental com os socialdemocratas do SPÖ. Depois, sob a influência de seu carismático líder, Jörg Haider, a ultradireita nacionalista austríaca regressou ao poder em 1999 após obter 27% dos votos nas eleições legislativas desse ano.

Playboy e negacionista, Haider prosseguiu a obra de Jean Marie Le Pen, o fundador do Frente Nacional Francês. Transcorreu um quarto de século e a ultradireita é agora um movimento normalizado, admitido e legitimado. Esta corrente mudou suas ideias e passou de um antissemitismo secular à islamofobia delirante e à crítica violenta contra Bruxelas. O exemplo mais moderno e devastador desta reencarnação é o líder populista holandês Geert Wilders e o Partido pela Liberdade, PVV. Desde as eleições de 2010, onde obteve 24% dos votos, o PVV é um aliado da coalizão de direita-conservadora que governou a Holanda até que o próprio Wilders fizesse balançar os alicerces do primeiro-ministro Mark Rutte forçando eleições antecipadas. Um desacordo no seio da coalizão sobre os planos de austeridade demonstrou a capacidade destrutora da ultradireita. Wilders é um islamófobo notório, defensor do fechamento por completo as fronteiras à imigração. Em 2008 o chefe do PVV assinou um panfleto infecto contra o Islã e em seguida realizou um documentário, Ftina (A Discórdia), no qual combinou imagens dos versos do Corão com atentados terroristas.

Nos países escandinavos, o retrocesso dos partidos socialdemocratas deu lugar ao surgimento de partidos de ultradireita. Muitos destes passaram da marginalidade a formar alianças de governo. Esse é o caso da Dinamarca entre 2009 e 2011: em 2009, na Noruega, o Partido do Progresso alcançou 22% dos votos nas eleições: na Finlândia, a coalizão formada pela esquerda e a direita impediu in extremis que o Partido dos Verdadeiros Finlandeses integrasse o governo logo que, após as eleições legislativas de 2011, esta agrupação da extrema direita obtivera 19% dos votos e passara a ser a terceira força política do país: na Suécia, a extrema direita do partido Democratas da Suécia levou 5,8% dos votos nas eleições legislativas e entrou pela primeira vez no Parlamento.

A Itália é uma exceção. Tem uma ovelha negra, a regionalista e fascistóide, Liga do Norte, de Umberto Bossi, mas o movimento ultra mais poderoso que existia sofreu uma transformação inédita até hoje. O neofascista Movimento Sociale Italiano, de Gianfranco Fini, se transformou, a partir de 1994, em um sólido partido de direita, a Alianza Nazionale. Essa transmutação foi muito além do mero nome: Fini, que depois formou aliança com Silvio Berlusconi, condenou o antissemitismo, reconheceu como válidos os valores da Resistência e os termos da Constituição. Entretanto, em dezembro passado, um militante do movimento de extrema direita italiano CasaPound, assassinou dois imigrantes senegaleses.

Na Hungria, as milícias do partido neofascista Gobi, "A Guarda Húngara”, praticam com toda impunidade sua brincadeira predileta: sair à caça dos ciganos, muito numerosos no nordeste do país.

Uma depois da outra, em maior ou menor medida, as sociedades do Velho Continente sucumbem ao canto da sereia do ultradireitismo. A receita do êxito é sempre a mesma: a globalização e suas inúmeras e reais consequências, entre elas as deslocalizações, o desemprego, a imigração, a chama do confronto do “povo” contra as elites “corruptas”, a ameaça do Islã e a identidade nacional em perigo pelo multiculturalismo.

Dominique Reynié, autor do ensaio “Populismes”, destaca o duplo impulso dos valores que a extrema direita apregoa hoje: “por um lado está a proteção dos chamados interesses materiais, ou seja, o nível de vida ou do emprego, e, pelo outro, o patrimônio imaterial, a reivindicação de determinado estilo de vida ameaçado pela imigração e a globalização”. A força da extrema direita consiste em apresentar-se como uma resposta “anti-sistema” frente a uma arquitetura formada pelas elites corrompidas e “ofuscadas” pela globalização e o multiculturalismo. O partido de ultradireita britânico British National Party se nutre desse discurso. Os ultranacionalistas e ultradireitistas do partido Vlaams Belang conseguiram pesar de maneira decisiva no tabuleiro político com uma linha política similar.

Este coquetel de discursos remete diretamente aos anos da Alemanha Nazista. Hitler havia irrompido com um acerbo ataque às elites industriais e bancárias, além de seu criminoso e exterminador discurso sobre a pureza da raça. A repercussão deste discurso sobre as construções políticas dos países é considerável. A partir de 14 ou 15% de votos obtidos pela extrema direita, os partidos conservadores tradicionais caem na tentação de imitar seus princípios. A mutação é assim considerável e o transtorno dos valores termina em uma grande confusão da qual sai sempre o mesmo ganhador: a ultradireita.

As eleições presidenciais francesas são um exemplo espetacular dessa corrida protagonizada pelos conservadores liberais para subtrair à extrema direita seu saldo eleitoral. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, saiu em busca dos votos que lhe faltavam para ser reeleito com um argumentário digno da mais pura extrema direita: logo após perder o primeiro turno, Sarkozy considerou, entre outras delicadezas, que Marine Le Pen era “compatível com a República”.

O caso grego mostra até o absurdo como a crise apaga a memória. Dos dois partidos de extrema direita, LAOS e Aurora Dourada (Chrissi Avigi), o primeiro passou a formar parte da coalizão governamental criada no ano passado em meio à crise. O segundo, Chrissi Avigi, está se convertendo em um ator importante. O Chrissi Avigi é um partido pró-nazista, cujo emblema se parece com uma suástica. A recuperação do medo ao Islã, a agressão verbal contra os imigrados são hoje, nas sociedades europeias, uma das sementes mais frutíferas da conquista do poder.

Tradução: Libório Junior


Fotos: Manifestação da Aurora Dourada, partido de extrema-direita da Grécia


Roteiro de Cinema grampeia o Senador Álvaro Dias, líder do PSDB

TWITTER              NOME DO ALVO
@alvarodias_          ÁLVARO DIAS, LÍDER DO PSDB

INTERLOCUTORES
ÁLVARO x ROTEIRODECINEMA

DATA/HORA INICIAL   DATA/HORA FINAL  DURAÇÃO
26/08/2011 20:59         28/08/2011 17:04           44:05:00
RESUMO
Conduta de ÁLVARO DIAS, líder do PSDB no Senado, durante o episódio em que o contraventor CARLINHOS CACHOEIRA e o senador DEMÓSTENES TORRES conspiraram para "por fogo na República" usando o editor da Revista Veja POLICARPO JÚNIOR e o araponga Sargento PMDF JAIRO MARTINS DE SOUZA, vulgo ÍNDIO, "personal araponga" de GILMAR MENDES, para atacar o dirigente petista JOSÉ DIRCEU e rachar o PT ao meio visando desestabilizar o Governo DILMA ROUSSEFF:
26 de agosto de 2011 -20:59
https://twitter.com/#!/alvarodias_/status/107240751431294976
 26 de agosto de 2011 - 21:06
https://twitter.com/#!/alvarodias_/status/107242624053821440
 27 de agosto de 2011 - 17:52
https://twitter.com/#!/alvarodias_/status/107556165050843136

 27 de agosto de 2011 -  23:43
https://twitter.com/#!/alvarodias_/status/107644449202515968
[A nota no blog do Senador linkada por este tuíte antecipava a matéria da Revista Veja com imagens do Hotel Naoum, classificando como "detalhes saborosos" o que segundo a Polícia Federal foram imagens obtidas ilegalmente pelo Sargento Jairo, "personal araponga" do Ministro Gilmar Mendes, e passada ao editor da Veja Policarpo Junior por intermédio de Carlinhos Cachoeira, com a intenção de rachar o PT entre setores pró-Palocci e pró-Dirceu, e dar munição para Demóstenes (mas também Álvaro) atacarem de paladinos da moralidade contra o "Governo Paralelo" do Hotel Naoum:] 
http://topsy.com/www.alvarodias.blog.br/2011/08/o-governo-paralelo-de-ze-dirceu/
28 de agosto de 2011 - 00:09
[Seis horas depois de publicar a nota antecipando a matéria da Revista Portuguesa Visão, "prima da Veja", a nota já se encontrava deletada no blog do Senador.]
https://twitter.com/#!/alvarodias_/status/107650998859870208
 28 de agosto de 2011 - 00:27
https://twitter.com/#!/alvarodias_/status/107655420008607744
28 de agosto de 2011 - 17:04
https://twitter.com/#!/alvarodias_/status/107906495810768897
ENCERRADA
===//==
Hoje também a nota que antecipa a arapongagem da Revista Veja se encontra deletada no blog do Senador. Continuo perguntando ao Senador Álvaro Dias: o senhor não vê nenhum indício de ilegalidade - nos "detalhes saborosos" - nas imagens obtidas por Policarpo Júnior que ilustram a matéria da Revista Veja que o senhor antecipou? Mesmo depois que os "detalhes saborosos" de como foram obtidas se tornaram públicas?
===== OS DETALHES SABOROSOS =====
De como os "detalhes saborosos" foram obtidos.
Excertos do Inquérito contra Carlinhos Cachoeira que corre (lulz) em Segredo de Justiça:
RESUMO 02/08/2011-15/08/2011: CACHOEIRA diz para DEMÓSTENES que POLICARPO, Editor da Veja, está "para estourar aí" e que o JAIRO arrumou pra ele uma fita com imagens obtidas ilegalmente no Hotel Naoum que mostram o dirigente petista JOSÉ DIRCEU encontrando autoridades durante os dias da queda de do ministro ANTÔNIO PALOCCI, e combinando que dali duas semanas, eles (Policarpo, Demóstenes e Cachoeira) colocariam "fogo na República", porque teriam "as cenas" dos "nego procurando Dirceu no Hotel" o que "racharia o PT". Uma "bomba dentro do partido". 

[Não é preciso lembrar que a reportagem foi um fiasco e deve ter contribuído muito para a saída de Mario Sabino da editoria da Revista Veja.]
Ontem o Blog do Senador Álvaro Dias noticiava o seguinte: "Fascismo explícito!"



E a Veja noticiava: "Discurso anti-imprensa 'perde força', diz Alvaro Dias"
Porém, segundo o inquérito vazado, um "suposto conluio entre a imprensa e a quadrilha" não é só "uma invenção". Pelo contrário. "Conluio" (no sentido de maquinação ou conspiração para prejudicar outrem, combinação, arranjo) entre o Editor da Veja e a quadrilha de Cachoeira me parece ser uma conclusão do inquérito da Polícia Federal:
RESUMO:
CACHOEIRA utiliza de seu contato com POLICARPO e reportagens da Revista VEJA em favor de seus interesses políticos e negócios escusos:
Quem demanda a convocação do editor da Revista Veja em Brasília POLICARPO JÚNIOR e do Sargento PMDF JAIRO MARTINS DE SOUZA - "representantes do melhor jornalismo investigativo" - para depor na CPI que investiga Carlinhos Cachoeira são os fatos apresentados pelo inquérito. É a Sociedade brasileira e o interesse público.
Não são "o PT e setores a eles aliados" os interessados na investigação da relação de Cachoeira com a imprensa como sustenta o Senador Álvaro Dias. Eu, interessado, não sou nem um nem outro, e eles, o PT e seus aliados, que deveriam pedir formalmente a convocação de Policarpo e Jairo, até agora não o fizeram, pois pode ser - e o que apresento a seguir é só uma ilação corroborada por encontros fortuitos - que Dilma e o PT estejam sofrendo pressão e ameaças de retaliação do conluio de outra organização criminosa. A Máfia dos barões da imprensa.
Investigar a imprensa e sua relação com criminosos não é "afronta à liberdade de expressão", é um direito a informação. É um dever investigar, mesmo que os resultados botem "fogo na República", ao revelar o "Governo Paralelo" de Carlinhos Cachoeira e sua quadrilha de criminosos com tentáculos nos quatro poderes.
Quem leu o inquérito (ou ao menos parte dele) vislumbrou a extensão dos tentáculos de Cachoeira. E quem leu mesmo o inquérito sabe quem é o personagem Álvaro Dias dentro dele e sua participação na história. Um aliado pronto para encampar as denúncias de Cachoeira plantadas na Veja, mas que não poderia ir longe demais nas investidas e investigações. Um Senador manipulado por Cachoeira através de uma revista sem que o Senador sequer soubesse disso. Agora sabe.
Fernando Marés de Souza
Artigo original do Roteiro de Cinema sobre o caso, datado de 29 de Agosto de 2011.
Enquanto isso, no Twitter do Senador Álvaro Dias:
28 de Abril de 2012 - 21:11
Talvez não. Mas agora o senhor é o grampeadinho. Rsrs

Brizola Neto assume Trabalho; é o mais jovem no ministério de Dilma

publicado em 30 de abril de 2012 às 12:56
Brizola Neto é o novo ministro do Trabalho do governo Dilma

30 de abril de 2012 • 12h09 • atualizado às 12h16
Gustavo Gantois
Direto de Brasília
do Terra, sugerido pelo Luc
Na véspera do Dia do Trabalhador, a presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu anunciar o nome do novo ministro do Trabalho. O deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ) vai substituir Paulo Roberto Pinto, que ocupa o cargo há cinco meses como interino. A decisão foi tomada em reunião na manhã desta segunda-feira entre Dilma e o presidente do PDT, o ex-ministro Carlos Lupi.
O anúncio oficial deve ser feito dentro de minutos. O novo ministro, que está em Brasília, foi chamado às pressas ao Palácio do Planalto para ser comunicado da decisão. Brizola Neto disputava a indicação com outros dois nomes. O também deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) tinha a preferência interna do partido, mas sofria forte resistência de Dilma e dos ministros palacianos, entre eles Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência. O outro nome, com menos chances, era do secretário-geral do PDT, Manoel Dias.
Dilma foi convencida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a não passar as comemorações do Dia do Trabalhador sem um nome definitivo à frente da pasta que cuida das políticas para o setor. Brizola Neto, 33 anos, é o mais novo ministro da Esplanada dos Ministérios. Filiado ao PDT desde 1997, é neto do ex-governador Leonel Brizola e foi vereador da cidade do Rio de Janeiro antes de ser eleito para o primeiro mandato como deputado federal, em 2006.
Leia também:

Tesoureiro de Cachoeira quer falar na CPI para ‘cooperar’

Abril recebeu R$ 52 milhões do governo de SP e implica com blogs


Há alguns dias, telefona-me um amigo que trabalha na Editora Abril e que anda preocupado com a situação envolvendo a revista Veja, leia-se a possibilidade de o presidente do Conselho de Administração e diretor editorial do Grupo Abril, Roberto Civita, ser convocado a depor na CPI do Cachoeira.
A preocupação dessa pessoa se refere à possibilidade de sobrevir alguma condenação de seu empregador que afete os milhares de empregos que gera. Respondo que não deveria se preocupar não só devido à alta possibilidade de o poder de Civita fazer com que tudo seja abafado, mas também porque, se alguma conseqüência sobreviesse, certamente se restringiria à revista Veja e ele não trabalha na revista, mas em outra empresa do grupo.
O amigo, ainda preocupado, diz que isso não o conforta porque o que “segura” o Grupo Abril, hoje, é a Veja e seus contratos com o Estado, sobretudo com o governo de São Paulo, que torra recursos destinados à Educação comprando dezenas de milhares de exemplares da Veja e de livros didáticos das empresas de Civita, entre o muito que despende com esse grupo empresarial e com os Grupos Folha, Estado e com as Organizações Globo.
Lembrei-me dessa conversa por conta das acusações que o blogueiro e colunista da Veja Reinaldo Azevedo e vários outros jornalistas da grande imprensa fazem todo santo dia aos setores da blogosfera que se opõem ao conclave formado por aqueles grandes meios de comunicação e pelo PSDB, pelo DEM e pelo PPS.
No domingo, por exemplo, no âmbito de um arranca-rabo entre Azevedo e o site Brasil 247, este foi acusado de ser “financiado por dinheiro público”, como se a Veja não dependesse do Tesouro paulista (mais do que de qualquer outro).
À diferença de blogs como este, que não recebe um tostão de dinheiro público, o 247 tem um banner do governo do Distrito Federal que, por óbvio, é pago.Há outros sites e blogs que desafiam o poder da mídia tucana que têm banners não só de governos petistas como, também, de empresas estatais sob influência do PT.
Todavia, à diferença de uma Veja, o recebimento de dinheiro público por essas páginas é explícito, apesar de que Azevedo apresenta esse fato como uma grande revelação enquanto que o patrão dele não tem banner nenhum que mostre os milhões que recebe dos governos demo-tucanos.
Aliás, os contratos de fornecimento de publicações didáticas e informativas como a revista Veja para o governo tucano de São Paulo pela Editora Abril sofrem até questionamentos na Justiça, que, há pouco, aceitou denúncia do Ministério Público paulista contra a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).
Ano passado, o blog Namarianews veiculou que o governo paulista fez vultosas compras de revistas (Veja, Isto É, Época) e de jornais (Folha de SP, Estado de SP) via Secretaria de Estado da Educação, através da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE. Os contratos só desse negócio, sem falar em todos os outros, somaram R$9.074.936,00.
A ação encampada pelo Ministério Público de São Paulo partiu de uma ONG chamada Ação Educativa. Refere-se ao contrato 15/1165/08/04 (Diário Oficial 1/10/2008 e 25/out/2008) que autorizou a compra de 220 mil assinaturas da revista Nova Escola, da Fundação Victor Civita, ligada à Abril, no valor de R$3.700.000,00. O negócio foi feito sem licitação, apesar de amparado pela lei 8.666.
Em 26 de maio de 2009, o Ministério Público de São Paulo propôs ação civil de responsabilidade por ato de improbidade administrativa contra o Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, a Diretora e o Supervisor de Projetos Especiais, ambos da FDE, bem como contra a Fundação Vitor Civita.
A Ação, que tem como fundamento possíveis irregularidades no contrato firmado sem licitação entre a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) e a Fundação Victor Civita, requer a responsabilização dos agentes públicos por condutas que podem ser caracterizadas como improbidade administrativa e ainda tramita na Justiça Estadual”.
O dispêndio de dinheiro do governo de São Paulo com a grande imprensa que tanto apreço demonstra por ele atinge as raias do inacreditável. Segundo o Namarianews, mais de R$250 milhões foram gastos na década passada, tudo sem licitação.
Desse total, comprovado com dados do Diário Oficial, a Editora Abril/Fundação Victor Civita recebeu inacreditáveis R$ 52.014.101,20 para comprar milhares de exemplares de diferentes publicações, entre elas a Revista Nova Escola, a Veja, o Almanaque do Estudante, a Revista Recreio e o Atlas da National Geographic.
O processo da ONG Ação Educativa recebeu o número 0018196-44.2009.8.26.0053 e se baseou em três premissas:
1º) A lei federal 8.666 de 21 de junho de 1993 (que “estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”, incluindo a inexigibilidade de licitação) foi desacatada em seu artigo 25, que deixa claro ser vedada “a preferência de marca, que ocorreu explicitamente neste caso, uma vez que outras editoras não foram sequer consultadas”.
2º) A revista Nova Escola não tem exclusividade temática. “É importante mencionar ao menos duas outras revistas que poderiam ser escolhidas para cumprir as mesmas funções da Revista Nova Escola, tais como as descritas em seu processo de compra: a Carta na Escola, Editora Confiança Ltda, e a Revista Educação, da Editora Segmento Ltda”.
3º) “De acordo com os documentos (fls. 4-12 do processo FDE n. 15/1165/08/04), a motivação inicial para a elaboração do contrato foi uma carta encaminhada em 1/9/2008 pela Fundação Victor Civita à então Secretária de Educação Maria Helena Guimarães de Castro, propondo parceria, com descrição da proposta pedagógica da Nova Escola, preços e condições, além de cronograma de postagem. Ora, o contrato não partiu de uma necessidade da Secretaria de Estado, mas sim de uma oferta realizada pela Fundação e aceita pela Secretaria, que viabilizou seus termos sem consulta a outras editoras ou, principalmente, aos destinatários diretos da compra – os docentes”. (Fonte – Ação Educativa).
Este blog foi pesquisar o andamento do processo e descobriu que foi aceito pela Justiça. Abaixo, os processos que constam contra a Fundação Victor Civita e a decisão judicial de aceitação do processo da Ação Educativa encampado pelo Ministério Público de São Paulo.


O processo continua tramitando desde o final de 2010. A última movimentação é de 9 de abril último, com determinação para que as partes se manifestem.

Não é por outra razão que o deputado estadual Luiz Moura (PT-SP) reiterou pedido que a Assembléia Legislativa de São Paulo vem fazendo para que o presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), Bernardo Ortiz, compareça à Casa para. Ele argumentou que o requerimento foi aprovado há um ano, mas o homem não dá as caras. A oposição quer que a FDE explique por que, com um orçamento de bilhões, falta tudo nas escolas paulistas.
Ouça, abaixo, o que diz o deputado (depois haverá que voltar à página anterior para continuar a leitura)
Clique aqui para ouvir
Eis que os jornalistas da grande mídia argumentam que essa quantidade descomunal de dinheiro público que o governo paulista despeja em uma Veja se deve a que tem um trilhão (sic) de leitores, blábláblá e blábláblá, como se, por isso, esses veículos devessem ser os únicos receptáculos de dinheiro público.
Os defensores do sepultamento de tanto dinheiro público na Veja, entre outros, argumentam com dados do Instituto Verificador de Circulação,  entidade responsável pela auditoria de circulação dos principais jornais e revistas do Brasil. Uma breve pesquisa no IVC, porém, revela um dado altamente eloqüente.
Adivinhe, leitor, quem faz parte do “Conselho Superior” do Instituto Verificador de Circulação. Ninguém mais, ninguém menos do que Roberto Civita. Ou seja, um dos veículos “verificados” pela entidade faz parte dela, o que, se não é ilegal, no mínimo é para lá de imoral.
De qualquer forma, mesmo que os dados sejam corretos, a publicidade oficial não é só para grandes veículos em nenhum país democrático. A publicidade deve ser focalizada em setores. Na internet, pode-se mensurar até com mais precisão qual é a exata audiência de cada veículo…
Enquanto isso, o blogueiro da Veja Reinaldo Azevedo e assemelhados continuam implicando com banners de governos petistas e empresas estatais em blogs e sites, publicidades que estão à vista de todos e que jamais foram questionadas judicialmente.
Volto, então, ao meu preocupado amigo que trabalha na Editora Abril, a uma sua frase altamente emblemática que me foi dita quando manifestou seu temor relativo à CPI do Cachoeira: “O que seria da Veja sem dinheiro público?”.

Governador Cerra financiou a Veja

Saiu no R7:


Serra deu R$ 34 milhões à editora que publica a revista Veja quando era governador de SP

Tucano escolheu um ex-jornalista da revista para assumir sua campanha à Prefeitura de SP

Um levantamento feito junto ao Diário Oficial do Estado de São Paulo mostra que o ex-governador José Serra, quando ocupava o cargo, pagou cerca de R$ 34 milhões ao longo de um ano ao Grupo Abril, responsável pela publicação da revista Veja.


A pesquisa feita pelo jornalista Altamiro Borges em 2010, do jornal Correio do Brasil, revela que o dinheiro era transferido do governo paulista para o grupo por causa da assinaturas de revistas.


Parte do dinheiro foi destinado para a compra de cerca de 25% da tiragem da Nova Escola e injetou alguns milhões nos cofres de Roberto Civita, o empresário que controla a Editora Abril.

Além disso, na época, o tucano também apresentou proposta curricular que obrigava a inclusão no ensino médio de aulas baseadas nas edições do Guia do Estudante, outra publicação do grupo.


Depois de vários contatos, o  R7 aguardava o retorno prometido pelos assessores do ex-governador.


Caso Cachoeira e a Veja


Nesta semana, gravações feitas pela Polícia Federal, à qual o R7 teve acesso, mostraram que Cláudio Abreu , ex-diretor da Delta Construções, deu orientações a um dos redatores-chefes da revista Veja, Policarpo Júnior, para produção de uma reportagem sobre Agnelo Queiroz (PT-DF).

Dias antes, foi publicada uma denúncia sobre a atuação do governador na operação Caixa de Pandora, que derrubou o antecessor e rival José Arruda (ex-DEM).

Aparentemente, o grupo de Cachoeira tentava abastecer a revista com informações que interessavam a seus negócios.


Entre o dia 29 e 30 de janeiro, membros do grupo discutiram a repercussão da matéria e usaram a história para pressionar o governo pelo cumprimento de uma promessa não identificada pelo inquérito da PF.


Recentemente, Serra, atual pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, anunciou o jornalista Fábio Portela, ex-editor de Brasil da revista Veja, como coordenador de imprensa de sua campanha.


Em tempo: foi a revista Veja, num dos seus notáveis momentos, que disse que Cerra era “a elite da elite”.  PHA
Clique aqui para ler “Ministro inglês entrega grampos de Murdoch/Civita”.

O sionismo que ensombra o Mundo - Eça de Queiroz comenta a acção dos judeus na Alemanha

[......] Mas o pior ainda, na Alemanha, é o hábil plano com que fortificam a sua prosperidade e garantem a sua influência – plano tão hábil que tem o sabor de uma conspiração: (*) na Alemanha, o judeu, lentamente, surdamente, tem se apoderado das duas grandes forças sociais – a Bolsa e a Imprensa. Quase todas as casas bancárias, quase todos os grandes jornais estão na posse do semita. Assim, torna-se inatacável. De modo que não só expulsa o alemão das profissões liberais, o humilha com a sua opulência rutilante, e o traz dependente do capital; mas, injúria suprema, pela voz de seus jornais, ordena-lhe o que há de fazer e com quem há de se bater! Tudo isso seria suportável se o judeu se fundisse com a raça indígena. Mas não. O mundo judeu conserva-se isolado, compacto, inacessível e impenetrável. As muralhas formidáveis do templo de Salomão, que foram arrasadas, continuam a pôr em torno dele um obstáculo de cidadelas. Dentro de Berlim há uma verdadeira Jerusalém, inexpugnável: aí se refugiam com o seu Deus, os seus costumes, o seu Sabbath, a sua língua, o seu orgulho, a sua secura, gozando o ouro e desprezando o cristão. Invadem a sociedade alemã, querem lá brilhar e dominar, mas não permitem que o alemão meta sequer o bico do sapato dentro da sociedade judaica. Só casam entre si; entre si ajudamente, regiamente, dando-se uns aos outros milhões, mas não favoreceriam com um troco um alemão esfomeado; e põe orgulho, um coquetismo insolente em se diferenciar do resto da nação em tudo, desde a maneira de pensar até a maneira de vestir. [......]

Eça de Queiróz
 In Cartas de Inglaterra, Israelismo.
Livraria Chardron, Lelo & Irmão, Porto, 1907.
NOTA:
(*)   Se a desconfiança e a hostilidade contra os judeus tivesse surgido somente num único país e só numa determinada época, seria fácil identificar as razões dessa aversão. Mas, ao contrário, essa raça é, desde há muito tempo, antipatizada pelos habitantes de todas as terras e nações no seio das quais se estabeleceu. Como os inimigos dos judeus existiram entre os mais diversos povos, os quais habitavam regiões distantes entre si e eram regidos até por leis determinadas por princípios opostos e se não tinham os mesmos costumes, e eram distintos no espírito de suas culturas, então as causas do anti-semitismo devem ser procuradas entre os próprios judeus, e não entre os seus antagonistas.
Bernard Lazare
anarquista judeu 
Antisémitisme, son histoire et ses causes, Paris 1934, Tomo I, pág.32
No Guerra Silenciosa

INDIGNADAS HIGH-SOCIETY OU AQUELAS QUE, NEM SABEM O QUE DISCUTEM

Anonimous decidem bombardear Servidor da Veja

Vladimir Safatle: Esquerda sem medo de dizer seu nome

por Vladimir Safatle, na Folha de S. Paulo, recomendado por Igor Felippe

 
Há alguns anos, o cientista político André Singer cunhou o termo “lulismo” para dar conta do modelo político-econômico implementado no Brasil desde o início do século 21.
Baseado em uma dinâmica de aumento do poder aquisitivo das camadas mais baixas da população por meio do aumento real do salário mínimo, de programas de transferência de renda e de facilidades de crédito para consumo, o lulismo conseguiu criar o fenômeno da “nova classe média”.
No plano político, esse aumento do poder aquisitivo da base da pirâmide social foi realizado apoiando-se na constituição de grandes alianças ideologicamente heteróclitas, sob a promessa de que todos ganhariam com os dividendos eleitorais da ascensão social de parcelas expressivas da população.
O resultado foi uma política de baixa capacidade de reforma estrutural e de perpetuação dos impasses políticos do presidencialismo de coalizão brasileiro.
No entanto é bem possível que estejamos no momento de compreensão dos limites do modelo gestado no governo anterior. O aumento exponencial do endividamento das famílias demonstra como elas, atualmente, não têm renda suficiente para dar conta das novas exigências que a ascensão social coloca na mesa.
É fato que o país precisa de uma nova repactuação salarial. As remunerações são, em média, radicalmente baixas e corroídas por gastos que poderiam ser bancados pelo Estado. Por isso, é possível dizer que a próxima etapa do desenvolvimento nacional passe pela recuperação dos salários.
A melhor maneira de fazer isso é por meio de uma certa ação do Estado. Uma família que recebe R$ 3.500 mensais gasta praticamente um terço de sua renda só com educação privada e planos de saúde. Normalmente, tais serviços são de baixa qualidade. Caso fossem fornecidos pelo Estado, tais famílias teriam um ganho de renda que isenção alguma de imposto seria capaz de proporcionar.
Entretanto a universalização de uma escola pública de qualidade e de um serviço de saúde que realmente funcione não pode ser feita sob a dinâmica do lulismo, pois ela exige investimentos estatais só possíveis pela taxação pesada sobre fortunas, lucros bancários e renda da classe alta. Ou seja, isso exige um aumento de impostos sobre aqueles que vivem de maneira nababesca e que têm lucros milionários no sistema financeiro.
Algo dessa natureza exige, por sua vez, uma mobilização política que está fora do quadro de consensos do lulismo.Porém a força política que poderia pressionar essa nova dinâmica ainda não existe no Brasil. Ela pede uma esquerda que não tenha medo de dizer seu nome.

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Tesoureiro de Cachoeira quer falar na CPI para ‘cooperar’

Quadrilha festejou entrevista sobre ameaça ao estado de Direito

por MSC
Carlinhos Cachoeira festeja com Cláudio Abreu, o diretor da Delta, a entrevista de Demóstenes Torres nas páginas amarelas da Veja. Abreu lê trecho: situação descrita por Demóstenes põe em risco “o estado de Direito no Brasil”. Abreu registra que recebeu ligação de um inspetor da Receita Federal e que foi convidado para o estande de autoridades numa cerimônia relativa, presume-se, ao combate de produtos piratas. O bicheiro Cachoeira aparentemente tira um sarro, lembrando que Abreu traz produtos de fora, sem ser específico. O iPad de Demóstenes deu pau e o bicheiro promete dar um novo ao senador, para que se veja nas páginas amarelas. Na entrevista, que reproduziu em seu blog, o senador parceiro do bicheiro diz: “Defendemos uma política de segurança pública sem tantos benefícios aos detentos, como indultos e progressão de pena”.

O “abafa” para salvar o Robert(o) e os Marinho

 * NÃO HÁ MENSALÃO QUE RIVALIZE COM ISSO: Lula tinha razão **muitos não entenderam seu empenho na criação da CPI da dupla Demóstenes/Cachoeira** a íntegra do inquérito contra Demóstenes, publicada pelo site 'brasil 247' (http://brasil247.com/), comprova sua intuição política** os diálogos reveladores da parceria entre o bicheiro, o senador, tucanos, magistrados e a revista 'VEJA' incluem  provas explícitas de conluio e conspiração contra o país, o  governo e lideranças do PT** trata-se de um golpe mortal na jugular da credibilidade demotucana e de seu dispositivo midiático (Leia mais nesta pág)
 


O Conversa Afiada considera que, se não interrogar e indiciar o Roberto(o) Civita e os filhos do Roberto Marinho – eles não tem nome próprio –, a CPI será uma fraude.

Essa é a CPI da Veja e da Globo (os dois juntos, porque elas são a corda e a caçamba).

A Veja se acumpliciou ao crime organizado com o Demóstenes e o Cachoeira, recolhia o detrito sólido de maré baixa e a Globo, segundo o catecismo do Cardeal Ratzinger, o Ali Kamel, transformava esse detrito sólido em Chanel # 5.

Assim começou o mensalão – clique
aqui para ler “TV Record melou o mensalão” -, assim o Daniel Dantas tirou o pescoço da forca com o grampo sem áudio – que o Luiz Fernando Correa não achou até hoje – e, mais recentemente,  invadiram o Hotel Naoum em Brasília, para plantar cocaína no apartamento do José Dirceu.

(Mais tarde, dois dos personagens envolvidos nas ações em tela – Demóstenes e a imagem do suborno nos Correios; e Gilmar Dantas, com Demóstenes, no grampo sem áudio – os dois, juntos, aparecem num outro grampo edificante – clique
aqui para ler “Gilmar não explica Demóstenes – o Gilmar mandou buscar”.)

Demóstenes, Cachoeira e a Delta estão mortos.

Essa CPI é a do PiG (*).

É para apurar como se trama o Golpe no Brasil: com o crime organizado.

Ou seja, como os conservadores querem revogar a decisão do eleitor e derrubar qualquer presidente trabalhista.

Nas páginas do PiG (*).

Com material do crime organizado.

Clique
aqui para ver o video: “O Globo é a vanguarda do Golpe, em 1964 e hoje”.

No momento, desenrola-se uma operação “abafa” no PiG (*).

Tirar a Veja e os filhos do Roberto Marinho da CPI da forca.

É o que fazem a Folha (**)
na pág. A6 desta segunda-feira, e o Estadão, na A4 (o Estadão partiu dessa para melhor: eliminou as fontes de informação – é ele próprio a fonte de si mesmo, e dane-se a verdade factual.)

Eles traçam o roteiro e o foco da CPI.

E nem falam do Robert(o) Civita ou dos filhos do Roberto Marinho.

É o pacto do silêncio: a Folha e o Estadão “desvendam” o foco da CPI e ignoram a Veja, o Policarpo e os filhos do Roberto Marinho.

Logo os PiGs (*) de São Paulo, que estão à beira da morte, exatamente por causa do poder predatório da Rede Globo.

(A Veja não conta:
ela odeia o Brasil porque o dono é um perdedor.)

A Judith Brito, presidia a ANJ quando pronunciou a historica frase: o PiG (*) é a oposição.

Por isso, mereceu o prêmio O Corvo, distribuido no primeiro encontro de blogueiros sujos, em São Paulo, dois anos atrás.

E, deselegante, ela nunca foi buscar.

(O próximo encontro será no dia 25 de maio em Salvador – clique
aqui para ler “Barão de Itararé convida Ayres Britto para encontro de bogueiros sujissimos”. E aqui para ler sobre a entrevista que Ayres Britto deu à Carta Capital sobre o julgamento do mensalao: “não haverá linchamento”. )

Aí, pergunta-se: a Associação Nacional dos Jornais vai defender o Robert(o) Civita e sua liberdade de imprensa ?

Clique
aqui para ver o que aconteceu com o Rupert Civita na Inglaterra.

A ANJ e a OAB do Ophir vão defender o Policarpo, os filhos do Roberto Marinho, o Ali Kamel,
aqueles que perderam e 10 a 0 na decisão sobre as cotas raciais ?
Pode transformar delito sólido de maré baixa, recolhido no crime organizado em Chanel # 5, Dr Ophir, D Judith ?

Pode ?

Cade a liberdade de imprensa  do Policarpo ?

Os mervais acham que meter a mão no detrito sólido e operar em sintonia com os interesses empresariais do crime organizado é uma boa: desde que seja para derrubar um presidente trabalhista.

Para derrubar o Lula vale escrever uma “reportagem” de capa a quatro mãos com o Daniel Dantas, e plantar matéria de intresse do Carlinhos Cachoeira – isso está garantido pelo preceito da “liberdade de imprensa”.

Os fins justificam os meios.

O Conversa Afiada e o Tijolaço têm outra opinião, amigo navegante:
jornalista bandido bandido é.

Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.