Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 31 de julho de 2014

MASSACRE EXTRAI CHORO E IRA NA ONU CONTRA EUA

:










Potências mundiais têm de responsabilizar Israel, diz comissária de direitos humanos da ONU
Por Stephanie Nebehay
GENEBRA (Reuters) - A principal autoridade da Organização das Nações Unidas (ONU) em direitos humanos disse nesta quinta-feira acreditar que Israel está deliberadamente desafiando a lei internacional com a ofensiva militar na Faixa de Gaza, e que as potências mundiais deveriam considerar o país responsável por crimes de guerra.
Israel atacou casas, escolas, hospitais e instalações da ONU em aparente violação às Convenções de Genebra, disse a alta comissária da ONU para Direitos Humanos, Navi Pillay.
"Portanto, eu diria que eles parecem estar sendo desafiadores... desafio deliberado de obrigações que a lei internacional impõe a Israel", disse Pillay a jornalistas.
"É por isso que eu digo uma vez, e outra vez, que não podemos permitir a impunidade, não podemos permitir que prossiga essa falta de responsabilidade", acrescentou.
Os militantes do Hamas na Faixa de Gaza também violaram a lei humanitária internacional ao disparar foguetes indiscriminadamente contra Israel, algumas vezes em áreas densamente povoadas, disse Pillay.
Ela também criticou os Estados Unidos, principal aliado de Israel, por não usarem sua influência sobre o Estado judeu para que interrompa a violência.
"Muitos dos meus comentários são direcionados aos Estados Unidos, já que são uma parte com influência sobre Israel, para que façam muito mais para pôr fim à matança, para que levem as partes à mesa de negociações. Eu também pedi o fim do bloqueio e o fim da ocupação."
Pillay disse ficar chocada com o fato de os EUA consistentemente votarem contra resoluções da ONU de condenação a Israel no Conselho de Direitos Humanos, Assembleia-Geral e Conselho de Segurança da ONU.
"Eles não só entregam armamento pesado que agora está sendo usado por Israel em Gaza, como também forneceram quase 1 bilhão de dólares para os Domos de Ferro de proteção dos israelenses de ataques de foguetes", disse ela. "Mas não forneceram o mesmo tipo de proteção para os moradores de Gaza contra os bombardeios."
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que enfrenta pressão internacional por conta do crescente número de baixas civis em Gaza, disse nesta quinta-feira que não aceitará nenhum cessar-fogo que impeça Israel de completar a destruição de túneis utilizados por militantes para invadir território israelense.
Altos funcionários em Gaza dizem que pelo menos 1.372 palestinos, a maioria deles civis, foram mortos no território, e cerca de 7.000 ficaram feridos. Do lado de Israel, 56 soldados perderam a vida em confrontos em Gaza e mais de 400 ficaram feridos. Três civis foram mortos por ataques de foguetes palestinos contra Israel.
O governo israelense diz que sua ofensiva tem como objetivo impedir o Hamas de continuar lançando foguetes contra seu território.
Pillay disse que, como Israel processou apenas quatro soldados israelenses por sua ofensiva de 2008/09 em Gaza, incluindo um militar acusado de roubo de um cartão de crédito, ela não espera que o país investigue adequadamente as violações cometidas durante os ataques aéreos e terrestres em Gaza, agora na quarta semana.
"Mas o direito internacional deixa claro que, quando um Estado é incapaz ou não tem interesse em realizar investigações e processos, o sistema internacional se aplica", disse.

domingo, 27 de outubro de 2013

Os Últimos Párias da Terra




Mauro Santayanna

Há alguns dias, o mundo acompanha, com atenção, o drama de duas meninas. Uma, chama-se Leonarda. A outra, Maria. Leonarda, de quinze anos, foi tirada à força de dentro de um ônibus, em uma excursão escolar, e expulsa da França, junto com sua família.

Maria, de quatro, foi encontrada, há alguns dias, em uma cidade no interior da Grécia, e retirada do casal com que estava por suspeita de rapto.

Leonarda é morena. Maria é loira.

A primeira nasceu na Itália, e foi criada na França. Mas está em Kosovo, país em que nunca viveu, porque seu pai é originário dali, da antiga Iugoslávia. Seu irmão, Daniel, nasceu em, Nápoles, mas mora na Ucrânia. Sua irmã, Erina, mora na França, mas nasceu também na Itália, assim como Maria, que tem 17, Rocky, de 12, Ronaldo, de 8, e Hassan, de 5 anos. Só a caçula, Medina, nasceu na França.

Maria, encontrada com uma família em Farsala, na Grécia, pode ser filha – descobriu-se agora, de um casal de búlgaros que vive em um gueto da cidade de Nikolaevo. O nome deles, curiosamente, é Rusev, quase como o da Presidente Dilma.

O casal Dibrani, pais de Leonarda, têm oito filhos. Os Rusev, pais de Maria, tem dez, e a mãe alega que teria cedido a filha a um casal na Grécia, quando morou no país, porque não tinha como dar-lhe de comer.

Mas como é isso, em que tempo estamos? De que continente falamos? Da Europa do Século XXI, que manda sondas ao espaço, e se orgulha de sua alta renda per capita e do seu Desenvolvimento Humano? Ou da Europa do passado, com suas enormes famílias, seus guetos, sua fome, e os milhões de miseráveis dos séculos XVIII e XIX?

Falamos, infelizmente, de agora. Na Europa de hoje, Leonarda e Maria não são duas meninas normais. Não têm passaporte, nem pátria, nem futuro. São ciganas. E em seu sangue carregam o destino dos últimos párias da terra.

É certo que há outros deserdados, perseguidos por questões políticas ou religiosas, ou por serem minorias em seu próprio território. Mas todos têm sua terra. A lembrança do país onde nasceram, a esperança de um dia ter um documento, de voltar a ser alguém.

Em uma Europa racista, cada vez mais xenófoba, e que não reconhece o direito de jus soli, mas, na maioria dos países, apenas o de jus sanguinis (quando não basta nascer em um determinado país para adquirir a nacionalidade), os ciganos vagam, como fizeram nos últimos mil anos, sem eira nem beira, ao sabor do estado de espírito de quem manda no país em que estejam, e não podem criar raízes, nem quando deixam de agir como nômades.

Até o final da Segunda Guerra Mundial, os ciganos compartilhavam seu destino com os judeus.

Com eles, eram expulsos, de um país para o outro. Com eles, foram espancados e roubados, desde que deixaram a índia, rumo ao Ocidente, há cerca de mil anos.

Em 1925, os roms passaram a sofrer, como os judeus, as restrições das Leis de Nuremberg para a Proteção Proteção do Sangue, que proibia o casamento entre alemães e "não-arianos".

Em 1937, a Lei de Cidadania Nacional relegou os ciganos e os judeus à condição de cidadãos de segunda classe. E Himmler emitiu decreto que chamou de "A luta contra a praga cigana", que solicitava que toda informação sobre ciganos fossem mandadas para o Escritório Central do Reich.

Se os judeus tiveram a Kristallnacht, com a quebra de centenas de negócios e a queima de Sinagogas, os roms tiveram a “semana de limpeza cigana” de 12 de junho e 18 de junho de 1938.

Se os judeus foram sistematicamente perseguidos e mortos, aos milhões, calcula-se que, nos campos de extermínio e nas mãos dos “einzatsgruppen”, principalmente na Europa do leste, morreram um milhão e quinhentos mil roms.

O primeiro teste do gás Zyklon B, usado pelos alemães nas câmaras de gás, foi feito com 250 crianças ciganas, em janeiro de 1940, no campo de concentração de Buchenwald.

Ao contrário dos hebreus, os ciganos, no entanto, nunca tiveram um Deus que lhes desse terra prometida.

Os judeus fundaram Israel.

Os roms continuam, sem pátria e sem destino, a ser discriminados, perseguidos e mortos – por doença e inanição.

O leitor preste atenção. Os meninos e as meninas ciganas são os únicas, na Europa, que vivem em guetos exclusivamente étnicos. Os dez irmãos de Maria Rusev dormem todas em um cômodo de chão batido em Nikolaev.

Nos subúrbios de Bucarest, de Sofia, de Budapest, ou nas fotos e vídeos da internet, é fácil reconhecer as crianças ciganas. São as únicas (como mostra a foto que mostra dois dos irmãos de Maria) que trazem a barriga inchada por causa dos vermes, e sempre, na mão – devido à fome – um pedaço de pão.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

LULA SOBRE O IRÃ. OBAMA TRAIU ! Sabe qual é a conclusão ? Não pode ter um novo ator ! Eles não deixam !

É verdade que você não acredita no Holocausto ? Se for, é o único !
O presidente Lula fez uma revelação sobre o papel do Brasil na negociação para evitar a crise entre o Irã e os países ricos, por causa do programa nuclear.

Esta é a primeira vez que Lula dá detalhes de como foi traído por Barack Obama e os países ricos.

O relato fez parte de sua participação na série de palestras “2003-2013 – Uma Nova Política Externa – Conferência Nacional”, que se realiza desde segunda-feira na Universidade Federal do ABC (criada pelo Presidente Lula), no campus de São Bernardo.

Segue-se uma reprodução livre do depoimento de Lula:


Lula conta que não conhecia o presidente do Irã, Ahmadinejad.

Encontrou com ele em Nova York e perguntou: você não acredita no Holocausto ?

Se for isso, você é o único que não acredita !

Ahmadinejad respondeu: não foi isso o que eu quis dizer.

O que eu quis dizer é que morreram 70 milhões na Segunda Guerra e fica parecendo que só morreram os judeus.

Então, disse o Lula: a pior coisa num político é não se fazer entender. 

Então vá lá e diga. Mas, reconheça que os judeus não morreram na Guerra ! Foi um genocídio !

Aí, Lula disse a Ahmadinejad que queria para o Irã o mesmo que quer para o Brasil: enriquecer urânio e usar para fins científicos e para a energia nuclear. Fora disso, não tem o meu apoio.

Aí, Lula chegou e perguntou ao Obama: você já conversou com o Ahmadinejad ? Não, ele respondeu.

À Merkel: você já conversou ? Não.

Ao Sarkozy: você já conversou com Ahmadinejad ? Não.

Ao Gordon Brown. Não !

Ao Berlusconi: não !

Como é possível que dois chefes de Estado não possam conversar sobre um problema ?, se perguntou Lula.

Aí, Lula achou era possível tentar um acordo.

E se comprometeu a ir a Teerã para que Ahmadinejad deixasse a Agência Internacional de Energia Atômica (da ONU) ir inspecionar as instalações nucleares iranianas.

Lula cansou de ouvir da Hillary Clinton para não ir – imita a voz fanhosa de Hillary – , porque seria uma ingenuidade.

Lula estava em Moscou, com o presidente Mevdev, e ligaram dos Estados Unidos: você é um ingênuo, não vá lá.

Lula passou dois dias no Irã com o ministro Celso Amorim.

Esteve com o presidente do Congresso, com o grande líder Khamenei e com Ahmadinejad.

Eu disse pra ele: perdi todos os meus amigos.

A minha querida imprensa democrática me bate pra cacete.

Eu não saio daqui sem um compromisso.

Negociamos até meia noite.

Combinamos que no dia seguinte, às 9h da manhã, assinaríamos um acordo.

Aí, o Sarkozy telefonou: o Ahmadinejad não cumpre o que promete. Tem que fazer ele assinar.

Às 9h da manha, o Ahamadinejad pergunta se não dava para ser só de boca.

Sabe o que todo mundo diz de você ?, Lula pergunta. Sabe ? Que você não cumpre o que promete.

Só saio daqui com papel escrito !

Dez dias antes de viajar, o Obama tinha mandado uma carta ao Lula com os pontos que achava inegociáveis na questão nuclear iraniana. O que o Ahmadinejad tinha que topar fazer.

A carta-compromisso que o Ahmadinejad assinou cumpria tudo o que o Obama pediu !

Dias depois, a agência Reuters publicou a carta de Obama e estava tudo lá: na carta que o Ahmadinejad assinou.

Eu achei, disse o Lula, que, quando o Celso Amorim – e Lula elogiou muito o trabalho de Amorim – anunciasse a próxima ida da Agência Internacional de Energia Nuclear a Teerã, e divulgasse a carta,  a crise amainasse.

Mas, não !

Os países ricos aumentaram a pressão sobre Ahmadinejad.

Que aquela carta não valia !

Sabe qual é a minha conclusão ?, perguntou Lula.

Que eles (os ricos) não querem que exista um novo ator !

O Brasil ? Não ! Não se meta ! O Oriente Médio não é coisa pra você !

É coisa nossa !

Ah, é ?

Então, se a ONU foi capaz de criar o Estado de Israel, por que não cria o Estado Palestino ?


(Essa é uma reprodução não literal de um trecho da palestra de Lula, feita por Paulo Henrique Amorim, que a assistiu, ao vivo, no Conversa Afiada)

segunda-feira, 30 de abril de 2012

O sionismo que ensombra o Mundo - Eça de Queiroz comenta a acção dos judeus na Alemanha

[......] Mas o pior ainda, na Alemanha, é o hábil plano com que fortificam a sua prosperidade e garantem a sua influência – plano tão hábil que tem o sabor de uma conspiração: (*) na Alemanha, o judeu, lentamente, surdamente, tem se apoderado das duas grandes forças sociais – a Bolsa e a Imprensa. Quase todas as casas bancárias, quase todos os grandes jornais estão na posse do semita. Assim, torna-se inatacável. De modo que não só expulsa o alemão das profissões liberais, o humilha com a sua opulência rutilante, e o traz dependente do capital; mas, injúria suprema, pela voz de seus jornais, ordena-lhe o que há de fazer e com quem há de se bater! Tudo isso seria suportável se o judeu se fundisse com a raça indígena. Mas não. O mundo judeu conserva-se isolado, compacto, inacessível e impenetrável. As muralhas formidáveis do templo de Salomão, que foram arrasadas, continuam a pôr em torno dele um obstáculo de cidadelas. Dentro de Berlim há uma verdadeira Jerusalém, inexpugnável: aí se refugiam com o seu Deus, os seus costumes, o seu Sabbath, a sua língua, o seu orgulho, a sua secura, gozando o ouro e desprezando o cristão. Invadem a sociedade alemã, querem lá brilhar e dominar, mas não permitem que o alemão meta sequer o bico do sapato dentro da sociedade judaica. Só casam entre si; entre si ajudamente, regiamente, dando-se uns aos outros milhões, mas não favoreceriam com um troco um alemão esfomeado; e põe orgulho, um coquetismo insolente em se diferenciar do resto da nação em tudo, desde a maneira de pensar até a maneira de vestir. [......]

Eça de Queiróz
 In Cartas de Inglaterra, Israelismo.
Livraria Chardron, Lelo & Irmão, Porto, 1907.
NOTA:
(*)   Se a desconfiança e a hostilidade contra os judeus tivesse surgido somente num único país e só numa determinada época, seria fácil identificar as razões dessa aversão. Mas, ao contrário, essa raça é, desde há muito tempo, antipatizada pelos habitantes de todas as terras e nações no seio das quais se estabeleceu. Como os inimigos dos judeus existiram entre os mais diversos povos, os quais habitavam regiões distantes entre si e eram regidos até por leis determinadas por princípios opostos e se não tinham os mesmos costumes, e eram distintos no espírito de suas culturas, então as causas do anti-semitismo devem ser procuradas entre os próprios judeus, e não entre os seus antagonistas.
Bernard Lazare
anarquista judeu 
Antisémitisme, son histoire et ses causes, Paris 1934, Tomo I, pág.32
No Guerra Silenciosa

quarta-feira, 21 de março de 2012

Caça aos diferentes

Muçulmanos e judeus foram assassinados na França.
A morte dos judeus teve repercussão internacional.
A dos muçulmanos até a mídia publicada no Brasil boicotou.
Mostrando mais uma vez que o anti-semitismo continua em pleno vapor.
Seja no Brasil ou nos Estados Unidos e Europa.
Na Europa e Estados Unidos o boicote aos muçulmanos é coisa pensada.
No Brasil é por ignorância mesmo.
Dos que se autodenominam jornalistas, mas ignoram o significado do A,B,C.
E do Alef então, que os céus nos perdoem.
O jornalismo no Brasil sofre de esquizofrenia cultural.
Todo o saber provem dos programas de TV e filmes hollywoodianos.
Com as devidas ressalvas.
O que eu posso sugerir aos muçulmanos - aprendam a se defender.
E aos judeus, que procurem abrigo nos países árabes.
Onde sempre foram bem recebidos e também protegidos.
Quem sempre perseguiu os judeus foram os europeus e estadunidenses.
Quem queimou judeus na fogueira, durante a inquisição e mesmo depois dela, foram os europeus.
Quem colocou os judeus em campos de concentração foram os europeus.
Quem produziu o holocausto foram os europeus.
Por isso digo.
O melhor para os judeus é buscar abrigo em países árabes.
E muçulmanos.
Afinal, no Marrocos, um dos títulos do rei é “Protetor dos judeus”.
E no Iran vivem mais de 30 mil judeus.
Ha mais de dois mil anos e jamais foram perseguidos.
Mesmo agora, quando o sionismo barbariza os palestinos, os judeus iranianos vivem em completa harmonia.
Possuem suas sinagogas, hospitais, escolas e têm ate representantes no parlamento.
Mesmo no esquartejado Afeganistão, há uma Mesquita de Maria, em homenagem à mãe de Jesus Cristo.
Não sei se essa mesquita continua em pé porque os Estados Unidos não deixaram pedra sobre pedra.
Estados Unidos, nação cantada e louvada pela ignorância como exemplo de democracia.
Que o digam os que padecem nas câmaras de tortura no Afeganistão, no Iraque, na Líbia.
Que o digam os civis sírios massacrados pelos terroristas financiados pelos Estados Unidos e Europa.
O melhor exemplo da democracia estadunidense é a Ku Klux Klan.
O melhor para os judeus, se me permitem, é juntar-se aos palestinos.
Apesar do sofrimento, os palestinos sempre perdoaram seus algozes.
É só consultar a História.
No Blog do Bourdoukan

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Ela tornou-se a décima sexta criança palestina assassinada em dois dias



Bombas de fósforo israelenses sobre uma escola em Gaza

Amal tinha sete anos de idade. Vivia em Beit Hanun, Palestina Ocupada. Encontrou a escola fechada pelas tropas de Israel. Na volta para casa foi abatida por um tiro disparado por um colono adolescente judeu que acompanhava as tropas invasoras do Estado sionista. Amal, cujo sorriso iluminava as manhãs sombrias, virou estatística. Ela tornou-se a décima sexta criança palestina assassinada em dois dias.

Hanan, oito anos de idade, foi esmagada por um tanque israelense, também em Beit Hanun. Havia ido comprar pão quando viu as tropas judaicas se aproximando. Com medo, correu para casa. Não conseguiu chegar. E se chegasse não iria encontrar a casa, demolida pelos buldozers. Seu avô Mahmud, de 75 anos, morreu sob os escombros. Os soldados justificaram sua morte dizendo que eles gritaram para que ele saísse. Mahmud, o avô de Hanan, era surdo.

O soldado Izak faz parte das tropas de elite do exército de Israel. Ele é um franco-atirador conhecido pelo apelido de dentista, porque gosta de acertar a boca de suas vítimas. Não costuma errar o alvo, seja de que tamanho for. Como ele há muitos outros que se postam em pontos estratégicos para assassinar palestinos, principalmente em Gaza. Ele está mirando neste momento em Amira, de seis anos de idade que está na porta do que restou de sua casa. Izak é paciente e não vai atirar enquanto ela não sorrir. Um minuto depois, um sorriso, um estampido e um corpo vai ao chão. A boca de Amira está desfigurada. O tiro arrancou seus dentes e sua vida.

O pequeno Yussef tem sete anos e chora sobre o corpo de seus pais. Seus três irmãos também estão mortos. Eles faziam parte de uma família de nove pessoas, todas assassinadas pelas tropas de Israel enquanto dormiam. Dizem que Yussef sobreviveu por milagre. De longe ele observa o que restou do corpo de sua avó Muna. Ela preparava o café da manhã quando o projétil lançado por um helicóptero não poupou ninguém.

E assim Gaza vai sobrevivendo.