Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 8 de abril de 2015

Sionismo religioso: o fundamentalismo contra a paz


































Os fanáticos do sionismo religioso pregam a necessidade de construir um templo no lugar da atual Mesquita Al-Acqsa, terceiro lugar mais sagrado do Islã.

Leneide Duarte-Plon, de Paris




Eles esperam o Messias, cantam e dançam a cada novo metro de terra conquistada à força, são obcecados pelo problema demográfico, defendem a anexação pura e simples da Cisjordânia (que chamam de Judéia-Samaria) e se opõem a todos os que dizem buscar soluções políticas de paz, sejam políticos, sejam diplomatas. Seus líderes religiosos instigaram seguidores a pedir a morte de Itzak Rabin, que negociara com Shimon Peres e Arafat os Acordos de Oslo, em 1993. Logo apareceu um voluntário para executar o primeiro-ministro, visto como "traidor".

Eles são os fanáticos do sionismo religioso que seguem rabinos extremistas como HaCohen Kook e seu filho Yéhuda. São cada vez mais numerosos e pregam a iminente chegada do Messias e a necessidade de construir o templo no lugar da atual Mesquita Al-Acqsa, o terceiro lugar mais sagrado do Islã, cuja cúpula dourada pode ser vista de quase toda Jerusalém, cidade santa dos três monoteísmos. O local onde fica Al-Acqsa é conhecido pelos árabes como a Esplanada das Mesquitas e pelos sionistas como o Monte do Templo.

Alguns dos sionistas religiosos falam abertamente do plano de explosão da mesquita de 1300 anos, para dar lugar ao templo que, segundo a tradição judaica ortodoxa, ocupava aquele espaço. Arquitetos já têm o projeto pronto.

O jornalista e escritor Charles Enderlin, um dos maiores conhecedores do conflito Israel-Palestina, que cobre há longos anos, é o autor do extraordinário documentário “Au nom du Temple” (Em nome do templo), realizado em parceria com Dan Setton (a íntegra aqui).

O filme - que mostra a ascenção do sionismo religioso e seu combate contra todas as iniciativas de paz - foi foi feito há um ano e exibido pelo canal France2 apenas na terça-feira, 31 de março. Ficou engavetado no canal público e depois de muitas hesitações pôde finalmente ser exibido. Mas um pouco antes de meia noite, para evitar o grande público do horário nobre pois o filme incomoda os que preferem denunciar o fundamentalismo islâmico.

Os documentaristas recolheram testemunhos de sionistas religiosos e de seus críticos para contar como o Estado de Israel viu a direita "annexioniste" (um neologismo que funde as palavras sionista e anexação) se expandir até representar mais da metade dos eleitores e garantir a perenidade da política de colonização representada por governantes como Benjamin Netaniahu. O documentário rememora os últimos 20 anos da política israelense para mostrar como o país mergulhou numa espécie de messianismo fundamentalista.

Para o historiador Zeev Sternhell, "a esquerda não quis ver por covardia essa corrente ideológica e política enorme, poderosa, uma verdadeira torrente". Se os fundamentalistas resolverem atacar a mesquita de Jerusalém isso será visto como uma declaração de guerra ao Islã em geral, adverte Sternhell.
Pesquisas feitas em Israel mostram que 51% das pessoas acreditam que o Messias vai chegar e 67% pensam que o povo judeu é o povo eleito de Deus. Todos os indicadores revelam que o sionismo messiânico ganha terreno no país. O documentário mostra um grupo de fundamentalistas matando um cordeiro para sacrificá-lo num altar a ceu aberto, ritual que os judeus cumpriram desde o tempo de Abraão e mantiveram até dois mil anos atrás, ainda na época de Cristo.

O professor Matti Steinberg, ex-analista principal do Shin Beth (serviço de segurança interna israelense) afirma que o conflito pode transformar-se em guerra de religião. Ele argumenta que sunitas e xiitas se unirão para atacar o agressor do terceiro lugar mais sagrado da religião muçulmana. Ninguém sabe o que pode resultar desse ataque.

Ao falar dos 400 mil colonos israelenses que já ocupam 60% da Cisjordânia, o geógrafo palestino Khalil Toufakji diz, comparando um mapa de alguns anos atrás com o atual: "a solução do conflito com dois Estados não é mais viável".
O filme mostra que as iniciativas diplomáticas se chocam com a realidade de colonos nacionalistas determinadas a ocupar a Cisjordânia e impedir qualquer possibilidade de criação do Estado da Palestina. Os diferentes governos de direita fazem um jogo duplo se equilibrando entre o direito internacional e os colonos.

Os nacionalistas consideram Baruch Goldstein um herói pelo fato de ter matado 29 palestinos que rezavam numa mesquita em Hebron, em 1994. Na visão dos fanáticos, os palestinos, apresentados como "colonos árabes", é que são os ocupantes.

Reportagem feita pela televisão francesa mostrou há poucas semanas um grupo de militantes do Estado Islâmico, armados até os dentes. Um deles gritava que estavam lutando para em breve libertar Jerusalém dos sionistas.

Quando o combate político cede lugar aos dogmas religiosos, os fanáticos tomam o lugar dos diplomatas.

No que resultará o encontro dos dois fundamentalismos?




quarta-feira, 21 de março de 2012

Caça aos diferentes

Muçulmanos e judeus foram assassinados na França.
A morte dos judeus teve repercussão internacional.
A dos muçulmanos até a mídia publicada no Brasil boicotou.
Mostrando mais uma vez que o anti-semitismo continua em pleno vapor.
Seja no Brasil ou nos Estados Unidos e Europa.
Na Europa e Estados Unidos o boicote aos muçulmanos é coisa pensada.
No Brasil é por ignorância mesmo.
Dos que se autodenominam jornalistas, mas ignoram o significado do A,B,C.
E do Alef então, que os céus nos perdoem.
O jornalismo no Brasil sofre de esquizofrenia cultural.
Todo o saber provem dos programas de TV e filmes hollywoodianos.
Com as devidas ressalvas.
O que eu posso sugerir aos muçulmanos - aprendam a se defender.
E aos judeus, que procurem abrigo nos países árabes.
Onde sempre foram bem recebidos e também protegidos.
Quem sempre perseguiu os judeus foram os europeus e estadunidenses.
Quem queimou judeus na fogueira, durante a inquisição e mesmo depois dela, foram os europeus.
Quem colocou os judeus em campos de concentração foram os europeus.
Quem produziu o holocausto foram os europeus.
Por isso digo.
O melhor para os judeus é buscar abrigo em países árabes.
E muçulmanos.
Afinal, no Marrocos, um dos títulos do rei é “Protetor dos judeus”.
E no Iran vivem mais de 30 mil judeus.
Ha mais de dois mil anos e jamais foram perseguidos.
Mesmo agora, quando o sionismo barbariza os palestinos, os judeus iranianos vivem em completa harmonia.
Possuem suas sinagogas, hospitais, escolas e têm ate representantes no parlamento.
Mesmo no esquartejado Afeganistão, há uma Mesquita de Maria, em homenagem à mãe de Jesus Cristo.
Não sei se essa mesquita continua em pé porque os Estados Unidos não deixaram pedra sobre pedra.
Estados Unidos, nação cantada e louvada pela ignorância como exemplo de democracia.
Que o digam os que padecem nas câmaras de tortura no Afeganistão, no Iraque, na Líbia.
Que o digam os civis sírios massacrados pelos terroristas financiados pelos Estados Unidos e Europa.
O melhor exemplo da democracia estadunidense é a Ku Klux Klan.
O melhor para os judeus, se me permitem, é juntar-se aos palestinos.
Apesar do sofrimento, os palestinos sempre perdoaram seus algozes.
É só consultar a História.
No Blog do Bourdoukan

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Tahrir, a praça política mais eficaz do mundo




A praça Tahrir, no centro do Cairo, sugere uma dessas rotatórias inóspitas,como tantas outras, destinadas a ordenar o fluxo do trânsito nas grandes metrópoles subdesenvolvidas, pouco ou nada pensadas para o convívio humano. Mas desde fevereiro deste ano, quando foi palco de 18 dias consecutivos de protestos gigantescos que derrubaram o ditador amigo das potências, Hosni Mubarak, a praça Tahrir ingressou definitivamente no panteão dos símbolos libertários do nosso tempo.

Na sua textura inóspita o povo egípcio plantou uma das mais vigorosas sementes da primavera política que sacode o norte africano e todo o Oriente Médio. Desde a última 6ª feira, a semeadura tem sido regada a sangue outra vez (veja as cenas).

Novos confrontos, a partir de Tahrir, espalham-se por todo o país com um saldo devastador nas últimas 72 horas: 33 mortos pela repressão do Exército; 1.500 feridos e a renúncia do gabinete civil que desde a queda de Mubarak ordena a transição democrática, subordinado à mão dura militar.

A uma semana das eleições parlamentares, a sociedade egípcia está farta da tutela que pretende se sobrepor à nova institucionalidade, esvaziando-a na prática, a exemplo do que os mercados financeiros fazem com as democracias maduras de uma Europa em transe. No Egito, o definhamento opera pelo canal do adiamento das eleições presidenciais; na zona do euro, com a captura do Estado pela lógica financeiro, tornando ornamental a rotatividade do poder.

A principal singularidade egípcia está na eficácia das grandes mobilizações de massa. Armadas de alvos claros, cirúrgicos e avessos às tergiversações conservadoras --mas permeados de intensa capilaridade junto a organizações civis e partidos políticos, ao contrário do mito da 'revolução digital'-- , elas arremetem contra o despotismo de plantão com uma contundência pavorosa para os seus ocupantes. Foi assim que Tahrir derrubou Mubarak em 11 de fevereiro, após 18 dias de protestos que custaram 300 mortos e cinco mil feridos.

É assim que ela se volta agora contra o cabresto militar, unificando partidos e vozes em uma exigência clara, incontornável, de rápida aderência popular: fim da tutela --ou como se ouve em Tahrir, 'deixem-nos respirar; deixem-nos viver'. A articulação e a objetividade das jornadas nascidas na praça política mais eficaz do mundo talvez tenham algo a ensinar aos indignados do resto do planeta, ainda carentes da mesma habilidade para traduzir o descontentamento social em alvos progressivos, práticos, de precisão egípcia.

**um capitão do Exército,Ahmed Shoman, junta-se aos manifestantes no Cairo e diz que militares não deveriam se colocar acima do povo
** Tahrir vence de novo: Junta Militar já admite antecipar eleições presidenciais em seis meses, para junho de 2012
**protestos se espalham por todo Egito
** jornalistas denunciam que junta militar tornou o trabalho de imprensa mais perigoso do que sob a ditadura Mubarak
** Exército corta eletricidade nas ruas de acesso à praça Tahrir e adjacências
** convocada pelos movimentos '6 de Abril' e '25 de janeiro', passeta do 'milhão' deve começar às 19 hs, horário de Brasília
**colunas de trabalhadores dos distritos operários dirigem-se ao centro do Cairo
** coletivos de médicos montam hospital de campanha na rua** canção símbolo da praça Tahrir: http://www.youtube.com/watch?v=Fgw_zfLLvh8&feature=player_embedded

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Beto Vasques: O Cairo, agora, é aqui, em Madrid! , OLé !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

do leitor Beto Vasques
O Cairo, agora, é aqui, em Madrid! Caetano, em seu momento, nos alertou que o Haiti é aqui. Estava evidenciado que nosso passivo e cordial convívio com injustiça social e a miséria nos fazia campeões da falta de vergonha na cara e de exploração do próprio povo. Não satisfeitos sujeitamo-nos, anos depois, a legitimar o golpe de estado impetrado contra o governo democrático de Bertrand Aristide, fazendo valer os mais sórdidos interesses geopolíticos e econômicos do império e disponibilizando nossas forças armadas para coordenar a intervenção (ou seria invasão?) em terras haitianas.
Talvez tenhamos sido movidos pela raiva de um Haiti que, mesmo castigado pela trágica trajetória colonial, pelo neocolonialismo ianqui (que faz da ilha uma colônia de férias caribeña para suas elites e, simultaneamente, enclave militar de seus mais nefastos interesses imperiais, pela inaceitável ocupação de seu território por forças da ONU) e pelos dramáticos impactos do terremoto, foi incapaz de nos superar tanto na má distribuição de renda, como no número de total de indivíduos miseráveis. Mas essa é outra história…
O fato é que, se Caetano estivesse agora por Madrid, possivelmente nos diria algo como: O Cairo é aqui! Madrid está tomada! Não pela ocupação de nenhuma “força de paz internacional”, mas por seu próprio povo, indignado. Curiosa a história que faz com que essa Espanha, outrora terra de sultões “expulsos” pela “reconquista”, uma vez mais se aproxime do oriente próximo.
Estariam os ventos soprados pelas revoltas populares por democracia no mundo árabe chegado à península ibérica? Estaria a Espanha “de los Borbones” mais próxima que nunca de seus irmãos mulçumanos, seja pela evidência de seus sistemas políticos falidos, ornados por reis e ditadores de toda sorte, seja pela indignação de seus povos às suas elites políticas?
O que está claro, no entanto, é o basta que vem das ruas. Milhares de madrileños, desde o “15-M” (em referência ao domingo 15 de março), resolveram que havia que se dar um “basta ya”!. Por certo que: “Yo no soy anti-sitema, el sistema es anti-yo”, “Esa crisis no la pagamos”, “Lo llaman democracia y no lo es”, “Sin casa, sin trabajo, sin miedo”, “El PSOE y el PP, la misma mierda es” (PSOE e PP, os dois principais partidos de um sistema desenhado a medida para que não haja espaço para outras expressões políticas) são algumas das consignas principais que se evocam desde a “Puerta del Sol”, marco zero da cidade.
Evidencia-se um claro rechaço da cidadania à forma como o governo (PSOE) e a oposição (PP) pactuaram para que ela pagasse a conta de uma crise financeira internacional. O grito entoado pelos acampados há 5 dias na Puerta del Sol de “esa crisis no la pagamos” traduz a revolta popular baseada na compreensão de que essa “dívida” não é sua e, portanto, não querem e não vão pagá-la.
Está claro para os cidadãos e cidadãs acampadas há dias no Sol que a crise é obra do pacto vil no qual a bancarrota de bancos e empresas desregulados é paga pelo resgate de um governo que, posteriormente, se permite ser acusado pelos próprios bancos, agora intitulados “mercado”, como o verdadeiro responsável pela crise. Assume assim, o governo, sua “gigantesca incapacidade de gerenciar o déficit fiscal gerado por sua irresponsável gastança” e, como cereja do bolo, se permite passar a conta ao povo.
Lembrando Garrincha, parece que dessa vez se esqueceram de combinar o jogo com os russos, ou melhor, até que tentaram tal artimanha através de seus sócios na velha mídia, mas dessa vez parece que a blogosfera e as redes sociais também funcionaram pra valer por aqui. Assim, o amargo cardápio que conta com a diminuição dos salários dos funcionários públicos, com a ampliação de prazos para obter a aposentadoria, flexibilização das leis trabalhistas ao gosto do empresariado, etc gerou uma indigestão social que parece, agora, regurgitar sobre o próprio sistema político.: “Lo llaman democracia y no lo es”, “Que no, que no…que no, nos representan” e “PSOE y PP, la misma mierda es” explicitam a pane de um sistema político decadente.
Fica evidente a crise de representação que pode, inclusive, possibilitar a impugnação democrática das elites políticas que só se preocupam em prestar contas aos poderes econômicos privados e não aos cidadãos e cidadãs. Os partidos deslegitimados, os sindicatos em descrédito (cabe destacar posição a pelega e submissa que Comisiones Obreras e UGT , as duas maiores centrais sindicais espanholas, tiveram nesse processo, pactuando com os “ajustes” no marco laboral), e a monarquia patética e perigosa, herdada do franquismo, são vistos como fiadores dessa bazofia. O basta está dado: “Que se vayan todos!”, resume a voz popular, nos remetendo aos aprendizados do panelaço argentino…
O Cairo, agora, é aqui, em Madrid! Dessa vez não há partidos nem sindicatos organizando e instrumentalizando a manifestação. Não são bem-vindos. Dessa vez, a convocatória é do povo saturado de tamanha canalhice de suas elites. As redes sociais são seus megafones. Um esforço parcial para entender a mobilização leva alguns analistas a apontar a existência de três principais coletivos espontâneos por de trás da indignação geral: i) os desempregados (aqui chamados “parados”, que já se aproximam dos 5 milhões de trabalhadores, algo como 22% da PEA); ii) a juventude precária, que assim que se da conta que a precariedade não é condição momentânea vinculada a sua condição de jovem, mas sim de uma questão estrutural que lhes acompanhará por toda vida (entre os jovens o desemprego ultrapassa ao assombroso índice de 40%.); iii) e as famílias despejadas de seus imóveis, arrastadas a pelo tsunami imobiliário e pela sanha da banca.
Sua articulação se dá a partir da plataforma Democracia Real Ya (http://www.democraciarealya.es/) e, na agenda, a reforma eleitoral como principal reivindicação. Trata-se de uma estratégia pela qual a reforma não seria mais que a ponta de lança dos desejos de câmbios mais profundos no sistema político, uma porta de entrada a um processo que se imagina que possa ir ganhando musculatura “sobre la marcha”. “Sabemos por onde queremos começar (pela reforma eleitoral), não até onde podemos ir” comentam os mais otimistas.
Os acampados pretendem permanecer ocupando a Puerta del Sol até domingo, 22 de maio, quando se celebram as eleições estaduais e municipais. Os poderes instituídos aturdidos fazem de sua torpes o combustível dos indignados. Assim foi com o violento despejo dos acampados na madrugada de segunda para terça-feira, no qual não contavam com os celulares 3G que em real time expunham na rede a violência policial contra os cidadãos. Na quarta foi a vez da Junta Eleitoral atear mais fogo, proibindo que as pessoas se manifestassem. Era o fermento que faltava para que a cada noite mais e mais gente acuda à Praça do Sol.
Nesta quinta-feira à tarde a incansável Junta Eleitoral em decisão renhida decidida por apenas 1 voto, resolveu ilegalizar novamente aos indignados. Diz que a partir de sábado, véspera das eleições, não poderá haver manifestações que inibam o direito a terceiros de votar. O governo diz que terá que utilizar a inteligência (o seria violência?) para fazer cumprir a ordem legal. A oposição de direita (PP – Partido Popular) em claro gesto de medo e desespero manifesta seu apoio à decisão ressaltando que “há de se preservar o direito dos cidadãos”. A eles a pergunta: e os que estão na Praça do Sol, não são cidadãos?
No momento, outras cidades espanholas já começam a realizar convocatórias semelhantes. Os possíveis desdobramentos ainda são imprevisíveis. O exemplo dos indignados vizinhos Islândia e Grécia também inspira os madrileños. À semelhança do mundo árabe, as elites apostam que o cansaço leve a desmobilização popular e que os indignados voltem a suas casas. O povo, por sua vez, se rebela e espera fazer com que o rei e os governantes que sejam “os que se vão”. A diferença fica por conta dos bairros, que não ardem em chamas enquanto a multidão toma a praça. É a velha Europa do respeito à integridade física se acercando às revoltas do século XXI. Mas a sensação permanece: o Cairo, agora, é aqui, em Madrid!

sábado, 19 de março de 2011

Esquerda de butique

Ontem ainda eu lia no Twitter uns desocupados, entre um toddynho e outro, chamarem a posição do Brasil na votação da ONU sobre a Líbia de "covarde". Gostaria que os panacas fosse à Líbia explicar o que queriam dizer com isso...


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