A família Roberto Marinho, a mais rica do Brasil, dona da TV Globo, deixa no chinelo o magnata da mídia internacional Rupert Murdoch em termos de fortuna (R$ 64 bilhões X R$ 31 bilhões), segundo a revista Forbes.
Já uma faxineira na TV Globo ganha muito menos do que uma faxineira que trabalha nas empresas do Murdoch na Europa e nos Estados Unidos.
E o jornal "O Globo" ainda tem a cara de pau de fazer editoriais de oposição à política do governo Dilma de aumentar o salário mínimo.
Vamos comparar a fortuna dos donos da Globo com o valor dos estádios?
Os 3 irmãos magnatas tem R$ 64 bilhões. Dava para fazer 8 Copas do Mundo, considerando o valor dos 12 estádios da Copa, ainda financiados (é bom lembrar).
O Brasil ficou 64 anos sem Copa do Mundo (desde 1950), e qual foi o legado de não ter Copa? A família Marinho aparecer na Forbes com uma fortuna de R$ 64 bilhões é um deles.
A Copa deixará de legado, além de obras materiais, milhões de brasileiros mais prósperos, com os novos empregos gerados ao longo dos anos no setor do turismo, entretenimento, construção civil, indústria cultural, milhares de pequenos negócios ligados ao turismo, centenas de milhares de trabalhadores que estudaram para se qualificar em idiomas ou outras atividades profissionais através do Pronatec-Copa e outros cursos.
E a Copa deixará de legado os próprios estádios que são também atrações turísticas e espaços de lazer, alem do uso para jogos, shows e outros eventos, metrôs, corredores de ônibus, vias expressas e viadutos, redes de banda larga de altíssima velocidade nas cidades sedes que beneficiam toda a região por onde passam, moradias (milhares de famílias que moravam em favelas foram assentadas em moradias decentes por onde houveram obras, mas isso ninguém noticia), centros de controle com alta tecnologia de inteligência para segurança pública e para prevenção de catástrofes como enchentes, centenas de novos hotéis, ampliação dos aeroportos, centros de convenções, toda uma infra-estrutura para dinamizar o turismo de lazer e de negócios no Brasil.
Se cidadãos manifestantes de boa-fé abrirem o olho, o problema do Brasil não é e nunca foi a Copa. O problema é quem é muito rico no Brasil pagar muito mal os mais pobres que trabalham para eles, só para ficar mais rico ainda do que já é. É a concentração de renda e das riquezas nas mãos de poucos. São os muito ricos pagarem pouco imposto, isso quando pagam e não sonegam.
Em tempo: E não me venha dizer que a fortuna dos Marinho é só produto de trabalho e competência, porque não é.
Houve um toma-lá-dá-cá com a ditadura incentivando a TV Globo crescer, inclusive com capital estrangeiro, mediante apoio político.
Esse toma-lá-dá-cá continuou com os filhotes da ditadura, como o finado ex-ministro das comunicações ACM, com a Caixa Econômica Federal nos anos 80, em vez de financiar a casa própria de trabalhadores, financiou a construção do Projac.
Depois continuou com o governo FHC-Aécio socorrendo os maus negócios da Globo com o BNDES, e um rosário de negócios e privilégios de interesse duvidoso para os cofres públicos, lesivos para a livre concorrência, e sobretudo para a liberdade de expressão de quem não tem voz na mídia.
Só a partir do governo Lula que o BNDES parou de socorrer as Organizações Globo, e ela se beneficiou do crescimento do mercado publicitário para a nova classe média, e ainda cospe no prato que come.
Isso sem falar nas complicadas relações da TV com cartolas de futebol, com a CBF de Ricardo Teixeira, e com a FIFA de João Havelange pelos direitos de transmissão do futebol.
Mas o mais grave é usar o poder de influência da televisão como instrumento de pressão e de manipulação política para eleger políticos contrários à melhor distribuição de renda, para arrochar os trabalhadores e a classe média, para impedir reformas trabalhistas que aumentem os salários e para impedir reforma tributária que obrigue os mais ricos a pagar impostos de acordo com a fortuna que tem. O mais grave é a emissora ser usada contra o povo para concentrar a renda nas mãos dos mais ricos.
Isso sem falar nas complicadas relações da TV com cartolas de futebol, com a CBF de Ricardo Teixeira, e com a FIFA de João Havelange pelos direitos de transmissão do futebol.
Mas o mais grave é usar o poder de influência da televisão como instrumento de pressão e de manipulação política para eleger políticos contrários à melhor distribuição de renda, para arrochar os trabalhadores e a classe média, para impedir reformas trabalhistas que aumentem os salários e para impedir reforma tributária que obrigue os mais ricos a pagar impostos de acordo com a fortuna que tem. O mais grave é a emissora ser usada contra o povo para concentrar a renda nas mãos dos mais ricos.