Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 3 de maio de 2017

Ameaça de Palocci de delatar bancos e empresas de comunicação pode ter sido “recado” chave para soltura de José Dirceu

por Luiz Carlos Azenha
Anos 2000. Redação da TV Globo de São Paulo. Venho do posto de correspondente da TV Globo em Nova York. O chefe de reportagem Luiz Malavolta me procura com um e-mail. Malavolta é meu amigo desde a adolescência, em Bauru. Trabalhamos juntos no Jornal da Cidade e na TV Bauru.
Malavolta diz que gostaria que eu fizesse uma investigação a partir do conteúdo do e-mail. Já experiente, eu digo a ele: Malavolta, um e-mail sem origem? E se isso for grampo, tiver origem ilegal?
Ele pensa um pouco e responde: vamos confirmar o conteúdo do e-mail, assim a gente elimina qualquer dúvida sobre a origem e descarta o e-mail.
Mais tarde, fiquei sabendo que a origem da mensagem tinha sido um araponga ligado ao então deputado ACM Neto, conhecido nos bastidores por motivos óbvios como “grampinho”. A mensagem foi enviada diretamente à alta hierarquia da Globo (num futuro livro, prometo reproduzir o e-mail), que a repassou hierarquia abaixo.
Fomos investigar caixa dois do PT em Goiânia. Bingo. Todos os caminhos levavam a Adhemar Palocci, irmão de Antonio Palocci, mais tarde diretor da Eletronorte.
O caso foi parar em uma das três CPIs que investigavam o mensalão petista em Brasília. Tratava-se de caixa dois bancado por uma seguradora chamada Interbrazil, que faliu deixando um rombo na praça.
A CPI pretendia convocar Adhemar Palocci. Nos bastidores da Globo, veio a resposta: se Adhemar for convocado, o ministro da Fazenda pedirá demissão do cargo. Fomos à Eletronorte: Adhemar não quis dar entrevista.
Em votação, a convocação de Adhemar foi derrotada. Logo em seguida, a Globo me mandou retornar de Brasília e encerrou a cobertura do caso.
Foi logo depois de o dono da seguradora falida depor na CPI dizendo que havia contribuído não apenas com o PT, mas com o PSDB, PMDB, enfim, com todos os partidos, sempre em material e “por fora”.
Para mim, ficou claro: a emissora não queria denunciar Palocci, o ministro da Fazenda, nem deixar claro que o homem do caixa dois petista tinha feito absolutamente o mesmo de forma generalizada.
Como era uma das minhas primeiras investigações depois de quase duas décadas nos Estados Unidos, caiu a ficha: se for contra o PT, vale tudo.
Ficou a pergunta: houve algum acerto de bastidores com o Palocci?
Um detalhe do caso sempre nos chamou a atenção: eu e Malavolta queríamos aprofundar as investigações sobre o instituto de resseguros do Brasil, que nos parecia ter agido de forma relapsa ao permitir a falência de uma seguradora que deixou um grande rombo na praça.
De repente, o executivo-alvo apareceu todo sorridente passeando pela sede da Globo em São Paulo, ao lado do diretor regional de jornalismo da emissora. A especulação que nunca pudemos comprovar era de que o executivo sabia muito sobre o Banco Roma, que havia sido o braço financeiro da família Marinho. O assunto morreu ali.
Corte para Antonio Palocci, preso em Curitiba, depondo diante do juiz Sergio Moro.
“Tenho certeza disso”, respondeu o ex-ministro, sobre se a Odebrecht contribuiu com José Serra e Aécio Neves tanto quanto em favor de candidatos do PT.
Segundo Palocci, na campanha de 2014, “a Odebrecht fez chegar ao presidente Lula […] que havia uma provisão em torno de R$ 200 milhões. O presidente Lula me procurou surpreso, estranhando e disse que nunca tive ‘conversa desse tipo'”.
Palocci questionou Marcelo Odebrecht, que informou que era comum a empresa fazer “provisões”.
“Fui ao presidente Lula e disse que foi um mal entendido”, explicou.
Mais tarde, Palocci disse que recebeu a estranha visita de uma pessoa — “uma grande personalidade do meio financeiro” — que falava em nome de um banco e que afirmava ser o responsável por “financiamento de campanha”. O ex-ministro se dispôs a informar Moro, em sigilo, mais tarde, sobre o nome do representante do banco.
“O senhor também mencionou uma das grandes empresas de comunicação”, perguntou um dos advogados presentes em seguida.
“Olhando o cenário de hoje parece que todos os governos só trabalham em função da empresa Odebrecht e o que eu procurei demonstrar é que o primeiro problema que tive quando sentei na cadeira de ministro da Fazenda foi o setor da construção civil”, afirmou Palocci, antes de a audiência ser interrompida.
Mais tarde, ele afirmou: “Empresas de comunicação tiveram sérios problemas neste período [quando ele era ministro da Fazenda], inclusive com algumas empresas declarando default nos seus compromissos externos”. A essa altura, Moro interrompe bruscamente Palocci: “Quando o sr. se encontrava com o sr. Marcelo Odebrecht, onde é que se davam esses encontros?”.
Ficou claro que o juiz de Curitiba não pretendia tratar do assunto.
Pela época da qual tratava Palocci pode se deduzir que ele falava da TV Globo, que enfrentou profunda crise quando o Brasil “quebrou” sob FHC, na passagem para o governo Lula. A Globo tinha imensa dívida em dólar e sofreu com a repentina desvalorização do real.
Foi um dos motivos pelos quais a emissora fez uma armação nas ilhas Virgens Britânicas para não pagar impostos na compra dos direitos de transmissão da Copa do Mundo, esquema denunciado pela blogosfera que resultou em cobrança superior a R$ 615 milhões da Receita Federal à emissora (ver documentos abaixo).
Um dos vazadores oficiais da Lava Jato “informou” há pouco que Antonio Palocci teria “repensado” a ideia de fechar acordo de delação premiada, diante da soltura de seu ex-colega de ministério José Dirceu.
Se receber o mesmo benefício, ele pode simplesmente ficar calado.
A ver.
Palocci disse, em seu depoimento diante de Moro: “Acredito que posso dar um caminho, que talvez vá dar um ano de trabalho, mas é um trabalho que faz bem ao Brasil”.
Globo? Banqueiros? A quem interessa calar Palocci?
Talvez trazendo de volta a gravação da conversa entre o senador Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado, a gente entenda:
MACHADO – Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel [Temer].
JUCÁ – Só o Renan [Calheiros] que está contra essa porra. ‘Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha’. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.
MACHADO – É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.
JUCÁ – Com o Supremo, com tudo.
MACHADO – Com tudo, aí parava tudo.
JUCÁ – É. Delimitava onde está, pronto.
PS do Viomundo: Não se esqueçam que, na busca e apreensão feita no escritório paulistano da fabricante de empresas-laranja, a Mossack & Fonseca, do Panamá, a Polícia Federal encontrou anotações referentes a Paula Marinho, neta de Roberto Marinho.
São indícios de que ela pagava as taxas de manutenção de três empresas offshore, a Vaincre LLC, a Juste e a A Aplus, sediadas respectivamente nos Estados Unidos, ilhas Seychelles e Panamá.
Nas planilhas também há menção à Glen, de Alexandre Chiapetta de Azevedo, hoje ex-marido de Paula.
A Vaincre LLC é uma das donas da mansão de concreto em Paraty atribuída aos Marinho.
A A Plus e a Glen participam da concessão ilegal, sem concorrência pública, dada pelo governo do Rio ao casal há mais de 20 anos.
O estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas, espaço público, foi transformado num luxuoso centro de consumo em local estratégico do Rio de Janeiro, gerando lucros privados.
Há duas ações do Ministério Público do Rio a respeito: uma questionando a concessão, outra pedindo de volta todo o dinheiro público investido no estádio em diferentes ocasiões, sem que o concessionário tirasse um tostão do bolso.
Pergunta sem resposta: quem precisa de três offshore, pelo menos uma delas com dupla blindagem — ou seja, você não sabe quem é o dono verdadeiro, nem quem atua em nome do dono — para gerir os valores relativamente pequenos envolvidos numa concessão que envolve cinemas e restaurantes? Haveria algo além disso?
Infelizmente, até agora, parece que o caso foi entregue ao Geraldo Brindeiro, o engavetador-geral da República em priscas eras.
A família Marinho diz que Paula nunca teve absolutamente nada com os negócios do ex-marido, mas é uma defesa inverossímil, já que numa das anotações apreendidas na Mossack, ao lado do nome da neta de Roberto Marinho, aparece o número de uma conta bancária de onde aparentemente se originava o dinheiro utilizado para pagar as taxas de manutenção das offshore. Além disso, ela assinou como fiadora numa das ocasiões em que a concessão foi renovada, sempre sem concorrência pública.
Leia também:

segunda-feira, 6 de março de 2017

Moro, é o Lula? Perguntas a quem acha que o Moro quer combater a corrupção

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Sugestão de amiga navegante:

É o Lula?


Lula recebeu 23 milhões na Suíça da Odebrecht?
Não, esse foi o Serra. Mais conhecido pelo codinome de "Careca", na lista de alcunhas da Odebrecht.

Lula estava pagando pensão de um filho fora do casamento com dinheiro de instituião mencionada em operações de lavagem?Não. Esse era o FHC.

Lula recebeu um milhão de reais em dinheiro vivo dentro de uma garagem?Não. Esse é mais parecido com o relator do impeachment (farsa), Antônio Anastasia.

Lula é o cara chato que cobrava propina da UTC?
Não. Esse é parecido com o Aécio.

Lula recebia 1/3 da propina de Furnas?
Não. Esse é mais parecido com o Aécio também.

Lula recebeu 3% das obras da cidade administrativa de MG quando era governador, totalizando mais de R$ 30 milhões em propina?
Não. Esse também é mais parecido com o Aécio.

O helicóptero com 450 kg de cocaína era do amigo do Lula?
Não. Era do amigo do Aécio.

Lula comandava o Estado que roubou 1 bilhão do Metrô e da CPTM?
Não. Esses são o Serra, o Careca; e o Santo, o Alckmin.

Lula tá envolvido no roubo de 2 bilhões da merenda?
Não. Parece que foram o Santo e um tal de Fernando Capaz.

Lula pegou emprestado o jatinho do Youssef?
Não. Esse era o Álvaro Dias.

Lula foi o cara que montou o esquema Petrobras com Cerveró, Paulo Roberto Costa e Delcídio?
Não. Esse era o FHC.

Lula nomeou o genro presidente da Agência que mandava na Petrobras?
Não. Foi o FHC também.

Lula é o compadre do banqueiro André Esteves?
Não. Esse era o Aécio, de novo, que passou a lua de mel no hotel Waldorf Astoria, em NY, por conta do André Esteves.

Lula é meio-primo de Gregório Marin Preciado, aquele que levou US$15 milhões na venda de Pasadena?
Não. Esse é o Serra (aquele que a Lava a Jato apresenta com tarja preta para a imprensa).

Lula construiu aeroportos em terras particulares de parentes com dinheiro público?
Não. Esse foi o Aecio, conhecido pelo codinome Mineirinho.

Lula foi descoberto com uma dezena de contas no exterior, ameaçou testemunhas, prejudicou alguma investigação?
Não. Esse é o Cunha, sócio do Temer nos jabutis das Medidas Provisórias, segundo o Ciro.

Lula levou grana da Companhia Docas de Santos?
Não. Esse é o Temer, conhecido na lista de alcunhas da Lava Jato como MT.

Lula recebeu uma grana na salinha da Base Aérea de Brasília?
Não. Esse foi MT, segundo o Sergio Machado.

Lula ameaçou empresários, exigiu 5 milhões de dólares, só de um deles?
Não. Esse também é o Cunha, o homem da farsa do impeachment.

O filho do Lula aparece numa roubalheira na Petrobras?
Não. Esse foi o filhinho do FHC.

Lula comprou um apartamentaço em Higienopolis numa operação com o banqueiro Safidie que o MP de São Paulo procura e nunca vai achar? Lula passa as ferias no apartamentinho do Jovelino na Avenue Foche, em Paris?Não. Esse é o FHC.

Quando saiu do Governo, Lula tinha uma fazendola em Minas, comprada com o amigao Serjão?
Não. Esse é o FHC, o melhor amigo do Serjão.

O filho do Lula aparece na revista de milionários Forbes?
Não. É a filha do Serra...

Lula deixou prescrever o escândalo da corrupção do Banestado, onde só tinha tucano?
Não, esse é o juiz Moro.

Isso é para quem acha que Moro e sua turma querem combater a corrupção.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Jean Volpato: 62 anos depois da morte de Getúlio, novo ataque ao trabalhismo outra vez encabeçado pelos Marinho


Captura de Tela 2016-08-23 às 22.26.3662 anos depois da morte de Getúlio Vargas, a quem interessa retirar de cena um Partido dos Trabalhadores?
 
por Jean Volpato*

A Alemanha dos anos 1930, impulsionada pela grande crise de 29, foi marcada por uma grave desestabilização econômica, caracterizada pelo desemprego e pela hiperinflação.
Nesse contexto de crise foi que o discurso do partido nazista encontrou ampla aceitação na sociedade alemã. Assim Hitler chegou ao poder.

Um ditado antigo, no qual não recordo o nome do autor, afirmava que “loucos são aqueles que nós colocamos nos hospícios em tempos de paz, mas colocamos no poder em tempos de crise”.
Os nazistas montaram uma poderosa máquina de propaganda.

A tática nazista incluía o patrulhamento ideológico, a calúnia e a difamação, aplicando a frase atribuída ao chefe da propaganda nazista: “Uma mentira muitas vezes repetida vira verdade”.

Assim o governo de Hitler conseguiu convencer os alemães de que os judeus eram sujos, perversos, corruptos e traidores, responsáveis pela crise econômica que jogou os alemães na pobreza.
Tudo isso fundamentou a criação de leis que justificaram a perseguição, prisão, escravização, confisco de bens e o homicídio de milhões de judeus, dentro e fora dos campos de concentração.
Fenômeno idêntico pode ser observado no Brasil de hoje.

A velha imprensa empresarial, em especial a Rede Globo de Televisão, utilizando as mesmas técnicas de intimidação, patrulhamento ideológico liberal, calúnia e difamação, escolheu o maior partido de representatividade dos trabalhadores para negar sua legitimidade no Brasil.

O PT e suas principais lideranças têm sido alvos de escancarados e assombrosos ataques e perseguição.
Você já deve ter se perguntado algum dia o porquê a canoa de Lula vira manchete de uma hora no Jornal Nacional e as 18 delações do Senador Aécio Neves na Lava-Jato, não.

Ou porque os pedalinhos dos netos de Lula têm garantidos 24 horas na programação da Rede Globo, mas os R$ 23 milhões que o senador e atual ministro de Temer, José Serra, teria recebido de propina, já tenham caído no esquecimento popular.

O PSDB e boa parte dos políticos brasileiros, assim como a grande mídia, estão em defesa do status quo da elite brasileira.

Não é à toa que estamos vivendo um período muito parecido com aquele que colocou Adolf Hitler no poder na Alemanha da década de 30.

Aproveitam-se da crise econômica para colocar medo na população e deslegitimar o maior partido de representação aos trabalhadores em nosso país.

O ódio ao PT tem garantido uma cortina de fumaça que legitima os golpistas.

A venda colocada nos olhos dos brasileiros com a forte campanha midiática contra o PT vai garantir que o atual Governo Golpista de Michel Temer mexa nos principais direitos dos trabalhadores.

Hoje completamos 62 anos da morte de Getúlio Vargas, pai da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Getúlio se suicidou depois de uma forte campanha de difamação, ódio e calúnia.

Mais uma vez o mote da corrupção impulsionada por monopólios de comunicação, como o Diário Associados, de Assis Chateaubriand e Carlos Lacerda, serviram para golpear um governo com vertente trabalhista. No dia de sua morte a população saiu às ruas, indignada.

A Tribuna da Imprensa de Lacerda foi empastelada. A redação de O Globo foi atacada, carros do jornal foram destruídos.

Mais de seis décadas depois de sua morte, a história volta a se repetir. Mais uma vez um governo com viés trabalhista sofre um golpe.

Com amplo apoio das organizações Globo, o Brasil vive, sob o comando do presidente golpista interino Michel Temer, o maior desmonte dos direitos trabalhistas da história.

Na pauta a jornada de trabalho (oito horas diárias e 44 semanais), jornada de seis horas para trabalho ininterrupto, banco de horas, redução de salário, férias, 13º salário, adicional noturno e de insalubridade, salário mínimo, licença-maternidade, auxílio-creche, descanso semanal remunerado e FGTS.

Outro projeto em pauta, o PLP 257, resultará no congelamento dos salários, revisão dos benefícios e gratificações, demissão de servidores públicos, suspensão de concursos públicos, aumento da alíquota ou privatização da Previdência Social, limitação dos programas sociais.

O governo Temer também se esforça para aprovar a PEC 241/2016, que congela os investimentos públicos para os próximos 20 anos.

Na educação, essa PEC significa que nenhum centavo novo vai chegar para creches, escolas, universidades públicas e para melhorar o salário dos professores e praticamente inviabiliza as metas do Plano Nacional de Educação.

A proposta de privatização do SUS ganha cada dia mais força.

O ministro da Saúde do governo Temer já deu diversas declarações de que pretende extinguir a gratuidade da saúde para todos no Brasil.

Foi publicado no Diário Oficial da União proposta que cria grupo de trabalho para analisar a implementação de planos de saúde pagos pela população brasileira, favorecendo as chamadas “indústrias da morte, ou das doenças”.

A medida de Temer potencializa a lógica do mercado, colocando os serviços públicos não como direitos, mas como mercadorias.

Com a campanha nazista de ataque ao maior partido brasileiro de representação dos trabalhadores, o plano Temer de desmonte dos serviços públicos e ataques aos trabalhadores ganha uma confortável margem de implementação.

Não fica difícil concluir a pergunta desse título. A quem interessa retirar de cena um Partido dos Trabalhadores?

*Jean Volpato é jornalista, especialista em Gestão Estratégica em Políticas Públicas

Leia também:

Jessé de Souza e o golpe dos donos do dinheiro

sexta-feira, 18 de março de 2016

Globo incendeia e sabota o país porque sua concessão vence em 2018

globo 1
Eduguim
Quem seria Sergio Moro sem a Globo? Como ele conseguiria subverter as leis, violar o Estado Democrático de Direito, proteger políticos de direita e linchar políticos de esquerda sem o apoio da Globo?
Moro/Lava Jato é a Globo e a Globo é Moro/Lava Jato. Não por conta do poder desse juizinho de primeira instância em busca de holofotes, mas pelo poder que a Globo lhe transferiu.
52 anos após ter desempenhado papel decisivo para solapar a democracia brasileira, mergulhando o país em 21 anos de ditadura militar, a família Marinho volta assumir o protagonismo do atentado à democracia.
Em uma edição de 1 hora, 1 minuto e 57 segundos, a emissora não tratou de outro assunto que não o golpe contra o governo legítimo de Dilma Rousseff, eleito por 54 milhões de brasileiros.
Antes de prosseguir, vale contextualizar a situação em que este texto está sendo divulgado. Hordas fascistas se espalham pelas ruas agredindo cidadãos que possam demonstrar opinião política diferente, em um processo que reedita, de forma apavorante, a ascensão do fascismo na Alemanha dos anos 1920/1930.
De onde vem isso? Na edição histórica (da forma mais negativa possível) do Jornal Nacional da última quinta-feira (17/03), o leitor começa a entender.
Por mais de uma hora, a emissora repisou fatos que todos já estão carecas de saber. E divulgou áudios que indispõem Lula com autoridades que irão julgá-lo.
Enfim, promoveu um linchamento e ofereceu à turba “motivos” para se manter mobilizada, ainda que tenha se limitado a divulgar conversas que não contêm qualquer ilegalidade.
Ao fim dessa maratona midiática, o atual robô teleguiado dos Marinho, William Bonner, teve a audácia de dizer que aquela emissora, que acabara de promover um dos ataques políticos mais furibundos que já se viu, não toma partido simplesmente por ser imprensa.
Quem viu e ouviu Bonner dizer essas coisas é capaz de se esquecer quanto a Globo já fez contra a democracia brasileira. E como foi através da política que a família Marinho erigiu esse império que esmaga quem quer que a ele se oponha.
O pior de tudo é que a própria Globo já admitiu – vá lá, ao seu modo cínico, debochado – que nunca se limitou, apenas, a informar. A Globo e seus penduricalhos (Folha de São Paulo, O Globo, Estadão e Veja) interferem há muito na política brasileira.
Dentre todo o mal que essa família já causou ao Brasil, está uma ditadura de duas décadas que, para desespero de qualquer pessoa sensata, começa a ser reeditada.
Confira abaixo, portanto, a confissão do mesmo Bonner no sentido de que não é verdade que “a imprensa apenas cumpre o dever de informar”, como ele diz no vídeo acima. A confissão mostra que o que Bonner chama de “imprensa” pode jogar uma nação no inferno.
Para concluir, vale explicar que a Globo não faz o que faz à toa, só para mostrar que pode ou porque acha Lula e Dilma feios e bobos. A Globo quer tirar o PT do poder e inviabilizar sua vitória em 2018 porque nesse ano sua concessão vencerá.
Muitos fascistas não sabem, mas a família Marinho não é dona da faixa do espectro radioelétrico por onde trafegam as ondas de rádio que colocam a programação dessa emissora na sua tevê. Essa faixa é uma concessão do Estado brasileiro.
A família Marinho teme que se Dilma chegar forte a 2018 e com Lula tendo chance de se eleger, o governo federal pode mandar para o Congresso uma medida propondo a não-renovação da concessão.
Ah, mas o Congresso jamais irá enfrentar a Globo, dirá você. Conversa. A Globo se mantém no “poder” na base da opressão, da intimidação. E seu poder ainda reside na transmissão pela TV aberta. Muitos políticos podem querer ajustar as contas com a Globo, se tiverem oportunidade.
Por fim, um recadinho ao senhor William Bonner: crie vergonha na cara, meu senhor. A história irá registrar com dureza o papel patético que o senhor desempenha ao mentir dessa forma vil a troco de algumas dezenas ou centenas de milhares de reais

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

O que o Jornal Nacional não está noticiando sobre a Operação Zelotes: quem pagou propina de R$ 11,7 milhões?

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Sirotski, da RBS (esquerda) e Marinho: o que não interessa a gente esconde…

23/10/2015 – Copyleft

RBS, afiliada da Globo, pagou R$ 11,7 milhões para conselheiro do CARF

A Operação Zelotes apura o envolvimento de funcionários públicos e empresas no esquema de fraude fiscal que pode ter causado um prejuízo de R$ 19,6 bilhões

Najla Passos, na Carta Maior

Documentos sigilosos vazados nesta quinta (22) comprovam que o Grupo RBS, o conglomerado de mídia líder no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pagou R$ 11,7 milhões à SGR Consultoria Empresarial, uma das empresas de fachada apontadas pela Operação Zelotes como responsáveis por operar o esquema de tráfico de influência, manipulação de sentenças e corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), o órgão vinculado ao Ministério da Fazenda que julga administrativamente os recursos das empresas multadas pela Receita Federal.

A SCR Consultoria Empresarial é umas das empresas do advogado e ex-conselheiro do CARF, José Ricardo da Silva, indicado para compor o órgão pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e apontado pela Polícia Federal (PF) como o principal mentor do esquema.

Os documentos integram o Inquérito 4150, admitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última segunda (19), que corre em segredo de justiça, sob a relatoria da ministra Carmem Silva, vice-presidente da corte.

Conduzida em parceria pela PF, Ministério Público Federal (MPF), Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda e Receita Federal, a Operação Zelotes, deflagrada em março, apurou o envolvimento de funcionários públicos e empresas no esquema de fraude fiscal e venda de decisões do CARF que pode ter causado um prejuízo de R$ 19,6 bilhões aos cofres públicos.

Segundo o MPF, 74 julgamentos realizados entre 2005 e 2013 estão sob suspeição.

As investigações apontam pelo menos doze empresas beneficiadas pelo esquema. Entre elas a RBS, que era devedora em processo que tramitava no CARF em 2009.

O então conselheiro José Ricardo da Silva se declarou impedido de participar do julgamento e, em junho de 2013, o conglomerado de mídia saiu vitorioso.

Antes disso, porém, a RBS transferiu de sua conta no Banco do Rio Grande do Sul, entre setembro de 2011 e janeiro de 2012, quatro parcelas de R$ 2.992.641,87 para a conta da SGR Consultoria Empresarial no Bradesco. 
 
Dentre os documentos que integram o Inquérito 4150 conta também a transcrição de uma conversa telefônica entre outro ex-conselheiro do Carf, Paulo Roberto Cortez, e o presidente do órgão entre 1999 e 2005, Edison Pereira Rodrigues, na qual o primeiro afirmava que José Ricardo da Silva recebeu R$ 13 milhões da RBS.

“Ele me prometeu uma migalha no êxito. Só da RBS ele recebeu R$ 13 milhões. Me prometeu R$ 150 mil”, reclamou Cortez com o então presidente do Carf.
 
Suspeitos ilustres
 
Os resultados das investigações feitas no âmbito da Operação Zelotes foram remetidos ao STF devido às suspeitas de participação de duas autoridades públicas com direito a foro privilegiado: o deputado federal Afonso Motta (PDT-RS) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes.

O deputado foi vice-presidente jurídico e institucional da RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul. Os termos de sua participação no esquema ainda são desconhecidos.
 
Nardes, mais conhecido por ter sido o relator do parecer que rejeitou a prestação de contas da presidenta Dilma Rousseff relativa ao ano de 2014, por conta das polêmicas “pedaladas fiscais”, é suspeito de receber R$ 2,6 milhões da mesma SGR Consultoria, por meio da empresa Planalto Soluções e Negócios, da qual foi sócio até 2005 e que ainda hoje permanece registrada em nome de um sobrinho dele.

Processo disciplinar

Nesta quinta (22), a Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda anunciou a instalação do primeiro processo disciplinar suscitado pelas investigações da Operação Zelotes. Em nota, o órgão informou que o caso se refere a uma negociações para que um conselheiro do CARF pedisse vistas de um processo, sob promessa de vantagem econômica indevida, em processo cujo crédito tributário soma cerca de R$ 113 milhões em valores atualizados até setembro.



sexta-feira, 1 de maio de 2015

LULA ENCARA OS MARINHO: OLHEM PARA O PRÓPRIO RABO

sábado, 14 de março de 2015

Fel-lha, #globogolpista e Band! O PiG se afogou no HSBC! Amaury, a casa caiu !

Saiu na Fel-lha (ver no ABC do C Af):

EMPRESÁRIOS DE MÍDIA E JORNALISTAS ESTÃO NA RELAÇÃO


DO UOL

Ao menos 22 empresários do ramo jornalístico e seus parentes, além de 7 jornalistas, estão na relação dos que mantinham contas na agência do HSBC em Genebra, na Suíça, em 2006 e 2007.

Os registros indicam que 14 contas já estavam encerradas em 2007, quando os dados vazaram no escândalo que ficou conhecido como SwissLeaks. Todos os citados foram procurados. Parte negou irregularidades e alguns preferiram não comentar.

Ter uma conta bancária na Suíça ou em qualquer outro país não é ilegal, desde que seja declarada à Receita Federal. Os titulares também devem informar ao Banco Central quando o saldo for superior a US$ 100 mil.

Entre os correntistas do HSBC na Suíça estão ou estiveram pessoas ligadas a algumas das maiores empresas de comunicação do país.

É o caso de Lily de Carvalho, viúva de dois jornalistas e donos de jornais, Horácio de Carvalho e Roberto Marinho. Roberto Marinho (1904-2003) foi dono das Organizações Globo, hoje Grupo Globo. Lily morreu em 2011.

Na relação de correntistas do HSBC em Genebra também constam os nomes de proprietários do Grupo Folha.

Tiveram conta conjunta naquela instituição financeira os empresários Octavio Frias de Oliveira (1912-2007) e Carlos Caldeira Filho (1913-1993). Luiz Frias (atual presidente da Folha e presidente/CEO do UOL) aparece como beneficiário da mesma conta, criada em 1990 e encerrada em 1998. Em 2006/07, os arquivos do banco ainda mantinham os registros, mas a conta estava inativa e com o seu saldo zerado.

O Grupo Folha e a família de Octavio Frias de Oliveira “informam não ter registro da referida conta bancária e manifestam sua convicção de que, se ela existiu, era regular e conforme à lei”.

Quatro integrantes da família Saad, proprietária da Rede Bandeirantes, também detinham contas no HSBC à época, entre eles o fundador da companhia, João Jorge Saad (1919-1999).




Quá, quá, quá !
Os donos da Fel-lha e seu “segurança”, o “repórter” investigativo do UOL, Fernando Rodrigues, montaram durante certo tempo uma fraude: não podiam divulgar o nome dos flagrados no escândalo de lavagem de dinheiro no HSBCporque o Governo não tomava a iniciativa de pegar a lista.
Quá, quá, quá !
Afinal, dizia o “repórter” investigativo do UOL, ter conta no exterior não significa nada.
Desde que o correntista declare no Imposto de Renda.
Deve ser muito provável que certo colonista (no ABC do C Af), da Fel-lha, membro da família Steinbruch se dê ao trabalho de depositar dinheiro num banco especialista em lavar dinheiro e, ao mesmo tempo, confessar ao Imposto de Renda (brasileiro).
É muito provável !!!
Quá, quá, quá !
Depois, a Fel-lha e seu implacável “repórter” investigativo identificaram ladrões envolvidos na Lava Lato e que lavavam HSBC.
A intenção, claro, era derrubar a Dilma.
Fizeram como os delegados aecistas, os procuradores fanfarrões, o Juiz de Guantánamo: aqui não se fala de tucano !
O UOL tinha o monopólio da lista.
Aí, a dona Guevara, dona da lista lá na Europa, e que mereceu generosa correspondência do Amaury Ribeiro Jr, sentiu a batata assar e entregou a lista não à Carta Capital ou à Carta Maior, mas à #globogolpista !
Esperta a dona Guevara…
Entregar à Fel-lha e ao Globo.
E achar que ninguém percebe …
Acontece que a #globogolpista também sentiu a batata assar e começou a revelar uns nomes.
A batata assava.
E se, de repente, o Amaury, que pertenceu à organização (?) da dona Guevara mete a mão na lista toda ?
Foi o que fez o Otavinho, dono da Fel-lha e chefe do “repórter” investigativo.
“Bem, vamos revelar alguns nomes, para não sermos definitivamente desmoralizados”, teria pensado o dramaturgo e ensaista herdeiro da Fel-lha.
E enterrou a notícia lá embaixo, quase caindo pra fora, na página B6 (página par, menos lida que a ímpar), numa seção de nome “Mercado”, que ninguém do Mercado ou fora dele lê.
E fez isso num dia de sábado, o dia da semana em que menos se lê jornal – ou o acessa na internet.
Estão lá o pai do Otavinho, o sócio do pai do Otavinho e o irmão do Otavinho, Luis Frias, que é quem manda, de fato, no UOL, que sustenta Fel-lha.
Mas, segundo a Fel-lha, eles nem sabiam que tinham dinheiro lá.
Gente desatenta, não, amigo navegante ?
Não sabem que tem uma graninha no HSBC da Suíça.
Quá, quá, quá !
A doce Dona Lily, viúva do Dr Roberto Marinho estava lá.
Assim como a família Saad, dona da Bandeirantes, que exibe no Jornal da Band e no Boris Casoy catilinas furiosas em defesa da Moral e Ética !
Já imaginaram se o Boris Casoy pegasse a filha da Dilma na lista do HSBC ?
Com aqueles finos e reveladores lábios, com o timbre de camelô de muambas “made in China”, bradar furioso: “isso é uma vergonha !”
(Embora o Johnny Saad tenha enfiado a faca nos peitos do prefeito Haddad, para conseguir umas “vantagens”.)
Isso é uma vergonha, Johnny !
Só tem um problema nessa “reportagem” da Fel-lha.
Logo na primeira linha diz que “ao menos 27 (ôba !) empresários do ramo jornalístico, além de sete (ôba !) jornalistas estão na relação”…
Sete jornalistas ?
Jornalistas ?
Que jornalistas têm grana suficiente para lavar dinheiro no HSBC ?
Que empresa jornalística pagaria salários tão altos para justificar essa lavagem ?
Mas, a Fel-lha não cita nenhum jornalista.
Que pena !
E quais são os outros empresários ?
É corporativismo da Fel-lha, poupar os amigos de jantar no Fasano ?
Ah, se o Amaury trabalhasse para o Conversa Afiada
A Casa Grande caía.






Em tempo: o excelente repórter Chico Otávio (que sabe da vida do Imaculado Cunha (agora também no ABC do C Af), no Globo, acrescenta alguns nomes do PiG no HSBC:

- Ratinho

- Yolanda Queiroz, da TV Verdes Mares, repetidora da #globogolpista e sogra do senador tucano Tasso tenho jatinho porque posso Jereissati;

- Aloysio Faria, dono do banco Alpha (ex-dono do Real) e do grupo Rede Transamérica de rádio, com US$ 120 milhões !!!;

- José Roberto Guzzo, diretor da Abril e colonista (no ABC do C Af) furioso, direitista do gênero ISIS, no detrito de maré baixa;

(Outro colonista do gênero ISIS, no detrito sólido, um tal de “rola bosta” figura de forma exuberante, na companhia do tucaníssimo Andrea Matarazzo, na lista da Camargo Correia, divulgada pela excelente Conceição Lemes);

- Familia Dines, do Globo e da falecida Manchete;

- Fernando Luis Vieira de Mello, dono da Jovem Pan, também conhecida como “Jovem Ku Klux Pan”, que compete com a CBN, “a rádio que troca a notícia”, para ver quem verte mais ódio contra a Dilma;

- e Mona Dorf, da Ku Klux Pan.


É essa a turma (tudo a mesma sopa, diria o Mino) que vai bater panela quatro anos e perder a eleição em 2018.

Deu nisso, Otavinho: acabar na lista do Ratinho !

Quá, quá, quá !!!

Em tempo2: mas ainda falta a lista do Amaury !

Em tempo3:
 esse Bessinha …


Paulo Henrique Amorim



Otavinho, vem cá, Otavinho ! Traz o Fernandinho ! Vem fazer o DNA !