Eduguim
Quem seria Sergio Moro sem a Globo? Como ele conseguiria subverter as leis, violar o Estado Democrático de Direito, proteger políticos de direita e linchar políticos de esquerda sem o apoio da Globo?
Moro/Lava Jato é a Globo e a Globo é Moro/Lava Jato. Não por conta do poder desse juizinho de primeira instância em busca de holofotes, mas pelo poder que a Globo lhe transferiu.
52 anos após ter desempenhado papel decisivo para solapar a democracia brasileira, mergulhando o país em 21 anos de ditadura militar, a família Marinho volta assumir o protagonismo do atentado à democracia.
Em uma edição de 1 hora, 1 minuto e 57 segundos, a emissora não tratou de outro assunto que não o golpe contra o governo legítimo de Dilma Rousseff, eleito por 54 milhões de brasileiros.
Antes de prosseguir, vale contextualizar a situação em que este texto está sendo divulgado. Hordas fascistas se espalham pelas ruas agredindo cidadãos que possam demonstrar opinião política diferente, em um processo que reedita, de forma apavorante, a ascensão do fascismo na Alemanha dos anos 1920/1930.
De onde vem isso? Na edição histórica (da forma mais negativa possível) do Jornal Nacional da última quinta-feira (17/03), o leitor começa a entender.
Por mais de uma hora, a emissora repisou fatos que todos já estão carecas de saber. E divulgou áudios que indispõem Lula com autoridades que irão julgá-lo.
Enfim, promoveu um linchamento e ofereceu à turba “motivos” para se manter mobilizada, ainda que tenha se limitado a divulgar conversas que não contêm qualquer ilegalidade.
Ao fim dessa maratona midiática, o atual robô teleguiado dos Marinho, William Bonner, teve a audácia de dizer que aquela emissora, que acabara de promover um dos ataques políticos mais furibundos que já se viu, não toma partido simplesmente por ser imprensa.
Quem viu e ouviu Bonner dizer essas coisas é capaz de se esquecer quanto a Globo já fez contra a democracia brasileira. E como foi através da política que a família Marinho erigiu esse império que esmaga quem quer que a ele se oponha.
O pior de tudo é que a própria Globo já admitiu – vá lá, ao seu modo cínico, debochado – que nunca se limitou, apenas, a informar. A Globo e seus penduricalhos (Folha de São Paulo, O Globo, Estadão e Veja) interferem há muito na política brasileira.
Dentre todo o mal que essa família já causou ao Brasil, está uma ditadura de duas décadas que, para desespero de qualquer pessoa sensata, começa a ser reeditada.
Confira abaixo, portanto, a confissão do mesmo Bonner no sentido de que não é verdade que “a imprensa apenas cumpre o dever de informar”, como ele diz no vídeo acima. A confissão mostra que o que Bonner chama de “imprensa” pode jogar uma nação no inferno.
Para concluir, vale explicar que a Globo não faz o que faz à toa, só para mostrar que pode ou porque acha Lula e Dilma feios e bobos. A Globo quer tirar o PT do poder e inviabilizar sua vitória em 2018 porque nesse ano sua concessão vencerá.
Muitos fascistas não sabem, mas a família Marinho não é dona da faixa do espectro radioelétrico por onde trafegam as ondas de rádio que colocam a programação dessa emissora na sua tevê. Essa faixa é uma concessão do Estado brasileiro.
A família Marinho teme que se Dilma chegar forte a 2018 e com Lula tendo chance de se eleger, o governo federal pode mandar para o Congresso uma medida propondo a não-renovação da concessão.
Ah, mas o Congresso jamais irá enfrentar a Globo, dirá você. Conversa. A Globo se mantém no “poder” na base da opressão, da intimidação. E seu poder ainda reside na transmissão pela TV aberta. Muitos políticos podem querer ajustar as contas com a Globo, se tiverem oportunidade.
Por fim, um recadinho ao senhor William Bonner: crie vergonha na cara, meu senhor. A história irá registrar com dureza o papel patético que o senhor desempenha ao mentir dessa forma vil a troco de algumas dezenas ou centenas de milhares de reais
Nenhum comentário:
Postar um comentário
comentários sujeitos a moderação.