Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Inacreditável: Gilmar recebe Temer e pecuaristas! É uma esculhambação!

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E viva a Imparcialidade! (Créditos: Antonio Cruz/ABr)




No Globo:

BRASÍLIA - O presidente interino Michel Temer se reuniu ontem à noite em jantar com senadores, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e pecuaristas na residência do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes (aqui conhecido como Ministro (sic) Gilmar (PSDB-MT)).

Segundo senadores que participaram do encontro, Temer disse que vai conversar nesta terça-feira com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre a possibilidade de mudança no calendário definido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, que marcou para dia 29 de agosto o julgamento final da presidente afastada Dilma Rousseff. Temer, segundo senadores, pretende que a votação ocorra dia 24 ou 25 de agosto.



247--Presidente interino jantou na casa do ministro do STF e presidente do TSE, Gilmar Mendes, na noite desta segunda-feira, junto com senadores, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e pecuaristas; de acordo com parlamentares que participaram do encontro, Temer disse que irá conversar com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para tentar mudar a data final da votação do impeachment, que foi marcada pelo presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, para o dia 29 de agosto; Temer quer antecipar a decisão para 24 ou 25; articulação envolve também o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para evitar que Eduardo Cunha seja cassado antes do impeachment; Temer teme que, uma vez cassado, Cunha fale o que sabe e imploda seu governo provisório

“Rock da Ditadura” estreou nos atos fascistas de domingo


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Foi um fim de domingo divertido. Nem sabia que havia protesto na avenida Paulista. Mas como aos domingos, por residir lá perto, costumo ir com minha mulher, minha filha Victoria, minha cunhada e sobrinha passear na avenida fechada, dei de cara com ato convocado pelo grupo fascista “Vem Pra Rua”.
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Minha cunhada, que não gosta de política, não acompanha, prefere manter distância, quase caiu sentada quando viu as faixas pedindo a volta da ditadura militar.

“Eles estão querendo a volta do militarismo?!! Que loucuuura!!”

Enfim, fomos andando e apreciando as cenas de sempre, aquele bando de doidos fantasiados de verde-amarelo. Muitos idosos, alguns mais jovens, porém igualmente esquisitões. Discursos virulentos, aos berros, denunciando como o Brasil é “comunista”.

A manifestação deles foi um rotundo fracasso. A avenida só não estava mais vazia porque o público que a frequenta no domingo caminhava por ali, porém tratando de passar bem longe dos malucos.
Confesso, porém, que fiquei surpreso com o grupo de umas duas dezenas de senhores idosos e com sotaque que não pude identificar que denunciavam a “islamização do Brasil”. Porém, haveria surpresa maior logo ali na frente.

O grupo musical vestido com roupas camufladas que militares usam na selva cantava, em cima de um trio elétrico, um “rock” em que pedia “independência ou morte” e “intervenção militar”. Como caí na gargalhada, o vocalista meu olhou tão feio que pensei que desceria do caminhão pra brigar.
Abaixo, o vídeo do show que aqueles palhaços deram na avenida Paulista no domingo. Ria muito. E depois chore, pois há quem leve esses imbecis a sério. Inclusive no Congresso Nacional, no Judiciário, na mídia etc.

Na ditadura Temer, a volta do dedurismo

:
 Tereza Cruvinel

Os mais jovens não sabem disso mas os que chegaram a ditadura sabem o que significa a sigla DSI: Divisão de Segurança e Informação, uma unidade de dedurismo que havia em cada ministério para entregar ao SNI nomes de funcionários suspeitos de serem subversivos ou criticarem o regime. Era o maccarthismo institucionalizado.

Agora, na ditadura civil de Temer, as DSIs estão de volta, embora informalmente. Em todos os ministérios funciona uma máquina de delação de colegas suspeitos de ligações com o PT e de serem contra o governo interino. Se o denunciado tem cargo comissionado, é sumariamente dispensado.

As delações funcionaram na EBC, no Minc e no Ministério da Saúde para ajudar os superiores na montagem das listas de demitidos. O próprio embaixador Fernando Igreja foi destituído da chefia do Cerimonial do Itamaraty esta semana, nas vésperas das Olimpíadas, por ter feito postagens em tom crítico ao processo de impeachment. E ainda que não tivesse feito, era conhecida sua identificação com a política externa anterior.

Triste o país que nada aprende com a História. A ditadura passou e o SNI ficou para a História como uma de suas faces mais perversas. Temer passará carregando na biografia a marca do golpe, do desmonte de políticas sociais e do retorno das práticas autoritárias como o expurgo e perseguição dos que exercitam o sagrado direito de divergir.