Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Globo veta Toffoli no mensalão

“O ‘mensalão’ merece um julgamento severo e técnico. Mas a interferência da mídia no processo ultrapassa o limite de bom senso”.
    Depois de querer marcar a data, a Globo agora deu para escalar os juizes que podem votar no Supremo.
Saiu no Blog do Nassif:

Depois da operação Gilmar, a Operação Toffoli pelo Globo

Enviado por luisnassif, qui, 21/06/2012 – 12:27



Primeiro, a operação que emprenhou Gilmar Mendes pelo ouvido – levando-o à explosão inconsequente e à antecipação do julgamento do “mensalão”. Agora, a Operação Toffolli, visando constranger o Procurador Geral e provocar o  impedimento de Tofolli para o julgamento. Em ambos os casos, O Globo.


O “mensalão” merece um julgamento severo e técnico. Mas a interferência da mídia no processo ultrapassa qualquer limite de bom senso. Comporta-se como o poder maior da República, de fato.

A lista em questão é aberta a todos os procuradores e contem todos os tipos de emails e comentários. Alguns deles referem-se diretamente à coluna Radar, da Veja, como veículo de estratégia midiática de Carlinhos Cachoeira, por exemplo. Em outras áreas, espaço para bate papos. Ao todo, mais de 200 emails por dia.

O que o jornal faz é selecionar parte dos comentários – que representa pensamento de ALGUNS procuradores -, e apresentar como se fosse a opinião DOS procuradores.  Muito embora haja um sentimento  contrário à presença de Toffoli, é evidente uma enorme forçada de barra.

Há motivos para questionar a presença de Tofoli, como motivos mais que evidentes para questionar a isenção de Gilmar Mendes. Mas o viés do noticiário mostra uma compulsão de interferir no julgamento que atropela normas básicas de direito.


O Globo

Mensalão: procuradores querem Toffoli fora do julgamento


Grupo mandou a Gurgel motivos que tornariam ministro impedido de julgar caso

Júnia Gama

BRASÍLIA – Procuradores da República estão pressionando o procurador-geral, Roberto Gurgel, para que peça o impedimento do ministro José Antônio Dias Toffoli no julgamento do mensalão. O grupo já preparou uma sustentação teórica defendendo que Toffoli deve ser declarado impedido e manda recados para que Gurgel interceda. Os procuradores manifestam incômodo com a atitude do procurador-geral no caso, porque avaliam que ele deveria ter atuado nesse sentido, já que a permanência de Toffoli, na avaliação deles, pode prejudicar o julgamento.

O GLOBO teve acesso a e-mails trocados pelos procuradores em um sistema de rede interna do Ministério Público. Nas mensagens, procuradores enumeram fatos jurídicos para sustentar o impedimento de Toffoli.

Para uma procuradora ouvida pelo GLOBO, apesar do que já saiu na imprensa, Toffoli parece não se constranger. Essa integrante do MPF diz que Gurgel tem ciência dessa discussão entre os colegas, porque participa da rede de e-mails que discute os mais variados assuntos.

— Esperamos que ele atenda o nosso pedido de provocar a suspeição do ministro neste julgamento — disse a procuradora da República, que pediu para não ser identificada.

Entre os pontos destacados pelos procuradores está a atuação de Toffoli como advogado do PT à época em que ocorreram os primeiros fatos denunciados — os empréstimos feitos por Marcos Valério para saldar dívidas do PT. Depois de ser advogado do partido, Toffoli foi subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, em uma sala contígua à do então ministro José Dirceu, hoje réu no processo.

O terceiro fator de suspeição seria a atuação da namorada do ministro, a advogada Roberta Rangel, na defesa de réus do processo do mensalão. Os procuradores apontam “vastas provas da ligação visceral de Toffoli com José Dirceu e outros réus também integrantes da cúpula”.

“De todos os ministros indicados por Lula para o Supremo, Toffoli é o que tem mais proximidade política e ideológica com o presidente e o partido. Sua carreira confunde-se com a trajetória de militante petista. Essa simbiose é, ao fundo e ao cabo, a única justificativa para encaminhá-lo ao Supremo”, diz uma das mensagens.

— É preciso uma decisão rápida sobre a participação do ministro Dias Toffoli no julgamento do mensalão, para que sejam afastadas as sombras de especulações de se tratar de um julgamento político. Em prol da boa técnica de um julgamento isento, esse é um tema sobre o qual o Supremo Tribunal Federal precisa ostensivamente decidir — afirma o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Alexandre Camanho.

Toffoli tem dito que não decidirá agora se vai ou não se declarar impedido. Gurgel não comentou as cobranças dos colegas.

O campo político brasileiro



Há duas décadas que o campo político nacional no Brasil se polariza em duas frentes: aquela liderava pelo PSDB e a liderada pelo PT. Desde que os tucanos, levados por FHC, se aliaram ao então PFL e assumiram o modelo neoliberal, o espaço à direita do campo politico ficou ocupado pela aliança liderada pelo PSDB e que tem tido no atual DEM (e secundariamente pelo PPS). No outro polo, o PT ocupa o espaço à esquerda, em aliança com outros partidos como o PSB, o PC do B, o PDT e outras forças, como a força posneoliberal. As oscilações se deram pela adesão do PDMB e outros partidos de centro e de direita, ao bloco governante.

A correspondência a essa polarização é aquela que se dá entre dois projetos de país. O PSDB mantem uma visão centrada no mercado, no Tratado de Livre Comércio com os EUA e no Estado mínimo. Mesmo se não propõe claramente uma alternativa baseada nessas posições – a campanha de Serra a presidente oscilou todo o tempo entre continuidade com o governo Lula e oposição radical a esse governo -, são os eixos das posições tucanas, em que as denúncias fazem parte da tônica anti-estatal –em que o Estado seria a fonte fundamental de corrupção.

O PT dirige um bloco politico que faz o Brasil transitar do neoliberalismo herdado ao posneoliberalismo. Da Alca passamos à sua negação e à prioridade dos projetos de integração regional (Mercosul, Banco do Sul, Unasul, Conselho Sulamericano de Defesa, Comunidade de Estados da America Latina e o Caribe) e das relações Sul-Sul. Da proridade do ajuste fiscal à prioridade das políticas sociais. Do Estado mínimo ao Estado indutor do crescimento econômico e garantia dos direitos sociais.

Todo o cenário politico é sobredeterminado por essa polarização, de que o desenvolvimento do Brasil depende.

 
Postado por Emir Sader

PF investiga como Cachoeira soube de operação 1 mês antes



algum palpite?

A Polícia Federal e o Ministério Público investigam como o bicheiro Carlinhos Cachoeira soube, com um mês de antecedência, da operação que tinha seu grupo como alvo, a Monte Carlo. A primeira suspeita foi de que a informação teria saído da 11ª Vara Federal de Goiás, onde corre o processo. A PF descobriu uma ligação do juiz titular, Leão Aparecido Alves, para um dos investigados - quem teria usado o telefone seria a mulher do magistrado. Em conversa gravada cerca de 20 dias antes da prisão, Cachoeira e um auxiliar comentam sobre uma possível operação e citam o nome de Leão. As informações são do Jornal Nacional.

Nesta quarta, o jornal O Estado de S.Paulo divulgou depoimento do juiz Paulo Augusto Moreira Lima, que pediu para sair do caso, ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no qual o magistrado afirmou que os suspeitos receberam informações detalhadas da Monte Carlo, inclusive os nomes dos investigados. Com a saída de Moreira Lima, Leão, que é amigo de José Olímpio Queiroga Neto - acusado de comandar a exploração de jogos ilegais no entorno do Distrito Federal -, assumiria o caso, mas ele se declarou impedido.

Carlinhos Cachoeira
Acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012.

Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram contatos entre Cachoeira e o senador democrata Demóstenes Torres (GO). Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo telefônico não havia obedecido a critérios legais.

Nos dias seguintes, reportagens dos jornais afirmaram, que o grupo de Cachoeira forneceu telefones antigrampos para políticos, entre eles Demóstenes, e que o senador pediu ao empresário que lhe emprestasse R$ 3 mil em despesas com táxi-aéreo. Na conversa, o democrata ainda vazou informações sobre reuniões reservadas que manteve com representantes dos três Poderes.

Pressionado, Demóstenes pediu afastamento da liderança do DEM no Senado em 27 de março. No dia seguinte, o Psol representou contra o parlamentar no Conselho de Ética e, um dia depois, em 29 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski autorizou a quebra de seu sigilo bancário.

O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), anunciou em 2 de abril que o partido havia decidido abrir um processo que poderia resultar na expulsão de Demóstenes, que, no dia seguinte, pediu a desfiliação da legenda, encerrando a investigação interna. Mas as denúncias só aumentaram e começaram a atingir outros políticos, agentes públicos e empresas.

O vazamento das conversas apontam encontros de Cachoeira também com o governador Marconi Perillo (PSDB), de Goiás. Em 19 de abril, o Congresso criou a CPI mista do Cachoeira.

ESSA NÃO SAI NA GLOBO E PIG E CIA LTDA.Segundo a ONU, assentamentos israelenses na Cisjordânia violam Direito Internacional


Deu na ONU BR e não vai sair nas Organizações Globo & Cia:
O Coordenador Especial da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio, Robert Serry (na imagem acima), reiterou hoje (07/06) que a construção de assentamentos israelenses em territórios palestinos ocupados representa uma violação do Direito Internacional. O Governo israelense anunciou que vai construir 300 unidades habitacionais no assentamento de Beit El, na Cisjordânia.
Serry afirmou que o anúncio é “profundamente problemático” e reiterou seu recente alerta no Conselho de Segurança que “se as partes não aproveitarem a atual oportunidade, deveriam perceber que a implicação não apenas retarda o progresso de uma solução com dois Estados. Em vez disso, poderia estar encurtando o caminho em direção a um Estado, que também nos move para longe da paz regional no espírito da Iniciativa Árabe de Paz.”

RAUL SEIXAS , JÁ SABIA HÁ MUITO .....

O repórter que é a ecrotidão personificada (opedeuta). O jornalismo mediúnico de Fernando Rodrigues

Lula disse seis palavras sobre a repercussão de sua foto com Maluf. Com esse material o destacado jornalista consegue produzir um artigo inteiro sobre o que Lula pensa.

Eu sei que a vida é dura e um emprego desses não cai do céu, mas é realmente impressionante como essa gente tem a cara de pau de analisar o que Lula, Dilma ou seja lá quem for PENSAM.

Existe um hiper-direitista por aí chamado Jorge Serrão que também publica o que as pessoas mais importantes do Brasil e do mundo conversam na intimidade e pensam, mas ele é evidentemente louco, nem sei se declara-se "jornalista".

Mais grave é que a análise mediúnica de Rodrigues é interessante, principalmente a parte onde FHC diz que a importância do caso vai depender de como a mídia usá-lo. Claro que no jornalismo mediúnico não é possível saber se ele disse isso mesmo, pensou e o jornalista ouviu ou apenas o Rodrigues está atribuindo ao FHC o que ele mesmo pensa, mas em qualquer hipótese quem quiser ler pode fazê-lo aqui.

 

A coerência de Erundina

30/06/2004 - 20h06

Erundina e Temer formam aliança para eleição em SP

Por Carmen Munari
SÃO PAULO (Reuters) - PMDB e PSB formalizaram nesta quarta-feira uma coligação para disputar a prefeitura de São Paulo com a desistência de Michel Temer, que ocupará o posto de vice na chapa da socialista Luiza Erundina. Apesar de pertencerem a partidos da base governista, os dois políticos prevêem críticas ao Executivo federal na campanha.
"É um gesto inovador, revolucionário e ousado do PMDB", disse a ex-prefeita, durante entrevista coletiva para anunciar a nova chapa. Erundina reiterou sua autocrítica de considerar um "equívoco" ter governado São Paulo entre 1989 e 1992 com um partido só, então o PT.
Temer admitiu que os resultados das últimas pesquisas de opinião influenciaram na formação da chapa, mas que, além disso, a decisão se deveu a um "consenso partidário". O acordo foi costurado por Orestes Quércia, presidente estadual do PMDB.
No Esquerdopata

Maluf ? O FHC podia se aliar a ele

O Maluf visitava a Folha e os editores o recebiam como se fosse Jean-Paul Sartre.

O Conversa Afiada reproduz comentário do amigo navegante Frank.

Trata-se da época em que o Maluf era um santo.

“Seu” Frias era vivo,  o Maluf visitava a Folha (*) e os editores o recebiam como se fosse Jean-Paul Sartre.

Na hora de o Luiz Carlos Santos (um santo !) levar o Maluf ao colo do Farol de Alexandria, o PiG (**) o empunhava como se o Cerra levasse a imagem de Nossa Senhora da Aparecida a Fátima.

Nesse sinistro capítulo, quem joga a primeira pedra ?

Frank

PH, em tempo de críticas ao Lula pela aliança com o Maluf, segue memorável transcrição da entrevista de Mário Covas no Roda Viva em 1998 (o vídeo não traz esta parte, infelizmente):


Memória Roda Viva: Mário Covas


Luís Costa Pinto: Governador, incomoda ao senhor entrar na campanha tendo que explicar a sua administração?  Tendo que explicar a negociação do Banespa e olhar para o lado e ver que o seu principal adversário que, em alguns momentos, o senhor responsabiliza, em todo ou em parte, pela situação de São Paulo, estar ao lado daqueles que foram aliados do senhor historicamente, quer dizer, está o Maluf ao lado do Fernando Henrique… em outros estados, é o Fernando Henrique ao lado do Antônio Carlos Magalhães [1927 – 2007. Governou a Bahia por 3 vezes. Foi eleito senador pelo estado em 1994 e 2002], na Bahia; por exemplo, é o Fernando Henrique ao lado do Marco Maciel [foi deputado, governador de Pernambuco e vice-presidente da República entre os anos de 1995 a 2002. Foi eleito senador em 2003], em Pernambuco, ou seja, os adversários históricos de vocês… O que irrita mais o senhor, incomoda mais o senhor na campanha, aqui em São Paulo? É explicar isso, a matemática da sua gestão, ou é explicar para o eleitor as alianças que foram feitas e porque o senhor não está integralmente, não tem um apoio integral do presidente que estava ao lado do senhor?


Mário Covas: Eu não tenho explicações a dar. Eu não estou na defesa. Eu tenho como atacar! [ri] Eu estou oferecendo para vocês uma oportunidade de escolher o terreno, qualquer que seja, para a gente discutir administrativamente quem fez mais. No plano político, podemos discutir também. No plano moral podemos discutir também. Eu não vou me colocar na defesa. Não tenho explicações a dar. Eu posso justificar cada uma das minhas atitudes, até porque tenho o dever de fazer isso. Mas eu não estou na defesa, não.


Luís Costa Pinto: O senhor acha que o presidente tem explicações a dar em relação à divisão de palanques dele em São Paulo?


Mário Covas: O presidente Fernando Henrique? O presidente Fernando Henrique tem toda a liberdade de ter o apoio que acha que deve ter. Acho até que é uma coisa boa que o Maluf está fazendo. A única coisa que eu concordo com o Maluf é no fato de estar apoiando o Fernando Henrique. Pela primeira vez ele está escolhendo o melhor candidato. Não é comum o Maluf fazer isso. Por outro lado, eu sei que o presidente sofre [abre as mãos], tem que receber até o Maluf. Ele está em um partido, o partido apóia muito bem, ele o recebe. É evidente que o perigo de receber o Maluf reside no fato de que, se você o recebe sozinho, quando ele sai, conta a versão que ele quiser. Não importa se ela é verdade ou não…



Clique aqui para ler “Cerra não tem moral para falar do Maluf”.

Clique aqui para ler sobre “as ambulâncias do Cerra, onde os aloprados nasceram de parto natural”.

E aqui para ler sobre “Lula, Maluf e o Churcho”.


Paulo Henrique Amorim
Na festa dos 80 anos, Maluf recebe convidado ilustre (Foto: Paulo Glandalia/AE)


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Globo: Dilma fracassa na Rio+20 e na Copa

O importante é que é tudo um retumbante fracasso. Como exatamente queriam os EUA.

O ansioso blogueiro assistiu fascinado ao ininteligível comentário da Urubóloga sobre a Rio+20 no Bom (?) Dia Brasil.

Miriam Leitão comenta participação de ONGs na Rio+20

Ininteligivel, mas muito claro: a Rio+20 fracassou por causa do Brasil.

A diplomacia brasileira perdeu todas.

As ONGs deram uma surra no Itamaraty.

O Brasil não tem ambição.

A Rio+20 é a Rio menos 20.

O desafio da Dilma – erradicar a pobreza é o maior desafio – não tem a menor importancia.

A proposta do presidente francês Hollande de adotar a “Tobin tax” sobre transações financeiras para ajudar os países pobres a evitar o desmatamento – ora, bobagem !, diz a Urubóloga, a Inglaterra é contra !

Sim, mas e daí ?

Vivemos no tempo da Rainha Vitória, quando o sol não se punha sobre o Império do Renato Machado ?

O importante é que é tudo um retumbante fracasso.

Como exatamente queriam os Estados Unidos.

E se os Estados Unidos assim queriam, o que ousariam dizer a Globo e seus notáveis neolibelistas (**) ?

Aliás, alguém viu um representante americano nessa Verde Assembléia ?

Clique aqui para ler por que o Vasco não quer nem ouvir falar em Verde.

Quanto a Hillary vai botar na mesa para ajudar as ONGS da Blábárina ?

O PiG (*) decretou o fracasso da Rio+20.

É só um ensaio para a Copa.

A Copa já é um fracasso.

Como se sabe, sob o comando do Brasil e sem o global Ricardo Teixeira, a Copa é, desde já um fracasso.

Não vai ter apito nem bandeirinha na Copa brasileira.

Agora, segundo o Casa Grande, na pelada desta quarta feira, o Ganso e o Neymar são, no momento, os melhores jogadores do Brasil.

Pelo que os dois fizeram ontem, imagine os piores, amigo navegante …

O que vai faltar na Copa vai ser a seleção do Galvão.

Mas, essa, segundo o Cleber Machado (narrador tão ausente quanto o Galvão) e os patrocinadores da Globo é um sucesso !

Em tempo: a manchete do Globo (impresso) é uma obra prima: “ONGs rejeitam documento da Rio+20; ONU cobra ambição”.

Estamos, então, amigo navegante, diante de uma “nova ordem mundial”.

Quem manda são as ONGs da Bláblárina, dos países ricos que derrubaram as florestas e não têm Código Florestal, do James Cameron.

Vamos ver se a Globo acata a opinião de algumas ONGs que o ansioso blogueiro conhece a respeito da linha editorial do jornal nacional. Ué, não é a voz das ruas que agora manda no pedaço ?

Esse “cobra ambição”… o amigo navegante já entendeu. Cobra da Dilma. A ONU cobra da Dilma.

Pela primeira vez na História a ONU (do Globo) cobra alguma coisa …

Israel, por exemplo, espera uma “cobrança” da ONU desde a metade do século passado.

Enquanto isso, o Estado Palestino espera Israel obedecer à “cobrança”.

Só pode ser “cobra da Dilma”.

Não foi o Governo Dilma que fracassou ?


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

PT tenta o suicídio em São Paulo

O desastre eleitoral que se abateu sobre o PT paulistano não poderia ser mais grave se a mídia e o PSDB o tivessem planejado. Por isso, a candidatura de Fernando Haddad sofreu um ferimento mortal do qual poderá até se recuperar, mas não será fácil.
A aliança entre o PP e o PT paulistanos, por si só, era difícil de aceitar. Mas a foto de Lula, Paulo Maluf e Haddad confraternizando entre si tornou intragável o que já era difícil de engolir. Além disso, a imagem será usada pelos adversários de Lula até o dia em que ele permanecer na política.
Dirão que a culpa é toda de Lula porque foi dele a decisão de fazer a aliança maldita “com Maluf”. Todavia, não é verdade. Apesar da falta de percepção do ex-presidente sobre a política paulistana Erundina poderia ter resistido, pois sabia da aliança.
Desistir da chapa de Haddad não isentou a ex-prefeita. Ela atribui tudo à foto, mas se aceitou a aliança contanto que não houvesse foto sugere que se tivesse sido feito tudo às escondidas não se importaria de estar ao lado de Maluf. A emenda saiu pior do que o soneto.
Se Erundina não tivesse renunciado haveria muito burburinho, mas, em alguns dias, tudo teria sumido. Contudo, como ela parece não ter convicções de seus atos deixou-se intimidar por uma militância embriagada, incapaz de enxergar prioridades.
Sim, a aliança com o PP de São Paulo é repugnante porque quem manda no partido, aqui, é Maluf. Em nível federal o partido não é dele, mas, em São Paulo, é. Todavia, a militância entregar o jogo por uma foto é condenar a cidade a continuar piorando.
Sem um bom prefeito, São Paulo continuará piorando. Caso Serra vença, o rumo em que a cidade está será mantido porque é ele quem a governa desde 2004. Se o eleito for Russomano,  Chalita ou Soninha talvez seja até pior, pois nenhum deles é administrador como o tucano ou Haddad.
A militância não quis saber. Agiu como manada. Insuflada por militantes tucanos travestidos de “petistas arrependidos”, começou a propagar slogans contra Erundina até que ela se deixasse intimidar e materializasse o desastre.
Claro que o erro maior foi de Lula. Subestimou a passionalidade da militância e superestimou Erundina e a si mesmo. Além disso, adotou uma postura autocrática ao empurrar Maluf pela goela de todos. Mas ele tem desculpa. Está voltando do inferno.
Não foi por falta de aviso, porém, que essa hecatombe ocorreu. Antes de qualquer um, ainda na sexta-feira passada publiquei post contendo denúncia contra Maluf. No sábado, elenquei as razões pelas quais aquela aliança maldita seria ruim. Mas não fiz escarcéu.
Todos poderiam ter marcado posição sobre a inconveniência da aliança, mas não era preciso fuzilar Erundina até que seu lado titubeante aflorasse.
Agora, se a candidatura Haddad não resistir, São Paulo pode vir a ter um prefeito pior do que Kassab  caso Serra não se eleja – ele ainda seria menos ruim do que seu pupilo. Seria pior, pois, um Russomano vencer. Ou, no limite do impensável, uma Soninha.
Todavia, há um fio de esperança. Conhecendo o povo de São Paulo, é mais do que certo que expressiva parcela da população não considera que se aliar a Maluf é se aliar ao demônio. Muito pelo contrário. O prejuízo real, portanto, pode ter sido pequeno ou até zero.
A menos, é claro, que a militância petista continue dando uma banana para São Paulo e fazendo jogo de cena sobre a aliança com o PP paulistano…
Por outro lado, talvez tenha sido bom Erundina não ser vice de Haddad. Ela seria um foco permanente de crises ao se deixar guiar pela mídia ou pelas redes sociais da internet. Ninguém consegue governar ouvindo só a opinião pública.
Por outro lado, bom seria se o comando da campanha de Haddad não continuasse repetindo as burradas da campanha de Marta Suplicy em 2008, que, como agora, decidiu jogar sua história no lixo usando as mesmas armas que os adversários – ou seja, o preconceito.
Usar o preconceito contra Kassab em 2008 ou se aliar ao restolho da política brasileira em 2012 são faces da mesma moeda, a moeda da ânsia de obter a vitória a qualquer preço. E o que é pior: apelando para “atalhos” que não se tem segurança sobre aonde vão dar.
Há um só caminho para Haddad vencer a eleição: há que fazer o povo pensar em sua vida e convencê-lo de que sabe como melhorá-la. Jogadas políticas espertalhonas são o campo em que a direita midiática joga. Não dá para vencê-la nesse campo.