Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Maluf ? O FHC podia se aliar a ele

O Maluf visitava a Folha e os editores o recebiam como se fosse Jean-Paul Sartre.

O Conversa Afiada reproduz comentário do amigo navegante Frank.

Trata-se da época em que o Maluf era um santo.

“Seu” Frias era vivo,  o Maluf visitava a Folha (*) e os editores o recebiam como se fosse Jean-Paul Sartre.

Na hora de o Luiz Carlos Santos (um santo !) levar o Maluf ao colo do Farol de Alexandria, o PiG (**) o empunhava como se o Cerra levasse a imagem de Nossa Senhora da Aparecida a Fátima.

Nesse sinistro capítulo, quem joga a primeira pedra ?

Frank

PH, em tempo de críticas ao Lula pela aliança com o Maluf, segue memorável transcrição da entrevista de Mário Covas no Roda Viva em 1998 (o vídeo não traz esta parte, infelizmente):


Memória Roda Viva: Mário Covas


Luís Costa Pinto: Governador, incomoda ao senhor entrar na campanha tendo que explicar a sua administração?  Tendo que explicar a negociação do Banespa e olhar para o lado e ver que o seu principal adversário que, em alguns momentos, o senhor responsabiliza, em todo ou em parte, pela situação de São Paulo, estar ao lado daqueles que foram aliados do senhor historicamente, quer dizer, está o Maluf ao lado do Fernando Henrique… em outros estados, é o Fernando Henrique ao lado do Antônio Carlos Magalhães [1927 – 2007. Governou a Bahia por 3 vezes. Foi eleito senador pelo estado em 1994 e 2002], na Bahia; por exemplo, é o Fernando Henrique ao lado do Marco Maciel [foi deputado, governador de Pernambuco e vice-presidente da República entre os anos de 1995 a 2002. Foi eleito senador em 2003], em Pernambuco, ou seja, os adversários históricos de vocês… O que irrita mais o senhor, incomoda mais o senhor na campanha, aqui em São Paulo? É explicar isso, a matemática da sua gestão, ou é explicar para o eleitor as alianças que foram feitas e porque o senhor não está integralmente, não tem um apoio integral do presidente que estava ao lado do senhor?


Mário Covas: Eu não tenho explicações a dar. Eu não estou na defesa. Eu tenho como atacar! [ri] Eu estou oferecendo para vocês uma oportunidade de escolher o terreno, qualquer que seja, para a gente discutir administrativamente quem fez mais. No plano político, podemos discutir também. No plano moral podemos discutir também. Eu não vou me colocar na defesa. Não tenho explicações a dar. Eu posso justificar cada uma das minhas atitudes, até porque tenho o dever de fazer isso. Mas eu não estou na defesa, não.


Luís Costa Pinto: O senhor acha que o presidente tem explicações a dar em relação à divisão de palanques dele em São Paulo?


Mário Covas: O presidente Fernando Henrique? O presidente Fernando Henrique tem toda a liberdade de ter o apoio que acha que deve ter. Acho até que é uma coisa boa que o Maluf está fazendo. A única coisa que eu concordo com o Maluf é no fato de estar apoiando o Fernando Henrique. Pela primeira vez ele está escolhendo o melhor candidato. Não é comum o Maluf fazer isso. Por outro lado, eu sei que o presidente sofre [abre as mãos], tem que receber até o Maluf. Ele está em um partido, o partido apóia muito bem, ele o recebe. É evidente que o perigo de receber o Maluf reside no fato de que, se você o recebe sozinho, quando ele sai, conta a versão que ele quiser. Não importa se ela é verdade ou não…



Clique aqui para ler “Cerra não tem moral para falar do Maluf”.

Clique aqui para ler sobre “as ambulâncias do Cerra, onde os aloprados nasceram de parto natural”.

E aqui para ler sobre “Lula, Maluf e o Churcho”.


Paulo Henrique Amorim
Na festa dos 80 anos, Maluf recebe convidado ilustre (Foto: Paulo Glandalia/AE)


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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