Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Com 11 anos de atraso, FHC, Aécio, Serra e Alckmin serão investigados

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Neste fim de semana saíram notinhas nos portais da grande mídia informando que 11 anos depois das primeiras denúncias de corrupção em Furnas Centrais Elétricas, ocorridas em 2005, o Ministério Público do Rio encaminhou a investigação à Procuradoria-Geral da República.
Segundo o órgão, a decisão foi tomada após o MP constatar, com um “certo atraso”, a incontestável materialidade da dita “lista de Furnas”, documento sobre esquema de caixa dois nas eleições de 2002 e que envolve essencialmente o PSDB.
furnas-1O esquema é essencialmente tucano, como todos sabem. Mas só para refrescar a memória, já que as notinhas da imprensa tucana dão poucos detalhes sobre o que é esse escândalo, aí vai um gráfico mostrando quanto cada partido denunciado está envolvido.
furnas-2Os nomes dos envolvidos explicam a razão da censura que a mídia tucana baixou sobre esse caso durante mais de uma década. Alckmin, Serra, Aécio, FHC e cia. ltda. Vão ter muito a explicar, caso a investigação ande, apesar de que esse Procurador Geral da República já recusou outras vezes abrir a investigação, haja vista que integra o complô que derrubou Dilma Rousseff e persegue petistas até hoje.
Desta vez, porém, Rodrigo Janot não poderá simplesmente arquivar o pedido de investigação porque não são adversários políticos dos tucanos que pedem a investigação, mas o MP do Rio. Mesmo que seja pra inglês ver, ele vai ter que ao menos abrir a investigação.
O nome de FHC não consta como recebedor de propina, mas ele terá que ser investigado porque foi no governo dele que o escândalo ocorreu e Furnas, empresa portanto, estava sob seus desígnios.
A decisão de investigar o caso foi tomada pelo promotor Rubem Viana, da 24ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos que remeteu a documentação em setembro deste ano. Os autos, que estão sob sigilo, só chegaram à Procuradoria-Geral da República na sexta-feira, 2, mas ainda nem foram para o gabinete de Janot.
Ele provavelmente vai embromar o quanto puder e a imprensa tucana certamente não irá pressioná-lo, de modo que, muito provavelmente, haverá que empreender manifestações e pressão popular para que ele não engavete o processo.
O mais interessante nesse caso, porém, é que um jornalista que tentou dar publicidade ao caso ficou preso durante meses, em 2014, para não atrapalhar a campanha eleitoral de Aécio Neves à Presidência fazendo denúncias sobre o tema.
O jornalista mineiro Marco Aurélio Flores Carone, diretor de redação do site novojornal.com, foi preso em 20 de janeiro de 2014 em Belo Horizonte por autorização da juíza Maria Isabel Fleck, da 1ª Vara Criminal da capital mineira.
Carone foi denunciado pelo Ministério Público estadual de Minas em novembro do ano anterior por formação de quadrilha, falsificação de documentos públicos e particulares, falsidade ideológica, uso de documento falso, denunciação caluniosa majorada e fraude processual majorada – todas essas acusações decorreram do contato que fez com o jornalista e o lobista Nilton Monteiro, que tornou pública a Lista de Furnas após ter colaborado com o esquema de desvio de dinheiro da estatal.
furnas-3A juíza que encarcerou os dois afirmou que ambos faziam parte de uma quadrilha cujo objetivo seria “difamar, caluniar e intimidar” adversários políticos, e autorizou a prisão preventiva do jornalista para impedir novas publicações.
Além disso, afirmou que o NovoJornal, de Carone, seria financiado com dinheiro de origem ilegal, uma vez que o site não contaria com anunciantes suficientes para manter a página.
Tudo, entretanto, não passou de uma farsa para impedir que Carone atrapalhasse a campanha de Aécio à Presidência. Foi absolvido de todas as acusações e, após ser libertado, denunciou a arbitrariedade à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.


Não, não estamos falando de Cuba ou da Coreia do Norte, países que os fascistas tucano-midiáticos acusam de arbítrio. Tudo isso aconteceu no Brasil, que, supostamente, seria uma democracia.
Como hoje a democracia brasileira está ainda mais fragilizada que em 2014, para que Janot não acoberte Aécio Neves mais uma vez e para que Globos, Folhas, Estadões e Vejas não abafem o caso, haverá que promover atos públicos pedindo apuração dos fatos.
Neste domingo ocorre uma manifestação em cerca de 200 cidades brasileiras pedindo apoio a medidas de exceção que o Ministério Público quer ver implantadas no país para aprofundar ainda mais a perseguição a adversários do PSDB, partido que continuará mandando prender quem faça denúncias contra si. Essa ação fascistoide dos esbirros tucanos terá que ser combatida com protestos em sentido contrário, exigindo apuração do caso Furnas.
Desse modo, este Blog exorta movimentos sociais e sindicais de esquerda a se prepararem para pedir justiça em relação à roubalheira impune que o PSDB pratica há décadas sem que Polícia Federal, Ministério Público e a mídia atuem como atuam contra o PT e a esquerda em geral. Do contrário, mais essa investigação contra o PSDB será abafada.

Altamiro Borges: Nas ruas, nenhuma faixa contra Geddel, Jucá ou Padilha!

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“Coxinhas” endeusam Moro e poupam Temer
Com a generosa cobertura da mídia falsamente moralista – em especial da TV Globo –, milhares de pessoas voltaram às ruas neste domingo (4) para defender os abusos da Lava-Jato e para endeusar o “carrasco” Sergio Moro.
As “marchas contra a corrupção” ocorreram em cerca de 200 cidades. Elas foram organizadas por várias grupos golpistas, como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua.
O curioso é que os tais “coxinhas”, que se fantasiam de paladinos da ética, pouparam a gangue do Judas Michel Temer.
Nenhum cartaz, faixa, boneco ou discurso contra Geddel Vieira, Romero Jucá, Eliseu Padilha e outros famosos corruptos que tomaram de assalto o Palácio do Planalto.
Pelo contrário.
Segundo matéria da BBC-Brasil, os líderes da marcha vetaram a menção ao “Fora Temer”, superando divergências internas.
“De um lado, o Vem Pra Rua defendeu que manifestantes de esquerda seriam bem-vindos no protesto que defende a Operação Lava Jato e a aprovação do projeto das Dez Medidas Contra a Corrupção proposto pelo Ministério Público Federal. Mas o MBL, que vinha alinhado ao Vem Pra Rua, desta vez se mostrou indignado com a proposta e chegou a pensar em não participar do ato. ‘Quer dizer que gente que saiu às ruas pedindo a saída de Dilma e defendeu a Lava Jato até aqui, agora está topando conversar com a extrema esquerda para eventualmente defender um Fora Temer. Como assim?’, questionou Renan Santos, do MBL”.
Após o racha inicial, houve um acordo entre os grupelhos para evitar qualquer crítica ao governo ilegítimo e corrupto.
“Após a demonstração pública de descontentamento do MBL, o líder do Vem Pra Rua, Rogério Chequer, foi também às redes sociais se explicar. ‘O Vem Pra Rua não é a favor de Fora Temer. Nós não temos nenhum interesse de tirar o Temer do poder’, afirmou Rogério Chequer em vídeo. Em entrevista à BBC Brasil, Chequer disse que não pode controlar quem participa de seus atos, mas que as pessoas ligadas à esquerda e que estão alinhadas ao Fora Temer não estão alinhadas com suas posições. ‘Espero que pessoas desalinhadas não se interessem em vir’, disse. Ele afirmou inclusive que o governo do presidente Michel Temer tem ‘intenções extremament e positivas para o Brasil’”.
A BBC não esclarece quais seriam os tais “grupos de extrema esquerda” que estariam dispostos a participar da marcha da direita nativa. Durante a semana, Luciana Genro, presidenciável do PSOL derrotada em 2014, andou elogiando a midiática Lava-Jato e as “10 medidas de combate à corrupção do MPF”. Mas todas as organizações políticas e sociais de esquerda rejeitaram o ato organizado pelos grupelhos fascistas.
“Eles não têm credibilidade nenhuma para fazer um protesto contra a corrupção. Eles são responsáveis por colocar Temer no poder e fizeram aliança pelo Eduardo Cunha”, afirmou Guilherme Boulos, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
De fato, não teria qualquer lógica apoiar ou participar da marcha direitista deste domingo.
Além do falso discurso contra a corrupção, feito por fascistas mirins que apoiaram o “golpe dos corruptos” – muitos deles inclusive mais sujos do que pau de galinheiro –, o protesto exibiu novamente cenas grotescas.
Alguns aloprados rosnaram pela “intervenção militar Já”, outros satanizaram o Supremo Tribunal Federal (STF) pela decisão de não criminalizar o aborto até o terceiro mês de gestação e outros tiraram suas famosas selfies com a tropa de choque da Polícia Militar – que alguns dias antes havia esbanjado violência contra uma manifestação de repúdio à PEC da Morte em Brasília.
Veja também:

Bancos: PIB desabará em 2017 Ai, ai, ai, se balançar o Temer cai!

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A leitura toda segunda-feira de manhã do boletim Focus do Banco Central é um pesadelo para os açougueiros do neolibelismo e, portanto, da Cegonhóloga.
É a previsão dos economistas de bancos, esse pessoal que a Cegonhóloga consulta como à Biblia!
E até eles acham que, como disse o Requião ao Mino, essa p... que está aí não dura seis meses.
O câmbio se desvalorizará muito pouco - e pouco ajudará as exportações.
A maior taxa de juros do mundo, a Selic, continuará a ostentar o título glorioso!
A produção industrial - bem, essa... essa é melhor fechar!
E encomendar tudo ao Moro - que, por enquanto, já destruiu o que consta de uma página inteira do Globo.
E o PIB?
O PIB?
Vai cair 3,4% este ano e ano que vem crescerá - sobre menos 3,4% - robustos 0,80!
Um prodíjio!
Semana passada, os economistas bancários achavam que o PIB de 2017 cresceria quase um porcento.
A coisa está feia, Meirelles.
Chama o Naufraga!
Porque esse afunda tudo de vez, como fez em 2002!
E elegeu o Lula.
O que inevitavelmente acontecerá em 2018!
PHA