Não param de surgir informações pouco abonadoras sobre a pessoa que convenceu a revista IstoÉ de que seria fonte suficientemente crível para um ataque “mortal” contra o líder de intenções de voto para presidente da República em 2018, Luiz Inácio Lula da Silva.
Confira, abaixo, a acusação básica da revista ao ex-presidente.
“O personagem que estampa a capa desta edição de ISTOÉ chama-se Davincci Lourenço de Almeida. Entre 2011 e 2012, ele privou da intimidade da cúpula de uma das maiores empreiteiras do País, a Camargo Corrêa. Participou de reuniões com a presença do então presidente da construtora, Dalton Avancini, acompanhou de perto o cotidiano da família no resort da empresa em Itirapina (SP) e chegou até fixar residência na fazenda da empreiteira situada no interior paulista. A estreitíssima relação fez com que Davincci, um químico sem formação superior, fosse destacado por diretores da Camargo para missões especiais. Em entrevista à ISTOÉ, concedida na última semana, Davincci Lourenço de Almeida narrou a mais delicada das tarefas as quais ficou encarregado de assumir em nome de acionistas da Camargo Corrêa: o transporte de uma mala de dinheiro destinada ao ex-presidente Lula. ‘Levei uma mala de dólares para Lula’, afirmou à ISTOÉ. É a primeira vez que uma testemunha ligada à empreiteira reconhece ter servido de ponte para pagamento de propina ao ex-presidente. Ele não soube precisar valores, mas contou que o dinheiro foi conduzido por ele no início de fevereiro de 2012 do hangar da Camargo Corrêa em São Carlos (SP) até a sede da Morro Vermelho Táxi Aéreo em Congonhas, também de propriedade da empreiteira. Segundo o relato, a mala foi entregue por Davincci nas mãos de um funcionário da Morro Vermelho, William Steinmeyer, o ‘Wilinha’, a quem coube efetuar o repasse ao petista. “O dinheiro estava dentro de um saco, na mala. Deixei o saco com o dinheiro, mas a mala está comigo até hoje”, disse. Dias depois, acrescentou ele à ISTOÉ, Lula foi ao local buscar a encomenda, acompanhado por um segurança. ‘Lula ficou de ajudar fechar um contrato com a Petrobras. Um negócio de R$ 100 milhões’, disse Davincci de Almeida. A atmosfera lúdica do desembarque de Lula na Morro Vermelho encorajou funcionários e até diretores da empresa a posarem para selfies com o ex-presidente. De acordo com Davincci, depois que o petista saiu com o pacote de dinheiro, os retratos foram pendurados nas paredes do hangar. As imagens, porém, foram retiradas do local preventivamente em setembro de 2015, quando a Operação Lava Jato já fechava o cerco sobre a empreiteira (…)”
O acusador diz que levou uma mala de dinheiro em uma empresa de táxi aéreo e que Lula foi lá buscar. Ocorre que eventuais passagens do ex-presidente por essa empresa de táxi aéreo nunca foram novidade . Eram frequentemente citadas na imprensa. O tal Davincci não trouxe novidade alguma à IstoÉ.
Falta de credibilidade parece ser o conjunto da vida desse indivíduo. Espalha-se como fogo sua trajetória de criações fantásticas. Tudo indica que se trata de alguém com problemas mentais. Chega a ser estarrecedor que a IstoÉ tenha usado tal fonte.
Confira, abaixo, as peripécias de Davincci Lourenço de Almeida, o homem que fez a IstoÉ pagar um mico de proporções épicas.
Qualquer busca por aí resultará em muito mais fatos impressionantes sobre a fonte que deu a capa da IstoÉ desta semana. Será que não tem Google na sede da revista? Valeria dar uma busca no nome de suas fontes. Economizaria seu tempo e o nosso.