Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 15 de abril de 2012

CPI do Cachoeira pode “melar” o julgamento do “mensalão”

 



Em 24 de novembro de 2010, estive no Palácio do Planalto com mais nove blogueiros para participar de um evento histórico: Luiz Inácio Lula da Silva daria, naquele dia, a primeira coletiva de imprensa de um presidente da República à blogosfera – até porque, os antecessores dele não conviveram com ela, pois não existia quando governaram.
O fato de serem blogueiros assumidamente simpáticos ao governo trabalhista foi explorado pela grande mídia, que os tachou de “chapas-brancas”, insinuando que seriam beneficiados por aquele governo. O jornal O Globo, despido de senso de ridículo, usou uma página inteira para nos atacar e ilustrou o ataque com a foto acima, tirada pelo Planalto.
Ao fim da entrevista, os blogueiros se reuniram em torno do presidente para alguns minutos de conversa informal. Nela, ele nos confidenciou que, ao “desencarnar” do cargo, iria descobrir o que esteve por trás daquilo que a grande mídia chama, de forma absurda, de “O maior escândalo de corrupção da história”.
Não se sabe de onde Globo, Folha de São Paulo, Estadão e Veja (grupos de comunicação que a presidência da Associação Nacional de Jornais chama de “imprensa oposicionista”) tiraram isso, mas uma horda de colunistas, editorialistas e articulistas pagos a peso de ouro inventaram a teoria e a difundem sem jamais explicar quem ou o que a sustenta.
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Tudo começou com a operação da Polícia Federal sugestivamente batizada como “Monte Carlo”, nome de um dos 11 bairros do principado de Mônaco, uma cidade-estado situada ao sul da França que se notabilizou por abrigar os mais glamorosos e famosos cassinos do mundo, tendo sido cenário freqüente para as aventuras do espião cinematográfico James Bond, o imaginário agente 007 da inteligência britânica
O nome dessa operação da PF não poderia ser mais apropriado. O que informações prévias sobre a investigação insinuam é digno de qualquer filme de espionagem, com direito a vários clichês hollywoodianos.
Escutas feitas durante alguns anos surpreenderam o país ao flagrarem, com as calças na mão, aquele que se pretendia o acusador-mor da República, o senador oposicionista Demóstenes Torres, que se descobriu que não passava de um funcionário graduado do chefão criminoso Carlinhos Cachoeira, o qual, por sua vez, ofereceu a essa grande imprensa, segundo a quadrilha, “todas” as denúncias contra os governos Lula e Dilma feitas desde 2003.
Se Cachoeira proveu à mídia “todas” as suas denúncias contra o governo federal durante a última década e no limiar desta, não se sabe. Mas, certamente, proveu grande parte delas, podendo ser a mais importante aquela que desencadeou o que essa mesma mídia diz ser “O maior escândalo de corrupção da história”.
Previamente, já se sabe que ao menos o primeiro capítulo do “mensalão” foi obra de Carlinhos Cachoeira. Ele filmou pedido de propina que lhe fizera em 2002 o personagem Waldomiro Diniz.
À época em que o vídeo clandestino foi gravado por Cachoeira, Diniz integrava a administração do então governador Antony Garotinho como presidente da Loterj, autarquia do governo do Rio de Janeiro. Era o responsável pela administração, gerenciamento e fiscalização do jogo no Estado, área de interesse do contraventor.
Diniz chegou ao governo Lula sob influência de Garotinho, que apoiou a primeira eleição do petista no segundo turno, em 2002, ganhando influência na formação do novo governo. Foi, assim, nomeado subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência da República, subordinado ao então ministro da Casa Civil, José Dirceu.
O pedido de propina gravado pelo bandido Carlinhos Cachoeira – que, à época, era apresentado pela grande mídia como um simples empresário indignado com a “corrupção do governo Lula” – foi o pontapé inicial do escândalo do “mensalão”, como gosta de dizer a mídia.
Ou seja: essa mídia usou as informações de um bandido para supostamente desbaratar um esquema de corrupção, ainda que pareça óbvio que o pedido de Diniz a Cachoeira de comissão de 1% da negociata que tentava entabular não passou de uma ação isolada de alguém que tentava se valer do próprio cargo para se locupletar.
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O potencial das escutas da PF sobre o esquema Cachoeira, portanto, é o de revelar aquilo de que já há indícios, de que o criminoso teria continuado a prover à mídia as informações, vídeos, escutas etc. que aprofundaram denúncia do então presidente do PTB em 2005, Roberto Jefferson, que criou o termo “mensalão” para acusar o governo Lula de subornar parlamentares aliados para defenderem seus interesses no Congresso… (?)
O grande interesse na CPI do Cachoeira que fica claro que têm o PT, boa parte da base aliada do governo Dilma no Congresso e o próprio governo, portanto, é desvendar até que ponto houve conluio entre a mídia oposicionista e o crime organizado, que se supõe que fizeram o seguinte acordo: em troca de oferecer subsídios contra o governo Lula e, depois, contra o governo Dilma, o esquema Cachoeira seria acobertado por esses meios de comunicação.
Entre o governismo circula teoria de que veículos como a Veja teriam usado informações do esquema Cachoeira contra o governo Lula durante anos e, em troca, o esquema teria recebido proteção midiática às suas atividades criminosas. Por essa teoria, haveria provas disso que teriam transparecido das escutas da PF.
Ao tentar intimidar os governistas com ameaça de inverter no noticiário sobre a CPI do Cachoeira a responsabilidade pelas atividades dele, transferindo-a da oposição demo-tucana e da mídia para o PT e aliados, essa mídia permite supor que acredita no potencial dessa CPI para “melar” o julgamento do “mensalão”.
Claro que nada disso elide o fato de que, no mínimo, houve financiamentos ilegais de campanhas eleitorais de petistas e aliados. Todavia, essa acusação não serve para criminalizar todo o governo Lula, sobretudo o seu ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, que, se não tivesse sido abatido, certamente seria hoje o presidente da República.
Não é preciso pensar muito para imaginar o que acontecerá se durante o julgamento do inquérito do “mensalão” pelo STF surgirem provas documentais de que Cachoeira e a mídia com a qual se acumpliciou fabricaram a tese de que houve compra de apoio de parlamentares organizada por Dirceu. E de que o que houve foi, “apenas”, caixa 2.

TITANIC 3D

Dantas, CPI da Veja, HCs, mensalão – está tudo na roda !


 



O ansioso blogueiro ficou muito impressionado com lição do Oráculo de Delfos  – o que está em crise, em jogo, é o todo.

É tudo.

A CPI da Veja e o julgamento da Satiagraha no Supremo são os momentos que definem “a crise do todo”.

O está tudo na roda.

Subsidiariamente, está também o mensalão, porque, se for julgado por Peluzo ainda no STF – e essa é a batalha do Merval -  ainda está por provar-se.

E este ansioso blogueiro quer ver o Supremo condenar o Dirceu.

Do regime militar (o ansioso blogueiro evita a palavra “ditadura” porque até ela, no Brasil, foi desmoralizada) à nossa mitigada Democracia, o Brasil se permitiu:

– uma Privataria, a Tucana, que foi a maior roubalheira de todas da América Latina, em que os Super-Heróis são o Padim Pade Cerra e sua clã, e o Daniel Dantas (depois perdoada por dois HCs do tipo Canguru);

– a consolidação de uma indústria de equipamento militar – a Rede Globo -, que se transformou no QG de um Partido Golpista, o PiG (*), que amplia e dramatiza qualquer denúncia – como fez invariavelmente com as que nasceram do ventro do Cachoeira e seus cúmplices na Veja;

– cadê o grampo do áudio, que uniu para sempre Demóstenes, Gilmar, Policarpo e o jornal nacional?

– para se ter ideia do poder da Globo, basta ver o estrago que provocou uma reportagem de seis minutos no Domingo Espetacular, às 23h: “TV Record mela o mensalão”.

Ela demonstrou que o vídeo da corrupção nos Correios, que acelerou a crise do mensalão, foi obra do Cachoeira e da Veja, para detonar o Lula, via Dirceu.

Tanto os seis minutos melaram o mensalão, que a Globo tratou de denunciar: a CPI da Veja é para detonar o mensalão.

E é.

Porque vai detonar o mensalão.

Agora, amigo navegante imagine o poder da Globo e de seu poderoso Diretor-de-Jornalismo, o Ali Kamel: há nove anos, durante 30 minutos no jornal nacional, todo santo dia, eles trabalham para derrubar um Presidente trabalhista eleito pelo povo.

Nove  anos !

E os governos trabalhistas, com maioria no Congresso, quietos, amedrontados, sem baixar uma Ley de Meios.

– a CPI da Veja, enfim, obrigou o PT a pedir a Ley de Medios, porque a impunidade da Veja e da Globo é uma ameaça à frágil Democracia brasileira (que, diria o Mino, ainda está por provar-se).

Quando o Supremo convalidar a Satiagraha (e a Castelo de Areia do Aloysio 300 mil).

Quando o Supremo julgar o Dirceu – com ou sem Peluzo.

Quando o corajoso Senador Humberto Costa relatar a expulsão de Demostenes do Senado.

Quando o corajoso deputado Fernando Ferro chamar o Robert(o) Civita para depor.

Quando a CPI examinar detidamente o comportamento da Justiça em relação ao Demóstenes e seu empregador, o Cachoeira, aí, vai ser massa !

Vai voar toga pra todo lado.

Pena de tucano pra todo lado.

E o Robert(o) Civita não poderá mais aplicar seu “business plan”- abrir portas com a gazua do Policarpo.

O Brasil vive momento sublime da História de uma Democracia: é quando as vísceras mais escuras saem à luz do sol.

Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

DILMA PASSA UM SABÃO NO TIO SAM

 
A intervenção brasileira foi ovacionada com risos e palmas pelos demais chefes de Estado presentes. Caberia a Dilma, ainda, contrapor ao caquético catecismo da subordinação comercial o ponto de vista estratégico de uma América Latina cada vez mais encorajada a buscar seu próprio caminho e, mais que isso, definitivamente convencida de que esse caminho de soberania e desenvolvimento não cabe no acostamento estreito destinado historicamente à região pela Casa Branca. Em um improviso mais de uma vez aplaudido, ela despertou o orgulho latino-americano diante de um Obama entre sonolento, ausente e blasé. (LEIA MAIS AQUI)


“É inaceitável outra Cúpula das Américas sem Cuba”

Na abertura da Cúpula das Américas, realizada na cidade de Cartagena, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pediu que fosse deixada para trás a teimosia ideológica na questão cubana e que fosse superado um “anacronismo da guerra fria”. Além disso, afirmou que uma nova reunião de cúpula da região sem a presença de Cuba seria inaceitável. Os governos dos EUA e do Canadá, que se opuseram à presença de Cuba na reunião, acabaram isolados.

Cartagena - Após inaugurar a sexta Cúpula das Américas, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pediu que fosse deixada para trás a teimosia ideológica na questão cubana e que fosse superado um “anacronismo da guerra fria”. Além disso, afirmou que uma nova reunião de cúpula da região sem a presença de Cuba seria inaceitável. E, da mesma forma, seria inaceitável uma nova cúpula com um Haiti prostrado na pobreza extrema.

Diante da maioria dos mandatários da região, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro ministro canadense Stephe Harper, que se opuseram à presença de Cuba neste encontro continental, Santos ecoou, assim, a controvérsia surgida na véspera entre os chanceleres, que não chegaram a um acordo sobre o documento final da cúpula. Os dois países da América do Norte rejeitaram incluir no texto a necessidade de incorporar Cuba em futuras reuniões.

Sem nunca citar os Estados Unidos, o presidente anfitrião pediu aos países do continente para que deixassem para trás os paradigmas do passado, criassem pontes e fossem criativos para superar as dificuldades do hemisfério, entre elas a situação de Cuba. O isolamento, o embargo, a indiferença, o olhar para outro lado, já demonstraram sua ineficácia, acrescentou.

Santos sustentou ainda que no mundo de hoje não se justifica esse caminho, que não passa de um “anacronismo que nos mantém presos à era de uma guerra fria superada há várias décadas”. É hora, defendeu, de superar a paralisia provocada pela teimosia ideológica e de buscar consensos mínimos para que esse processo de mudança que também está ocorrendo na ilha chegue a um bom termo, pelo bem do povo cubano.

Para o presidente colombiano, é inaceitável que Cuba não participe da próxima Cúpula das Américas. Não podemos também chegar à próxima cúpula invocando um espírito hemisférico se antes não somos capazes de contribuir, coletivamente, para que o Haiti entre com vigor na senda do crescimento e da superação da pobreza extrema, acrescentou. Ele pediu ainda que em vez de impulsionar agendas próprias, os países do hemisfério, que queiram ajudar, façam sua a agenda do próprio governo haitiano, que conhece melhor do que ninguém as necessidades de seu povo. “Tem faltado o mais importante nos gestos de boa vontade para ajudar o Haiti: conhecer o que quer e o que realmente precisa o povo haitiano”.

A cúpula continente iniciou com a cantora colombiana Shakira, que cantou o hino nacional de seu país diante de um auditório repleto, onde estavam os 31 presidentes da região, no centro de convenções desta histórica cidade cercada de muralhas. Além do de Cuba, somente os presidentes da Venezuela,
Nicarágua e Equador, por diferentes motivos, não participaram do encontro.

Também participaram da sessão de abertura o secretário geral da Organização de Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, e a secretária executiva da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), Alicia Bárcena, que fizeram um balanço da situação na região e concordaram que não deve haver mais países excluídos.

Insulza, sem mencionar expressamente o caso cubano, defendeu o fim das exclusões e destacou os avanços democráticos que a região vive hoje, além dos aportes e da vitalidade que está transformando os países latino-americanos em uma fortaleza econômica desconhecida até agora. Para o secretário geral da OEA, existem grandes diferenças regionais, mas assinalou que essas diferenças devem ser reconhecidas de modo solidário. A melhor solução, defendeu, é ter diálogo, cooperação e tolerância. Enquanto isso, a funcionária da Cepal afirmou que o progresso e o bem estar dos povos do continente americano constituem uma responsabilidade entre Canadá, Estados Unidos, América latina e Caribe. Ela insistiu que a cooperação é essencial para cumprir uma agenda de desenvolvimento econômico com igualdade, daí a importância da constituição da comunidade dos estados americanos e do Caribe, porque isso mudou a forma de nos relacionarmos.

Tradução: Katarina Peixoto

O único meio de enfrentar o tsunami monetário

A Presidenta Dilma Rousseff tem dado um show nas suas relações internacionais. E está dando um show ainda maior na relação com os banqueiros internos. Pela primeira vez na história, um presidente da República que entende do riscado, contornando as ambigüidades de seu próprio Ministro da Fazenda, decidiu enfrentar a máfia bancária tocando no ponto essencial dos spreads exorbitantes, sem paralelo no mundo. O artigo é de J. Carlos de Assis.

Quando a presidenta Dilma acusa os bancos centrais dos EUA e da Europa de provocarem um tsunami monetário que afoga em dinheiro barato os países emergentes, o que ela tem em vista, no fundo, é o efeito cambial que isso causa, levando à valorização de nossa moeda, ao aumento de importações e queda de exportações, tendo por conseqüência última a expansão do desemprego. Ela está cheia de razão, portanto. Contudo, é uma ilusão achar que a solução para isso está na mudança da política monetária de EUA e da Europa. Está no nosso próprio quintal.

Tanto o presidente Obama como os líderes da área do euro se impuseram fortes restrições em matéria de política fiscal: Obama, com menos gosto (condicionado pelo Partido Republicano), e a Europa, sob o tacão alemão, francês e inglês, de extremo conservadorismo e ortodoxia fiscal. Portanto, se é para usarem a política macroeconômica para estimular a economia, só têm como alternativa a política monetária, que por sinal não é de governo (é dos BCs) e nem está direcionada para a retomada do crescimento, mas para a salvação do sistema financeiro.

Na medida em que os países industrializados avançados insistem na política de arrocho fiscal, com a única expectativa de aumentar as exportações, a desvalorização do câmbio se manterá como arma voltada contra o resto do mundo num esquema de protecionismo disfarçado pelo câmbio. Não adianta a Presidenta protestar contra isso. Ela tem que tomar medidas concretas para barrar o tsunami na fronteira de nosso quintal. Basicamente, tem que adotar controles de movimentos de capitais mais fortes que os adotados até aqui com o modesto aumento do IOF.

Isso não depende de banco central estrangeiro nem de outros governos. Está na órbita de nossa soberania. Até mesmo o FMI passou a admitir controles de capitais em situações excepcionais, e esta, indubitavelmente, é uma situação excepcional. Não é que seja necessário bloquear todo o dinheiro que tenta entrar. Basta bloquear o dinheiro especulativo. Ou adotar uma espécie de filtro para deixar passar apenas os recursos externos destinados a investimentos produtivos, que certamente ajudam na geração de emprego e renda internos.

Claro que a Bolsa sentirá um baque pois o dinheiro especulativo alimenta a valorização de ações no mercado. Contudo, deveremos hipotecar a saúde da economia brasileira ao conforto de meia dúzia de especuladores no mercado acionário? Há quanto tempo não se ouve falar sobre colocação primaria de ações em nosso mercado, no único momento em que a Bolsa efetivamente contribui para o financiamento de atividade produtiva? Também o acesso de dinheiro externo a aplicações em títulos de liquidez diária, sobretudo públicos, deve ser totalmente eliminado.

A Presidenta tem dado um show nas suas relações internacionais. E está dando um show ainda maior na relação com os banqueiros internos. Pela primeira vez na história, um presidente da República que entende do riscado, contornando as ambigüidades de seu próprio Ministro da Fazenda, decidiu enfrentar a máfia bancária tocando no ponto essencial dos spreads exorbitantes, sem paralelo no mundo. Isso nos anima a esperar medidas igualmente efetivas no campo das relações financeiras internacionais, no qual a questão do controle de capitais tornou-se simplesmente vital.

(*) Economista e professor, presidente do Intersul, autor, com o matemático Francisco Antonio Doria, do recém-lançado “O universo neoliberal em desencanto”, pela Civilização Brasileira. Esta coluna sai também no site Rumos do Brasil e, às terças, no jornal carioca Monitor Mercantil.