Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 1 de dezembro de 2013

Príncipe da privataria e imperador do cinismo


Rameira! Ponha-se daqui pra fora!

O escritor Palmério Dória não poderia ter sido mais feliz ao iniciar o best-seller “O Príncipe da Privataria” (Geração Editorial) com o relato da expulsão da jornalista da Globo Miriam Dutra do gabinete do então senador Fernando Henrique Cardoso, no início dos anos 1990, quando ele se preparava para disputar a Presidência da República pela primeira vez.
Dória sabia que sua obra deveria mostrar, para começo de conversa, o caráter de seu protagonista. E nada melhor para mostrar o caráter de um homem do que uma situação em que é colocado diante de sua responsabilidade na concepção de um filho.
FHC agiu da forma mais vil que um homem pode agir com uma mulher: além de fugir da própria responsabilidade pela concepção de uma nova vida, ainda humilhou aquela a quem, quando o desejo carnal falou mais alto, por certo não tratou de “rameira” nem expulsou da alcova em que foi inseminada.
A conduta reveladora de FHC, imortalizada por Dória, coaduna-se à perfeição com o seu último artigo nos jornais O Estado de São Paulo e O Globo, os quais lhe dão espaço todo início de mês. Seu texto revela, acima da falta de caráter, um cinismo quase sobrenatural.
Se existe um político que não poderia criticar uso de dinheiro público para comprar parlamentares, esse alguém é Fernando Henrique Cardoso. O livro “Príncipe da Privataria” mostra, sem deixar dúvida (a quem tiver uma réstia de honestidade intelectual), que, na pior das hipóteses, o ex-presidente teve o domínio do fato da compra de votos de parlamentares para que aprovassem a emenda constitucional que lhe permitiu disputar a própria sucessão.
FHC não nega que votos tenham sido comprados – quem não souber disso, que se informe. Já deu várias entrevistas em que reconhece que “alguém” comprou deputados para que votassem a favor de sua reeleição. Até a CNBB denunciou isso, à época – e antes da denúncia pela Folha de São Paulo. Mas ele diz que “não sabia” de nada.
Ganha um exemplar de “O Príncipe da Privataria” quem postar aqui o link de uma coluna, de um artigo ou de um editorial de algum grande meio de comunicação em que o “não sabia” de FHC tenha sido ironizado como foi, tantas vezes, o de Lula ao negar que soubesse do mensalão.
Nunca houve uma única prova material que tornasse inquestionável a acusação ao PT de que “comprou” deputados para aprovar matérias de interesse do governo Lula. Os membros do partido que hoje mofam em uma masmorra qualquer no Planalto Central foram condenados pela “verossimilhança” que ministros do STF viram na acusação.
Com a compra de votos para a reeleição de FHC, foi muito diferente. Havia abundância de provas de que os votos foram comprados, sendo a principal um conjunto de gravações de deputados governistas confessando que foram corrompidos por 200 mil reais cada um para votarem a favor da emenda da reeleição.
Era o tempo do engavetador-geral da República, o ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro, nomeado por FHC e que, ao longo de oito anos, nunca incomodou o governo ao qual prestou serviços – infringindo a lei, diga-se.
Isso não impediu que FHC escrevesse, nesse último artigo, acusações aos adversários petistas de terem feito aquilo que ele diz que não fez, mas que a teoria do domínio do fato, tal como foi usada pelo Supremo, diria que só pode ter feito, pois não se imagina que alguém cometa um crime para favorecer a outrem desinteressadamente e sem que o favorecido saiba de nada.
E se algum defensor do tucano disser que, se é assim, Lula também teria que “saber”, engana-se:  o mensalão não beneficiaria o ex-presidente petista pessoalmente, mas a compra de votos de FHC foi um benefício pessoal para ele e só para ele, pois poderia ter feito como Lula e elegido algum “poste” para continuar sua “obra”, mas seu projeto de poder era pessoal.
Sobre o artigo de FHC em questão, no entanto, há pouco mais que dizer. Sob o ridículo título “Sinais alarmantes”, apenas escancara seu cinismo sobrenatural enquanto tenta construir um risco qualquer para a democracia que haveria em seus adversários simplesmente fazerem política.
O primeiro parágrafo dessa peça lamentável resume tudo:

“Finalmente fez-se justiça no caso do mensalão. Escrevo sem júbilo: é triste ver na cadeia gente que em outras épocas lutou com desprendimento. Estão presos ao lado de outros que se dedicaram a encher os bolsos ou a pagar suas campanhas à custa do dinheiro público”

Só esse parágrafo basta para ilustrar a falta de caráter de alguém que, se tivesse ao menos um pingo de decência, trataria de se fechar em copas, de não apontar o dedo para quem, no máximo – mesmo acedendo à tese farsesca de que o PT compraria os próprios deputados –, pode ter feito o que ele mesmo fez. Só que sem as provas que abundam contra si.
Mas o que esperar de um homem que, sob insultos pesados, expulsa a mulher que inseminou ao ser comunicado por ela de que o ato que praticaram gerou um fruto? A falta de caráter desse sujeito não precisava desse artigo deplorável em que, além de “príncipe” da roubalheira de patrimônio público, confirmou ser o imperador do cinismo.
Datafolha
Enquanto a mídia e o PSDB continuarem apostando no mensalão para convencer os brasileiros a votarem como querem, o PT pode ficar tranquilo. Só FHC e os barões da mídia seus amigos acreditam que alguém dará bola à tese maluca de que só petistas merecem estar na cadeia.
Como diz o novo marqueteiro do PSDB – ao qual o partido e seu aparato midiático teimam em não dar bola –, o mensalão não lhes dará um único voto.
Só existe um meio de o PSDB ou qualquer outro impedir a reeleição de Dilma Rousseff: há que convencer o eleitorado de que (1) sua vida vai mal e de que (2) pode-se fazer melhor do que está sendo feito. Do contrário, o conservadorismo brasileiro vai manter tudo como está.

DATAFALHA: MENSALÃO NÃO TIRA VOTO. DÁ GOLPE !

O PiG precisa intimidar, cercear, cercar, adular, persuadir, convencer, fazer o Supremo descer a Avenida e destituir o Presidente (trabalhista).


Saiu no Datafalha (*):

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/141589-dilma-cresce-e-oposicao-encolhe-aponta-datafolha.shtml

Dilma amplia a vantagem sobre os rivais”.

TODOS os candidatos de oposição caíram.

Um dos “analistas de pesquisa”, especialidade do PiG (**), diz que não foi a Dilma quem subiu, mas a Oposição que não presta …

(Como diz o Mino, no Brasil os jornalistas são piores que os patrões.)

O Lula, a quem o Príncipe da Privataria dedica ódio com espasmos convulsos, se candidato fosse, ganharia no primeiro turno de TODOS os da Oposição.

Como se sabe, o Conversa Afiada não leva essas pesquisas eleitorais do Brasil a sério.

Ainda mais com um ano de distancia das eleições.

No Brasil, o mercado de “pesquisas” é um duopólio do Datafalha e o Globope, instituições geneticamente ligadas ao Golpe do PiG (**).

Pouco valor tem esses números, que o Conversa Afiada ressalta para se divertir com os que acreditam no Globope e no Datafalha.

Vamos ver ao longo da semana “investigativas” analises do datafalhismo … 

Mas, diante deles, crescem as sábias palavras do Maurício Dias, quando mostrou o papel edificante do Supremo e seu ex-Supremo Supremo Presidente, o Gilmar Dantas (***), na absolvição do grande líder do socialismo, oHeráclito dos fortes.

A condenação de lideres do PT, segundo o Maurício,mostrou:

Que Dirceu e outros do PT perceberam tarde demais que “não tem articulação institucional com o poder permanente. Não eram aliados estratégicos.”

Essa observação está a merecer um ensaio de 500 páginas.

Mas, aqui, para nossos imediatos objetivos. basta observar que o mensalão não tira votos.

Não tirou em 2006, quando explodiu, em 2010, e muito menos em 2014, quando se esgota, no Supremo.

(Fora do Supremo são outros quinhentos …)

Por que, então, a fúria, o ódio fernandista contra o Lula, o Dirceu, o Genoino e o Delúbio ?

Por que o PiG se refestela com a doença do Genoino e o emprego do Dirceu, com a perseguição que comoveu aHildegard ?

Isso vai tirar voto da Dilma ?

Não !

Talvez o Ataulfo Merval (****)  e o Gilberto Freire com “i” (*****), sentados na Global Onipotência, acreditem que, com dois pontos percentuais pra cá e dois pra lá, numa margenzinha de erro camarada, possam derrotar a candidata do trabalhismo – e dos pobres.

Ledo engano.

Mas, eles tem um papel muito importante.

O de semear o Golpe.

Além de difundir, como fazem os tele”jornais” do com “i” que o Brasil é uma m…, eles precisam irrigar o “poder permanente” de nutrientes.

Regar o Golpe no “poder permanente” do Maurício.

E qual a sede do “poder permanente”, sua Secretaria Geral ?

Na Argentina do Perón era o Campo de Mayo.

Na Republica de 45, a Vila Militar, em Deodoro.

Agora, a sede do poder permanente é o Supremo Tribunal Federal.

É esse que o PiG precisa intimidar, cercear, cercar, adular, persuadir, convencer, fazer o Supremo descer a Avenida e destituir o Presidente (trabalhista).

O mensalão e o Supremo que decepou uma parte do PT não ganham no voto.

São aliados estratégicos da Big House.

Eles tem, como diz o Mauricio “articulação institucional”: o PiG, o Supremo e a Big House.

Então, fica assim combinado: como a gente não tem voto, o PiG para encarcera o Generais da Toga e eles derrubam o Lula – clique aqui para ver que o MP não desiste: quer pegar o Lula.

O ódio alarmante do FHC é uma prova disso !

(Engraçado que o artigo dele tenha saído no mesmo dia que a Datafalha trata a oposição – de que ele é a única cabeça pensante -  com escárnio.)

Só o Golpe pode salvar !

(Salvar a Pátria, já que o Principe morre de inveja de o Lula ser o que ele chama, com desprezo, de “Salvador da Pátria”!

O que seria ele, segundo os funcionários da Vale, da Petrobrax e da Telebrás  ? O “Perdedor da Pátria”?)

Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Clique aqui para ver como notável colonista da Globo Overseas Investment BV se referiu a Ele. E aqui para ver como outra notável colonista da GloboNews e da CBN se referia a Ele. O Ataulfo Merval de Paiva (****) preferiu inovar. Cansado do antigo apelido, o imortal colonista decidiu chamá-lo de Gilmar Mentes. Esse Ataulfo é um jenio. O Luiz Fucks que o diga.

(****) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse . Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

(*****) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.

ÓDIO DE FHC A LULA ATINGE O PAROXISMO

Quando deixou o Governo, um em dez brasileiros apoiava FHC. Quando deixou o Governo, nove em dez brasileiros admiravam Lula.


Quando deixou o Governo, um em dez brasileiros apoiava FHC.

Quando deixou o Governo, nove em dez brasileiros admiravam Lula.

FHC não se elege vereador em Higienópolis.

Lula se elegeria no primeiro turno em qualquer datafalha da vida.

Como disse o Delfim Netto, o PSDB nunca foi um partido, e começou a murchar quando Sérgio Motta levou a astúcia para o túmulo.

Os tucanos não tem raízes sociais.

São a UDN, portanto, minoritários.

O Governo FHC é idolatrado no PiG (*).

E só.

Onde ele habita, vez por outra, em seus engordurados artigos.

(Como se sabe, o New York Times o dispensou do quadro de colaboradores, porque nem o tradutor entendia sua sub-Sociologia … Aqui, levam ele a sério.)

Neste domingo, no Globo e no Estadão, o ódio de FHC a Lula revela espasmos paroxismo.

Verte um ódio de babar na gravata, diria o Nelson Rodrigues, que teve a felicidade de não conhecê-lo.

O Príncipe da Privataria celebra o encarceramento dos réus do mensalão (o do PT).

Não se trata, apenas de hipocrisia, arte que domina com “astúcia”.

O imortalizado Príncipe da Privataria e regente da Privataria Tucana diz o seguinte do Nunca Dantes (que deve passar o domingo a se divertir com ele):

Basta de engodo” do Lula;

É preciso mentir (é uma referência ao Cerra ? ), enganar-se e repetir o mantra”;

Lula “se apropriou das políticas de proteção social”(o Bolsa Família da D. Ruth não tinha cadastro …, não tinha ideia de quem recebia o que);

o mago do ilusionismo” (que foi ao FMI três vezes e se reelegeu com a Globo e a “mãozinha do Clinton no FMI);

ao dizer “estamos juntos”, Lula “assumiu de raspão sua fatia de responsabilidade” no mensalão (o do PT) (ele vai assumir na Privataria ?);

uma “cortina de mentiras … alimenta a aura de heroicidade” do Lula (taí um atributo que ele não pode invocar – o de herói);

e a “elite empresarial que se ceva dos empréstimos públicos e emudece diante dos malfeitos do petismo e seus acólitos“  (quem fez o o Proer?) ;

o Lula é “o rei que está nu” (e ganha qualquer eleição no primeiro turno. Vai ver que o povo gosta do Lula nu !);

Joaquim Barbosa “desnudou a corrupção” (e quando ele legitimar a Satiagraha ? A Castelo tucano na Areia ?);

Os “seguidores do lulopetismo” são “crédulos” (e os do tucanismo são sábios, leram Weber, professores catedráticos em Cornell, como o Cerra !);

as elites interesseiras fingem não ver o que está à vista de todos” (no Governo do FHC elas tinham um olhar de lince !);

a campanha eleitoral será “um embuste” (claro, ele vai perder !);

Não dá mais !” (de fato, o PSDB foi longe demais: durou muito e está a caminho do PFL)

escudada nos cofres públicos”, a eleição “num quadro que não será normal” (choro de perdedor, a quatro eleições consecutivas) levará a uma “regressão irreversível” (sim, a regressão seria ao neolibelismo (*));

os “audaciosos que montam suas estratégias empresariais nas facilidades dadas aos amigos do rei” (isso deve ser com o Daniel Dantas e a privatização das teles);

a infiltração dos órgãos de Estado pela militância ávida” (será o Mauro Ricardo ?);

Falta dar um basta aos desmandos !”. .

Em tempo: o Bessinha se refere, como se sabe, à véspera da eleição para prefeito de São Paulo, quando, a pedido da Folha, o Príncipe se sentou na cadeira. No dia seguinte, abertas as urnas, o Janio tinha vencido ….

Clique aqui para ler
 “FHC expõe o ódio a Lula e ao Brasil”

Como a eleição será roubada, o jeito qual é, amigo navegante ?
O Golpe !
A UDN não ganha eleição.
Dá Golpe !
Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.Navalha