Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 31 de julho de 2014

HERANÇA DO FHC: INTERNET NÃO É A DA COREIA A Globo está ficando parecida com o telefone fixo

A Presidenta Dilma anunciou na CNI – onde deu uma surra – que quer uma internet tão eficiente quanto a da Coreia do Sul.

E por que não é ?

Por causa do Príncipe da Privataria.

Lá pelos anos 1997 e 98, o Governo (o bom e velho Estado) da Coreia do Sul investiu US$ 20 bilhões e levou a internet a todas as casas da Coreia do Sul.

Nessa mesma época, o Príncipe da Privataria realizou a patranha da privatização das teles.

Privatizou o que já estava velho, o telefone fixo !

Além das conhecidas patranhas, hoje cristalizadas no desastre da Oi e da Portugal Telecom, a privataria do Príncipe seguiu um plano elaborado pela consultoria americana McKinsey.

Concluída a privataria, os mesmos funcionários da McKinsey foram trabalhar nas beneficiárias da privataria.

Viva o Brasil !

Hoje, 16 anos depois, o Brasil tem que correr atrás da Coreia para fazer o que o Príncipe destruiu.

(Porém, a mais maldita das heranças do Príncipe o amigo navegante sabe qual é …)

Dilma quer 50 megas de largura de banda.

É porque a rapaziada cada vez faz mais vídeo – e menos vê os vídeos da Globo – e vídeo exige mais banda.
/////////////////
A Presidenta decidiu que vai fazer o leilão da 4G faça chuva ou sol.
Quem está contra ?
Primeiro, a Telefónica de Espanha, que precisa dizer ao CADE que chapéu vai usar: se fica sócia ou se é concorrente da Italia Telecom.
Segundo, a Oi, ou BrOi, que não tem dinheiro pro cafezinho.
O único jeito de a BrOi entrar na 4G será com dinheiro do Estado.
Ou seja, vai acelerar o processo de re-estatização da telefonia no Brasil.
(Nesse dia glorioso, a Dilma, no segundo mandato, deveria convidar o Príncipe para a solenidade…)
Quem também morre de medo do 4G é Globo.
Por que ?
A Globo precisa, agora – na edificante companhia das teles, implacavelmente vigiadas pelo Bernardo Plim-Plim (ou será Trim Trim?) – impedir que se instale a tecnologia 4G no Brasil.
Por que ?
E se houver um “apagão” do analógico, com a introdução da 4G: se todas as transmissões analógicas forem cortadas em 2015, como previsto ?
Quem não tiver aparelho digital não verá mais tevê.
E a Globo não tem ideia de quantos brasileiros compraram digital.
Nem quantos ainda tem analógico.
Vai dar um nó no Globope.
E sem Globope e BV a Globo Overseas vai pro saco.
A Globo não sabe quantos espectadores pode perder com o 4G !
E, por isso, ela não quer que a Presidenta Dilma instale o 4G.
E você, amigo navegante, que comprou uma tevê digital e quer assistir a seu filme, seu joguinho de futebol, não vai poder usufruir do 4G, porque os filhos do Roberto Marinho precisam trocar o jatinho !
Viva o Brasil !
É por isso que os Ataulfos (*) e os Gilberto Freires com “i” (**) estão aflitos…
A Globo está ficando parecida com o telefone fixo !
clique aqui para ler “o PT deve uma Ley de Meios ao Brasil !”.










Paulo Henrique Amorim

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Ex-amante de FHC atua como propagandista anti Dilma na Espanha


Rameira! Ponha-se daqui pra fora!
Fernando Henrique Cardoso, em 1990

O escritor Palmério Dória não poderia ter sido mais feliz ao iniciar o best-seller “O Príncipe da Privataria” (Geração Editorial) com o relato da expulsão de uma então jornalista da Globo do gabinete do então senador Fernando Henrique Cardoso, no início dos anos 1990, quando ele se preparava para disputar a Presidência da República pela primeira vez.
Para quem não leu a saborosa obra de Dória, vale explicar que aquela jornalista fora comunicar a FHC – então casado com a hoje falecida antropóloga Ruth Cardoso – que esperava um filho seu, o que, para si, constituiria uma tragédia política.
Essa passagem do livro narra a gênese da longa trajetória de Miriam Dutra Schmidt que começaria a partir dali, quando foi ao gabinete do promissor político que se tornaria o novo ícone da direita brasileira, posição que ocupa até hoje.
Com o “problema” político para aquele que se tornaria o grande aliado da Globo ao longo de seu mandato como presidente da República (1995-2002), a emissora decidiu “exilar” a moça, tornando-a sua “correspondente” na Espanha, onde permanece até hoje.
A personagem “Miriam Dutra” impressiona pela escassez de informações sobre si, apesar de seu caso com um dos políticos mais importantes do país. Mesmo fazendo busca no site Globo.com, o que se encontra é muito pouco.
Em busca no portal da Globo, além de reprodução de matérias que saíram em toda grande imprensa quando FHC decidiu reconhecer publicamente o filho que teve com Miriam (2009), só há algumas raras matérias que ela fez para a emissora.
O pouco que há no site da Globo sobre Miriam como sua correspondente na Espanha só chega até o início de 2010. Uma das matérias que sustentaram a “dolce vita” da ex-amante de FHC na Europa após supostamente engravidar dele é de janeiro de 2010, no programa “Em Cima da Hora”, que tratava do “caos nas praias brasileiras”. Coube a Miriam exaltar a diferença entre as praias espanholas e as brasileiras.
Clique na imagem para ver a matéria
Em agosto de 2010, na busca da Globo.com há um outro link para outro dos raros trabalhos de Miriam para a emissora. O site informa que se trata de “entrevista feita pela correspondente Mirian Dutra com o jornalista e porta-voz dos dissidentes cubanos em Madri, Julio César Galvéz”.
Curiosamente, porém, ao tentar assistir ao vídeo o internauta é informado de que se trata de “conteúdo não disponível”. Clique na imagem para acessar a página.
Contudo, comentário postado por uma leitora da Globo.com nessa página indica como foi feita a matéria, ainda que não explique por que ela foi retirada do ar.
Diz a internauta “Maria Adelia Endres”, em 6 agosto de 2010 às 17:35 hs:
Seria muito importante que a entrevista fosse passada no Fantástico, onde toda a população brasileira pudesse ver a vergonha que é Cuba. A vergonha que Fidel tornou o país. Eu visitei Cuba na década de 90 o sistema já estava mais do que podre, e tudo o que vejo recentemente está 200 vezes pior (…)”
Enfim, essa “importante” atuação jornalística de Miriam na Globo termina em 2010. De lá para cá, nada mais consta no site da Globo sobre a ex-amante do ex-presidente tucano. E a última notícia sobre ela na grande mídia brasileira é de 2011, quando se tornou público que um exame de DNA mostrara que o filho que a jornalista teria tido com FHC, não era dele.
No início de junho, porém, um vídeo surge no You Tube. Mostra Miriam Dutra Schmidt em um programa da televisão espanhola engrossando o coro de certa “esquerda” contra a realização da Copa de 2014 no Brasil.
Tratou-se do programa “Detrás de la razón”, ou, em bom português, “por trás da razão”. O apresentador faz uma introdução em que encampa, ipsis-litteris, o discurso anticopa da tal “esquerda” que, em plena competição, tratava de tentar manter o movimento vivo promovendo protestos pequenos, porém muito violentos.
Eis que o apresentador chama para um debate ninguém mais, ninguém menos do que ela, Miriam Dutra, e o acadêmico chileno Pablo Jofré. As missões de ambos, naquele programa, eram, respectivamente, atacar e defender a realização da Copa no Brasil.
O que chama atenção nas falas de Miriam é o espanhol capenga, apesar de residir por tantos anos na Espanha. Mas não só: a ex-amante de FHC cita uma série de dados errados sobre a Copa, tais como custo etc. Além disso, ataca duramente o povo brasileiro com frases como “Não sabe escrever, mas sabe jogar futebol”.
O apresentador abre o programa perguntando a Miriam sobre frase dos militontos que protestavam violentamente contra a Copa: “Um professor vale mais do que Neymar”, como se alguém estivesse comparando ou fazendo tal escolha”.
Em mau espanhol, Miriam começa a catilinária antibrasileira “explicando” que “Es las contradiciones de Brasil”, ao invés de dizer que “SON LAS CONTRADICIONES DE BRASIL”. Em seguida, diz que professores são mais importantes que Neymar, dando a entender ao público espanhol que o governo investe no craque em lugar de investir em educação.
O analista internacional Pablo Jofré rebate, explicando que não são contradições “do Brasil”, mas dos países latino-americanos.
O programa transcorre com o embate entre o perplexo acadêmico chileno e a verborrágica jornalista brasileira, que distorce dados, cita números errados e diz a enormidade de que o sucesso de organização da Copa se deve “ao povo brasileiro”, que pouco antes insultara com a frase sobre não saber escrever, mas saber jogar futebol.
A grande questão que o ressurgimento de Miriam Dutra levanta é a coincidência entre suas opiniões políticas e as da Globo e as do seu ex-amante, bem como do partido dele.
Miriam Dutra não importa, mas o trabalho que está promovendo na mídia espanhola é relevante. Sugere que suas relações políticas com a mídia tucana e com FHC prosseguem informalmente e, mais do que isso, que tucanos e a mídia que os apoia tratam de espalhar pelo mundo a difamação do Brasil, do seu povo e do seu governo.
Confira, abaixo, o vídeo em questão.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Chega de Lei Pelé e de neolibelismo Essa, além do Gilmar, é uma das heranças malditas do Principe da Privataria



A derrota sofrida pela Seleção Brasileira para a Alemanha não significa somente uma tragédia nacional.

Vai além.

Representa um choque de realidade que escancara a distância entre o futebol brasileiro e o alemão.

Lá, como lembraram os jornalistas Guilherme Pavarin e Alexandre Versignassi, a eliminação na primeira fase da Eurocopa em 2000 surtiu efeito.

“Estávamos pensando exatamente como vocês brasileiros pensam hoje: que não precisávamos aprender nada. E fomos jogando cada vez pior, pior e pior”, disse o ídolo alemão  Paul Breitner, em entrevista a ESPN Brasil.

Dois anos depois, o país chegava à final da Copa do Mundo com o mesmo Brasil eliminado ontem.

E hoje tem a seleção mais uma vez na final de um Mundial, o Bayern e o  Borussia Dortmund foram os finalistas da Champions League e revela jovens talentos como poucos.

A CBF deles não é um órgão privado, o que colaborou para que os investimentos necessários fossem feitos pelo governo local. A média de público do campeonato alemão, a Bundesliga,  é de  45 mil pessoas por jogo, a melhor do mundo. No Brasil, é 15 mil, menor do que a segunda divisão deles.

Por aqui, ocorreu o inverso: o Campeonato Brasileiro é cada vez menos atraente, garotos vão para o exterior como nunca e os clubes ficam relegados às federações e à emissora dona dos direitos de transmissão, que, para Alex, é quem manda.

A Lei Pelé, norma que substituiu a Lei Zico, assinada durante o governo Fernando Henrique Cardoso, com Pelé de Ministro dos Esportes, contribuiu com isso.

O neoliberalismo saiu dos ideais e planos econômicos da gestão tucana e foi para o futebol.

A lei tinha o objetivo de dar  transparência e profissionalismo ao esporte nacional, disciplinar a prestação de contas por dirigentes de clubes e a criação de ligas, profissionalizar as gestões e conceder aos jogadores o direito do seu passe.

Exceção ao Passe Livre, nada mudou.

Na teoria, a lei visava dar liberdade aos jogadores, que antes eram presos aos clubes. Na prática, foi a realização do sonhos dos empresários de futebol. Uma carreira que ganhou força a partir dali, e hoje é a categoria que mais se beneficia do esporte.

A ação dos empresários de futebol é abrangente. Podem mediar transferências internacionais e milionárias, assim como descobrem talentos ainda na infância. Garimpam talento e visam o lucro próprio. As categorias de base se tornaram, então, uma caixa preta nos grandes clubes.

As famosas “peneiras” ganharam um novo ingrediente. Bons talentos acabam reprovados nos testes para, na sequência, serem abordados por agentes. Eles oferecem estrutura e uma perspectiva de sucesso para os garotos. Tratam até com os pais dos atletas. Depois, o jogador volta ao mesmo clube, mas com uma diferença: já é agenciado pelo empresário.

Ou seja, o jogador poderia ser uma descoberta do clube, mas passa a ser terceirizado pelo empresário. Em uma futura venda, o lucro é dividido. Os clubes servem quase que como barriga de aluguel. Expõem e valorizam o atleta. E aí, com os atletas em mãos, é mais fácil levá-los para a Europa, onde está o grande faturamento.

Temos alguns exemplos na própria Seleção: você sabe de onde vem o Hulk, amigo navegante? E o David Luiz? O Fernandinho? Daria para falar sobre cada um deles. Tirando Neymar, Júlio César, Hernanes e mais um ou outro, a grande maioria desse elenco fez carreira desde cedo na Europa.

Inclusive alguns dos que saíram do Brasil como ídolos de grandes times, como Paulinho e Thiago Silva, vinham de experiências frustradas – e precoces – no Velho Continente. Poucos sabem, mas Paulinho passou por Polônia e Lituânia antes de brilhar no Corinthians. O capitão Thiago Silva teve sérios problemas de saúde na Rússia, para depois ser ídolo do Fluminense.

Por que sair tão cedo? Porque, além do lugar comum de sonhar com o futebol europeu, alguém lucra com isso. Interessa a alguém que o jogador vá para o exterior sem um intermediário.

Com a Lei Pelé, não foi o jogador que ganhou. Foram os empresários. E quem perdeu, além dos clubes, foi o futebol brasileiro.

Como se sabe, o legado de FHC é abrangente. Tem como um de seus exponenciais a ida de Gilmar Mendes ao STF. Podemos adicionar mais essa contribuição do Príncipe da Privataria ao país: a derrocada do esporte mais popular do mundo.


Em tempo: Foi após a Lei Pelé que empresas estrangeiras como a ISL, Hicks Muse e MSI passaram a patrocinar agremiações como Flamengo, Corinthians e deixaram os clubes em situação financeira pior do que quando chegaram


Alisson Matos e João de Andrade Neto, editores do Conversa Afiada

quinta-feira, 13 de março de 2014

FHC diz que Dilma “desvaloriza” deputados. Com ele, deputado era “valorizado” para votar reeleição, né?


fhcdepuutados


Fernando Henrique Cardoso anda impossível.

Aproveitando que seu candidato é um nada, ele sentiu que pode ser alguma coisa na sucessão e anda falando pelos cotovelos.
Mas cada uma que eu vou te contar.
Hoje foi a vez de dizer que Dilma trata mal os deputados e não discute os problemas,chegando com pacotes prontos, que são impostos a todos.
Claro que no tempo dele era diferente, não é?
As privatizações, por exemplo, foram super-discutidas, não foi?  Só faltou convocarem um plebiscito  para que o povo dissesse que estava louco para ver tudo vendido para estas maravilhosas empresas de telefonia e de eletricidade,não é?
E o arrocho dos salários? Só saiu porque houve multidões de trabalhadores na frente do Congresso, aos gritos de “me arrocha, me arrocha, me arrocha”!
Os servidores, então, chegavam a organizar marchas masoquistas, carregando coleiras, chicotes e outros petrechos de flagelação, implorando às autoridades que os humilhassem, maltratassem, torturassem…
E o socorro aos bancos falidos com o Proer? Querem exemplo maior de discussão? Foi começar a quebradeira e “pá-pum”, tomou-se a decisão. Certamente ouviram a população via facebook, no final de semana. O que, não tinha facebook na época? Isso é detalhe, ora…
Do mesmo feito foi a reforma da previdência, acabando com o tempo de serviço de 30 e 35 anos. Foi lindo! Aquele pessoal de cabelos embranquecidos, numa demonstração de vitalidade, enchendo a Esplanada exigindo trabalhar mais tempo e ganhar menos de aposentadoria.
O senador Paulo Paim, gritando “negro quando pinta, três vezes trinta” exigia aposentadoria só aos noventa anos, vocês lembram?
Mas nada, nada foi tão democrático quanto a reeleição. Aqueles deputados gravados dizendo que receberam dinheiro para votar, história que o jornalista Palmério Dória acabou por confirmar com o autor das gravações, o ex-deputado Narciso Mendes, no seu livro “O Príncipe da Privataria”, mostra a que nível de bom relacionamento entre Executivo e Legislativo o Brasil chegou: em lugar de deputado pedir propina, o Governo já mandava pagar, para evitar essa coisa desagradável.
Por tudo isso, Fernando Henrique, é que o povo jamais tira você da memória e quer sempre saber de que lado você está, para poder se orientar sabiamente.
E ir pro lado oposto.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Os bagrinhos de FHC: mensalão mineiro é só “caixa 2″ e “trensalão” é “de funcionários”

bagrinho
Inacreditável a cara-de-pau  de Fernando Henrique Cardoso, nesta entrevista a Josias de Souza, no UOL.
Ele admite que houve desvio de dinheiro no “mensalão” mineiro mas que lá foi “só caixa 2″.
No “trensalão” paulista, admite que houve corrupção, mas apenas “de funcionários”.
Mesmo quando um dos acusados de receber propina é Andrea Matarazzo, seu secretário de comunicação.
Bilhões e por anos a fio, durante os governos tucanos e foi só “bagrinho”.
Bagrinhos de milhões de dólares.
Bem, de qualquer forma, é um ex-presidente da República e presidente de honra do maior partido de oposição, afirmando que houve corrupção no Governo de São Paulo.
Mais, que pode ter havido formação de cartéis em seu próprio governo.
Mas não dá uma chamadinha na capa dos sites.
Viva a liberdade de imprensa…

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Gadelha faz picadinho de “aula” de FHC e seu “túnel do tempo”

tuneldotempo
Meu bom amigo, o publicitário Hayle Gadelha, publica em seu blog uma
dissecação do artigo publicado ontem pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Para ajudar a compreensão do que Gadelha diz, fui buscar o índice do jornal de 1999 que ele menciona.
Fernando Henrique pode fingir que não se lembra.
A gente, não.
E, porque lembra, tem a obrigação de dizer para quem, muito jovem, não pode lembrar.

Para Fernando Henrique, “mudar

o rumo” é “voltar atrás no tempo”

Hayle Gadelha
O artigo de Fernando Henrique Cardoso publicado neste domingo (“Mudar o rumo”) é de uma ousadia monumental. Começa pela chamada: “a política externa precisa rever seu foco”. Qual foco? Aquele do seu Ministro das Relações Exteriores, que tirou os sapatos para poder entrar nos Estados Unidos? Política de submissão geopolítica? Ficar de braços cruzados enquanto os Estados Unidos espalham bases em torno do Brasil e ficam de olho grande no Atlântico Sul?
Dando continuidade a sua “aula”, FHC escreve:“Para que exportemos mais e para dinamizar nossa produção para o mercado interno, a ênfase dada ao consumo precisará ser equilibrada por maior atenção ao aumento da produtividade, sem redução dos programas sociais e demais iniciativas de integração social”.
Exportemos mais? Nos seus governos, o ano em que exportamos mais foi 2002, com pouco mais de 60 bilhões de dólares. Desde 2005, nunca mais exportamos menos do que 118 bilhões de dólares e em 2013 exportamos mais de 142 bilhões de dólares.
Sobre a participação da Petrobras nos leilões do pré-sal, escreve: “A imposição de que a Petrobras seja operadora única e responda por pelo menos 30% da participação acionária em cada consórcio, somada ao poder de veto dado às PPSA nas decisões dos comitês operacionais, afugenta número maior de interessados nos leilões do pré-sal, reduz o potencial de investimento em sua exploração e diminui os recursos que o Estado poderia obter com decantado regime de partilha”. Como reduz?!? O Estado torna-se sócio, participando diretamente dos ganhos. Além disso, a Petrobras é uma das maiores empresas do mundo, domina como ninguém a exploração em águas profundas e tem realizado um trabalho excepcional para o país. Se ela não serve para essa função, quem mais serviria?
jornalvelho
Ataca também a inflação, que, segundo ele, só não estaria fora da meta “porque os preços públicos estão artificialmente represados”.  Será que ele esqueceu que nos seus últimos quatro anos de governo a inflação foi de 8,9% (1999), 6,0%(2000), 7,7%(2001) e 12,5%(2002)? Isso apesar das taxas de juros altíssimas: 18,99% (dez/1999), 15,76% (dez/2000), 19,05%(dez/2001) e 24,9% (dez/2002).
Fernando Henrique tem a suprema ousadia de encerrar seu artigo dizendo que a esperança que tem é a da vitória das oposições em 2014. Ou seja, quer sua turma de volta ao poder. Mas para que ninguém perca o rumo por causa dessas loucuras de verão de um ex-presidente, reapresento algumas manchetes da Folha de 3 de março de 1999:
“Desemprego em SP é recorde com 9,18%”, “Trabalhador perdeu 0,5% da renda em 98”, “Emprego industrial cai pelo nono ano”, “Governo aperta ainda mais o crédito”, “Dólar bate novo recorde apesar da atuação conjunta do BC e BB”, “Crise no Brasil afeta indústria argentina”, “Reservas externas caem para US$ 35,6 bilhões em fevereiro”, “Empresas tentam rolar dívida externa dando mais garantias”, “CNI defende intervenção do BC no câmbio e vê risco de calote”, “TST já admite conceder reajuste salarial com alta da inflação”, “Bolsa cai 1,38% e título da dívida despenca”.
Nesse túnel do tempo ninguém quer entrar. O povo é contra o “meia-volta, volver”" da oposição.

sábado, 14 de dezembro de 2013

O Brasil com Z de Aécio Neves

Autor: Fernando Brito
cranio
Estadão anuncia que Aécio Neves vai lançar, terça-feira, sua “cartilha de governo”, contendo as diretrizes que norteariam seu hoje improvável mandato.
Pelo que relata o jornal, o documento é, no mínimo, um anacronismo.
Repete a cantilena neoliberal da última década do século passado da crítica ao intervencionismo do Estado, da liberdade absoluta dos capitais, dos fluxos comerciais onde o mercado e suas leis baseadas na força e no poder tenham legitimado seu império.
Tudo o que vem ruindo há muitos anos e teve na crise de 2008, seu momento mais estrepitoso.
E com vítimas inocentes, porque lançou ao desemprego dezenas de milhões de seres humanos  e, pela retração de consumo que isso trouxa, arruinou as parcas rendas de centenas de milhões, talvez um bilhão, dos que sobreviviam de alimentar os mercados desenvolvidos.
Não há nada de novo nisso.
Ao contrário, há mais do que a simples repetição de ideias fracassadas: há a estupidez de repetir a planta e as estruturas de um edifício que sabidamente não se sustenta.
Embora o texto, só pelos pontos que já foram adiantados pelo jornal, já se prestasse a críticas políticas, por desejar repetir, com 20 anos de diferença,  os caminhos de Fernando Henrique, ele já rescende a algo mais grave.
Se, naqueles tempos, tínhamos um país arruinado pelo fracasso da ditadura e de seu prolongamento pelo Governo Sarney, agora temos um país que se aprumou, que elevou o padrão de vida de seu povo – ainda que pouco, mas quanto é um pouco na carência de milhões! – e que readquiriu voz e respeito no mundo.
Já não somos um país que se exibe, despudorado, a vender a qualquer preço o trabalho de seu povo e a riqueza de sua terra.
E isso não voltará mais, por mais que o tentem, mesmo sob a usurpação terrível do triângulo de Tiradentes, o primeiro que deu a vida contra isso.
Aécio é o passado, disfarçado na expressão ainda jovem de um homem que, na vida, apenas seguiu, repetiu, alimentou-se do que antes dele fizeram.
Não tem ideias próprias.  Serra, reconheça-se, lhe é muito superior nisto, ainda que não se concorde com o que pensa, mas pensa.
Aécio repete, bajula, agarra-se ao que já se foi.
Quer ser o herdeiro, sem perceber que, de Fernando Henrique e do neoliberalismo, não há o que herdar senão o fracasso, o desastre, a humilhação deste país.
Que, na hora do voto, dar-lhe-á o que vota a Fernando Henrique Cardoso, como símbolo da recolonização do Brasil: seu desprezo.

domingo, 1 de dezembro de 2013

ÓDIO DE FHC A LULA ATINGE O PAROXISMO

Quando deixou o Governo, um em dez brasileiros apoiava FHC. Quando deixou o Governo, nove em dez brasileiros admiravam Lula.


Quando deixou o Governo, um em dez brasileiros apoiava FHC.

Quando deixou o Governo, nove em dez brasileiros admiravam Lula.

FHC não se elege vereador em Higienópolis.

Lula se elegeria no primeiro turno em qualquer datafalha da vida.

Como disse o Delfim Netto, o PSDB nunca foi um partido, e começou a murchar quando Sérgio Motta levou a astúcia para o túmulo.

Os tucanos não tem raízes sociais.

São a UDN, portanto, minoritários.

O Governo FHC é idolatrado no PiG (*).

E só.

Onde ele habita, vez por outra, em seus engordurados artigos.

(Como se sabe, o New York Times o dispensou do quadro de colaboradores, porque nem o tradutor entendia sua sub-Sociologia … Aqui, levam ele a sério.)

Neste domingo, no Globo e no Estadão, o ódio de FHC a Lula revela espasmos paroxismo.

Verte um ódio de babar na gravata, diria o Nelson Rodrigues, que teve a felicidade de não conhecê-lo.

O Príncipe da Privataria celebra o encarceramento dos réus do mensalão (o do PT).

Não se trata, apenas de hipocrisia, arte que domina com “astúcia”.

O imortalizado Príncipe da Privataria e regente da Privataria Tucana diz o seguinte do Nunca Dantes (que deve passar o domingo a se divertir com ele):

Basta de engodo” do Lula;

É preciso mentir (é uma referência ao Cerra ? ), enganar-se e repetir o mantra”;

Lula “se apropriou das políticas de proteção social”(o Bolsa Família da D. Ruth não tinha cadastro …, não tinha ideia de quem recebia o que);

o mago do ilusionismo” (que foi ao FMI três vezes e se reelegeu com a Globo e a “mãozinha do Clinton no FMI);

ao dizer “estamos juntos”, Lula “assumiu de raspão sua fatia de responsabilidade” no mensalão (o do PT) (ele vai assumir na Privataria ?);

uma “cortina de mentiras … alimenta a aura de heroicidade” do Lula (taí um atributo que ele não pode invocar – o de herói);

e a “elite empresarial que se ceva dos empréstimos públicos e emudece diante dos malfeitos do petismo e seus acólitos“  (quem fez o o Proer?) ;

o Lula é “o rei que está nu” (e ganha qualquer eleição no primeiro turno. Vai ver que o povo gosta do Lula nu !);

Joaquim Barbosa “desnudou a corrupção” (e quando ele legitimar a Satiagraha ? A Castelo tucano na Areia ?);

Os “seguidores do lulopetismo” são “crédulos” (e os do tucanismo são sábios, leram Weber, professores catedráticos em Cornell, como o Cerra !);

as elites interesseiras fingem não ver o que está à vista de todos” (no Governo do FHC elas tinham um olhar de lince !);

a campanha eleitoral será “um embuste” (claro, ele vai perder !);

Não dá mais !” (de fato, o PSDB foi longe demais: durou muito e está a caminho do PFL)

escudada nos cofres públicos”, a eleição “num quadro que não será normal” (choro de perdedor, a quatro eleições consecutivas) levará a uma “regressão irreversível” (sim, a regressão seria ao neolibelismo (*));

os “audaciosos que montam suas estratégias empresariais nas facilidades dadas aos amigos do rei” (isso deve ser com o Daniel Dantas e a privatização das teles);

a infiltração dos órgãos de Estado pela militância ávida” (será o Mauro Ricardo ?);

Falta dar um basta aos desmandos !”. .

Em tempo: o Bessinha se refere, como se sabe, à véspera da eleição para prefeito de São Paulo, quando, a pedido da Folha, o Príncipe se sentou na cadeira. No dia seguinte, abertas as urnas, o Janio tinha vencido ….

Clique aqui para ler
 “FHC expõe o ódio a Lula e ao Brasil”

Como a eleição será roubada, o jeito qual é, amigo navegante ?
O Golpe !
A UDN não ganha eleição.
Dá Golpe !
Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.Navalha

domingo, 10 de novembro de 2013

POR QUE FHC ABANDONOU CERRA NA BEIRA DA ESTRADA FHC quer ficar longe do Cerra porque a Linha Maginot de proteção está para ruir.

O ansioso blogueiro estava sem entender por que o Príncipe da Privataria, além de dizer que “serve qualquer um, desde que não seja a Dilma”, apegou-se de forma irremediável ao Aécio.

E consultou o Profeta Tirésias, que andava sumido atrás dos morros de Minas.

– Por que, grande Profeta, essa paixão juvenil pelo Aécio ?

– Porque os dias do Cerra estão contados.

– Como assim, Grande Profeta ?

– Porque o Fernando Henrique conhece o Cerra na palma da mão.

– É uma cartomante com diploma da sociólogo …

– Não seja irreverente. Eu quis dizer que o Fernando Henrique conhece todos os podres do Cerra.

– Podres ? Mas, como ? Ele é imaculado ! Na Folha não há uma única denúncia contra ele, nunca !

– Não seja cínico …

– Tá, bom, mas por que o Príncipe quer o Aécio ?

– Porque ele sabe que a Linha Maginot de proteção ao Cerra ruiu.

– Linha Maginot ?

– É a blindagem ao Cerra …

– No PiG …

– No PiG, no Ministério Público, na Justiça Federal, na PF, no STF do “meu presidente !” … em todo canto…

– E isso vai ruir ?

– Não tem mais como se sustentar .

– Por que, Profeta ?

– Porque ele não vai conseguir manter tantas garrafas no ar. Veja só: Privataria, trensalão da Siemens, trensalão da Alstom, Mauro Ricardo, Paulo Preto, Marginal, Daniel Dantas, a sorveteria da filha, o genro …

– É muita garrafa. Mas, e o FHC não tem as garrafas dele …

– Muitas, também. Mas, o Fernando Henrique não é candidato a nada. É candidato porém, a uma coisa muito importante.

– À Academia Francesa de Letras ?

– Também. Mas, antes disso, ele é candidato a não sujarem mais ainda a biografia dele.

– E daí ?

– E daí que o Cerra abre a porta para a lixeira …

– Quanto mais longe do Cerra, melhor.

– Isso !

– Mas, e o Cerra ? Vai ficar quieto ?

– O Cerra não dá a menor bola para o que o Fernando Henrique fala ou faz contra ele.

– O Cerra é imexível !

– Inabalável. Ele continua candidato a Presidente e a destruir o Aécio.

– A destruir o Aécio ?

– Com toda a sua capacidade de mobilizar grana e PiG …

– Portanto, a adesão do Fernando Henrique ao Aécio não comove o Cerra.

– O Cerra deve achar ótimo.

– Ótimo ?

– Sim, porque quem encosta no Príncipe não se elege vereador em Varginha.

Pano rápido.


Paulo Henrique Amorim