Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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domingo, 13 de outubro de 2013

POR 6 MALAS DE DÓLARES Major viu os dólares novinhos, de um banco americano, que o presidente da FIESP entregou ao traidor.

HISTÓRIA: KRUEL TRAIU JANGO

Major Moreira conta a João Vicente que Kruel aderiu ao Golpe uma hora e meia depois


João Vicente Goulart, filho de Jango, e Veronica Fialho gravaram em vídeo o depoimento do Major do Exército Erimá Pinheiro Moreira, que testemunhou como o Comandante do II Exército, em São Paulo, Amaury Kruel traiu Jango no Golpe de 1964, por seis malas cheias de dólares, em nota novinhas, sacadas de um banco americano.

Será o Citibank ?

O Boston ?

O Chase, que, no Brasil, operava de mano com a CIA – e a Editora Abril ?

Será o Banco da América, do udenista e Golpista de 64, Herbert Levy, que, depois, deu origem ao Itau-América ?

E o Itau, que, até hoje está onde sempre esteve …

Sempre se suspeitou que a traição de Kruel, amigo e compadre de Jango, tinha cheiro de suborno.

Kruel foi o Pinochet do Jango – por um punhado de dólares.

É o que demonstra esse depoimento histórico do Major Moreira.

Como se sabe, o Historialismo – não é História nem Jornalismo – brasileiro assegura que Jango caiu porque gostava de pernas – de moças e de cavalos.

E que o Golpe foi preventivo, já que Jango ia dar um Golpe.

O “Golpe” do Jango é o Grampo-sem-Áudio – I.

Como se sabe, o Historialismo assegura que Geisel e Golbery deram o Golpe para salvar a Democracia e, depois, resolveram recriá-la.

O depoimento do Major Moreira comprava o que, cada vez fica mais claro.

(Clique aqui para ler sobre o documentário “O Dossiê Jango” e aqui para ler sobre o documentário de Camilo Tavares.)

O papel dos dólares na queda de Jango.

A FIESP – a mesma do PIB da Tortura - foi o trem pagador.

Um desses notáveis historialistas, colonista (*) da Folha (**) e do Globo Overseas, cita neste domingo editorial do New York Times – como se fosse a Bíblia – de 3 de abril de 1964, onde Jango é tratado de “incompetente”e “irresponsável”.

Uma dos indícios da “incompetência” do New York Times, por exemplo, é a cobertura que faz do Brasil.

Parcial, partidária, superficial e pigal (***).

Foi o jornal que disse que o Lula não podia governar porque era um alcoólatra.

O mesmo que assegurou que havia “armas de destruição em massa” no Iraque.

Eis o video com a entrevista, que também será postada no site do Instituto João Goulart:


Conversa Afiada reproduz artigo de Mário Augusto Jakobskind sobre o depoimento:

QUANDO DÓLARES FALAM MAIS ALTO




Engana-se quem pensa que já se conhecem todos os fatos relacionados com o golpe civil militar de 1964 que derrubou o Presidente constitucional João Goulart. Nos últimos meses, graças ao trabalho das Comissões da Verdade, sejam estaduais ou a Nacional, muito fato novo vem sendo divulgado. 

Mas um fato desta semana, protagonizado por João Vicente Goulart, ao ouvir uma denúncia do então Major do Exército Erimá Pinheiro Moreira, poderá mudar o entendimento de muita gente sobre a ocorrência  mais negativa da história recente brasileira. O alerta tem endereço certo, ou seja, aqueles que ainda imaginam terem os golpistas civis e militares agido por idealismo ou algo do gênero.

O Major farmacêutico em questão, hoje anistiado como Coronel, servia em São Paulo em 31 de março de 1964 sob as ordens do então comandante II Exército, General Amaury Kruel (foto).  Na manhã daquele dia, Kruel dizia em alto e bom som que resistiria aos golpistas, mas em pouco tempo mudou de posição. E qual foi o motivo de o general, que era amigo do Presidente Jango Goulart, ter mudado de posição assim tão de repente, não mais que de repente?

Mineiro de Alvinópolis, Erimá Moreira, hoje com 94 anos, e há muito com o fato ocorrido naquele dia trágico atravessado na garganta, decidiu contar em detalhes o que aconteceu. O militar, que era também proprietário de um laboratório farmacêutico e posteriormente convidado a assumir a direção de um hospital, foi procurado por Kruel no hospital. Naquele encontro, o general garantiu ao major que Jango não seria derrubado e que o II Exército garantiria a vida do Presidente da República.

Pois bem, as 2 da tarde Erimá foi procurado por um emissário de Kruel de nome Ascoli de Oliveira dizendo que o general queria se reunir com um pessoal fora das dependências do II Exército. Erimá indicou então o espaço do laboratório localizado na esquina da Avenida Aclimação, local que hoje é a sede de uma escola particular de São Paulo. Pouco tempo depois apareceu o próprio comandante do II Exército, que antes de se dirigir a uma sala onde receberia os visitantes pediu ao então major que aguardasse a chegada do grupo.

Erimá Moreira ficou aguardando até que apareceram quatro pessoas, um deles o presidente interino da Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP), de nome Raphael de Souza Noschese, este já conhecido do major. Três dos visitantes carregavam duas maletas grandes cada um. Erimá, por questão de segurança, porque temia que pudessem estar carregando explosivos ou armas, mandou abrir as maletas e viu uma grande quantidade de notas de dólares. Terminada a reunião foi pedida que a equipe do major levasse as maletas até o porta-malas do carro de Amaury Kruel, o que foi feito.

De manhã cedo, por volta das 6,30 da manhã, Erimá Moreira conta que mais ou menos uma hora e meia depois da chegada no laboratório ligou o rádio de pilha para ouvir o discurso do comandante do II Exército. Moreira disse que levou um susto quando ouviu Kruel dizer que se “o Presidente da República não demitisse os comunistas do governo ficaria ao lado da “revolução”.

Erimá Moreira então associou o que tinha acontecido no dia anterior com a mudança de postura do Kruel e falou para si mesmo: “pelo amor de Deus será que ajudei o Kruel a derrubar o Presidente da República?” 

Ainda ouvindo o discurso de Kruel, conta Erimá, chegaram uns praças para avisar que tinha uma reunião marcada com o general no QG do II Exército.

Na reunião, vários militares, alguns comandantes de unidades, eram perguntados se apoiavam Kruel. “Eu não aceitei e pedi para ser transferido”.

Indignado, Erimá Moreira dirigiu-se a um coronel do staff do comandante do II Exército para perguntar se o general Kruel não tinha recebido todo aquele dinheiro para garantir a vida do Presidente. “Me transfiram daqui, que com o Kruel no comando eu não fico”.

“Aí então – prossegue Erimá Moreira – me colocaram de férias para eu esfriar a cabeça. Na volta das férias, depois de um mês, fiquei sabendo pelo jornal que o Kruel havia me cassado”.

A partir de então o Major e a família passaram maus momentos com os vizinhos dizendo à minha mulher que era casada com um comunista. “Naquela época, quem fosse preso ou cassado era considerado comunista”.

“Algum tempo depois contei esta história que estou contando agora ao General Carlos Luis Guedes, meu amigo desde quando servimos em unidades militares em São João del Rey. Fiz um relatório por escrito e com firma reconhecida. O General Guedes tirou xerox e levou o relato para a mesa do Kruel. Em menos de 24 horas o Kruel pediu para ira para a Reserva. Fiquei sabendo que com o milhão de dólares que recebeu do governo dos Estados Unidos comprou duas fazendas na Bahia”.

Ao finalizar o relato, o hoje Coronel Erimá Moreira mostrou-se aliviado e ao ser perguntado se autorizava a divulgação desse depoimento, ele respondeu que “não tinha problema nenhum”.

Nesse sentido, sugerimos aos editores de todas as mídias que procurem o Coronel Erimá Pinheiro Moreira para ouvir dele próprio o que foi contado neste espaço. Sugerimos em especial aos editores de O Globo, periódico que recentemente fez uma autocrítica por ter apoiado o golpe de 64, que elaborem matéria com o militar que reside em São Paulo.



(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Índices FH x Lula-Dilma não “empatam”. Ou como a estatística pode esconder o que você percebe 13 de outubro de 2013 | 09:21


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Matéria publicada hoje em O Globo mostra que “os tucanos foram os responsáveis por avanços mais sólidos na Educação, na expansão de serviços públicos e na ampliação dos bens de consumo básicos, enquanto os petistas tiveram resultados sensivelmente melhores nos indicadores relacionados ao trabalho, à renda e à redução da desigualdade social.”
Será?
pnad-comparacao-psdb-pt1aDe fato, se fizermos uma comparação, como está muito bem feita pelos gráficos que acompanham a matéria e que a gente reproduz ao lado, a afirmação estaria, aparentemente, correta.
Mas, em matéria de indicadores sociais, as comparações aritiméticas tem lá os seus limites, porque, nos extremos, essas grandezas atingem características “logarítmicas”, quando é preciso muita ação para fazer algo “tender a zero”.
Complicado? Simples, e você vai entender como.
Veja o caso do analfabetismo.
Itamar e FH encontraram uma taxa de 16,4% e a entregaram, 10 anos depois, em 10,9%. Já Lula e Dima a reduziram para 7,8%.
Aritmeticamente, os primeiros conseguiram uma queda de 5,5%, enquanto os segundos de “apenas” 3,1%.
Isso é verdadeiro, mas não explica tudo.
16,4% dos brasileiros que dizer, praticamente, uma em cada seis pessoas analfabetas. Isso inclui, pelo volume, gente de todas as idades; crianças, jovens, adultos e idosos.
Então, imagine que um governo alfabetize 50% deles. Ele, portanto, ele baixará de 16 para 8% índice. Portanto, reduziu em 8% a taxa global de analfabetismo. E os que ficaram, em geral, são os mais idosos, os mais desmotivados, os mais remotos geograficamente, é claro.
Agora, pense que vem um novo governo e faça a mesma proposta: a de baixar à metade o analfabetismo. Como agora o que permanece analfabeto é menos motivado, mais idoso e mais remoto, o esforço é maior. Agora, trata-se de agir sobre uma parcela remanescente, mais resistente ou inacessível a políticas públicas de alfabetização.
É como colher frutos em uma árvore: a primeira colheita é mais fácil, a segunda exige mais esforço, para alcançar os galhos mais altos e difíceis.
Sobre o assunto de índices de analfabetismo, bom assistir a entrevista da educado Ilona Becskeházy, comentarista – e de ótima qualidade, ao lado de sua colega Paula Louzano – da rádio CBN, que explica bem como o analfabetismo hoje, está basicamente restrito às parcelas mais idosas da população e a redução da velocidade de sua queda está, também, ligada a sobrevida maior das camadas mais velhas de brasileiros.
O mesmo raciocínio se pode fazer para os demais índices de educação: quanto mais baixo o índice que se encontra, mais fácil fazê-lo subir expressivamente, quanto mais alto, mais esforço para resultados proporcionalmente menores, porque quanto mais próximo do 100% (ou do zero, se a escala é inversa) justamente porque o que falta para a totalidade é exatamente o mais difìcil – ou até impossível.
No caso da energia elétrica nos domicílios, então, é fácil perceber.
Se hoje temos 99,7% dos lares brasileiros com luz elétrica, um governo que fizer das tripas coração para levar, selva ou sertão adentro, nos lugares mais isolados, um par de fios para eletrificar todas as casas deste país, agora que quase todos já têm luz, terá feito aumentar em apenas 0,3% do total de domicílios atendidos.
Em alguns casos, ainda, as coisas podem sofrer mudanças por conta da entrada de novas tecnologias. 
É o caso da telefonia, em que a década de 1990 marca o tímido início da telefonia celular no Brasil. É mais que compreensível que, neste campo, o início de um serviço que, de repente, passou a dispensar uma rede física complicada para o serviço de comunicação,
Portanto, ainda que o Governo Lula e o de Dilma, sem dúvidas, ainda sejam insatisfatórios sob muitos aspectos – na minha visão, sobretudo, na falta de uma revolução educacional que, agora, com os recursos do pré-sal, parece finalmente desenhar-se no horizonte -, é uma tolice rematada pretender criar uma espécie de “equilíbrio” com o de FHC, o que todas as pessoas sabem, por experiência própria, que não é verdade.
Não é preciso ser panfletário ou raivoso sobre isso, basta que se mostre o porquê de certas aparentes contradições entre os números e as evidências que todos percebemos.
Mas é importante estar atento e ser capaz de esclarecer o que houver de confusão, porque o objetivo disto é mostrar que “todos são iguais” na política e nos governos.
Não são.
E estas diferenças repercutem em quem mais precisa do Governo: os pobres, o povão.
Porque, para os ricos, a vida é 100% em quase todos os indicadores sociais, e há muito tempo.
Exceto num: no desconforto profundo em viver num país injusto, seja porque para muitos isso traz insegurança e medo da violência, seja porque ninguém pode ser plenamente feliz se vê, ao seu lado, em seu país, milhões de seres humanos mergulhados no atraso e na pobreza.
A menos que, como imaginou o Governo FHC, se pudesse construir uma “ilha de modernidade” no Brasil cercada, por todos os lados, por um oceano de injustiças.
Por: Fernando Brito



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Quase 60% não votariam em candidato apoiado por FHC


Essa matéria não precisa de muitas análises. Basta olhar o gráfico do Datafolha (extraído de matéria no site da Folha). Os números falam por si. Em seguida, trago ainda um videozinho para contextualizar.
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O vídeo é desse ano, da campanha de FHC em favor de Aécio Neves para presidente do PSDB.
Por: Miguel do Rosário