Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 1 de maio de 2017

EX-EMBAIXADOR BRITÂNICO DIZ QUE BRASIL SOFRE “GOLPE ULTRACORRUPTO DA CIA”

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Quem ajudou o Moro a achar o grampo? A CIA, a NSC ou o consulado americano em SP?

Quem ajudou o Moro a achar o grampo?
A CIA, a NSC ou o consulado americano em SP?
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Nem no sequestro com cárcere privado o Juiz Moro foi original. O filme "Lula, o Filho do Brasil", de Fábio Barreto, mostra que meganhas invadiram a casa dele também às 6:30 da manhã, quando ainda não tinha sido (duas vezes) Presidente da República
Colaboração de amigo navegante que assistiu à imperdível entrevista de Cristiano Zanin à TV Afiada:
Foi anunciada poucos dias atrás, a informação por parte da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, que certamente provocará opiniões e críticas contrárias de muitos brasileiros; sendo que, alguns dirão que se trata de um avanço geral nas relações entre a nação gigante dá América do Sul e o gigante mundial dos EUA, mas outros céticos acreditam que se trata de mais uma forma de manifestação do imperialismo norte-americano no país. O RDECOM (Comando de Engenharia, Desenvolvimento e Pesquisa do Exército dos Estados Unidos) abriu as portas no dia 24 de março, de um escritório localizado no Consulado dos EUA na Zona Sul da Cidade de São Paulo, segundo as autoridades daquela nação com o único intuito de intensificar relações de parcerias diversas com o Brasil, no que diz respeito aos trabalhos nos campos da inovação e pesquisas.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Os EUA por trás do Golpe no Brasil Como os americanos ganharam com a queda da Dilma

Black Friday BR.jpg
Conversa Afiada reproduz artigo de Brian Mier, geógrafo norte-americano e editor da Brasil Wire (clique aqui para ler o texto original em inglês):
Os Estados Unidos e o Golpe de 2016
O que sabemos, o que não sabemos e o que podemos deduzir sobre o papel de hegemonia geopolítica no “golpe suave” que retirou a Presidenta Dilma Rousseff e seu governo.
Durante uma visita recente a Porto Alegre, o professor e escritor cubano Raúl Antonio Capote Fernandéz falou sobre o processo de 20 anos de recrutamento que resultou no Projeto Gênesis da CIA. O objetivo da CIA era de fomentar um “golpe suave” em Cuba, utilizando um aplicativo, parecido com Twitter, para gerar descontentamento com o governo cubano e, através do financiamento e capacitação para artistas, estudantes e professores (utilizando-se de ONG’s) criar um partido de oposição de falsa esquerda. Fernandéz falou que estratégias parecidas eram aplicadas na Venezuela, Irã e Líbia e continuavam a ser implementadas em muitos outros países no terceiro mundo. Ele falou, também, que uma estratégia-chave do “golpe suave” é solapar os pilares de um governo até que ele imploda, gerando caos. “Com o país em caos,” ele disse, “é possível recorrer a meios mais extremos.” Fernandéz relatou que o projeto Gênesis foi baseado nas teorias de Gene Sharp sobre o “golpe suave”. No caso cubano, o projeto da CIA enfraqueceu em 2006, quando Fidel Castro renunciou. De acordo com Fernandéz, os fatores que causaram o fracasso do plano em Cuba foram: 1) O Agente Darsi Ferrer desistiu dos seus planos de participar da geração de notícias falsas sobre o “caos em Cuba” que seriam espalhadas nas companhias de mídia americanas em 2006; 2) Os EUA subestimaram a inteligência do povo cubano; 3) a má compreensão sobre a revolução cubana, tida apenas como o culto à personalidade construído sobre Fidel Castro ao invés da expressão da vontade coletiva da grande maioria da população cubana; e 4) o fato de que a inteligência cubana sabia sobre o projeto o tempo todo e a CIA, inadvertidamente, contratou um agente duplo para gerenciar Projeto Gênesis.
Por uma questão retórica vou supor que Fernandéz está falando a verdade e vou procurar fazer alguns paralelos entre a tentativa de “golpe suave” fracassado em Cuba e o “golpe suave” brasileiro de 2016, com o intuito de lançar alguma luz sobre o possível envolvimento do estado norte americano em todo este processo. Quando eu me refiro ao estado norte americano, penso no que Buci-Glucksmann chama de o “estado expandido” - não apenas o governo e suas instituições, mas a mídia comercial, o setor empresarial, partidos políticos e instituições de ensino que suportam tal estado.
A primeira pergunta que farei é: Como os Estados Unidos podem se beneficiar de um golpe suave no Brasil? Algumas possíveis razões estão abaixo:
1) Petróleo. Brasil tem enormes depósitos de petróleo na bacia de Santos, o pré-sal, que antes do golpe de 2016 estavam nas mãos de uma empresa que, embora seja de capital misto, continuava 100% brasileira, a Petrobras. Depois do golpe, a Petrobras começou vender acesso aos seus depósitos de pré-sal para empresas estrangeiras por preços abaixo do valor de mercado. O envolvimento do José Serra, Ministério de Relações Exteriores pós-golpe, em articulações de longo prazo com a empresa Chevron e o Departamento de Estado dos Estados Unidos, encorajou a privatização e o abandono da lei do pré-sal, tudo documentado aqui.
2) Enfraquecimento dos BRICS. Antes do Brasil ser desestabilizado e as economias da China e Rússia diminuírem o crescimento pareceu que os BRICS estavam se transformando em um poderoso contrabalanço ao poder estadunidense no palco mundial. Neste momento, as economias das nações que compõem o BRICS, somadas, quase igualaram a norte americana, e o Brasil era seu segundo membro mais rico. Os Estados Unidos tradicionalmente preferem negociações bilaterais às negociações com blocos comerciais. Um argumento similar pode ser feito sobre o desejo de enfraquecer Mercosul.
3) Os Estados Unidos sempre intervieram em assuntos brasileiros. Em seu novo livro best-seller, O Quarto Poder, Paulo Henrique Amorim documenta os 70 anos de penetração norte-americana nos assuntos políticos e econômicos brasileiros. “US Penetration of Brazil”, de Jan Black, conta em detalhes o apoio e envolvimento estadunidense com a ditadura militar brasileira, incluindo treinamento em técnicas de interrogação e tortura para milhares de policiais e militares brasileiros, em lugares como a Escola das Américas. Apesar do fato de que China ultrapassou os Estados Unidos como o maior parceiro comercial do Brasil em anos recentes, ainda serve aos interesses do setor empresarial norte-americano que os preços das commodities brasileiras se mantenham baixos e a produção industrial interna seja limitada para encorajar compras dos produtos norte-americanos.
4. Hegemonia. O governo petista foi caraterizado por uma economia política neo-desenvolvimentista. Enquanto Lula manteve o tripé macroeconômico neoliberal de FHC e a autonomia para o Banco Central (movimento livre de capital e politicais fiscais rígidas), ele também implementou uma série de medidas tradicionalmente desenvolvimentistas que se aprofundaram durante os primeiros 4 anos da presidência de Dilma Rousseff. Estas incluem aumentos anuais do salário mínimo acima do nível de inflação, bilhões de reais de estímulos para produção e consumo industrial interno, estabelecimento de um sistema de bem-estar social e vinculação das pensões do INSS ao salário mínimo. Essas medidas redistributivas criaram uma majoritária população de classe média, pela primeira vez na história do Brasil, além de retirar o Brasil do Mapa Mundial da Fome da ONU. Será que o fato de que o segundo maior país do hemisfério ocidental estava caminhando bem e em um sistema que não era 100% neoliberal foi uma pedra no sapato dos Estados Unidos? E se os norte-americanos começarem a exigir que, como no Brasil, as universidades fossem 100% gratuitas? E se eles demandarem que a comida das merendas escolares seja comprada exclusivamente dos pequenos agricultores, como é no programa brasileiro do PAA? O que aconteceria se eles exigissem que os pagamentos mínimos de pensão precisariam igualarem-se ao salário mínimo? O fato que o Brasil estava andando bem e não seguindo ao pé da letra a fórmula do FMI/Banco Mundial era uma tapa na cara do Consenso de Washington e seu dogma da TINA (Não há alternativa/There Is No Alternative) além de si.
Agora que motivos possíveis foram estabelecidos vou olhar áreas possíveis em que o estado norte-americano poderia ter “solapado os pilares” do governo brasileiro até que ele implodisse, em 2015, quando o maior parceiro da coalizão política governante, o PMDB, traiu Dilma Rousseff e fez o impeachment por uma infração que foi legalizada pelo Senado dois dias depois do afastamento da presidenta do cargo.
Apoio para novos partidos da “esquerda”
Fernandéz falou que uma das estratégias para solapar os pilares dos governos de esquerda é a criação de uma falsa “nova esquerda”. Será que atores do estado norte-americano apoiaram partidos políticos de uma falsa nova esquerda durante a preparação para o golpe no Brasil?
Pode ser que o Partido Verde tenha começado com boas motivações, mas ele foi imediatamente sequestrado pela família Sarney, que são responsáveis pelo desmatamento quase inteiro do estado do Maranhão. Com o Ministério do Meio Ambiente durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, Sarney Filho, filho do ex-presidente José Sarney, reduziu a percentagem de Mata Amazônica existente a ser protegida de 50% para 25% em cada propriedade. O PV tradicionalmente se alinha com a extrema-direita assim como o partido DEM apoia o conceito de “capitalismo verde”. A rejeição do “capitalismo verde” foi o objetivo principal dos ativistas do mundo inteiro que participaram do Fórum Alternativo ao Rio+20, ocorrido também no Rio de Janeiro em 2012. Entretanto, a traidora ambiental Marina Silva candidatou-se à presidência com uma pauta claramente de capitalismo verde em 2010, com apoio de um dos maiores bancos brasileiros, empresas de agroindústria e uma mídia internacional empolgada, com publicações como o New York Times Time a promovendo, quase até o status de uma deusa.
O partido Solidariedade, criado pelo Paulinho da Força em 2013, apresenta-se como uma nova alternativa para os trabalhadores organizados. Parece que depois das acusações de fraude contra Paulinho da Força, o partido está enfraquecendo, porém o fato dele compartilhar o nome com Solidarity (o mesmo do sindicato de Lech Walesa apoiado pela CIA em Polônia no fim da época da União Soviética) faz especular que, talvez, ele tenha sido criado para solapar o pilar sindicalista do governo petista.
Marina Silva, a queridinha da imprensa internacional liberal, tentou criar um partido político novo em 2013 chamado REDE. De acordo com Marina, este seria “nem esquerda nem direita”. Por conta de alegações de fraude na coleção das assinaturas ele foi impedido de legalmente formar-se antes das eleições presidenciais de 2014. Ela, então, foi convidada para ser vice-presidente com Eduardo Campos, numa plataforma ideologicamente incoerente com o PSB. Logo depois, Campos morreu num acidente de avião e Marina acabou candidatando-se a presidente de novo. De novo falou sobre capitalismo verde e de novo recebeu os aplausos da mídia norte americana. Depois que ela perdeu, a Rede conseguiu se legalizar e juntou-se com Marina napoio para o tecnicamente ilegal impeachment.
O PT nunca teve mais do que 22% da bancada no Congresso e foi obrigado para poder governar a uma coalizão com um grupo de partidos corruptos e conservadores, como o PMDB, legado de um dos dois partidos oficiais permitidos durante a ditadura militar. Esta coalizão forçou o PT a sacrificar muitos dos seus objetivos mais importantes, como acabar com a polícia militar, a reforma agrária e a reforma política, e acabou afundando o partido na lama de uma série de escândalos de corrupção, enquanto a mídia brasileira ignorava os principais culpados e colocava toda culpa no PT. Isso alienou a corrente interna da esquerda radical do partido, chamada “Socialismo ou Barbárie”. Liderada pela senadora Heloísa Helena, muitos deles saíram e formaram o Partido de Socialismo e Liberdade (PSOL). O PSOL foi uma força importante nas eleições presidenciais de 2006, quando Helena levou 7% dos votos no primeiro turno, forçando Lula para o segundo turno contra governador conservador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Em 2010 o candidato a presidente do PSOL (e lenda da reforma agrária), Plínio Arruda, não conseguiu mobilizar o apoio integral dos sindicatos e movimentos sociais recebendo menos de 1% dos votos. Em 2014, Luciana Genro melhorou um pouco, recebendo 1,5%, mas ela só ficou em quinto lugar nas eleições recentes para prefeito, em Porto Alegre. Se você escutasse vários acadêmicos da esquerda norte americana, imaginaria que PSOL era uma força crescente, representando a verdadeira esquerda brasileira e não o que Gramsci chamou um “partido de autoridade moral” sem plano sério de tomar o poder. Será que o PSOL recebeu apoio indireto dos Estados Unidos e suas instituições de estado, expandindo-se em sua apresentação como uma alternativa viável ao PT? Ele certamente é apoiado por vários (aparentemente) bem-intencionados acadêmicos e publicações de esquerda burguesa norte americana, que têm o costume de papagaiar sua propaganda partidária sem análise crítica.
Transformando a narrativa midiática para promover um senso de caos no Brasil
Em sua entrevista ao jornal Sul 21, Fernandéz explicou como a CIA planejou criar notícias falsas sobre “caos em Cuba” e espalhá-las pelas maiores companhias midiáticas americanas, “como eles fizeram na Líbia”. Começando em 2013, a cobertura mediática do Brasil transformou matérias geralmente positivas em calúnias. O New York Times publicou uma matéria enorme cheia de fotos branco e pretas de pessoas com rostos deprimidos e obras em construção inacabadas. As manifestações, inicialmente sobre aumentos de tarifas de ônibus e contra prefeitos e governadores, em 2013 foram quase totalmente transformadas em manifestações anti-Dilma e durante meses matérias apareceram insinuando que teriam enormes manifestações anti-governo durante a Copa do Mundo. Não aconteceram. Em uma das tentativas mais óbvias de criar caos às vésperas da Copa do Mundo, a produtora “Vice” dos Estados Unidos intitulou um documentário sobre greves de professores no Rio e em São Paulo, “Caos no Brasil, nas ruas na Copa do Mundo”.
Infiltração na Media Social
Como nos Estados Unidos, o bombardeamento de informações falsas na mídia social contribuiu para o ressurgimento da extrema-direita e seus ataques contra imigrantes, gays, mulheres, sindicatos e minorias étnicas. Em 2013, Aécio Neves contratou a empresa que foi gerenciada pelo ex-coordenador da campanha de Barack Obama, David Axelrod, para coordenar a sua campanha digital durante o período eleitoral. Neste período, várias páginas de extrema-direita apareceram no Facebook e Twitter, campanhas de difamação contra a Presidente Dilma Rousseff, Lula e seu filho (que processou várias companhias da mídia por falsas acusações de que ele era um bilionário e dono de Friboi). Duas destas páginas mais populares, Movimento Brasil Livre e Estudantes pela Liberdade, receberam financiamento dos bilionários petrolíferos da família Koch, que têm interesse na privatização do pré-sal, por exemplo.
Desestabilização econômica
Edward Boorstein, no seu livro “Allende's Chiledocumentou como o governo norte-americano e a empresa ITT causaram um boicote mundial ao cobre Chileno para desestabilizar a economia às vésperas do golpe que colocou Augusto Pinochet no poder. Durante o processo rumo ao golpe de 2016, o Juiz Sérgio Moro, que, de acordo com documentos vazado do departamento do Estado dos Estados Unidos, está recebendo apoio técnico do governo Americano para investigar crimes de lavagem do dinheiro como parte do “Projeto Pontes” desde, pelo menos, 2009, congelou operações das maiores companhias de construção civil no pais, causando uma queda de 6,7% no setor de construção civil e, segundo matéria da BBC, toda a lava à jato provocou uma queda de 2,5% no PIB do país . Apesar de ter várias razões para a desaceleração da economia brasileira, incluindo o erro do cálculo na taxa Selic feito pelo ex-Ministro de Fazenda Guido Mantega, a paralisação das indústrias de construção e petróleo feita por Moro foi um fator significante.
Apesar de talvez não haver provas concretas suficientes e disponíveis para fazer um argumento totalmente convincente sobre o envolvimento dos Estados Unidos no golpe de 2016 contra Dilma Rousseff, certamente existem provas suficientes para se especular sobre esta possibilidade. Será que os Estados Unidos se beneficiam com as novas políticas deste governo? Com certeza. Ele tem motivos para apoiar o golpe? Sim. Elementos do estado expandido norte-americano, como a imprensa burguesa, solaparam os pilares do governo Brasileiro? Sim. Será que o governo dos Estados Unidos foi diretamente envolvido nesta desestabilização? Neste momento as únicas provas concretas são as correspondências do Departamento de Estado dos EU implicando Sergio Moro, embora o nível deste envolvimento ainda não é claro. Entretanto, sob o risco de ser acusado de um teórico de conspiração, eu previno que com a passagem de tempo, como no caso do Golpe de 1964 no Brasil e do golpe de 1973 em Chile, mais e mais provas de envolvimento dos Estados Unidos na mudança de regime de 2016 vai subir até a superfície.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Lula foi monitorado pelo serviço de inteligência

247 - Integrantes do governo afirmam que o Planalto recebeu informações de serviços de inteligência sobre encontros recorrentes entre o ex-presidente Lula e Guilherme Boulos, líder do MTST, além da relação das reuniões com manifestações contra o presidente interino Michel Temer, segundo a coluna de Natuza Nery.
O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) diz que nenhum dos dois é monitorado e que desconhece a existência dos relatos.

Manifestações pedindo "Fora Temer" ganham força com o apoio de centrais sindicais e do ex-presidente Lula. No dia 10 de junho, atos ocorreram em 24 Estados e no Distrito Federal. Sob pressão, o presidente interino completou um mês no cargo sem por os pés nas ruas.

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Obama está na Lava Jato

Os russos sabem que a Lava Jato é para entregar a Petrobrax à Chevron
dilma e putin
É ali, olha, em Foz do Iguaçu !
Esse não é capítulo de uma alucinada “teoria da conspiração”.

Como se sabe, a Rússia é boa de serviços de inteligência.

A quem duvidasse, Putin localizou exatamente as áreas da atuação do ISIS na Síria, bombardeou-as e salvou o regime Assad.

Os americanos ficaram uma fera, porque o Putin aproveitou para acabar também com os ativistas armados e financiados pelos americanos para, em benefício de Israel, derrubar Assad.

Putin deu uma explicação irretocável: não há como distinguir terrorista bem intencionado de mal intencionado!

Mas, de volta à suposta “teoria da conspiração”.

Depois do 11 de Setembro, os americanos passaram a dedicar especial atenção à tríplice fronteira, Brasil, Argentina e Paraguai, a partir de Foz do Iguaçu.

Ali estaria uma base de financiamento de terroristas muçulmanos, de origem árabe.

Como os americanos vieram, os russos do Putin vieram atrás.

E se dedicaram, também, a analisar importante evento ocorrido em Foz do Iguaçu: o Banestado.

A maior lavanderia do mundo!

Por onde saíram fortunas, lavadas, desde então, por Youssef e outros doleiros.

Foi um dos momentos “Péricles de Atenas” do plúmbeo Governo do FHC…

O Juiz Moro da Vara de Guantánamo, que não descansa enquanto não prender o Lula, conhece por dentro a Lava Jato.

Trabalhou nela.

Como conhece por dentro a alma do Youssef, e por isso aceitou que ele fizesse 12.908 delações.

E ainda há outras por vir.

Quando se desgravarem as fitas que os delegados aecistas usaram para grampear o mictório do Youssef.

Foz do Iguaçu, americanos, Banestado, Moro.

Lava Jato!

A Presidenta Dilma Rousseff recebeu uma análise minuciosa, que associa os americanos à fúria vingadora do Moro.

Os agentes da inteligência russa que fizeram a análise encontraram o portador adequado para depositá-la na mesa presidencial.

A Lava Jato tem o objetivo central de prender o Lula.

Isso é tão óbvio que Ilustre colonista da Fel-lha, aquela que é um canhão com o espaço dos trabalhistas e um poodle com o outro, essa mesma diligente colonista resolveu se dedicar ao empresário Bumlai.

Bumlai se tornou o “batom na cueca” do Lula – segundo os moristas pendurados no PiG.

Mas, a Lava Jato, segundo a análise russa, vai além da cana do Lula.

(Com esse zé na Justiça o Lula passa o Natal na cadeia.)

A Lava Jato é um instrumento para desmontar a Petrobras.

E destruir o campo político que mantém a Petrobras sob o controle do povo brasileiro!

Ou seja, ferrar o Lula e ferrar a Dilma para entregar a Petrobrax à Chevron.

Os Estados Unidos não podem conviver com um concorrente nas Américas que tenha petróleo.

E comida.

(Clique aqui para ler sobre a diferença entre o Brasil e a China.)

Um concorrente que tenha um rosto no Atlântico e outro no Pacífico, com a Bi-Oceânica.

E que não faça parte da TPP, aquela aliança contra a China e a Rússia e que se tornou fetiche dos tucanos.

A Lava Jato é o IBAD, o IPES, o Ponto IV, a Aliança para Progresso, a IV Frota, a Operação Brother Sam, o Golbery, o Rubem Fonseca - aqueles instrumentos do Golpe contra Jango, descritos magistralmente no filme “O dia que durou 21 anos”

E, com a ajuda da obra magistral “1964 – a conquista do Estado”, de René Dreifuss, aparecem também no “Quarto Poder”.  

(Como se sabe, o dos chapéus, notável historialista, escreveu 179 volumes para salvar o Golpe de 1964 e não cita o Dreifuss. Prefere defender a tese de que o Jango caiu porque gostava de pernas – de cavalos e coristas.)

Para voltar aos russos.

Os russos consideram o Brasil seu parceiro estratégico nas Américas.

E a Lava Jato é um obstáculo a essa parceria.

Porque a Lava Jato é do Obama.

“Teoria da conspiração”?

O Jango caiu porque não acreditou nelas…

Pensou que o Kruel era aliado...

Paulo Henrique Amorim

terça-feira, 28 de julho de 2015

Almirante Othon peitou os EUA! O Putin deixava prender o Almirante Othon, Dilma ?




​O incansável Stanley Burburinho:​


O Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente da Eletronuclear, que foi preso hoje pela Lava Jato é antigo desafeto dos EUA. Veja o que ele disse em 2004:

“Almirante [presidente da Eletronuclear e preso hoje pela Lava Jato] denuncia: EUA enchem Brasil de espiões” 

Rio – O almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, considerado o pai do programa nuclear paralelo do Brasil, alertou esta semana que o Brasil precisa tomar muito cuidado com a pressão dos Estados Unidos sobre as suas pesquisas nucleares. Primeiro, alerta, O Brasil é um país infestado de espiões americanos, atentos a todos os movimentos que o País faz para ser mais independente. Segundo, os EUA não têm o menor interesse em que o Brasil seja autônomo em termos de defesa.

Para o almirante Othon Pinheiro, a razão dos americanos para barrar o domínio brasileiro e de outros países do ciclo do urânio está ligada a interesses estratégicos. Para um país agressivo, como os EUA, explicou o almirante, é muito mais difícil invadir um país capaz de desenvolver um artefato nuclear de pequeno porte. Por esta razão, um país que não tenha esta tecnologia -uma tecnologia que os americanos dominam amplamente -se torna muito mais fácil de subjugar.

Hoje na reserva, o almirante Othon Pinheiro afirma que é contra a assinatura de um protocolo adicional que aumente o controle sobre o programa nuclear brasileiro. Ele diz que, em tempos de democracia e transparência, é impossível esconder dos inspetores uma instalação nuclear. Segundo ele, as instalações nucleares brasileiras são inspecionadas regularmente, até com visitas-surpresa.

“O protocolo surgiu porque um dos países do Tratado de Não-Proliferação, Coréia ou Irã, tinha uma instalação nuclear não-declarada. Ele permite que se inspecione tudo a qualquer momento, até o banheiro das nossas casas. É desnecessário num país como o Brasil, democrático, com imprensa livre e com uma plantação de arapongas americanos. É impossível fazer uma instalação nuclear disfarçada aqui. Por isso, o protocolo é inaceitável”, diz ele.

O programa paralelo só ficou conhecido publicamente em 1987, quando o governo brasileiro anunciou o domínio do processo de enriquecimento de urânio. O programa custou cerca de US$ 1 bilhão. Para a Marinha conclui-lo, conseguir fazer o reator nuclear para seu submarino, seriam necessários mais US$ 200 milhões. No ritmo atual dos recursos, o programa só seria concluído em cem anos.

Durante 15 anos, Othon dirigiu a Coordenadoria para Projetos Especiais da Marinha (Copesp), responsável por um dos lugares mais secretos do País: o Centro Experimental de Aramar, em Iperó, onde foi desenvolvida a tecnologia nacional de enriquecimento de urânio por ultracentrifugação, que agora a Marinha fornece às Indústrias Nucleares do Brasil (INB).


http://www.parana-online.com.br/editoria/pais/news/79261/


Leia também:

DILMA, MANDAA S&P À M…! O PUTIN DEIXAVA PRENDER O OTHON?


MORO TEM MIRA CERTA:PETROBRAS E PROGRAMA NUCLEAR!


HABEAS CORPUS PARA O ALMIRANTE, JÁ!


DILMA, MANDA
A S&P À M…! O PUTIN
DEIXAVA PRENDER O OTHON?



O Putin deixava um juizeco de província prender um almirante, um engenheiro nuclear, responsável pelo programa russo de enriquecimento de urânio, pela bomba atomica ?

A Índia deixava o engenheiro construtor da sua bomba atômica ir em cana por ordem de um juizeco de província ?

O Paquistão deixava o construtor de sua bomba atômica ir em cana por ordem de um juizeco de província ?

E Israel, deixava um juizeco de província prender o construtor de seus cem artefatos ?

E os Estados Unidos, a França, a Inglaterra ?

Príncipe da Privataria , entre outros atos de lesa-pátria, assinou o Tratado de Não-Proliferação das Armas Nucleares e o Brasil se fez impedido de produzir a a bomba atômica !

Crime de Estado !

A Alemanha, a Noruega, a Suécia, a Argentina deixariam seu almirante Othon ir em cana, já que seus programas nucleares, como o brasileiro, estão submetidos à AIEA, a agencia da ONU para energia nuclear ?

Pergunta à Cristina K !

Não !

Sabe por que o Brasil se submete a tanta humilhação ?

Porque isso aqui é uma esculhambação.

Porque o Golpe é isso aí!

Ninguém tem peito de enfrentar esse juizeco de província, esse juiz sobrenatural.

Nem o Supremo, nem o Executivo !

Ajoelham-se todos diante da Vara de Guantánamo, do PiG e de seus superiores interesses: a Chevron  do Cerra !

É por isso que o Moro é valente !

(Até o Daniel Valente Dantas entrar na parada !)

O Moro é valente, como foram os Golpistas de 64, porque a Quarta Esquadra americana está e esteve a caminho, na Operaçao Brother Sam! (Veja o documentário “o dia que durou 21 anos”)

O Moro tem a Quarta Esquadra no litoral do Rio !

E também porque o Estado brasileiro não tem amor próprio !

Não se dá ao respeito !

O almirante se deixou corromper ?

Vamos submete-lo à Lei sem comprometer a segurança nacional !

Habeas Corpus para ele e um julgamento que não o exponha a um grampo de mictório, à tortura de uma delação premiada (premiada para o embaixador americano !).

O almirante tem 76 anos !

Isso só acontece porque o Governo Dilma só Governa para o ajuste !

Trocou o FMI por esses tamboretes de bancos americanos, as “agências de risco”, que  submetem o Brasil a periódicas chantagens: não mudo agora, mas quando a Urubologaquiser, a gente te rebaixa.

Manda elas todas  à m… !

O que aconteceu com a Rússia depois que as agencias “rebaixaram” o Putin ?

O Putin cuspiu nelas e reforçou os gastos em armamentos.

Porque é assim que se defende o interesse nacional: à bala, dizia o Floriano Peixoto !

No dia seguinte à entrega dos tesouros gregos aos bancos alemães, as agencias de risco elevaram a nota da Grécia !

Tem presidente de agencia de risco que foi preso nos Estados Unidos, por corrupção ativa e passiva !

Em conluio com os banqueiros que lesaram os incautos na crise de 2008 !

(Veja documentário “Inside Job”)

E aqui, os neolibeles instalados no Estado se borram de medo desses economistas de meia pataca, que arrumaram um empreguinho nas agencias de risco, porque não tem qualificação para trabalhar no FMI ou no Banco Mundial.

Melhor quando o Brasil era governado pelo FMI, nos bons tempos do FHC !

Pelo menos os economistas do FMI são de melhor nível.

Agora são esses que não passam num exame do ENEM.

Quem são eles ?

Como se chamam ?

Que livros escreveram ?

Que teses ?

Em que revistas de Economia ?

E o Governo Dilma se deixou cercar por eles.

O Delfim morria de dar risada do FMI.

Não cumpria nada do que prometia !

O Lula pagou o que devia ao FMI e emprestou dinheiro ao FMI.

E o Levy trata a S&P’s como se fossem oficiantes  da Catedral de Chartres.

E agora dizem que o Levy quer renegociar os juros dos caças suecos !

Só faltava essa !

O Levy trocar os caças suecos pelos da Boeing !

O Brasil se deixou sufocar.

Não resiste ao cerco.

Aceita a lógica do cerco.

E o Moro governa.

Tem Ministro da Justiça para peitar o Moro ?

Não tem ?

Cade o Supremo ?

Tem Conselho Nacional de Justiça ?

Não tem !

É isso o que faz a minoridade política do Brasil.


Isso é o que envergonha o Brasil diante do mundo.

É assim que o Brasil perde “o bonde da História” !

Porque o Brasil é irremediavelmente um vira-latas !

É por isso que o Brasil não tem peso nem nos BRICs.

Porque o Brasil não se dá ao respeito.

Não se leva a sério.

E vai enjaular o homem que desenvolveu o sistema próprio de enriquecimento de urânio numa cela contigua à de estuprador !

E vai obrigá-lo a cuspir os feijões para a Quarta Esquadra americana que está em cima do pré-sal, à espera de o Moro fechar Belo Monte !

Ou delata ou morre lá dentro !

Triste destino.

É a sina do 7 a 1.

A vocação para o pelourinho !

E o chicote nas mãos do Moro !

Chicote made in USA !

Paulo Henrique Amorim

terça-feira, 30 de junho de 2015

Santayana: Estado brasileiro não é gigante; mundo defende suas empresas

funci
Autor: Fernando Brito
Cometo o pecado de, pela extensão, publicar apenas um trecho do longo e lúcido artigo de Mauro Santayana, hoje, com farta argumentação, comprovando que o Estado brasileiro nem de longe é hipertrofiado como nos querem fazer acreditar – o papo dos 39 ministérios, dos quais quase a metade são simples secretarias ou dirigentes com “status” legal de Ministros – e, em seguida, como os países desenvolvidos não misturam o punir dirigentes de empresas (e nem sempre) envolvidos em corrupção com a manutenção do papel estratégico que estas empresas desempenham.
Ao olhar atento de Santayana não escapou a notícia, publicada quase na surdina, que o maior empregados do mundo é, disparado oDepartamento de Defesa dos Estados Unidos, com 3,2 milhões de pessoas apenas nas Forças Armadas e agências de segurança, entre elas a recém-famosa National Security Agency, a NSA da espionagem. A CIA e o FBI não estão na conta, pois não são vinculados ao Departamento de Defesa, mas aos de Estado e de Justiça, respectivamente.
Fixe bem: os EUA tem mais militares e agregados a eles que todos –todos, mesmo – os funcionários públicos da União, dos Estados e dos mais de 5 mil municípios brasileiros, segundo dados do IBGE, em 2012.
Nossas Forças Armadas, modestíssimas, têm 10% dos efetivos norte-americanos, para cobrir um território equivalente. Nem a China, imensa e com 4,3 vezes mais habitantes que os EUA, alcança a multidão militar norte-americana.
Pequena na quantidade, nossa Defesa precisa, a todo custo, do desenvolvimento tecnológico que vem, a duras penas, desenvolvendo com alguns dos grandes grupos atingidos em cheio pela Lava Jato e que, irresponsavelmente, querem destruir a pretexto de punir dirigentes corruptos, o que paós algum do mundo confunde, isso se os pune.
Meu pecado é ainda mais grave quando o trecho que retirei descreve, em minúcias, quem e como joga o jogo da informação e da contra-informação norte-americana na mídia, na Universidade e onde quer que se forme opinião e se influa, com os golpes mais baixos, em políticas e governos de seu interessa. Peço, a quem puder, que me redima lendo, na íntegra, o texto do mestre Santayana.

A Lava Jato e a Defesa Nacional

Mauro Santayana (trecho)
Em suas críticas ao tamanho do Estado e na defesa da privatização a qualquer preço, os neoliberais tupiniquins se esforçam por defender a tese de que o poder de algumas das maiores nações do mundo “ocidental”, os EUA à frente, teria como únicos, principais esteios, o capitalismo, a livre iniciativa e o livre mercado, e defendem, sempre que podem, alegando a existência de “cabides de emprego”, e o grande número de ministérios, a diminuição do setor público no Brasil.
A informação, divulgada na semana passada, de que, com três milhões e duzentos mil funcionários, o Departamento de Defesa dos EUA é o maior empregador do mundo, tendo em sua folha de pagamento, sozinho, mais colaboradores que o governo brasileiro, com todos seus 39 ministérios, mostra como essa gente tem sido pateticamente enganada, e corrobora o fato de que a tese do enxugamento do estado, tão cantada em prosa e verso por certos meios de comunicação nacionais, não é mais, do ponto de vista da estratégia das nações, do que uma fantasia que beira a embromação.
Dificilmente vai se encontrar uma nação forte, hoje – como, aliás, quase sempre ocorreu na história – que não possua também um estado poderoso, decidida e vigorosamente presente em setores estratégicos, na economia, e na prestação de serviços à população.
Enquanto em nosso país, o número total de empregados da União, estados e municípios, somados, é de 1,5% da população, na Itália ele passa de 5%, na Alemanha, proporcionalmente, ele é de 80% a mais do que no Brasil, nos EUA, de 47% a mais e na França, também um dos países mais desenvolvidos do mundo, de 24% da população ativa, o que equivale a dizer que praticamente um a cada quatro franceses trabalha para o Setor Público.
Esses dados derrubam também a tese, tão difundida na internet, de que no Brasil se recebe pouco em serviços, comparativamente aos impostos que se pagam. Por aqui muitos gostariam de viver como na Europa e nos Estados Unidos, mas ninguém se pergunta quantos funcionários públicos como médicos, professores, advogados, técnicos, cientistas, possuem a mais do que o estado brasileiro, os governos dos países mais desenvolvidos do mundo, para prestar esse tipo de serviços à população.
E isso, sem ter que ouvir uma saraivada de críticas a cada vez que lança um concurso, e sem ter que enfrentar campanhas quase que permanentes de defesa da precarização do trabalho e da terceirização.
Aos três milhões e duzentos mil funcionários, cerca de 1% da população norte-americana, fichados apenas no Departamento de Defesa, é preciso agregar, no esforço de fortalecimento nacional dos Estados Unidos, centenas de universidades públicas e privadas, e grandes empresas, estas, sim, privadas, ou com pequena participação estatal, que executam os principais projetos estratégicos de um país que tem o dobro da relação dívida pública-PIB do Brasil e não parece estar, historicamente, preocupado com isso.
Companhias que, quando estão correndo risco de quebra, como ocorreu na crise de 2008, recebem dezenas de bilhões de dólares e novos contratos do governo, e que possuem legalmente, em sua folha de pagamento, “lobistas”, que defendem seus interesses junto à Casa Branca e ao Congresso, que, se estivessem no Brasil, já teriam sido, neste momento, provavelmente presos como “operadores”, por mera suspeição, mesmo sem a apresentação de provas concretas.(…)

A diferença entre os Estados Unidos, que se dizem “liberais” e “privatistas”, e na verdade não o são, e o Brasil, que cede a todo tipo de pressão, na tentativa de provar, todos os dias, que não é comunista nem estatizante, é que, mesmo quando envolvidas com corrupção – considerada uma espécie de “dano colateral” que deve ser “contornado” e “absorvido”, no contexto do objetivo maior, de permanente fortalecimento do complexo-industrial militar dos EUA – a existência das principais empresas de defesa norte-americanas nunca é colocada em risco.
Apenas como exemplo, a Lockheed Martin, uma das principais companhias de aviação e de defesa dos EUA, pagou, como lembrou André Motta Araújo no Jornal GGN outro dia, entre as décadas de 1950 e 1970, mais de 300 milhões de dólares, ou 3.7 bilhões de dólares em dinheiro de hoje, de propina para autoridades estrangeiras, entre elas – para quem acha que isso só acontece em paises “sub-desenvolvidos” – o então Ministro da Defesa da Alemanha Ocidental, Franz Joseph Strauss, os ministros Luigi Gul, e Maria Tanassi, o Primeiro-Ministro Mariano Rumor e o Presidente da República Italiana, Giovanni Leone, o general Minoru Genda e o Primeiro-Ministro japonês Kakuei Tanaka, e até o príncipe Bernhard, marido da Rainha Juliana, da Holanda.
E alguém acha que a Lockheed foi destruída por isso ? Como também informa Motta Araújo, seus principais dirigentes renunciaram alguns anos depois, e o governo norte-americano, no lugar de multar a empresa, lhe fez generoso empréstimo para que ela fizesse frente, em melhores condições, aos eventuais efeitos do escândalo sobre os seus negócios.
A Lockheed, conclui André Motta Araújo em seu texto, vale hoje 68 bilhões de dólares, e continua trabalhando normalmente, atendendo a enormes contratos, com o poderoso setor de defesa norte-americano.
Enquanto isso, no Brasil, os dirigentes de nossas principais empresas nacionais de defesa, constituídas, nesses termos, segundo a Estratégia Nacional de Defesa, em 2006, para, com sede no Brasil e capital votante majoritariamente nacional, fazer frente à crescente, quase total desnacionalização da indústria bélica, e gerir alguns dos mais importantes programas militares da história nacional, que incluem novos mísseis ar-ar, satélites e submarinos, entre eles nosso primeiro submersível atômico, encontram-se, quase todos, na cadeia.
O Grupo Odebrecht, o Grupo Andrade Gutierrez, o OAS e o Queiroz Galvão têm, todos, relevante participação na indústria bélica e são os mais importantes agentes empresariais brasileiros da Estratégia Nacional de Defesa. Essas empresas entraram para o setor há alguns anos, não por ter algum privilégio no governo, mas simplesmente porque se encontravam, assim como a Mendes Júnior, entre os maiores grupos de engenharia do Brasil, ao qual têm prestado relevantes serviços, desde a época do regime militar e até mesmo antes, não apenas para a União, mas também para estados e municípios, muitos deles governados pela oposição, a quem também doaram e doam recursos para campanhas políticas de partidos e candidatos.
Responsáveis por dezenas de milhares de empregos no Brasil e no exterior, muitos desses grupos já estão enfrentando, depois do início da Operação Lava-Jato, gravíssimos problemas de mercado, tendo tido, para gaúdio de seus concorrentes externos, suas notas rebaixadas por agências internacionais de crédito.
Projetos gigantescos, tocados por essas empresas no exterior, sem financiamento do BNDES, mas com financiamento de bancos internacionais que sempre confiaram nelas, como o gasoduto do Perú, por exemplo, de quase 5 bilhões de dólares, ou a linha 2 do metrô do Panamá, que poderiam gerar centenas de milhões de dólares em exportação de produtos e serviços pelo Brasil, correm risco de ser suspensos, sem falar nas numerosas obras que estão sendo tocadas dentro do país.
Prisões provocadas, em alguns casos, por declarações de bandidos, que podem ser tão mentirosas quanto interesseiras ou manipuladas, que por sua vez, são usadas para justificar o uso do Domínio do Fato – cuja utilização como é feita no Brasil já foi criticada jurídica e moralmente pelo seu criador, o jurista alemão Claus Roxin – às quais se somam a mera multiplicação aritmética de supostos desvios, pelo número de contratos, sem nenhuma investigação, caso a caso, que os comprove, inequivocamente, e por suposições subjetivas, pseudo-premonitórias, a propósito da possível participação dessas empresas em um pacote de concessão de projetos de infra-estrutura que ainda está sendo planejado e não começou, de fato, sequer a ser oficialmente oficialmente estruturado.
O caso Lockheed, o caso Siemens, e mais recentemente, o do HSBC, em que o governo suiço multou esse banco com uma quantia mínima frente à proporção do escândalo que o envolve, nos mostram que a aplicação da justiça, lá fora, não se faz a ferro e fogo, e que ela exige bom senso para não errar na dose, matando o paciente junto com a doença.
Mais uma vez, é necessário lembrar, é preciso combater a corrupção, mas sem arrebentar com a Nação, e com alguns dos principais pilares que sustentam nossa estratégia de desenvolvimento nacional e de projeção nos mercados internacionais.
No futuro, quando se observar a história do Brasil deste período, ao tremendo prejuízo econômico gerado por determinados aspectos da Operação Lava-Jato, muitíssimo maior que o dinheiro efetivamente, comprovadamente, desviado da Petrobras até agora, terá de ser somado incalculável prejuízo estratégico para a defesa do país e para a nossa indústria bélica, que, assim como a indústria naval, se encontrava a duras penas em processo de soerguimento, depois de décadas de estagnação e descalabro.
No Exército, na Marinha, na Força Aérea, muitos oficiais – principalmente aqueles ligados a projetos que estão em andamento, na área de blindados, fuzis de assalto, aviação, radares, navios, satélites, caças, mísseis, submarinos, com bilhões de reais investidos – já se perguntam o que irá acontecer com a Estratégia Nacional de Defesa, caso as empresas que representam o Brasil nas joint-ventures empresariais e tecnológicas existentes vierem a quebrar ou a deixar de existir.
Vamos fazer uma estatal para a fabricação de armamento, que herde suas participações, hipótese que certamente seria destroçada por violenta campanha antinacional, levada a cabo pelos privatistas e entreguistas de sempre, com o apoio da imprensa estrangeira e de seus simpatizantes locais, com a desculpa de que não se pode “inchar”” ainda mais um estado que na verdade está sub-dimensionado para as necessidades e os desafios brasileiros?
Ou vamos simplesmente entregar essas empresas, de mão beijada, aos sócios estrangeiros, com a justificativa de que os projetos não podem ser interrompidos, perdendo o controle e o direito de decidir sobre nossos programas de defesa, em mais um capítulo de vergonhoso recuo e criminosa capitulação ?
Com a palavra, o STF, o Ministério da Defesa, e a consciência da Nação, incluindo a dos patriotas que militam, discreta e judiciosamente, de forma serena, honrosa e equilibrada, no Judiciário e no Ministério Público.