Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Além de fraudar o fisco a Globo ainda falsifica reportagens

Apesar de esse vídeo incrível – que o post reproduz mais adiante – ter circulado bastante pelas redes sociais ao fim de noite de quinta-feira (11 de julho de 2013), é vital comentar mais a fundo o que ele mostra por ser literalmente estarrecedor.
As denúncias de que a Rede Globo tentou fraudar o fisco em módicos R$ 600 milhões vêm sendo encaradas pelos “éticos” que vivem acusando o partido ao qual a emissora declarou guerra como sendo “exageradas”, pois a fraude fiscal em questão seria apenas uma manobra “empresarial” corriqueira para pagar menos impostos.
Vá lá que, no Brasil, nossas degeneradas classes média e alta dão nomes eufemísticos ao que em países civilizados é considerado crime e dá cadeia: sonegação de impostos. Mas o que mostra o vídeo a que este texto se refere não pode ser minimizado nem pelo maior cara-de-pau da galáxia.
Na última quinta-feira, durante o ato público de centrais sindicais que ocorreu na avenida Paulista, o diretor do grupo de comunicação Rede Brasil Atual, Paulo Salvador, flagrou reportagem da Globo operando a prática (anti) jornalística mais execrada desde o surgimento da imprensa: falsificação de fatos para preencher “reportagens”.
Sim, é isso mesmo: no âmbito da guerra política da Globo contra o governo Dilma Rousseff, uma equipe de reportagem da emissora foi àquela avenida durante o ato das centrais sindicais e tentou forjar um protesto contra a presidente da República. Levou um cartaz com ataques a ela e pediu para um manifestante segurá-lo enquanto filmava.
O vídeo mostra o momento em que Salvador interpela a equipe após ter visto a fraude ser encenada. Ocorre, inclusive, um princípio de confusão. A equipe da Globo, formada por “repórteres” parrudos que mais pareciam leões-de-chácara, parecia disposta a ir às vias de fato com quem a pegou no pulo.
Logo, porém, outros manifestantes percebem a confusão, cercam os “repórteres” globais e começam a entoar palavras de ordem contra a emissora, obrigando os que tentavam produzir a fraude a se retirarem do local.
Resta saber quantas vezes, ao longo das últimas semanas, a Globo apresentou falsos protestos contra o governo quando não foi possível obter imagens verdadeiras. E resta saber, também, se o que se vê no vídeo abaixo decorreu de ordem da direção da emissora ou se foi mera tentativa dos “repórteres” de agradar o patrão.
Assista, abaixo, ao flagra de outro item da já longa lista de fraudes que vai sendo conhecida e, assim, vai explicando como a família Marinho conseguiu edificar um império tão gigantesco e rico como as Organizações Globo.

SNOWDEN: ‘O SIGILO NÃO TORNA MORAL O IMORAL' - CPI da Espionagem: consultoria do governo FHC era o braço direito da CIA no Brasil



**Há  coincidências que gritam por elucidação. A empresa que coordenava o trabalho de grampos da CIA, a Booz-Allen, na qual trabalhava o agente Snowden (leia, abaixo) é uma das grandes corporações de consultoria mundial. No governo FHC, ela foi responsável por estudos estratégicos contratados pela esfera federal. A turma da versátil Booz Allen trabalhava em segmentos estanques? Ou aqueles encarregados de assessorar o governo tucano também coletavam informes do interesse imperial no país e na região? (Leia nesta pág)


"Olá, meu nome é Ed Snowden. Há pouco mais de um mês,eu tinha família, um lar, e vivia com muito conforto. Eu também tinha a capacidade de, sem qualquer autorização, para procurar, tomar e ler as suas mensagens. Na verdade, as mensagens de qualquer pessoa, a qualquer momento. Este é o poder que mudar o destino das pessoas. Também é uma séria violação da lei. As emendas 4 e 5 da Constituição do meu país, o artigo 12 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e numerosos estatutos e tratados proíbem tais sistemas de vigilância massiva e invasiva.Enquanto a Constituição dos Estados Unidos assinala que estes programas são ilegais, o meu governo argumenta que juízos de um tribunal secreto, que o mundo não pode ver, de alguma forma legitimam esta atividade ilegal. Estes juízos simplesmente corrompem a noção mais básica de justiça. Algo imoral não pode se tornar moral através do uso de uma lei secreta. 

SANTAYANA E O MÉDICO: DAR UM POUCO DE SI AO OUTRO Os dois anos de SUS e o depoimento de Jatene, um exemplo.

Tolentino: "aos pobres não cobramos nada"


Conversa Afiada reproduz artigo de Mauro Santayana no JB online:

O MÉDICO E SUA ÉTICA



por Mauro Santayana

Em 1956, conheci, na cidade do Serro, em Minas, o médico Antonio Tolentino, que era o profissional mais idoso ainda em atividade no Brasil. Ele chamava a atenção por dois motivos: coubera-lhe assistir ao parto de Juscelino, em 1902, e não alterara o valor da consulta, que equivalia,  então, a cinco cruzeiros. Entrevistei-o, então, para a Revista Alterosa, editada em Minas e já desaparecida.

Em razão da matéria, o deputado federal Vasconcelos Costa obteve, da Câmara, uma pensão vitalícia da União para o médico, que morreu logo depois. Ele tinha, na época, 94 anos – e setenta de atividade. Seus descendentes criaram um museu, em sua casa e consultório. Uma das peças é o anúncio que fez, logo no início da carreira: “aos pobres, não cobramos a consulta”.

Confesso o meu constrangimento. Estou em  idade em que dependo, e a cada dia mais, de médicos, e de bons médicos, é claro. Tenho, entre eles, bons e velhos amigos. O que me consola é que os meus amigos estão mais próximos da filosofia de vida do médico Antonio Tolentino, do que dos que saíram em passeata, em nome de seus direitos, digamos, humanos. 

Mais do que outros profissionais, os médicos lidam com o único e absoluto bem dos seres, que é a vida. Os enfermos a eles levam as suas dores e a sua esperança. É da razão comum que eles estejam onde se encontram os pacientes – e não que eles tenham que viver onde os  médicos prefiram estar. 

De todos os que trataram do assunto, a opinião que me pareceu mais justa foi a de Adib Jatene. Um dos profissionais mais respeitados do Brasil, Jatene acresce à sua autoridade o fato de ter sido, por duas vezes, Ministro da Saúde. Ele está preocupado, acima de tudo, com a qualidade do ensino médico no Brasil. Se houvesse para os médicos exames de avaliação, como o dos bacharéis em direito, exigido pela OAB para o exercício profissional, o resultado seria catastrófico. 

Jatene recomenda a formação de bons clínicos e, só a partir disso, a especialização médica. Os médicos de hoje estão dependentes, e a cada dia mais, dos instrumentos tecnológicos sofisticados de diagnóstico, e  cada vez menos de seu próprio saber. O vínculo humano entre médico e paciente – salvo onde a medicina é estatizada – é a cada dia menor. Assim, Jatene defende o sistema do médico de família. Esse sistema permite o acompanhamento dos mesmos pacientes ao longo do tempo, e a prática de medidas preventivas, o que traz mais benefícios para todos.

Entre outras distorções da visão humanística do Ocidente, provocadas pela avassaladora influência do capitalismo norte-americano, está a de certo exercício da medicina e da terapêutica. A indústria farmacêutica passou a ditar a ciência médica, a escolher as patologias em que concentrar as pesquisas e a produção de medicamentos. A orientação do capitalismo, baseada no maior lucro, é a de que se deve investir em produtos de grande procura, ou, seja, para o tratamento de doenças que atinjam o maior número de compradores. Dentro desse espírito, a medicina, em grande parte,  passou a ser especulação estatística e probabilística.

Os médicos protestam contra a contratação de profissionais estrangeiros, pelo prazo de três anos, para servir em cidades do interior, onde há carência absoluta de profissionais. Não seriam necessários, se os médicos brasileiros fossem bem distribuídos no território nacional, mesmo considerando a má preparação dos formados em escolas privadas de péssima qualidade, que funcionam em todo o país. 

Ora, o governo oferece condições excepcionais para os que queiram trabalhar no interior. O salário é elevado, de dez mil reais, mais moradia para a família, e alimentação. É muitíssimo mais elevado do que o salário oferecido aos engenheiros e outros profissionais no início de carreira. Ainda assim, não os atraem. E quando o governo acrescenta ao currículo dois anos de prática no SUS, no interior e na periferia das grandes cidades, vem a grita geral.

Formar-se em uma universidade é, ainda hoje, um privilégio de poucos. Os ricos são privilegiados pelo nascimento; os pais podem oferecer-lhe os melhores colégios e os cursos privados de excelência, mas quase sempre vão para as melhores universidades públicas,  bem preparados que se encontram para vencer a seleção dos vestibulares. Os pobres, com a ilusão do crescimento pessoal, sacrificam os pais e pagam caro a fim de obter um diploma universitário que pouco lhes serve na dura competição do mercado de trabalho.

Um médico sugeriu que a profissão se tornasse uma “carreira de estado”, como o Ministério Público e o Poder Judiciário. Não é má a idéia, mas só exeqüível com a total estatização da medicina. Estariam todos os seus colegas de acordo? Nesse caso não poderiam recusar-se a servir onde fossem necessários. 

Temos, no Brasil, o serviço civil alternativo que substitui o serviço militar obrigatório, e é prestado pelos que se negam a portar armas. Embora a objeção possa ser respeitada em tempos de paz, ela não deve ser aceita na eventualidade da guerra: a defesa da nação deve prevalecer. Mas seria justo que não só os pacifistas fossem obrigados, pela lei,depois de formados pelos esforços da sociedade como um todo, a dar um ou dois anos de seu trabalho à comunidade nacional, ali e onde sejam necessários. Nós tivemos uma boa experiência, com o Projeto Rondon, que deveria ser mais extenso e permanente como instituição no Brasil.

As manifestações recentes mostram que todos, em seus conjuntos de interesses, querem mais do Estado em seu favor. Não seria o caso de oferecerem alguma coisa de si mesmos à sociedade nacional? Dois anos dos jovens médicos trabalhando no SUS – remunerados modestamente e com os gastos pagos pelo Erário – seriam um bom começo para esse costume. E a oportunidade de aprenderem, com os desafios de cada hora, a arte e o humanismo que as más escolas de medicina lhes negaram.

LEANDRO: GLOBO VIVE DIAS DE VIDRAÇA E o Bernardo se ajoelha na Veja …

Conversa Afiada reproduz artigo de Leandro Fortes, do Blog do Miro:

GLOBO VIVE DIAS DE VIDRAÇA



Por Leandro Fortes, na revista CartaCapital:

O POVO NÃO É BOBO



Acuadas pela blogosfera, embora protegidas pelas empresas de comunicação coirmãs, as Organizações Globo, quem diria, vivem dias de vidraça

Enquanto ainda alimenta a fantasia das “manifestações pacíficas” que cobriu, covardemente, do alto dos prédios das cidades, com repórteres postados como atiradores de(a) elite, a Rede Globo se vê, finalmente, diante de uma circunstância que não consegue dominar, manipular e, ao que parece, nem mesmo entender. Aliás, que jamais irá entender, porque se tornou uma instituição não apenas descolada da realidade, mas também do tempo em que vive. Ela e a maior parte dos profissionais que nela trabalham, estes que acreditam ter chegado ao topo da profissão de jornalista quando, na verdade, estão, desde muito tempo, vinculados ao que há de mais obsoleto, atrasado e cafona dentro do jornalismo nacional.

O poder da blogosfera progressista e de esquerda, que tanto incomoda, portanto, a conservadores e direitistas (partindo do pressuposto otimista de que há eventual separação entre eles), lançou-se numa organizada empreitada de apuração jornalística que fez a gigante platinada do Jardim Botânico tremer nas bases e, mais de uma vez, colocar pelo menos um dos joelhos no chão.

A partir de um superfuro do jornalista Miguel do Rosário, do site O Cafezinho, estabeleceu-se na blogosfera uma correia de transmissão informal, mas visceralmente interconectada, sobre o megaesquema de sonegação fiscal montado pelas Organizações Globo que resultou, em 2006, numa cobrança superior a 600 milhões de reais — 183 milhões de imposto devido, 157 milhões de juros e 274 milhões de multa. Foi resultado do Processo Administrativo Fiscal de número 18471.000858/2006-97, sob responsabilidade do auditor Alberto Sodré Zile. Como o auditor constatou crime contra a ordem tributária, abriu a Representação Fiscal para Fins Penais sob o número 18471.001126/2006-14.

Na sequência, outros três dos mais ativos blogueiros do País, os jornalistas Luiz Carlos Azenha, Rodrigo Vianna e Fernando Brito, respectivamente, do Viomundo, O Escrevinhador e do Tijolaço, estabeleceram uma sequência formidável de fatos que deram um corpo sólido à história levantada por O Cafezinho:

1) A multa da Receita, de mais de 600 milhões de reais (1 bilhão de reais, em valores atualizados), de 2006, é referente a sonegação fiscal praticada na compra, pela TV Globo, dos direitos de transmissão da Copa de 2002. Envolve, ainda, ligações com dois criminosos internacionalmente conhecidos: João Havelange, ex-presidente da FIFA, e Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF.

2) Em 2007, uma funcionária da Receita Federal, Cristina Maris Meinick Ribeiro, foi denunciada pelo Ministério Público Federal por ter dado sumiço no processo contra a Globopar, controladora das Organizações Globo, por sonegação fiscal.

3) Como não poderia deixar de ser nesses casos, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, deu sua contribuição às trevas: foi ele que relatou o habeas corpus que soltou a funcionária da Receita, depois da ação de CINCO advogados junto ao STF.

Sempre tão poderosa e segura de seus privilégios, as Organizações Globo entraram nessa briga mais ou menos como Anderson Silva diante de Chris Weidman, no octógono de Las Vegas. Acharam que estavam diante de adversários menores e insignificantes, mas, como se sabe, a soberba é o sentimento imediatamente anterior à queda.

Em apenas três semanas de contínua e criteriosa apuração da blogosfera, a Globo se perdeu em versões sem sentido e recuos de informação, admitiu a culpa da sonegação e justificou-se com um pagamento alegado, mas nunca provado. Teve, pela primeira vez desde que foi criada no ventre da ditadura militar, que se pronunciar publicamente sobre uma denúncia contra si, desgostosa de que isso tenha acontecido fora de seu espectro de dominação, a velha e reacionária mídia nacional, da qual é líder e paradigma. A poderosa vênus platinada teve que responder, primeiro, ao O Cafezinho, de Miguel do Rosário, e depois às redes sociais, ao País, enfim.

Soubemos, assim, que as Organizações Globo, que vivem de concessões públicas e verbas oficiais, ao serem confrontadas com a informação sobre o roubo do processo pela funcionária da Receita Federal, divulgaram uma nota dizendo terem tido uma “grande surpresa” ao saberem da ação criminosa perpetrada por Cristina Maris Meinick Ribeiro.

Então, está combinado assim:

1) Cristina, funcionária de carreira da Receita, enlouqueceu em uma manhã de 2006 e, do nada, apenas movida pela índole de anjo e pela vontade de ajudar a pobre Rede Globo, decidiu por conta própria roubar e desaparecer com o processo de sonegação fiscal de 600 milhões de reais da família Marinho. Depois, conseguiu pagar, sozinha, cinco advogados para arranjar um habeas corpus com o inefável Gilmar Mendes;

2) Em seguida, o Ministério Público Federal, então comandado pelo procurador-geral da República Antonio Fernando Souza, denunciou Cristina Ribeiro pelo sumiço da papelada, que resultou na condenação da referida servidora a 4 anos e 11 meses de cadeia, segundo sentença da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Isso em 2007, tudo na surdina, sem que um único procurador da República tenha se preocupado a vazar um fato grave desse para a imprensa ou, no limite, para jornalistas com atuação independente na blogosfera. Nada comparável à fúria e à disposição do mesmo Antonio Fernando ao dar publicidade à denúncia do “mensalão”, notícia, desde então, incorporada à grade de programação da Globo como um coringa usado tanto em época de eleição como nos espasmos de epilepsia antipetista, aliás, recorrentes na emissora.

Talvez, de tanto viver na dimensão onírica de suas telenovelas, ou na falsa percepção que alguns dos seus sorridentes jornalistas têm do mundo real, a Rede Globo ache, de fato, que é possível fazer o contribuinte acreditar de que ela nada tem a ver com o roubo do processo da Receita Federal. Afinal, somos todos uma nação de idiotas plugados no Caldeirão do Huck, certos de que, ao morrermos, teremos nossas almas levadas ao céu pela nave espacial da Xuxa.

Ou seja, os de lá não aprenderam nada com o debate Lula x Collor, em 1989, nem com a bolinha de papel de José Serra, em 2010, duas farsas desmascaradas, cada qual a seu tempo, pela História. Não perceberam que a internet acabou com a era das fraudes de comunicação no Brasil e no mundo.

Apostam as últimas fichas na manada que reuniram em cinco décadas de monopólio de um império movido a entretenimento e alienação. Mas esse gado que foi alegremente tangido por vinhetas e macacas de auditório ganhou, com o fenômeno da rede mundial de computadores, novas porteiras e, com elas, uma perspectiva real de liberdade.

O silêncio envergonhado e vergonhoso dos tristonhos oligopólios de mídia brasileiros sobre uma notícia tão grave é, antes de tudo, revelador das nossas necessidades.

Fico imaginando qual seria a capa dos jornalões e das revistas coirmãs se fosse Lula a dever mil réis de mel coado à Receita Federal. E se descobrissem, no curso da apuração, que um militante aloprado havia lhe feito o favor de roubar o processo judicial a respeito. As massas seriam, no mínimo, conclamadas a linchar o ex-presidente e pedir as Forças Armadas nas ruas.

Por essa razão, enquanto o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, se dispõe a ir às páginas amarelas da Veja se colocar – e ao governo do PT – de joelhos perante quadrilhas ligadas a bicheiros e a esquemas de sonegação fiscal, a ação periférica da blogosfera rouba o protagonismo que antes era dessa autointitulada “grande imprensa”.

E, para tal, faz apenas o que tem que ser feito: jornalismo.



Clique aqui para assistir ao vídeo “A ponte jornalista Vladimir Herzog”.

Aqui para ler “Mexeu com a Globo, mexeu com o PiG”.

Aqui para ler “A ‘Globo sonega’ é a nova logomarca”.

aqui para ler “Bernardo: Dilma deixa o núcleo do PT”. 

O HOMEM QUE DEU O FURO DA FUNCIONÁRIA DA RECEITA

MERCOSUL PREPARA MENSAGEM DURA AOS EUA

Maria Frô e Renato Rovai: O “Globo sonega” e a troca de Frias por Vladimir Herzog em placa

Fotos de Maria Frô e Elisa (Centro de Mídia Independente) e texto de Renato Rovai



Projeção no prédio da TV Globo de São Paulo, em que a emissora “admite” sonegação fiscal

A ponte Octavio Frias de Oliveira ganhou nome de um verdadeiro jornalista, Vladimir Herzog



O teste da Globo passou no teste das ruas. Novos atos virão
12/07/2013 | Publicado por Renato Rovai em seu blog
De repente uma palavra surge sobre o símbolo da Globo e outra a substitui na sequência.
Mente foi a primeira. Sonega, depois.
De onde surgiu aquilo? Quem mirava o projetor com tamanha criatividade contra a toda poderosa de tantos tempos e governos?
Era uma poderosa rede articulada ou apenas dois garotos criativos?
E a música? Quem era o puxador de samba daquela bateria?
Quem era aquela menina que parodiava a música tema do carnaval global?
E a galera com raiva e rostos cobertos? Quem eram os meninos que se diziam blacks blocks?
Quem era aquela gente nova numa manifestação pela democratização da mídia?
Quem eram eles que se misturavam ao Intervozes, ao Barão de Itararé e ao pessoal do MST?
Quem eram eles que estava ali com o Movimento Passe Livre e da Mídia Livre? Quem eram os ninjas que não eram da Pós TV?
Eles junto com o Lalo, o Sérgio Amadeu, o Miro, o João Brant e o Igor Felippe. Eles os pichadores sem medo e as meninas corajosas da primeira fila. Eles e elas que ignoraram a polícia e seus helicópteros.
A marcha de ontem à noite na frente à Globo marcou.
Uma TV inóspita e pouco acessível. Que fica num lugar inóspito e pouco acessível. Numa cidade, convenhamos, bastante inóspita como São Paulo. Mesmo assim éramos ao menos uns 2 mil por lá.
Aliás, daria para comparar a manifestação noturna de ontem na frente da Globo, que não tinha um único figurante, com a dos médicos na Paulista. A deles, segundo o Jornal da Globo do dia, teria 5 mil. Sendo assim, 5 mil para a de ontem também.
Passa bastão
Bastão passado. Havia muitos e muitos jovens putos, putíssimos com a TV dos Marinhos. Gente que quer ocupar a Globo. Que quer ocupar o Congresso. Que quer ocupar o Ministério das Comunicações. Que quer ir até as últimas consequências para mostrar que não aceita mais este jogo nas comunicações. Que quer derrubar o Paulo Bernardo e sua mentalidade lobista.
E tudo indica que isso vai continuar.
A partir de hoje a Globo virou alvo. E a democratização das comunicações uma pauta das ruas.
Que bom que havia muitos jovens e a boa energia do Passe Livre.
E que bom que o MST estava lá.
Há coisas novas acontecendo. E em algum momento isso haveria de acontecer. A Globo se tornaria alvo.
Do que é movimento novo. E do que supostamente é movimento tradicional.
A Globo não poderia passar ao largo de um momento histórico como este que vive o Brasil.
Era preciso um movimento global contra a Globo.
O que aconteceu hoje foi só o começo.
As redes vão amadurecer o que aconteceu nas ruas. E vão articular novas ruas.
Redes e ruas vão criar ainda muitos problemas para quem se achava acima deles, a Globo.
PS do Viomundo: Por causa de um raio laser projetado no rosto do apresentador pelos manifestantes, a Globo teve de mudar o enquadramento da edição de ontem do SPTV. As chamadas foram sempre muito curtinhas, para não dar tempo de o laser interferir. E o encerramento do jornal saiu rápido do estúdio para imagens externas. Vejam a nota em que a Globo fala em 400 manifestantes (havia mais), onde aparece o laser.
Leia também:
Leia os documentos revelados pelo Cafezinho e o livro Afundação Roberto Marinho

Os pobres ingleses querem médicos de fora. Nós, não…











Via Diário do Centro do Mundo, chego à reportagem publicada pela  Deutsche Welle, a agência de notícias alemã, sobre a experiência inglesa de importação de médicos.
Ela tem uma diferença – extremamente cruel – da brasileira, que segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde e o impede: importa médicos até de países paupérrimos, como a Libéria – que tem um médico para cada 70 mil pessoas –  e o Haiti. Este, aliás, recebeu centenas de médicos cubanos no grande terremoto, que continuam por lá.
Mas a maioria dos 90 mil médicos de origem estrangeira no Reino Unido é de indianos. Segundo a matéria, 25 mil. Ou, de acordo com a Associação de Médicos de Origem Indiana no Reino Unido – Bapio, na sigla em inglês – 40 mil. Quase todos trabalhando no sistema público de saúde e fazendo conferências como a da foto aí de cima.
Problemas? Sim, claro. Que provocaram, inclusive, um endurecimento das regras de admissão de profissionais. Curiosamente, isso ocorreu depois de um problema de comunicação entre médico e paciente, por causa da língua. O médico não era indiano: era alemão…
A matéria da agência alemã – escrita por brasileiras, que foram trabalhar lá – conta, também, que é graças à importação de médicos que os Estados Unidos minoram os seus graves problemas de saúde, entre eles a falta de médicos.
Os países ricos, em geral, sugam os médicos dos países pobres. E, claro, ninguém imagina que as faculdades de medicina dos países pobres sejam lá uma maravilha, perto da dos ricos. Num ranking das 100 melhores faculdades de medicina do mundo, os países do 3° mundo comparecem com exatamente…nenhuma.
Leia aqui a matéria da Deutsche Welle.
Por: Fernando Brito

Rosário: grupelho fascista atira rojões contra manifestantes










De Miguel do Rosário, presente à manifestação no Centro do Rio, em seu blog O Cafezinho:
“Eu quero fazer uma denúncia grave. A manifestação aqui no Rio seguia tranquila. Os trabalhadores marchavam com suas bandeiras. No carro de som, locutores defendiam propostas objetivas. Por volta das 18 horas, quando a passeata ainda estava concentrada junto à Candelária, houve um primeiro incidente envolvendo os “mascarados”, que jogaram pedras nos vidros da Candelária. A polícia veio, pediu para que um deles tirasse a máscara. O sujeito se recusou, o policial o segurou pelo braço. Outros mascarados cercaram o policial. Então a polícia jogou uma bomba de pimenta, causando transtornos em várias pessoas que não tinham nada a ver com os mascarados.
Aí o negócio se acalmou. Os locutores pediram para ninguém usar máscara. Tentou-se contemporizar.  Esse foi o grande erro.
Mascarados são inimigos dos trabalhadores. Tem que ser expulsos sumariamente das passeatas. São vândalos e fascistas, apesar de alguns usarem o rótulo de “anarquistas”. De anarquistas não tem nada.
Havia pelo menos uns três grupos de mascarados. Um se manteve desde cedo diante do Palácio Guanabara, sede do governo, bem distante das passeatas.
Um grupo ficou na Cinelândia, esperando a passeata. Outro, na parte de trás – foi esse que jogou pedras nos vidros da Candelária.
Em seguida, o grupo de trás se dirigiu para a frente, infiltrando-se no meio da passeata. Havia uns dois que dirigiam os grupos.
Os dois grupos se uniram na frente da passeata e marcharam juntos por algum tempo. Até que, de repente, o grupo inteiro, uns duzentos mascardos, se voltou e passou a marchar na direção da passeata. Posicionaram-se em frente ao carro de som da UGT, e ali permaneceram, bloqueando a passagem de mais de 50 mil manifestantes.
Vários faziam gestos ameaçadores com as mãos. Lançaram bombas. Dirigiram rojões na direção das pessoas.
A polícia entrou em cena com a delicadeza de sempre, lançando gás pimenta, bombas de efeito moral e atirando pro alto. O caos se instalou. As pessoas correram assustadas.”
Continue lendo em O Cafezinho.
PS do Tijolaço: Concordo com o Miguel e vou além. Esses caras devem ser expulsos dali pelos próprios manifestantes. Postos pra correr. Não dou uma de politicamente correto, não. O direito de manifestação é dos manifestantes, não de uns babacas  - alguns nitidamente filhinhos de papai, com dinheirinho para comprar máscara de gás e casaquinho estiloso de “revoltado” – que querem destruir não apenas vidraças, mas o objetivo da passeata. Se querem depredar, façam isso fora das manifestações, se são mesmo valentes. Mas sozinhos não fazem, porque são parasitas, e parasita vive da energia alheia.
Por: Fernando Brito

PACTOS DE DILMA ESTÃO AMEAÇADOS PELO CONGRESSO